Aspiração
místico-espiritual não é ambição; é
uma faculdade do Eu Superior que deseja profundamente unir o eu inferior
a si.
Toda
atividade que não tenha por finalidade sacrificar o Eu ao Amado é
Magia Negra.
A
renúncia parcial de uma vontade imperfeita não tem qualquer
valor em Magia.
A
maioria das pessoas, na Terra, não tem Vontade efetiva, mas uma lista
de desejos, muitos dos quais se contrapõem.
Vigilância
—›
Coragem —›
Aprendizado
—›
Transmutação
—›
Realização.
O
maior empecilho: esquecimento. A pior forma: insciência.
Magna
Missão do Mestre Jesus: ensinar à Humanidade e mostrar o Caminho
e a possibilidade de ascendimento aos Mundos Espirituais.1
O
Sangue de Jesus, derramado no Golgotha, impregnou a Terra com Substância
Cristônica, restaurando o equilíbrio necessário para
que as personalidades-almas dos homens pudessem ascender.2
Um
Mantra é uma Palavra Substancial. É o Logos em ação.
Mas, para que um Mantra surta o efeito possível e pretendido, é
necessário que haja perfeita harmonia e perfeita conexão entre
o homem, o pensamento e o som.
A
Rosa precisa florescer na Cruz, ou seja, o Espírito precisa dominar
a Matéria para que se acenda a LLuz da Sagrada Iniciação.
Tudo
renasce; tudo reencarna. O trigo maduro cai sobre a terra, e, se o grão
morre, cresce uma planta, fenômeno que se reproduz, através
dos séculos, e prova que nada se acaba, que nada se cria e que tudo
muda de forma. Isto é, reencarnação.
No
dia em que o povo despertar do sono hipnótico a que intencionalmente
está submetido, verificará os males que lhes têm causado
os que lhe exigem voto de pobreza em favor de instituições
multimilionárias, que sonham dominar, por este meio, a Humanidade
e quiçá as cinco partes do mundo. (Grifo
meu).
A Iniciação Cristã
está subdividida em sete fases, das quais quatro correspondem aos
quatro passos da Ascensão ao Calvário. As sete fases da Iniciação
Cristã são:
1ª
fase: Lava-pés. Prática preparatória, de natureza
moral, que se relaciona com a cena em que o Cristo lava os pés dos
Apóstolos antes da festa da Páscoa; o superior é produto
do inferior. Jesus, o Cristo, necessitou dos Apóstolos para levar
a termo sua Sagrada Missão.
2ª
fase: Flagelação. Nesta fase, o homem aprende a resistir
aos açoites da vida. Aos sofrimentos de todas as espécies:
físicos, morais, intelectuais e espirituais. Neste período,
o discípulo sente a vida como uma aterradora e incessante tortura.
Deve-se suportá-la com perfeita eqüidade de ânimo e com
uma coragem verdadeiramente estóica. Não se deve ter medo
de nada. De absolutamente nada. Nesta segunda etapa da Iniciação
Cristã, o homem adquire um sentido de amor para com todos os seres,
que o identifica com o Coração da Natureza.
3ª
fase: Coroa de Espinhos. Nesta fase, se revela a dissociação,
ou seja, o poder de separar momentaneamente três forças que
no homem normal estão sempre unidas: a vontade, a sensibilidade e
a inteligência. Esta tríplice separação produz
no cérebro a sensibilidade da coroa de espinhos. Para suportá-la
sem perigo, é necessário que as forças da personalidade
tenham sido suficientemente trabalhadas e estejam perfeitamente equilibradas.
