FRA – ENSINAMENTOS GNÓSTICOS V

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Introdução e Objetivo do Estudo

 

 

 

Esta é a 5ª parte da divulgação que estou fazendo de uma pequena coletânea de fragmentos sobre a Gnose Iniciática, disponibilizados on-line na revista Gnose, sob os auspícios da Fraternitas Rosicruciana Antiqua. A consulta direta à estas publicações poderá ser feita no endereço:

http://www.fra.org.br/gnose.php

 

 

 

Ensinamentos Gnósticos

 

 

 

Todo homem é uma estrela. Toda mulher é uma estrela.

 

Aspirante: sem piedade, procedendo como um Rei, estirpe e destrua, em si e em seu redor, tudo quanto for fraco, sujo, enfermo ou de qualquer modo indigno.

 

Aspirante: concentre sua consciência na Cruz plantada na Montanha e se identifique com Ela. Compenetre-se da diferença entre a sua própria alma e este pensamento que ela – a Cruz desperta habitualmente em sua própria mente.

 

Aspirante: viva a vida de um ser forte e belo, orgulhoso e exaltado, desprezador e avesso a tudo o que é baixo e vil.

 

Aspirante: destrua em si a razão [fiat voluntas mea].

 

Aspirante: acautele-se para não ser ofuscado pela LLuz Inefável.

 

Aspirante: o Verdadeiro Conhecimento é o conhecimento da Morte.1

 

Aspirante: compreenda o Exorcista – o destruidor da ilusão.

 

Aspirante: solucione o mistério dos números.

 

 

Quadrado Místico do Sol2

 

 

Escolhe sempre palavras que possam aliviar a carga dos viajantes, que cubram de rosas os abismos, que façam brotar água da rocha e que voem para o infinito. Que os anjos se regozijem e que teu Deus sorria com o sorriso indescritível que Illumina as esferas e imortaliza as almas.

 

Pensar é criar; pensar é construir, O pensamento cria; o pensamento constrói.3

 

Mais do que no corpo, a juventude está no Espírito. Enquanto o Espírito se mantiver desperto, ágil e jovial, a velhice não o intimidará.

 

Há no pensamento uma força formidável e avassaladora que edifica portentos. O que é pensamento é realidade.

 

O mau humor, a preocupação, a ansiedade, a vingança, a inveja, o fanatismo e a hipocrisia estampam no semblante humano o seu selo desagradável e denunciador, envenenando todo o organismo, porque todas estas paixões sujas e mesquinhas destilam veneno, corrupção e desarmonia.

 

O Universo não é outra coisa senão pensamento materializado.

 

A Natureza jamais se equivoca nem comete injustiças.

 

O medo, a covardia, a mentira, a cólera, o cinismo, a inveja, a perversidade e todos os sentimentos negativos e inferiores atraem a enfermidade, a desgraça, o fracasso, a decadência e a velhice prematura com toda a sua corte de fraquezas e, finalmente, a destruição, porque estes sentimentos engendram estados mentais de miséria e de morte, ao passo que, se emitirmos pensamentos de amor, de triunfo, de bem e de beleza, jamais conheceremos a amargura e a vergonha da derrota.

 

Se o pensamento não existisse, o mundo continuaria sendo um caos informe, confuso e opaco – uma massa obscura sem ordem nem concerto.

 

 

 

 

A elevação espiritual consiste em desterrar todo pensamento de fealdade física e moral.

 

Não existem desgraça, má sorte ou deuses cruéis. Tudo quanto existe e circula no mundo é o pensamento, que modela as formas e as almas, o Espírito e a matéria. É o pensamento que prepara os sucessos e as adversidades. É o pensamento que eleva os homens ao Bem e à Beleza do Universo ou os afunda no báratro da perdição.

 

Há três espécies de silêncio. O primeiro silêncio é o das palavras; o segundo, o dos desejos; o terceiro, o dos pensamentos. O primeiro silêncio é perfeito; o segundo, mais perfeito; e o terceiro, é supremo. O silêncio das palavras serve para conquistar a virtude; o silêncio dos desejos, para conseguir o repouso interior; e o silêncio dos pensamentos, para atingir o recolhimento interior. É no silêncio – na ausência de desejos e de pensamentos que se reconhece o verdadeiro Silêncio Místico, no qual Deus4 fala à alma, com ela se comunica e lhe ensina a mais sublime, a mais perfeita das ciências. É preciso, portanto, se desejarmos ouvir a Voz Divina Interior, entrar no Silêncio Místico.

 

Nenhum triunfo jamais foi alcançado sem esforço e dificuldade.

 

A Vida foi ontem, é hoje e será amanhã, constante e infinita, uma com o tempo e com a eternidade.

 

Toda a Natureza é anelo de serviço. Serve a nuvem, serve o vento, servem os vales. Sê tu aquele que afasta a pedra do caminho, o ódio dos Corações e as dificuldades de um problema. Aquele que critica é o que destrói; sê tu o que serve e o que constrói.

 

A nossa aura é sempre sensível à aura de todos que nos rodeiam, quer seja em um ou em outro sentido. Passageiramente, poderemos sentir amor ou ódio, mas tanto uma coisa como a outra costumam desaparecer quando não há harmonia áurica.

 

 

 

 

Cinco ou seis auras boas podem conquistar centenas de indiferentes.

 

Basicamente, temos duas vontades: a vontade motora e a plástica. Só a vontade plástica é útil.

 

O essencial não é que a mente forme nossa aura, mas, sim, que a nossa aura forme a nossa mente.

 

Quanto mais forte for a aura de uma pessoa e mais potente a sua irradiação, tanto mais ela arrastará as outras, e será a líder dos demais.

