Os
Espíritos Elementais podem ser divididos em três grupos: 1º)
elementais dos quatro elementos ou éteres, comumente chamados de
Espíritos da Natureza; 2º) elementais criados pelo homem nos
Planos Astral e Mental; e 3º) o Morador do Umbral ou o Elemental Individual.
O
Éter, parte do Corpo do Logos Universal (ou de Algo
mais elevado que não conhecemos), forma a base do quádruplo
veículo humano (físico ou terrestre, etéreo ou aquático,
astral ou ardente e mental ou aéreo), que os antigos simbolizavam
pelos braços da cruz, é a base da Sagrada Doutrina da Crucificação.
Todo
o mundo etéreo, com suas muitas correntes cruzadas, está assentado
no Plexo Solar e no baço do corpo humano.
De
acordo com as doutrinas antigas, o Universo tangível é composto
por Quatro Elementos principais: Fogo, Ar, Água e Terra. O poder
dos mundos causais invisíveis trabalha através destes Quatro
Elementos materiais para se manifestar em corpos, células e combinações
moleculares.
Afirma-se
que estas quatro divisões do Éter (Quatro Elementos) são
habitadas por grupos de inteligências que se desenvolvem através
dessas essências elementais. Eles não possuem um corpo composto
e, portanto, não podem alcançar a imortalidade, pois, não
têm outra essência germinativa senão a de sua respectiva
essência elemental. Por outro lado, como são compostos de uma
única substância, estão livres das influências
destrutivas e desarmônicas derivadas das correntes opostas que afetam
os corpos compostos e, portanto, podem viver centenas e até milhares
de anos.
Paracelso
e o Conde de Gabalis [obra
clássica francesa do século XVII sobre elementais, atribuída
a Henri de Montfaucon, Abade de Villars (1635 ou 1638 – 1673)],
dividem os Espíritos da Natureza em quatro classes:
1. Salamandras –
Espíritos do Fogo;
2. Silfos –
Espíritos do Ar;
3. Ondinas –
Espíritos da Água; e
4. Gnomos –
Espíritos da Terra.
O Cavaleiro Polonês
(Pintura de Rembrandt representativa do Conde de Gabalis)
Os
Gnomos são os mais densos de todos os Espíritos da Natureza
e, portanto, estão mais sujeitos às Leis da Mortalidade. Eles
vivem no Elemento Terra e trabalham em rochas e, em certa medida, em árvores
e flores. Estes homenzinhos, freqüentemente, são vistos por
crianças, que perdem a clarividência aos sete anos de idade.
Por viverem na escuridão, os Gnomos são propensos à
tristeza, e se diz que podem produzir certos efeitos na constituição
humana e governar a melancolia, a tristeza e o desânimo.
Gnomo
(Simbolicamente)
Sob
a classificação de Ondinas, são conhecidas as Ninfas,
as Nereidas, as Limnátides, as Náiades, as Sereias, as Filhas
do Mar e as Deusas do Mar dos antigos. Estes são os elementais cuja
casa é o Elemento Água: os oceanos, os lagos, os córregos
e os rios da Terra. As Ondinas governam os líquidos ou as forças
vitais do corpo humano. Como regra geral, as Ondinas são consideradas
amigáveis, e se acredita que sirvam ao homem com amor e sinceridade.
Por serem compostas de uma essência mais sutil e de um éter
de melhor qualidade, as Ondinas vivem muito mais tempo do que os gnomos,
mas, também, estão sujeitas às Leis da Mortalidade.
Elas são especialmente interessadas em plantas e flores, provavelmente
porque o duplo etérico da planta é constituído do mesmo
tipo de éter que o delas. Elas são seres alegres, e a qualidade
de suas emoções é mais vital do que astral. Por terem
um temperamento vital, as Ondinas exercem considerável influência
sobre o temperamento vital dos seres humanos.