Se assim não suceder, o discípulo poderá até
perder a razão, porque a loucura não é outra causa
senão a dissociação operada involuntariamente, sem
que a unidade possa ser restabelecida por uma vontade interna. No curso
da fase denominada Coroa de Espinhos, na Iniciação Cristã,
produz-se um fenômeno formidável que tem o nome de Aparição
do Guardião do Umbral, e que pode ter também o nome de Eevelação
do Duplo Inferior do Ser Espiritual do homem, fruto das suas vontades, dos
seus desejos e da sua inteligência, que se revela ao Iniciado sob
uma forma visível, em sonhos. E esta forma, às vezes, é
repugnante e pavorosa, porque é o resultado de suas paixões,
boas ou más, ou do seu Carma. É a sua personalidade plástica
no Plano Astral.
4ª
fase: Condução da Cruz. Nesta etapa, intensifica-se
o sentimento de identificação com a Terra e com tudo que nela
existe. Todavia, identificar-se com todos os seres não quer dizer
desprezar o próprio corpo, mas, sim, conduzi-lo ou carregá-lo
como uma coisa independente de si, do mesmo modo que Jesus, na ascensão
ao Calvário, carregou a Cruz. O discípulo tornar-se-á,
assim, consciente das forças ocultas que existem no íntimo
do seu próprio ser.
5ª
fase: Morte Mística. Na 5ª fase, o discípulo reconhece
que o mundo dos sentidos, na sua totalidade, não é mais do
que uma ilusão, e experimenta, verdadeiramente, a sensação
da morte, e sente que está imerso em um mar de trevas.3
Estas trevas, porém, bipartem-se, e aparece uma Luz. Brilha a Luz
Astral. Rasgou-se o Véu do Templo.
6ª
fase: Enterro. Nesta ocasião, o homem se sente penetrado por
um sentimento estranho, alheio ao seu próprio corpo; identificou-se
com o Planeta. Está amalgamado ou fundido com a Terra e se reconhece
vivendo na vida planetária.
7ª
fase: Ressurreição: É um sentimento inefável
e indescritível. Qualquer palavra é inexpressiva e imprópria
para qualquer comparação. Atingida esta sublimidade, o Iniciado
logra o poder de curar. Entretanto, é necessário dizer: aquele
que conquista este poder, alcança, também o poder de produzir
a enfermidade. O negativo acompanha o positivo. Daí a grande responsabilidade
decorrente deste privilégio que se caracteriza por esta velha máxima:
A Palavra Criadora sai da alma ardente.
A
alma que penetra no Mundo Astral entra em contato com a qualidade inversa
das coisas que conhece. É preciso perder tudo, para tudo reconquistar;
até a própria vida.
O
que adianta soar o Tintinabulum Mysticum (Campainha Mística), se
os ouvidos estão moucos e se olhos estão cegos para a Lux
Veritatis (Luz da Verdade)?
O
advento do Cristianismo4
desempenhou um papel único, incisivo e capital na história
da Humanidade. De certa forma, é o momento central, o ponto de retorno
ou de volta entre a involução e a evolução.
Daí o resplendor da sua irradiação.
Para
os Rosa+Cruzes, a vida do Cristo sempre significou a ressurreição
do Cristo no imo de cada alma, através da visão espiritual.
E assim, se não existisse um Cristo vivo, ninguém poderia
ressuscitá-Lo em si mesmo. Tudo se resume, tudo se concentra, tudo
se aclara, tudo se intensifica e tudo se transfigura no Cristo. Hoje, Cristo
Interior consciente nos Iniciados; no futuro, Cristo Interior consciente
em toda a Humanidade.
Nascido duas vezes é aquele
que morre para a vida terrenal, percebe a vida universal e renasce transmutado.
O álcool exerce uma ação
deletéria sobre o organismo, especialmente sobre o Corpo Etérico,
onde a memória se elabora. O álcool tem a propriedade de nublar
a memória, obscurecê-la em seus íntimos recônditos.
O vinho causa o esquecimento, diz-se comumente, mas, este esquecimento não
é superficial e momentâneo. É, ao contrário,
profundo e durável, uma anulação verdadeira da força
da memória no Corpo Etérico. Por este motivo, assim que os
homens começaram a beber vinho, perderam, pouco a pouco, a noção
e o sentimento espontâneo da reencarnação.