sta
é a Regra: de uma forma ou de outra, sempre, devemos fazer o bem.
Ou, pelo menos, devemos tentar fazer o bem. Quanto a isto, então,
ser indiferente ou fazer o mal são equivalentes. A coisa é
mesmo como disse o pastor protestante e ativista político estadunidense
Martin Luther King, Jr. (Atlanta, 15 de janeiro de 1929 – Memphis,
4 de abril de 1968): O
que mais preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos,
nem dos desonestos, nem dos sem-caráter, nem dos sem-ética.
O que mais preocupa é o silêncio dos bons. Mas,
quem é bom não fica em silêncio nem é indiferente;
está sempre pronto a prestar socorro a quem necessita. Então,
se você se considera uma pessoa sincera e realmente boa – e
eu espero que sim – continue
a ler este despretensioso texto. Caso contrário, não perca
seu tempo, porque acabará se irritando com o que se seguirá.
Solidariedade
Fraternal
ão
devemos escolher, analisar ou julgar se há ou não há
mérito, se, por isto ou por aquilo, devemos ou não fazer um
determinado bem, porque, se escolhermos, analisarmos ou julgarmos, estaremos
escolhendo, analisando e julgando com os nossos critérios pessoais
de sim e de não, de certo e de errado, de valor e de desvalor, com
a nossa restrita cultura, com as nossas limitações, manias
e convencionalismos e, principalmente, com a nossa ignorância. Se
pudermos, deveremos fazer o bem, seja lá em que circunstância
for. Quanto a isto, não há antonímia, nem dissidência,
nem contraposição. Quem disser o contrário não
sabe o que está dizendo.
Homer Jay Simpson
as,
aí há um problema: não devemos interferir com o carma
alheio, ou seja, com a experiência educativa e necessária do
outro. Se assim fizermos, primeiro, estamos impedindo que o outro apre(e)nda
o que precisa apre(e)nder para compensar equívocos cometidos, para
se educar e compreender e, conseqüentemente, se libertar. Segundo,
e tão grave quanto: estaremos assumindo um compromisso societário
com o outro, que não nos cabe, o que não é nada bom,
porque, no limite, poderemos até virar esqueleto sacolejante ou múmia
paralítica antes da hora. Já pensou que desgraça!?
Então, anote isto: amenizar, auxiliar, sim, sempre; comprar o barulho
do outro e constituir uma sociedade anônima, não, nunca.
O
Esqueleto Sacolejante
odavia,
paradoxalmente apenas como sombra passageira, sempre prevalecerá
o fato inquestionável de que, a cada instante, sem exceção,
se pudermos e havendo oportunidade, deveremos fazer o bem. Como não
sabemos exatamente o que é carma a ser compensado e o que não
é (porque, nem sempre, uma experiência educativa, apesar de
normalmente ser uma experiência doída, é carma compensatório),
devemos, sempre que for possível, auxiliar um irmão que esteja
padecendo. E como sub-regra da Regra: sempre anonimamente. O Silêncio
tem a força de 10.000 bombas nucleares. O falatório, a jactância
e o diz-que-me-diz-que não movem nem uma formiga. Seja como for,
é melhor errar a maior do que a menor, isto é, sempre para
mais, nunca para menos, a montante, não a jusante, contra a correnteza,
jamais no sentido da correnteza, sempre a favor, de modo algum contra.
O
Bendito Auxílio Silente
ntretanto,
algumas vezes, somos impedidos de prestar o nosso auxílio. Seja porque
o outro não quer, seja porque a família impede, seja porque
não sabemos o que fazer, seja porque a pessoa está longe,
seja lá pelo motivo que for. Então, o que fazer? Não
fazer nada é que não é possível. Há um
vínculo inquebrável entre todos nós e entre tudo. Podemos
até não perceber, mas, o que afeta o outro nos afeta, e vice-versa,
pois, tudo é um no Universo, e tudo interfere em tudo e sofre interferência
de tudo. Tudo está interligado, associado,
e o Butterfly Effect
(Efeito Borboleta), termo que se refere à dependência sensível
das condições iniciais no âmbito da Teoria do Caos,
está mais para sensatez do que para contra-senso. E o fato
de sermos um e de tudo estar entreligado facilita sobremodo as coisas. Isto
está perfeita e didaticamente claro, por exemplo, no Evangelho
de Lucas, VII: 1 a 10. De acordo com este Evangelho (Vulgata
Editio, Versio ou Lectio:
Bíblia traduzida do grego antigo e do hebraico
para o latim por São Jerônimo), um centurião romano
pediu ajuda a Jesus porque um dos seus servos mais jovens estava doente.