Sereia
(Simbolicamente)
Nenhuma
faísca ou fogo pode ser acesa na Terra sem a ajuda das Salamandras
(os mais fortes e dinâmicos de todos os Elementais), porque são
os Espíritos do Fogo. Aqueles que possuem a capacidade de clarividência
podem ver as Salamandras se contorcendo e girando nas chamas, especialmente
durante uma grande conflagração. As Salamandras vivem no Terceiro
Éter, e são responsáveis pelas essências emocionais
do homem, refletindo as qualidades do Plano Astral ou Mundo do Fogo. As
Salamandras raramente são vistas. Elas vivem até uma idade
avançada, e muitas sobrevivem milhares de anos antes de, finalmente,
se dissolverem na Essência Primordial da qual se diferenciaram.
Salamandra
(Simbolicamente)
Os
habitantes do Quarto Éter (o mais refinado e o mais elevado de todos)
são chamados Silfos ou Espíritos do Ar. Entre outras denominações,
os Silfos também são conhecidos como Cavaleiros da Noite,
Nascidos do Vento, Anjos da Tempestade, Devas do Ar e Nascidos da Mente.
Os Silfos estão sempre ocupados e trabalham com os pensamentos dos
seres vivos. Eles colaboram com os elementos aéreos do corpo humano,
enquanto as salamandras trabalham através do sangue e dos elementos
ardentes do corpo.
Silfo
(Simbolicamente)
Existem
outros grupos de elementais, alguns produtos de fenômenos naturais
e outros gerados pelo próprio homem. Entre os últimos, estão
os elementais do pensamento e da emoção, os fantasmas, os
espectros, o Morador do Umbral e as larvas. [Eu
tanto tenho dito que somos responsáveis por tudo. Com estas informações
adicionais, reflita direitinho sobre o que somos capazes da gerar com os
nossos pensamentos (de merda).]
O
último grupo (também conhecido como cascões
etéricos) é constituído dos corpos etéricos
de indivíduos que, no decorrer da morte, passaram para o Plano Astral.
Na morte, ao ser descartado o veículo etérico, ele é
deixado para trás no Éter, onde se desintegra lentamente.
Estes cascões estão na base de grande parte das manifestações
mediúnicas, fato que pode ser comprovado pelo exame dos globos oculares
do médium. Devido à estrutura sutil destes resíduos
etéricos, muitos anos costumam ser necessários para que ocorra
a desintegração completa. Portanto, um exército de
corpos etéricos flutua como lascas de madeira errantes no mar da
umidade etérea, descartados por seus proprietários primitivos,
que há muito se transferiram para outros Planos da Vida.1
Cascão
(Simbolicamente)
Os
Espíritos da Natureza, que, originalmente, estavam sob o domínio
do homem adâmico, só podem ser dominados por aqueles que controlam
os Elementos em que estas entidades vivem.
Os
Elementais, guiados por hierarquias mais elevadas, são a base inteligente
dos fenômenos naturais e ajudam a implantar qualidades e poderes nas
plantas, nos minerais, nos animais e nos homens, como aconteceu no caso
do Demônio [Daimónion]
de Sócrates.2
Os
elementais não são apenas da nossa Terra e da cadeia planetária,
mas, também, de outros planetas e sistemas solares.
A
única evolução que os elementais podem experimentar
é a evolução de seu próprio Éter, da
qual, para eles, é impossível se dissociar.
Os
Éteres nos corpos dos minerais, das plantas, dos animais e dos homens
são a base da diferenciação desses Reinos da Vida.
Sem o seu Princípio Vital (que é, na verdade, o Hiram Abiff
da Maçonaria), a construção do Templo das Idades não
poderia ser edificado.
Templo Maçônico –
Erie (Pensilvânia)
A
evolução do homem consiste na passagem da consciência
através dos Quatro Elementos, tão belamente simbolizada nas
Iniciações Antigas:
Primeira
Iniciação: Destruição do Dragão da Matéria;
Segunda Iniciação: Resgate da Pérola de Grande Valor
do Oceano de Substâncias Viventes;
Terceira Iniciação: Passagem do Anel Flamejante; e
Quarta Iniciação: Ascensão pela Senda do Fogo Espiritual.
