AS FORÇAS INVISÍVEIS

 

 

Manly Palmer Hall

Manly Palmer Hall

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Introdução

 

 

 

Este estudo se compõe de uma coletânea de fragmentos garimpados na obra As Forças Invisíveis, de autoria de Manly Palmer Hall.

 

 

 

Breve Biografia

 

 

 

Manly Palmer Hall (Peterborough, Ontario, 18 de março de 1901 – 29 de agosto de 1990, Los Angeles, California) foi um místico e autor canadense de mais de cem livros, dentre eles The Secret Teachings of All Ages: An Encyclopedic Outline of Masonic, Hermetic, Qabbalistic and Rosicrucian Symbolical Philosophy, que ele publicou aos 25 anos de idade.

 

Em 1934, Hall fundou a Philosophical Research Society, em Los Angeles, EUA, dedicada ao ideal de buscar soluções para os problemas humanos.

 

Uma biografia mais detalhada está disponível em:

http://www.christianrosenkreuz.org/mph_biografia.htm

 

 

Fragmentos da Obra

 

 

Os Espíritos Elementais podem ser divididos em três grupos: 1º) elementais dos quatro elementos ou éteres, comumente chamados de Espíritos da Natureza; 2º) elementais criados pelo homem nos Planos Astral e Mental; e 3º) o Morador do Umbral ou o Elemental Individual.

 

O Éter, parte do Corpo do Logos Universal (ou de Algo mais elevado que não conhecemos), forma a base do quádruplo veículo humano (físico ou terrestre, etéreo ou aquático, astral ou ardente e mental ou aéreo), que os antigos simbolizavam pelos braços da cruz, é a base da Sagrada Doutrina da Crucificação.

 

Todo o mundo etéreo, com suas muitas correntes cruzadas, está assentado no Plexo Solar e no baço do corpo humano.

 

De acordo com as doutrinas antigas, o Universo tangível é composto por Quatro Elementos principais: Fogo, Ar, Água e Terra. O poder dos mundos causais invisíveis trabalha através destes Quatro Elementos materiais para se manifestar em corpos, células e combinações moleculares.

 

Afirma-se que estas quatro divisões do Éter (Quatro Elementos) são habitadas por grupos de inteligências que se desenvolvem através dessas essências elementais. Eles não possuem um corpo composto e, portanto, não podem alcançar a imortalidade, pois, não têm outra essência germinativa senão a de sua respectiva essência elemental. Por outro lado, como são compostos de uma única substância, estão livres das influências destrutivas e desarmônicas derivadas das correntes opostas que afetam os corpos compostos e, portanto, podem viver centenas e até milhares de anos.

 

Paracelso e o Conde de Gabalis [obra clássica francesa do século XVII sobre elementais, atribuída a Henri de Montfaucon, Abade de Villars (1635 ou 1638 – 1673)], dividem os Espíritos da Natureza em quatro classes:
 

1. Salamandras
Espíritos do Fogo;
2. Silfos
Espíritos do Ar;
3. Ondinas
Espíritos da Água; e
4. Gnomos
Espíritos da Terra.

 

 

O Cavaleiro Polonês

O Cavaleiro Polonês
(Pintura de Rembrandt representativa do Conde de Gabalis)

 

 

Os Gnomos são os mais densos de todos os Espíritos da Natureza e, portanto, estão mais sujeitos às Leis da Mortalidade. Eles vivem no Elemento Terra e trabalham em rochas e, em certa medida, em árvores e flores. Estes homenzinhos, freqüentemente, são vistos por crianças, que perdem a clarividência aos sete anos de idade. Por viverem na escuridão, os Gnomos são propensos à tristeza, e se diz que podem produzir certos efeitos na constituição humana e governar a melancolia, a tristeza e o desânimo.