 

O contato magnético da aura – que não está sujeita nem a tempo nem a espaço é que determina o nosso bem-estar na vida, é que estabelece a fascinação necessária para o triunfo.

 

Todo desequilíbrio orgânico é acompanhado de um desequilíbrio psíquico. Todavia, se estudarmos o problema com cuidado, descobriremos que antes de se manifestar o desequilíbrio físico existiam complexos psíquicos que o produziram.

 

As sensações produzem secreções. E as sensações podem ser provocadas conscientemente pelo ocultista. Esta é a razão de muitos Iniciados poderem prolongar a sua vida muito além do normal, e conservar a saúde pelo manejo voluntário de suas forças internas.

 

De todas as glândulas, as sexuais são, sem dúvida alguma, as mais importantes, pois que nelas se concentra o summum das atividades do organismo em geral.5

 

As emoções, conforme a sua índole, produzirão secreções convenientes ou inconvenientes para o equilíbrio geral do organismo.

 

Ingerir alimentos depois de uma emoção violenta de cólera, de inveja ou de ciúme altera profundamente o funcionamento da digestão, podendo dar origem a enfermidades que dificilmente se curam.

 

Há, em nosso interior, um dualismo. Atuam, ao mesmo tempo, dois princípios diferentes: um, empenhado constantemente em construir e edificar; outro, em demolir e destruir. E como este fenômeno se cristaliza no metabolismo, o que existe, na verdade, são enfermidades do metabolismo.

 

O que se aventura em curar enfermos com conhecimento medíocre não somente fracassa, mas constitui um carma terrível.

 

Ao nascer, todo ser é a resultante de vidas anteriores. Durante o período embrionário, recebe influências externas que, ao ser dado à luz, o sobrecarrega com um lastro de males que deve ser combatido por processos místicos especiais, que os médicos desconhecem.6

 

 

 

 

 

 

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Notas:

1. Morte dos desejos, das cobiças e das paixões. Em uma palavra: morte da ignorância.

2. Como se sabe e a Tradição ensina, 7 (sete) eram os Planetas reconhecidos pelos antigos – Saturno, Júpiter, Marte, Sol, Vênus, Mercúrio e Lua. Ao se construir um quadrado mágico, segundo regras cabalísticas imutáveis, desde o princípio, os números são dispostos de tal forma que, por qualquer direção que se os somem, o resultado será sempre o mesmo, e representará o número característico de um dos Sete Planetas (astros). Neste sentido, basicamente, cada Planeta possui um quadrado mágico correspondente, uma constante específica (linha, coluna ou diagonal), um metal associado, uma soma permanente (total) de suas n linhas ou n colunas e certas palavras. Na animação, que apresenta o Quadrado Místico do Sol, (que é de sexta ordem e representa a imagem do Verbo Divino), conforme Paracelso, observe que sua Constante Planetária é 111. Por isto, a soma das seis colunas é 666 (6 x 111) e a soma das seis linhas é 666 (6 x 111). Quanto a esta Constante Planetária, (111), duas observações devem ser feitas: 1ª) 111 1 + 1 + 1 = 3; e 2ª) 111 ÷ 3 = 37. Já 37 3 + 7 = 10 1 + 0 = 1.

3. Por isto, somos primitivamente responsáveis por nossos pensamentos. Primitivamente porque palavras e atos são pensamentos em movimento. E assim, sempre, um pensamento tem uma carga de responsabilidade maior do que uma palavra ou um ato, mesmo que não venha a se transformar em palavra ou em ato. Tenha em mente que nada se materializa, nada se torna efetivo e nada passa a ter existência funcional e funcionante sem antes ter sido pensado. O Universo não é outra coisa senão pensamento materializado.

4. O Deus Interior em cada um de nós, em nossos Corações.

5. A maior parte das enfermidades são causadas pelo desvigoramento das glândulas sexuais, o que, por exemplo, poderá levar a tireóide a funcionar mal, e ter que, no limite, sofrer uma tireoidectomia, se houver constatação clínica de um câncer de tireóide. Logo, harmonia parcial, como o próprio vocábulo exprime, é parcial, incompleta; devemos nos esforçar para alcançar uma harmonia integral, não só em relação ao corpo físico, mas que envolva e abarque o triângulo corpo-alma-mente. Já veiculei diversos exercícios místicos harmonizadores, mas o Rei de todos eles é a vocalização concertada do Mantra AUM (OM).

6. Na realidade, nosso carma é basicamente tríplice: carma derivado de vidas anteriores + carma adquirido no período embrionário + carma fabricado ao longo da encarnação vigente. Por aí se pode ver o quanto é difícil alcançar a libertação. E o pior é quando estamos quase conseguindo uma vitória, e vem um tornado violento e derruba tudo. Desistir? Nunca. Reconstruir? Sempre. Um dia, com certeza, a Obra ficará pronta. Ou, por acaso, alguém acha que os Mestres Ascensos nasceram prontos e acabados? O fato é que temos que reconstruir quantas vezes forem necessárias. E sem bufar e sem chiar. Isto, claro, se quisermos nos libertar.

 

 

 

 

Páginas da Internet consultadas:

http://centurion-homes.blogspot.com.br/

http://www.fra.org.br/gnose/GNOSE-90.pdf

http://www.fra.org.br/gnose/GNOSE-92.pdf

http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Julia_anim.gif

http://www.fra.org.br/gnose/GNOSE-94.pdf

http://www.fra.org.br/
gnose/gnose_103/index.html

http://www.fra.org.br/gnose.php

 

Música de fundo:

Toccata, Adagio et Fuga in C major, BWV 564
Composição: Johann Sebastian Bach

Fonte:

http://www.kunstderfuge.com/bach/chamber.htm#Violin

 

Direitos autorais:

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