A
felicidade faz com que achemos bons todos os lugares. Já um pequeno
insucesso poderá aviltar um grande homem. (Kaqimma).
As
boas palavras brilham mais do que as esmeraldas que as mãos dos escravos
encontram entre as pedras. (Kaqimma).
O
sábio está contente com o que sabe. Bons são os liames
de seu Coração e agradáveis são os seus lábios.
(Kaqimma).
O
rebelde vê ciência na ignorância e virtudes nos vícios.
Comete, diariamente, com audácia, toda sorte de fraudes, e nisso
vive como se fora morto. (Phtah-hotpou).
Não
há homem imutável em coisa alguma; tal é a resposta
da morte. Fixa teu olhar na vida. (Ani).
A melhor condição para
uma vida feliz é sabermos nos contentar com a própria sorte
sem invejar as conquistas de outrem. (Ani).
Cansamo-nos
de tudo. Feliz o que não se cansa! (Ani).
Não
ponhas tua satisfação nas coisas de outrem. Não contes
com os bens de outrem, pois eles não subirão tua casa. (Ani).
Não te faças companheiro
de um homem mau, não andes com o insensato nem te detenhas em suas
palavras. (Autor desconhecido).
Não
exerças sobre os outros uma influência malsã. (Autor
desconhecido).
Não
pervertas o Coração do teu companheiro. (Autor
desconhecido).
Não
maltrates um inferior e respeita teus superiores. (Autor
desconhecido).
Não
maltrates a mulher. (Autor
desconhecido).
Não
faças sofrer uma criança. (Autor
desconhecido).
Não
te divirtas zombando dos que dependem de ti. (Autor
desconhecido).
Não
procures jamais salvar tua vida à custa da vida de outrem. (Autor
desconhecido).
Só
poderemos avançar, progredir e ascensionar se e quando as dissensões
que criamos entre o humano e o Divino e as contradições entre
o que fazemos conscientemente e as Sagradas Leis de Deus forem conscientemente
transmutadas.
Reuni
as vossas forças e voltai-vos tenazmente para um novo objetivo, para
a reconquista de vossa própria consciência extraviada, para
a perfeição de vosso Eu Divino.
Precisamos,
todos, avançar sem vacilações, sem semear guerras,
sem encharcar de sangue as trincheiras.1
Distante
está a meta, mas é preciso vencer, vencer a todo custo, e,
com a vontade de nosso Eu, superar a nós mesmos e em nós mesmos
encontrar a pureza da Consciência Eterna.
Libertai vossa complicada fé
de todos os inúteis paramentos que os cúpidos e os agiotas
da espiritualidade dela fazem um mercado abominável.
Aqueles
que têm nas mãos as rédeas da fé não devem
somente pregar a Verdade de Cristo; é preciso imitá-Lo2
em tudo e por tudo. Desçam das viaturas douradas à terra nua.
Abandonem as copiosas riquezas. Não tapem as ouvidos ao silêncio
da razão com mitras de brilhantes, fazendo, assim, se precipitar
no abismo da perdição e do materialismo a concepção
ideal e mental das multidões.
Não
vos deixeis enredar por ideologias complexas habilmente construídas.3
Precisamos
aprender a discriminar o mito da Essência da Realidade Divina.
Não
podemos4
deturpar as Leis Universais formulando soluções apressadas
por meio de conclusões embasadas na racionalística moderna,
que, sob muitos aspectos, poderão ser falsas ou estar profundamente
equivocadas.
Como
é possível que alguém conceba e propague que Deus seja
o idealizador e o criador do inferno? E pior: como é possível
que alguém acredite nisto? O inferno só existe na matéria,
legado de desconcertos criado pelo homem por desfiguração
da lei original.
Quando
exautorarmos nosso ilusório ego, quando conscientemente tivermos
envilecido todas as futilidades de nossa existência, quando, humildemente,
não mais soubermos dar vazão à nossa dor e à
nossa tristeza, então, e só então – Santa Hora!
– nosso Deus Interior falará e estará conosco!
Fé-Vontade,
Fé-Amor e Fé-Justiça são os elementos criadores
de um mundo ideal e superior.
O
mundo visível, com toda a sua beleza, por mais perturbado que esteja
pelas desarmonias dos homens, não é mais do que um efeito
ou uma expressão da Realidade Infinita.
Há,
desde sempre, duas metades no Todo-Completo-Um. Há a invisível
Realidade e há a mutável expressão desta Realidade.
Há a idéia Divina e há o desenvolvimento desta idéia
Perfeita através das ilimitadas transformações e permanente
evolução da forma material – que é a roupagem
do Espírito. Prescindir da Matéria (como querem os metafísicos)
e do Espírito (como querem os materialistas) é um equívoco
inconciliável. A Matéria e o Espírito se completam.