 

 

Gnomo

Gnomo (Simbolicamente)

 

 

Sob a classificação de Ondinas, são conhecidas as Ninfas, as Nereidas, as Limnátides, as Náiades, as Sereias, as Filhas do Mar e as Deusas do Mar dos antigos. Estes são os elementais cuja casa é o Elemento Água: os oceanos, os lagos, os córregos e os rios da Terra. As Ondinas governam os líquidos ou as forças vitais do corpo humano. Como regra geral, as Ondinas são consideradas amigáveis, e se acredita que sirvam ao homem com amor e sinceridade. Por serem compostas de uma essência mais sutil e de um éter de melhor qualidade, as Ondinas vivem muito mais tempo do que os gnomos, mas, também, estão sujeitas às Leis da Mortalidade. Elas são especialmente interessadas em plantas e flores, provavelmente porque o duplo etérico da planta é constituído do mesmo tipo de éter que o delas. Elas são seres alegres, e a qualidade de suas emoções é mais vital do que astral. Por terem um temperamento vital, as Ondinas exercem considerável influência sobre o temperamento vital dos seres humanos.

 

 

Sereia

Sereia (Simbolicamente)

 

 

Nenhuma faísca ou fogo pode ser acesa na Terra sem a ajuda das Salamandras (os mais fortes e dinâmicos de todos os Elementais), porque são os Espíritos do Fogo. Aqueles que possuem a capacidade de clarividência podem ver as Salamandras se contorcendo e girando nas chamas, especialmente durante uma grande conflagração. As Salamandras vivem no Terceiro Éter, e são responsáveis pelas essências emocionais do homem, refletindo as qualidades do Plano Astral ou Mundo do Fogo. As Salamandras raramente são vistas. Elas vivem até uma idade avançada, e muitas sobrevivem milhares de anos antes de, finalmente, se dissolverem na Essência Primordial da qual se diferenciaram.

 

 

Salamandra

Salamandra (Simbolicamente)

 

 

Os habitantes do Quarto Éter (o mais refinado e o mais elevado de todos) são chamados Silfos ou Espíritos do Ar. Entre outras denominações, os Silfos também são conhecidos como Cavaleiros da Noite, Nascidos do Vento, Anjos da Tempestade, Devas do Ar e Nascidos da Mente. Os Silfos estão sempre ocupados e trabalham com os pensamentos dos seres vivos. Eles colaboram com os elementos aéreos do corpo humano, enquanto as salamandras trabalham através do sangue e dos elementos ardentes do corpo.

 

 

Silfo

Silfo (Simbolicamente)

 

 

Existem outros grupos de elementais, alguns produtos de fenômenos naturais e outros gerados pelo próprio homem. Entre os últimos, estão os elementais do pensamento e da emoção, os fantasmas, os espectros, o Morador do Umbral e as larvas. [Eu tanto tenho dito que somos responsáveis por tudo. Com estas informações adicionais, reflita direitinho sobre o que somos capazes da gerar com os nossos pensamentos (de merda).]

 

O último grupo (também conhecido como cascões etéricos) é constituído dos corpos etéricos de indivíduos que, no decorrer da morte, passaram para o Plano Astral. Na morte, ao ser descartado o veículo etérico, ele é deixado para trás no Éter, onde se desintegra lentamente. Estes cascões estão na base de grande parte das manifestações mediúnicas, fato que pode ser comprovado pelo exame dos globos oculares do médium. Devido à estrutura sutil destes resíduos etéricos, muitos anos costumam ser necessários para que ocorra a desintegração completa. Portanto, um exército de corpos etéricos flutua como lascas de madeira errantes no mar da umidade etérea, descartados por seus proprietários primitivos, que há muito se transferiram para outros Planos da Vida.1

 

 

Cascão

Cascão (Simbolicamente)

 

 

Os Espíritos da Natureza, que, originalmente, estavam sob o domínio do homem adâmico, só podem ser dominados por aqueles que controlam os Elementos em que estas entidades vivem.

 

Os Elementais, guiados por hierarquias mais elevadas, são a base inteligente dos fenômenos naturais e ajudam a implantar qualidades e poderes nas plantas, nos minerais, nos animais e nos homens, como aconteceu no caso do Demônio [Daimónion] de Sócrates.2

 

Os elementais não são apenas da nossa Terra e da cadeia planetária, mas, também, de outros planetas e sistemas solares.