Correlações:
Éter Atômico –›
Gnomos; Éter Úmido
–›
Ondinas; Éter Astral –›
Salamandras; e Éter Mental –›
Silfos.
O
Éter não é, em, si um mundo, mas, apenas, uma substância
capaz de transportar ou de perpetuar o produto de alguma outra esfera. Os
antigos se referiam ao Éter chamando-O de Espelho Hipotético
da Eternidade, porque reflete os Mundos da Natureza de maneira concreta,
vitalizando e impregnando essa forma com as Faíscas da Vida, que
ela contém em si mesma.
Sem
o influxo dos Quatro Éteres, o surgimento da consciência é
impossível, pois, Eles são a base do crescimento, da redenção
e da regeneração.
No
interior homem, há uma Pedra de Toque que transforma em uma substância
semelhante a ele tudo com o que ele entra em contato.
O
homem é um Deus em formação [in
potentia].
Ele está muito mais perto de se tornar uma Divindade do que crê
ou do que lhe convém crer.
Do
mesmo modo que o organismo físico do homem, por meio da Lei Natural,
reproduz seres semelhantes a ele, outros filhos também nascem do
seu ser. Através dos poderes geradores do mundo físico, o
homem ajuda a formar os corpos físicos dos seres vivos que o acompanham
na vida. Do mesmo modo, é capaz de direcionar os planos de substância
que servem para expressar outras Ondas de Vida puramente físicas,
mas, como ele, também em evolução.
No
Terceiro Mundo, onde o homem vermelho nasceu de Brahma, uma grande corrente
de seres construídos por ele emana do Brahma existente no próprio
homem, muito semelhantes aos filhos do seu corpo físico produzidos
neste mundo. Sua responsabilidade em relação a estes seres
é tão grande quanto aos de sua própria carne e sangue,
que crescem ao seu redor na forma de filhos e descendentes. Não podemos
entender o porquê de estes filhos serem invisíveis à
visão normal do mundo físico, todavia, o clarividente treinado
é capaz de vê-los, e entende que, agora, estamos povoando este
mundo com filhos que se tornarão seus futuros cidadãos, tão
certamente quanto povoamos o Plano Astral com os filhos de nossas emoções
–
criaturas estranhas e ardentes nascidas de nosso próprio corpo emocional,
cujo vértice em turbilhão é encontrado no nosso fígado.
Esse corpo é o Leão do Querubim, e, a partir dele, a progênie
do Plano Emocional é derramada no mundo.
Os
planetas de nossa cadeia são os átomos-sementes permanentes
do Homem Universal, e cada átomo é o centro de um sistema
setenário de esferas ou globos compostos por graus variáveis
de densidade. Estes átomos-sementes entoam uma Canção
Mística cujas notas soam como os sons estrondosos de um órgão
colossal da Natureza, e, deste modo, sussurram o Nome Sagrado do Mais Alto.
Na
cadeia setenária de manifestação, nenhuma das criações
percebe ou compreende a existência de qualquer uma das outras nem
é compreendida por qualquer outra.
O
homem (o universo menor) não apenas realiza o trabalho de criação
física, mas, também, gera uma série complicada de criações
mentais e astrais.
A
evolução [reintegração
ascensional] consiste
em elevar sucessivamente o centro da consciência da vida de um plano
para outro, pela harmonização gradual da consciência
com a velocidade vibratória de cada plano.
O
nosso Corpo Astral expressa todos os sentimentos, emoções,
desejos, ódios, medos, excessos e qualidades ativas do organismo
humano. A partir dele, são perpetuamente derramados no Plano Astral
da Natureza os elementais criados pelo homem.
Kama
Loka = Mundo da Compensação. No Kama Loka, a terra do pecado,
o homem deverá encontrar suas criações face a face
e enfrentar os filhos dos seus vícios.