Jesus se ofereceu para ir à casa do centurião para realizar
a cura, mas, ele sugeriu que Jesus a fizesse à distância, pois
ele não se considerava digno de recebê-Lo em sua casa. Senhor:
não Te incomodes, porque eu não sou digno que entres sob o
meu teto. Por esta razão, nem eu me achei digno de ir ter Contigo.
Mas, dize uma só Palavra, e o meu servo será curado.
Ao ouvir isto, Jesus, admirado, disse: Em
verdade vos digo que não encontrei tanta fé em Israel.
E o servo do centurião foi curado, sem que Jesus estivesse fisicamente
presente. Em termos místicos e metafísicos, isto é
conhecido como cura à distância – distância que,
na verdade, não existe.
ssim
sendo, como sempre devemos fazer o bem, de uma forma ou de outra, fisicamente
presentes ou não, e, portanto, quando não, atuando psiquicamente,
se desejarmos, poderemos operar da seguinte maneira:
1º) Antes de qualquer
experimento místico ou espiritual, se possível, devemos tomar
um banho.
2º) Se isto, de
todo, não for possível, pelo menos, devemos lavar as mãos
e beber um copo de água.
3º) Em seguida,
devemos nos colocar em disponibilidade para Servir, tendo em mente que não
somos nós que curamos, mas, que somos apenas intermediários
bem-intencionados entre o Bem Universal (a Consciência Cósmica)
e o ser que necessita de ajuda.
4º) Logo após,
devemos fazer três inspirações profundas e vocalizar
três vezes o OM
(AUM)
ou o mantra de nossa preferência.
5º) Concluída
esta preparação preliminar, então, estamos prontos
para oferecer o nosso auxílio. Sentados confortavelmente, devemos
pintar, com todos os detalhes, em nossa tela mental, o que desejamos
que aconteça. No caso de uma pessoa doente, devemos visualizá-la,
em todos os pormenores, re-harmonizada e curada. Isto deverá durar
apenas de alguns segundos a um minuto, pois, não é necessário
ficar retratando insistentemente a cena. Pintada a imagem mental, imediatamente
devemos, por assim dizer, soltá-la no Cósmico, para que siga
seu curso. Se a retivermos em nossa mente, nossa ajuda terá sido
inútil, porque não poderá alcançar aquele que
precisa do socorro. Então, repito: liberá-la imediatamente,
enquanto está fresquinha em nossa mente, é fundamental para
o sucesso do experimento místico.
6º) Finalmente,
devemos dizer (oralmente ou mentalmente): se (diga o nome da pessoa que
você auxiliou) tiver mérito para receber esta ajuda e se não
houver qualquer impedimento cármico-cósmico, está feito
(está selado). IE[H]OUA.
E tire logo o assunto da cabeça, admitindo que seu experimento se
concretizará.
sto
funciona. Na imensa maioria das vezes, a visualização surte
o efeito desejado. Quando o experimento não é exitoso, o que
é raro, geralmente, é porque a coisa deveria acontecer como
está acontecendo, porque deveria e precisava ser assim, não
por erro no processo experiencial ou por incapacidade ou incompetência
de quem prestou auxílio. Na realização de qualquer
bem não há nem inaptidão nem inabilidade. A disponibilidade
interior para Servir e a boa vontade fraterna são suficientes e comandam
todo o processo, e a coisa haverá de acontecer, se tiver de acontecer.
Não devendo acontecer, não acontecerá. Uma variante
deste experimento é a Lei da Assunção.1
Lei
da Assunção
_____
Nota:
1. Há
algum tempo, divulguei um texto que trata rapidamente da Lei da Assunção:
Comiseração (Tudo está no Todo; o Todo está
em tudo). Para lê-lo, o endereço é:
http://paxprofundis.org/livros/comiseracao/comiseracao.htm
Mantra
de fundo:
AUM
RA MA HUM
Fonte:
Sons
Vocálicos e Simbolismo do Templo Rosacruz
http://www.amorc.org.br/
Páginas
da Internet consultadas:
http://en.wikipedia.org/wiki/Butterfly_effect
http://pt.wikipedia.org/wiki/Efeito_borboleta
http://www2.seminolestate.edu/lvosbury/
calculusI_folder/RelatedRateProblems.htm
http://www.reocities.com/brad-net/skeleton.html
http://www.denijsdesign.de/dd_pages/cocktail/
dd_cocktail_perception_greysquares_1.html
http://gifsoup.com/view/967890/go-crazy.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Vulgata
http://karenswhimsy.com/letters-in-old-english.shtm
http://blog.cognifit.com/post/37417754056/we
-listen-with-our-hands-too-many-of-us-talk-with
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