 

A única evolução que os elementais podem experimentar é a evolução de seu próprio Éter, da qual, para eles, é impossível se dissociar.

 

Os Éteres nos corpos dos minerais, das plantas, dos animais e dos homens são a base da diferenciação desses Reinos da Vida. Sem o seu Princípio Vital (que é, na verdade, o Hiram Abiff da Maçonaria), a construção do Templo das Idades não poderia ser edificado.

 

 

Templo Maçônico – Erie (Pensilvânia)

 

 

A evolução do homem consiste na passagem da consciência através dos Quatro Elementos, tão belamente simbolizada nas Iniciações Antigas:

Primeira Iniciação: Destruição do Dragão da Matéria;
Segunda Iniciação: Resgate da Pérola de Grande Valor do Oceano de Substâncias Viventes;
Terceira Iniciação: Passagem do Anel Flamejante; e
Quarta Iniciação: Ascensão pela Senda do Fogo Espiritual.

 

Correlações: Éter Atômico –› Gnomos; Éter Úmido –› Ondinas; Éter Astral –› Salamandras; e Éter Mental –› Silfos.

 

O Éter não é, em, si um mundo, mas, apenas, uma substância capaz de transportar ou de perpetuar o produto de alguma outra esfera. Os antigos se referiam ao Éter chamando-O de Espelho Hipotético da Eternidade, porque reflete os Mundos da Natureza de maneira concreta, vitalizando e impregnando essa forma com as Faíscas da Vida, que ela contém em si mesma.

 

Sem o influxo dos Quatro Éteres, o surgimento da consciência é impossível, pois, Eles são a base do crescimento, da redenção e da regeneração.

 

No interior homem, há uma Pedra de Toque que transforma em uma substância semelhante a ele tudo com o que ele entra em contato.

 

O homem é um Deus em formação [in potentia]. Ele está muito mais perto de se tornar uma Divindade do que crê ou do que lhe convém crer.

 

 

 

 

Do mesmo modo que o organismo físico do homem, por meio da Lei Natural, reproduz seres semelhantes a ele, outros filhos também nascem do seu ser. Através dos poderes geradores do mundo físico, o homem ajuda a formar os corpos físicos dos seres vivos que o acompanham na vida. Do mesmo modo, é capaz de direcionar os planos de substância que servem para expressar outras Ondas de Vida puramente físicas, mas, como ele, também em evolução.

 

No Terceiro Mundo, onde o homem vermelho nasceu de Brahma, uma grande corrente de seres construídos por ele emana do Brahma existente no próprio homem, muito semelhantes aos filhos do seu corpo físico produzidos neste mundo. Sua responsabilidade em relação a estes seres é tão grande quanto aos de sua própria carne e sangue, que crescem ao seu redor na forma de filhos e descendentes. Não podemos entender o porquê de estes filhos serem invisíveis à visão normal do mundo físico, todavia, o clarividente treinado é capaz de vê-los, e entende que, agora, estamos povoando este mundo com filhos que se tornarão seus futuros cidadãos, tão certamente quanto povoamos o Plano Astral com os filhos de nossas emoções criaturas estranhas e ardentes nascidas de nosso próprio corpo emocional, cujo vértice em turbilhão é encontrado no nosso fígado. Esse corpo é o Leão do Querubim, e, a partir dele, a progênie do Plano Emocional é derramada no mundo.

 

Os planetas de nossa cadeia são os átomos-sementes permanentes do Homem Universal, e cada átomo é o centro de um sistema setenário de esferas ou globos compostos por graus variáveis de densidade. Estes átomos-sementes entoam uma Canção Mística cujas notas soam como os sons estrondosos de um órgão colossal da Natureza, e, deste modo, sussurram o Nome Sagrado do Mais Alto.

 

Na cadeia setenária de manifestação, nenhuma das criações percebe ou compreende a existência de qualquer uma das outras nem é compreendida por qualquer outra.

 

O homem (o universo menor) não apenas realiza o trabalho de criação física, mas, também, gera uma série complicada de criações mentais e astrais.