No
Mundo Astral, estão os frutos dos excessos da degeneração
humana e os filhos nascidos do corpo animal do homem. Este, certamente,
é o Inferno de Dante.
Inferno
de Dante (Simbolicamente)
Cada
um de nós, com o poder
[inconsciente]
da imortalidade em nossa [personalidade-]alma,
é capaz de conceder vida às substâncias da Natureza,
modelando-as segundo a expressão dos nossos temperamentos e das nossas
personalidades, e arrojá-las nas essências sutis da existência,
onde flutuam por incontáveis idades, cada uma carregando as bênçãos
ou as maldições com que foram dotadas por nós.
Os
pensamentos são as emanações geométricas do
corpo mental. Germinam e se vitalizam através da união do
Plano Mental com o cérebro físico que, como se fossem pai
e mãe, dão à luz um filho: um pensamento. Para poder
pensar, é necessário que a entidade tenha como centro de poder
consciente um vórtice sutratmico com a mesma velocidade de vibração
que o Plano Mental. Em torno deste centro, ela constrói a aura mental,
que consiste em um veículo em forma de ovo, às vezes, com
pontas uniformes e, às vezes, com a extremidade superior ligeiramente
mais larga. Este ovóide, para se harmonizar com Saturno (que nasceu
da mente), é de uma cor índigo escura, mas, é atravessado
por formas mentais de cores variadas, e, geralmente, possui uma borda lindamente
recortada de luz dourada, que, às vezes, tende para o verde ou para
o alaranjado. Este corpo, que é o veículo da consciência
no Plano Mental, é o mais elevado que somos capazes de construir
hoje, uma vez que os vórtices das partes superiores do corpo ainda
estão adormecidos.
As
formas-pensamento são filhas do homem, e, por tê-las criado,
ele tem a responsabilidade de sua existência, uma vez que não
tem o poder de impedi-las de ir de um lugar para outro.
Os
Devas fazem parte de um grande grupo de Entidades Espirituais (dotadas de
grande sabedoria, glória e poder) que ajudam o Logos Planetário
a levar a cabo as Direções Estabelecidas. [Propósito
+ Plano.]
Na verdade, os
Devas fazem parte de um grupo de Instrutores da Humanidade nos planos
mais elevados da Natureza. [Mais
uma vez repito: não estamos sozinhos.]
Os
antigos reconheciam três grupos de Devas: 1º) os Devas informes
dos Planos Mentais mais elevados, cujos veículos estão formados
pela noite sem nuvens da Substância Arupa –
Essência Mental Abstrata; 2º) os Devas encarnados, que são
os grandes seres que habitam o Rupa ou o plano de formas mentais, composto
por matéria pensante concreta, similar em contextura às formas-pensamento;
e 3º) os Devas do fogo ou os habitantes de Devachan –
o Plano Astral mais elevado.
Os
Devas também são conhecidos como: Nascidos do Suor, Filhos
do Fogo, Nascidos do Sangue e Filhos da Mente.
O
homem não morre de uma vez, mas, em etapas distintas. Ele descarta
não apenas o veículo físico, mas, também, um
corpo etérico, um corpo astral e, finalmente, um corpo mental, que
são abandonados, por ordem de densidade (os mais densos primeiro),
que flutuam na essência da existência por um tempo considerável,
antes de se desintegrarem completamente, uma vez que as sutis essências
da Natureza preservam por muitos anos os corpos que a compõem, da
mesma maneira que o álcool preserva a carne.
Etapas da Morte (Simbolicamente)
Se,
após a morte, o corpo físico é enterrado, o corpo etérico
costuma vaguear perto ou sobre a sepultura onde o corpo denso foi colocado,
e, às vezes, isto leva a uma condição de apego ou ligação
com a Terra. Para evitar esta possibilidade, os ocultistas costumam cremar
o corpo físico. Quando isto é feito, nada resta para vincular
a inteligência mais elevada à matéria, já que
o corpo, pela cremação, é completamente reduzido às
substâncias básicas inorgânicas.