A
matéria e o universo material são os efeitos sempre mutáveis,
sempre envolventes e sempre em desenvolvimento de uma Idéia Divina
Perfeita.
A
causa da miséria, dos transtornos, da penúria e de outros
males existentes no mundo é a desarmonia do homem com a sua Fonte
Divina. Em vez de permitir que as Forças Vitais Divinas fluam livremente
e, assim, manifestem o Bem, o homem as desvia e permite que aconteça
o mal. O segredo de toda a cura e a sua verdadeira realização
é apartar as barreiras que desviam as Forças Espirituais Harmonizadoras,
abrindo, deste modo, a vida ao Influxo Divino.
O
homem possui dentro de si, ainda que em estado latente (em potência),
as possibilidades do Poder Divino.
Os
objetos, como as pessoas, possuem a sua vibração particular,
e, como se fossem um dínamo de energia, tanto podem irradiar força
positiva, quanto podem espalhar depressão, fracasso, desânimo,
mal-estar e descrença.5
INRI
Simbolismo
da Lei Eterna, Imutável, Inconfundível e Insubstituível
INRI, que não se pronuncia e não pode ser comunicada;
estuda-se, investiga-se, medita-se:
A
letra I (IOD) simboliza todos os poderes manifestados, e é
a imagem do homem ereto, apoiado na terra, de cabeça levantada
por aspirações e ideais superiores, que o mantêm
aprumado em direção ao manancial infinito, que anima
as maravilhosas transformações operadas pela Natureza.
Representa a mão humana apontando com o indicador o ponto
inenarrável de onde provém a vida ou indicando, no
oposto, o mistério insondável desta força vivificadora,
penetrando até as profundezas da Terra. É o signo
da manifestação potencial expressa em LLuz, Amor,
Vida, Liberdade e Triunfo. LLuz fecundante do ideal criador; Amor
que germina e corporifica; Vida animando as espécies criadas;
Liberdade alcançável pelo sacrifício redentor;
e Triunfo sobre debilidades vencidas pelo ser vivente.
A letra N (NUN) simboliza
a Humanidade na escalada do Calvário da vida. Exprime as
intermináveis sucessões, multiplicando-se em variedade
e quantidade, e norteadas por inspirações inatas que
acalentam o ideal comum de Perfeição.
Na
sílaba IN se completa o signo da manifestação
individualizada, da qual se desenvolvem as idéias relativas
à existência e ao sentimento de um centro determinado
(Deus), em um ponto interior (Eu) e superiormente concebido (Divino).
Jesus crucificado traduz a realização interior de
IN na viva exemplificação dos supremos ideais de redenção
humana. A Rosa e a Cruz formam constelações de facetas
redentoras mostrando o florescimento alcançado pela ascensão
espiritual.
A
letra R (RESh) demonstra os movimentos, a marcha e as tendências
inspiradas em belezas divinas, e traduz o pensamento fixamente voltado
para o caminho ascensional da Verdade. Como signo, exprime os atos
bons e os atos maus, dos quais resultam a imperiosa renovação
e a necessária regeneração das espécies,
governadas e dirigidas pelas leis da evolução ascendente.
Imagem do passado defrontando o futuro, indica, no presente, o porvir
retilíneo em oposição ao pretérito,
do qual restam a experiência e os ensinamentos legados pelos
beneméritos ressuscitados na imortalidade das suas obras.
As
letras R e I – RI – unidas fazem surgir, individual
e coletivamente, o símbolo da Humanidade, nas condições
atuais do progresso e da civilização que a tem notabilizado.
Enfim,
no desdobramento do símbolo, a segunda sílaba (RI)
corresponde ao triângulo inferior do Hexagrama, enquanto a
primeira (IN) se reporta ao triângulo superior.
INRI
também está associado aos conceitos: Igne Natura Renovatur
(ou Regeneratur) Integra; I-NRI – Ele, a Humanidade; I-Na-Ra
– Ele, a Alma do Universo; e Ina-Ra-Ya – Ele, Nara-Deva
– o Homem-Deus.
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A
Verdade está fora do tempo e além do espaço.
O
envoltório físico é transitório; só é
eterna a verdade do verdadeiro Eu.
Só
é infalível a Consciência Superior – o Conhecimento
Intuitivo do verdadeiro Eu.
A
fé é um poder que radica no Conhecimento Divino – a
realização da nossa própria Divindade.
Nosce
te ipsum – conhece-te a ti mesmo.
A Iniciação é
uma espada de dois gumes: aos puros e resolutos defende a dá vida;
aos curiosos e impuros fere e destrói.
Basta!
Esse vosso caminho sem descanso não mais deve ser um cego errar,
mas um incessante progredir.