 

A evolução [reintegração ascensional] consiste em elevar sucessivamente o centro da consciência da vida de um plano para outro, pela harmonização gradual da consciência com a velocidade vibratória de cada plano.

 

O nosso Corpo Astral expressa todos os sentimentos, emoções, desejos, ódios, medos, excessos e qualidades ativas do organismo humano. A partir dele, são perpetuamente derramados no Plano Astral da Natureza os elementais criados pelo homem.

 

Kama Loka = Mundo da Compensação. No Kama Loka, a terra do pecado, o homem deverá encontrar suas criações face a face e enfrentar os filhos dos seus vícios.

 

No Mundo Astral, estão os frutos dos excessos da degeneração humana e os filhos nascidos do corpo animal do homem. Este, certamente, é o Inferno de Dante.

 

 

Inferno de Dante

Inferno de Dante (Simbolicamente)

 

 

Cada um de nós, com o poder [inconsciente] da imortalidade em nossa [personalidade-]alma, é capaz de conceder vida às substâncias da Natureza, modelando-as segundo a expressão dos nossos temperamentos e das nossas personalidades, e arrojá-las nas essências sutis da existência, onde flutuam por incontáveis idades, cada uma carregando as bênçãos ou as maldições com que foram dotadas por nós.

 

Os pensamentos são as emanações geométricas do corpo mental. Germinam e se vitalizam através da união do Plano Mental com o cérebro físico que, como se fossem pai e mãe, dão à luz um filho: um pensamento. Para poder pensar, é necessário que a entidade tenha como centro de poder consciente um vórtice sutratmico com a mesma velocidade de vibração que o Plano Mental. Em torno deste centro, ela constrói a aura mental, que consiste em um veículo em forma de ovo, às vezes, com pontas uniformes e, às vezes, com a extremidade superior ligeiramente mais larga. Este ovóide, para se harmonizar com Saturno (que nasceu da mente), é de uma cor índigo escura, mas, é atravessado por formas mentais de cores variadas, e, geralmente, possui uma borda lindamente recortada de luz dourada, que, às vezes, tende para o verde ou para o alaranjado. Este corpo, que é o veículo da consciência no Plano Mental, é o mais elevado que somos capazes de construir hoje, uma vez que os vórtices das partes superiores do corpo ainda estão adormecidos.

 

As formas-pensamento são filhas do homem, e, por tê-las criado, ele tem a responsabilidade de sua existência, uma vez que não tem o poder de impedi-las de ir de um lugar para outro.

 

 

 

 

Os Devas fazem parte de um grande grupo de Entidades Espirituais (dotadas de grande sabedoria, glória e poder) que ajudam o Logos Planetário a levar a cabo as Direções Estabelecidas. [Propósito + Plano.] Na verdade, os Devas fazem parte de um grupo de Instrutores da Humanidade nos planos mais elevados da Natureza. [Mais uma vez repito: não estamos sozinhos.]

 

Os antigos reconheciam três grupos de Devas: 1º) os Devas informes dos Planos Mentais mais elevados, cujos veículos estão formados pela noite sem nuvens da Substância Arupa Essência Mental Abstrata; 2º) os Devas encarnados, que são os grandes seres que habitam o Rupa ou o plano de formas mentais, composto por matéria pensante concreta, similar em contextura às formas-pensamento; e 3º) os Devas do fogo ou os habitantes de Devachan o Plano Astral mais elevado.

 

Os Devas também são conhecidos como: Nascidos do Suor, Filhos do Fogo, Nascidos do Sangue e Filhos da Mente.

 

O homem não morre de uma vez, mas, em etapas distintas. Ele descarta não apenas o veículo físico, mas, também, um corpo etérico, um corpo astral e, finalmente, um corpo mental, que são abandonados, por ordem de densidade (os mais densos primeiro), que flutuam na essência da existência por um tempo considerável, antes de se desintegrarem completamente, uma vez que as sutis essências da Natureza preservam por muitos anos os corpos que a compõem, da mesma maneira que o álcool preserva a carne.