Corpo
Etérico Lamentoso Vagueando sobre uma Sepultura
(Simbolicamente)
Na
fronteira entre os mundos físico e superfísico, há
milhões de formas flutuantes e dantescas [resíduos
ou cascões]
em nuvens sem fim, onde, na interminável marcha do tempo, são
preservadas, até desaparecerem gradual e completamente, porque os
átomos etéricos acabam retornando ao mundo etérico
da mesma maneira que os átomos físicos retornam ao pó.
A
Lua é realmente um fantasma, um corpo morto, sem vida, porque sua
inteligência reencarnou na Terra.
Uma
grande porcentagem das visões dos médiuns são meramente
conchas etéricas vitalizadas por um elemental do Mundo Astral ou
Etérico.
Poucos
sabem, mas, muitos meses após o fim das hostilidades da última
guerra mundial, soldados de ambos os lados, que haviam morrido no confronto,
se levantavam dos campos de batalha e lutavam nos éteres, completamente
inconscientes do fato de estarem mortos. Eles se feriam, se matavam uns
aos outros, se xingavam, proferiam palavrões e, como no passado,
viviam nova e intensamente as explosões das bombas e o matraquear
das metralhadoras. Outros perambulavam entre os cemitérios da Europa,
perguntando-se, muitos anos após suas mortes, o que lhes havia acontecido.
[Por tudo
isto, após a morte ou transição, os cadáveres
devem, devem e devem ser cremados, nunca jamais, nunca jamais,
nunca jamais ser enterrados. O maior bem que uma família poderá
fazer por um ente querido que morreu é mandar cremar o seu corpo.
A cremação acelera o processo de quádrupla libertação.
Enfim, o que poderá haver mais dantesco, mais angustiante e mais
terrível do que morrermos e achar que continuamos vivos? Nem filme
do José Mojica do Caixão Marins, o pai do terror brasileiro,
pode ser mais horrípilo do que isto!]
Os
oceanos estão povoados por navios fantasmas cujas tripulações,
há muito mortas, continuam navegando em direção ao
porto que nunca puderam alcançar enquanto viviam. A bordo dos antigos
galeões do Plano Etérico, o velho bucaneiro espanhol ainda
conta seu ouro, vinculado pela ligação da materialidade e
do egoísmo ao mundo do qual ele não faz mais parte. As casas
de ópio continuam a ser freqüentadas pelos espíritos
daqueles que morreram escravos da maldição deste vício,
e que retornam para inalar a fumaça doentia e se regozijar em seu
infortúnio. Como grandes vampiros, todos procuram desfrutar novamente
as paixões de sua antiga vida terrena, apoderando-se da mente e da
[personalidade-]alma
dos vivos e os obcedando com seus desejos insatisfeitos. Todos estes fatos
nos ensinam uma lição importante: a resposta para o problema
de não permanecermos atados à Terra se resume em duas regras
principais: vida honesta e desapego.
Atado
à Terra (Simbolicamente)
Quando
choramos pelos mortos, quando queremos que eles voltem a este mundo, os
afastamos da tarefa que lhes foi confiada por seu Mestre, e nos cercamos
de fantasmas que nunca voltarão à vida, mas, que mantemos
aqui e impedimos que cumpram o dever que precisam cumprir.
Os
cascões que flutuam no éter e nas regiões inferiores
do Plano Astral são tão incapazes de nos ajudar e nos guiar
na busca de nossa presumida salvação quanto os cadáveres
para nos salvar neste mundo. São estes cascões que mais freqüentemente
são vistos nas visões. Obsedados pelos mais baixos elementais
e pelas larvas do Plano Astral inferior, movem mesas e cadeiras, realizam
materializações e pintam quadros, e o homem, em sua imbecilidade,
transforma em deuses entidades que nem sequer são humanas.
Todos
nós precisamos aprender esta Grande Verdade: nunca devemos prestar
homenagem ao que não conhecemos.