 

 

Etapas da Morte (Simbolicamente)

 

 

Se, após a morte, o corpo físico é enterrado, o corpo etérico costuma vaguear perto ou sobre a sepultura onde o corpo denso foi colocado, e, às vezes, isto leva a uma condição de apego ou ligação com a Terra. Para evitar esta possibilidade, os ocultistas costumam cremar o corpo físico. Quando isto é feito, nada resta para vincular a inteligência mais elevada à matéria, já que o corpo, pela cremação, é completamente reduzido às substâncias básicas inorgânicas.

 

 

Corpo Etérico Lamentoso Vagueando sobre uma Sepultura
(Simbolicamente)

 

 

Na fronteira entre os mundos físico e superfísico, há milhões de formas flutuantes e dantescas [resíduos ou cascões] em nuvens sem fim, onde, na interminável marcha do tempo, são preservadas, até desaparecerem gradual e completamente, porque os átomos etéricos acabam retornando ao mundo etérico da mesma maneira que os átomos físicos retornam ao pó.

 

A Lua é realmente um fantasma, um corpo morto, sem vida, porque sua inteligência reencarnou na Terra.

 

Uma grande porcentagem das visões dos médiuns são meramente conchas etéricas vitalizadas por um elemental do Mundo Astral ou Etérico.

 

Poucos sabem, mas, muitos meses após o fim das hostilidades da última guerra mundial, soldados de ambos os lados, que haviam morrido no confronto, se levantavam dos campos de batalha e lutavam nos éteres, completamente inconscientes do fato de estarem mortos. Eles se feriam, se matavam uns aos outros, se xingavam, proferiam palavrões e, como no passado, viviam nova e intensamente as explosões das bombas e o matraquear das metralhadoras. Outros perambulavam entre os cemitérios da Europa, perguntando-se, muitos anos após suas mortes, o que lhes havia acontecido. [Por tudo isto, após a morte ou transição, os cadáveres devem, devem e devem ser cremados, nunca jamais, nunca jamais, nunca jamais ser enterrados. O maior bem que uma família poderá fazer por um ente querido que morreu é mandar cremar o seu corpo. A cremação acelera o processo de quádrupla libertação. Enfim, o que poderá haver mais dantesco, mais angustiante e mais terrível do que morrermos e achar que continuamos vivos? Nem filme do José Mojica do Caixão Marins, o pai do terror brasileiro, pode ser mais horrípilo do que isto!]

 

Os oceanos estão povoados por navios fantasmas cujas tripulações, há muito mortas, continuam navegando em direção ao porto que nunca puderam alcançar enquanto viviam. A bordo dos antigos galeões do Plano Etérico, o velho bucaneiro espanhol ainda conta seu ouro, vinculado pela ligação da materialidade e do egoísmo ao mundo do qual ele não faz mais parte. As casas de ópio continuam a ser freqüentadas pelos espíritos daqueles que morreram escravos da maldição deste vício, e que retornam para inalar a fumaça doentia e se regozijar em seu infortúnio. Como grandes vampiros, todos procuram desfrutar novamente as paixões de sua antiga vida terrena, apoderando-se da mente e da [personalidade-]alma dos vivos e os obcedando com seus desejos insatisfeitos. Todos estes fatos nos ensinam uma lição importante: a resposta para o problema de não permanecermos atados à Terra se resume em duas regras principais: vida honesta e desapego.

 

 

Atado à Terra (Simbolicamente)

 

 

Quando choramos pelos mortos, quando queremos que eles voltem a este mundo, os afastamos da tarefa que lhes foi confiada por seu Mestre, e nos cercamos de fantasmas que nunca voltarão à vida, mas, que mantemos aqui e impedimos que cumpram o dever que precisam cumprir.

 

Os cascões que flutuam no éter e nas regiões inferiores do Plano Astral são tão incapazes de nos ajudar e nos guiar na busca de nossa presumida salvação quanto os cadáveres para nos salvar neste mundo. São estes cascões que mais freqüentemente são vistos nas visões. Obsedados pelos mais baixos elementais e pelas larvas do Plano Astral inferior, movem mesas e cadeiras, realizam materializações e pintam quadros, e o homem, em sua imbecilidade, transforma em deuses entidades que nem sequer são humanas.

 

Todos nós precisamos aprender esta Grande Verdade: nunca devemos prestar homenagem ao que não conhecemos.

 

O Crescimento e a Verdadeira Compreensão Espiritual da Palavra são o resultado de a consciência aceitar a experiência, sem a qual o Espírito não poderá melhorar sua herança primitiva. Inevitavelmente, somos obrigados a manejar os raios da roda da ilusão até que, como as crianças na escola, nos adiantamos e somos guindados para uma classe mais elevada.

 

Nos tempos atuais, o Corpo Mental é o veículo mais elevado do homem, exceto para alguns Adeptos e Mestres muito avançados que atuam conscientemente no Corpo Búdico.

 

O Corpo Astral é muito mais antigo do que a mente e, portanto, está desenvolvido de uma maneira muito mais perfeita. Encontra sua expressão no homem através do fogo do sangue.

 

O Corpo Físico é composto da forma química densa e do duplo etérico (ou vital), e é a conexão mais antiga do homem com o universo exterior, sendo, atualmente, o ponto em que todos os outros Corpos estão centralizados. É através do Corpo Físico e da sua expressão que, hoje, todo o nosso crescimento espiritual é realizado.

 

A Virtude é a inocência que se transmuta no entendimento inteligente da Lei Moral. Esta conquista só pode ser alcançada através da experiência.

 

Fui tentado.
Cedi.
Depois, me encabulei.
Fui tentado.
Resisti.
Depois, me I
lluminei.

 

A faculdade de desenvolver uma certa linha de raciocínio e de levá-la a um comportamento bem-sucedido (Continuidade), sem permitir que os interesses ou os desejos de outras pessoas distraiam a mente, são o resultado de longos anos despendidos no domínio das forças mentais e no desenvolvimento da vontade, até o ponto em que ela se torna diretora de todas as emoções.

 

A Discriminação é a capacidade de escolher entre várias possibilidades aparentemente iguais, mas, diversas, a que melhor se adapta às necessidades do organismo.

 

O Equilíbrio é o poder de não nos deixarmos impressionar nem mover pelas condições passageiras.

 

Quando a adversidade é dominada, nasce a coragem.

 

A Compreensão (S[h]abedoria) é o produto da experiência, [do esforço pessoal e do mérito].

 

 

Piano

 

 

Nos tempos atuais, é costume se usar as palavras alma e Espírito como se elas significassem a mesma coisa. Isto não está correto. Na Filosofia Oculta, o Espírito é a Essência que sempre existiu [que existe e que existirá], e que constitui a parte imortal de todas as coisas criadas em qualquer um dos sete mundos nos quais o Plano Cósmico se manifesta. O Espírito é incriado, é indestrutível e é o germe da Divindade em todas as criações manifestas: é Deus em nós, é a permanência eterna, é o triplo Espírito do ser. A alma é a vestidura do Espírito: o fruto ou o atributo de toda as experiências adquiridas por nós nos mundos concretos da matéria mental, da matéria astral e da substância física. No sentido espiritual, o homem só pode ser vestido por suas virtudes. Portanto, a conquista da roupa de ouro da alma é a verdadeira razão da vida. [Por tudo isto, como Rosacruz e membro da AMORC, eu prefiro a expressão personalidade-alma.]

 

E perguntou um profeta da Antigüidade: Para o homem, qual será o benefício se ele ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?

 

Na nossa [personalidade-]alma, são e estão desenhadas todas as diferentes ações e reações que constituem a vida. Portanto, a nossa [personalidade-]alma é essencialmente de natureza dual: registra os nossos êxitos e os nossos fracassos. As coisas que fizemos tendo por norma o bem se tornam nossos anjos guardiães, e nos guiam e nos inspiram para alcançar novas vitórias, enquanto as coisas que fizemos maliciosamente se tornam nossos acusadores ameaçadores, sempre nos confrontando com a responsabilidade compensatória de nossos erros.