O
Crescimento e a Verdadeira Compreensão Espiritual da Palavra são
o resultado de a consciência aceitar a experiência, sem a qual
o Espírito não poderá melhorar sua herança primitiva.
Inevitavelmente, somos obrigados a manejar os raios da roda da ilusão
até que, como as crianças na escola, nos adiantamos e somos
guindados para uma classe mais elevada.
Nos
tempos atuais, o Corpo Mental é o veículo mais elevado do
homem, exceto para alguns Adeptos e Mestres muito avançados que atuam
conscientemente no Corpo Búdico.
O
Corpo Astral é muito mais antigo do que a mente e, portanto, está
desenvolvido de uma maneira muito mais perfeita. Encontra sua expressão
no homem através do fogo do sangue.
O
Corpo Físico é composto da forma química densa e do
duplo etérico (ou vital), e é a conexão mais antiga
do homem com o universo exterior, sendo, atualmente, o ponto em que todos
os outros Corpos estão centralizados. É através do
Corpo Físico e da sua expressão que, hoje, todo o nosso crescimento
espiritual é realizado.
A
Virtude é a inocência que se transmuta no entendimento inteligente
da Lei Moral. Esta conquista só pode ser alcançada através
da experiência.
—
Fui tentado.
Cedi.
Depois, me encabulei.
Fui tentado.
Resisti.
Depois, me Illuminei.
A
faculdade de desenvolver uma certa linha de raciocínio e de levá-la
a um comportamento bem-sucedido (Continuidade), sem permitir que os interesses
ou os desejos de outras pessoas distraiam a mente, são o resultado
de longos anos despendidos no domínio das forças mentais e
no desenvolvimento da vontade, até o ponto em que ela se torna diretora
de todas as emoções.
A
Discriminação é a capacidade de escolher entre várias
possibilidades aparentemente iguais, mas, diversas, a que melhor se adapta
às necessidades do organismo.
O
Equilíbrio é o poder de não nos deixarmos impressionar
nem mover pelas condições passageiras.
Quando
a adversidade é dominada, nasce a coragem.
A
Compreensão (S[h]abedoria)
é o produto da experiência, [do
esforço pessoal e do mérito].
Nos
tempos atuais, é costume se usar as palavras alma e Espírito
como se elas significassem a mesma coisa. Isto não está correto.
Na Filosofia Oculta, o Espírito é a Essência que sempre
existiu [que
existe e que existirá], e
que constitui a parte imortal de todas as coisas criadas em qualquer um
dos sete mundos nos quais o Plano Cósmico se manifesta. O Espírito
é incriado, é indestrutível e é o germe da Divindade
em todas as criações manifestas: é Deus em nós,
é a permanência eterna, é o triplo Espírito do
ser. A alma é a vestidura do Espírito: o fruto ou o atributo
de toda as experiências adquiridas por nós nos mundos concretos
da matéria mental, da matéria astral e da substância
física. No sentido espiritual, o homem só pode ser vestido
por suas virtudes. Portanto, a
conquista da roupa de ouro da alma é a verdadeira razão da
vida. [Por
tudo isto, como Rosacruz e membro da AMORC,
eu prefiro a expressão personalidade-alma.]
E
perguntou um profeta da Antigüidade: Para
o homem, qual será o benefício se ele ganhar o mundo inteiro
e perder a sua alma?
Na
nossa [personalidade-]alma,
são e estão desenhadas todas as diferentes ações
e reações que constituem a vida. Portanto, a nossa
[personalidade-]alma
é essencialmente de natureza dual: registra os nossos
êxitos e os nossos fracassos. As coisas que fizemos tendo por norma
o bem se tornam nossos anjos guardiães, e nos guiam e nos inspiram
para alcançar novas vitórias, enquanto as coisas que fizemos
maliciosamente se tornam nossos acusadores ameaçadores, sempre nos
confrontando com a responsabilidade compensatória de nossos erros.
O
nosso adversário interno [fabricado
por nós] –
responsável pelo acúmulo de karma ainda não compensado,
uma espécie de corpo de pecado sempre presente, esse espírito
de negação e do mal sempre ameaçador e atuante em nossa
natureza –
foi chamado
pelos antigos de Morador do Umbral.
Nas
Antigas Iniciações, a primeira etapa a ser vencida era passar
pelo monstro aterrorizante que habita a extremidade dos mundos físico
e espiritual. Era ensinado aos Filhos da Luz que nunca poderiam avançar
para regiões distantes nem ganhar
o salário do Mestre dos Construtores, enquanto não
enfrentassem com coragem e resolução o demônio invisível
que habitava em seu interior e enquanto não despertassem as forças
sutis com as quais estavam estruturados. Seja como for, Iniciados ou não,
todos nós, após a morte ou transição, quando
a nossa inteligência vier a atuar por um breve momento nessa extremidade
entre a morte e a vida, terá que enfrentar a sua besta, construída
pelos pecados da carne e pelos crimes cometidos no escuro –
a soma total das nossas perversões (delitos e devassidão,
ódio e medo, ciúme e ganância, paixões e luxúria,
negligência e crime) –
até
o Dia que alcançarmos a LLuz, A reconhecermos e a Ela desapegadamente
servirmos.
O
Guardião do Umbral é o corpo do pecado de todos os seres-humanos-aí-no-mundo
que possuem uma inteligência individual. É
um fato incontestável que não poderemos continuar a servir
igualmente o nosso Demônio Interno e o nosso Deus Interior. Para que
possamos nos libertar, alcançar a LLuz, A reconhecer e a Ela
desapegadamente servir, o
Morador do Umbral deverá morrer. Este é o Mistério
da Crucificação e o significado oculto do Terceiro Grau do
Rito Maçônico.
Eis
alguns vícios que constroem e fortalecem o poder do Morador do
Umbral: emocionalismo, ganância ódio, irritação,
mau humor, medo, desonra, querela, discussão, tristeza, luxúria,
egoísmo, exigência, paixão, apego, queixa, antipatia
e orgulho. [Ainda
que não esgote a lista, vou acrescentar a separatividade, a ofensividade
e a crueldade.] Seja
como for, até que estes problemas tenham sido honestamente enfrentados
e resolvidos, ninguém tem o direito cósmico de lidar com as
coisas por trás do véu que separa este mundo do Invisível.
Ninguém
poderá alcançar o status de Mestre sem antes passar diante
do Guardião de sua natureza mais baixa e transmutar em poderes criativos
os pecados que concedem ao Morador
do Umbral
seu poder.
Há
três degraus que precisam ser subidos para que possamos alcançar
a Sabedoria. São eles:
Pensamento
Reto =
Mente Aberta +
Mente Humilde +
Mente Perspicaz.
Ação
Reta =
Prestar o devido cuidado com o seu corpo +
Fazer os exercícios adequados +
Alinhamento com a Vida +
Fazer contato com tudo o que cresce +
Conhecimento de todas as formas de vida +
Alegria + Ajudar
os necessitados +
Estudo + Progresso.
Atitude
Reta =
Espírito de Amor em tudo +
Ajudr a tornar este mundo um lugar melhor para se viver +
encarar a vida com alegria +
Cooperar com todos que tentam progredir +
Consideração com todos +
Respeito e tolerância com as opiniões divergentes
das nossas.
Muito
do que os ocultistas nos ensinam não tem valor algum para resolver
os problemas atuais. Embora o conhecimento técnico seja necessário,
ele deve ser apresentado de maneira a torná-lo adequado para uso.
Caso contrário, não há necessidade de ensiná-lo.
O
que adianta isto?
O
que adianta isto?
O
que adianta isto?
Os
Illuminados são escolhidos entre os melhores da Terra. Dito de outra
forma: as mentes mais brilhantes, as [personalidades-]alma
mais harmoniosas e os entes que alcançaram os maiores sucessos são
os que são selecionados para Servir ao lado dos Grandes Espíritos.
Os Mestres adotam apenas aqueles que são dignos.
—
Eu era uma Pheretima
havayana,
e não fui selecionado
para Servir
ao lado dos Grandes Espíritos.
Tornei-me
uma Glossoscolex
giganteus,
e não fui selecionado
para Servir
ao lado dos Grandes Espíritos.
Transformei-me
em
Larus
dominicanus,
e, aí, fui selecionado
para Servir
ao lado dos Grandes Espíritos.
A
Illuminação não é um direito de primogenitura
e a Espiritualidade não é uma herança.
Nosso
Deus Interior não deletará os nossos defeitos, mas, nos concederá
tudo o que desejarmos apenas quando provarmos que dominamos a nossa natureza
inferior e que corrigimos os nossos erros. Este é
o Segredo da Esfinge, que, com corpo animal, simboliza o corpo do pecado
do homem –
o Guardião do Umbral.
Esfinge
Todos nós
precisamos aprender esta Grande Verdade: nunca devemos prestar homenagem
ao que não conhecemos.
______
Notas:
1. Sobre este tema,
a Teosofia ensina: A
mediunidade inferior atrai as cascas astrais –
os cadáveres e semicadáveres astrais –
para junto do médium.
Isto é sumamente insalubre. Ao dar sobrevida astral a tais restos
sutis semi-inteligentes, o Espiritismo faz com que este material astral
inferior se transforme em habitantes do umbral, que atuarão de modo
potencialmente terrível durante a próxima encarnação
do indivíduo a quem tais cascas pertenceram. Os habitantes do umbral
funcionam como alter egos sombrios que obstaculizam o progresso da
[personalidade-]alma
na encarnação seguinte... Pensar que qualquer coisa situada
além do mundo físico é necessariamente autêntica
e espiritual constitui uma grave ingenuidade, cujos resultados práticos
são inteiramente negativos.
2. A história
do demônio de Sócrates era, em toda a Antigüidade, muito
bem conhecida nos seus pormenores. Na Apologia de Sócrates,
Xenofonte lhe põe na boca o seguinte: Esta
Voz Profética, que se me dá a entender em todo o curso de
minha vida, certamente, é mais autêntica do que os presságios
tirados do vôo ou das entranhas dos pássaros: chamo-lhe Deus
ou Demônio. Comuniquei aos meus amigos os avisos que recebi, e até
o presente a Sua Voz nunca me disse nada que fosse inexato. E
escreveu Plutarco: Sócrates, tendo um entendimento puro
e claro, era muito sensível ao que o atingia, e o que o atingia podemos
conjeturar que era não uma voz ou um som, mas, a palavra de um demônio
que, sem voz, lhe tocava na parte inteligente da [personalidade-]alma.
As inteligências dos demônios, tendo a sua própria luz,
brilhavam para aqueles que eram suscetíveis e capazes de tal clarão,
não tendo necessidade nem de nomes nem de verbos, dos quais os homens
faziam uso quando falavam uns com os outros, e por intermédio dos
quais eles viam as imagens das inteligências uns dos outros; mas não
conheciam as próprias inteligências senão aqueles que
tinham uma Luz própria e Divina.
Fonte desta
nota:
http://www.guia.heu.nom.br/mentor_espiritual.htm
Música
de fundo:
Celtic Music (Voice
of the Sirens)
Compositor: Brandon Fiechter
Fonte:
https://mp3-muzyka.cc/download/OcTPe0pY
AU0/Celtic-Music-Voice-Of-The-Sirens.html
Páginas
da Internet consultadas:
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https://weheartit.com/entry/268480739
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o-espiritismo-e-a-teosofia/
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http://neftis19.blogspot.com/p/inicio.html
https://www.bluebus.com.br
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Conde_de_Gabalis
https://eruizf.com/martinismo/doc/manly_hall_
claves_perdidas_de_la_masoneria.pdf
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