 

O nosso adversário interno [fabricado por nós] – responsável pelo acúmulo de karma ainda não compensado, uma espécie de corpo de pecado sempre presente, esse espírito de negação e do mal sempre ameaçador e atuante em nossa natureza foi chamado pelos antigos de Morador do Umbral.

 

Nas Antigas Iniciações, a primeira etapa a ser vencida era passar pelo monstro aterrorizante que habita a extremidade dos mundos físico e espiritual. Era ensinado aos Filhos da Luz que nunca poderiam avançar para regiões distantes nem ganhar o salário do Mestre dos Construtores, enquanto não enfrentassem com coragem e resolução o demônio invisível que habitava em seu interior e enquanto não despertassem as forças sutis com as quais estavam estruturados. Seja como for, Iniciados ou não, todos nós, após a morte ou transição, quando a nossa inteligência vier a atuar por um breve momento nessa extremidade entre a morte e a vida, terá que enfrentar a sua besta, construída pelos pecados da carne e pelos crimes cometidos no escuro a soma total das nossas perversões (delitos e devassidão, ódio e medo, ciúme e ganância, paixões e luxúria, negligência e crime) até o Dia que alcançarmos a LLuz, A reconhecermos e a Ela desapegadamente servirmos.

 

O Guardião do Umbral é o corpo do pecado de todos os seres-humanos-aí-no-mundo que possuem uma inteligência individual. É um fato incontestável que não poderemos continuar a servir igualmente o nosso Demônio Interno e o nosso Deus Interior. Para que possamos nos libertar, alcançar a LLuz, A reconhecer e a Ela desapegadamente servir, o Morador do Umbral deverá morrer. Este é o Mistério da Crucificação e o significado oculto do Terceiro Grau do Rito Maçônico.

 

Eis alguns vícios que constroem e fortalecem o poder do Morador do Umbral: emocionalismo, ganância ódio, irritação, mau humor, medo, desonra, querela, discussão, tristeza, luxúria, egoísmo, exigência, paixão, apego, queixa, antipatia e orgulho. [Ainda que não esgote a lista, vou acrescentar a separatividade, a ofensividade e a crueldade.] Seja como for, até que estes problemas tenham sido honestamente enfrentados e resolvidos, ninguém tem o direito cósmico de lidar com as coisas por trás do véu que separa este mundo do Invisível.

 

Ninguém poderá alcançar o status de Mestre sem antes passar diante do Guardião de sua natureza mais baixa e transmutar em poderes criativos os pecados que concedem ao Morador do Umbral seu poder.

 

Há três degraus que precisam ser subidos para que possamos alcançar a Sabedoria. São eles:

 

 

 

Pensamento Reto = Mente Aberta + Mente Humilde + Mente Perspicaz.

 

Ação Reta = Prestar o devido cuidado com o seu corpo + Fazer os exercícios adequados + Alinhamento com a Vida + Fazer contato com tudo o que cresce + Conhecimento de todas as formas de vida + Alegria + Ajudar os necessitados + Estudo + Progresso.

 

Atitude Reta = Espírito de Amor em tudo + Ajudr a tornar este mundo um lugar melhor para se viver + encarar a vida com alegria + Cooperar com todos que tentam progredir + Consideração com todos + Respeito e tolerância com as opiniões divergentes das nossas.

 

Muito do que os ocultistas nos ensinam não tem valor algum para resolver os problemas atuais. Embora o conhecimento técnico seja necessário, ele deve ser apresentado de maneira a torná-lo adequado para uso. Caso contrário, não há necessidade de ensiná-lo.

 

 

O que adianta isto?

 

 

O que adianta isto?

O que adianta isto?

 

 

O que adianta isto?

 

 

Os Illuminados são escolhidos entre os melhores da Terra. Dito de outra forma: as mentes mais brilhantes, as [personalidades-]alma mais harmoniosas e os entes que alcançaram os maiores sucessos são os que são selecionados para Servir ao lado dos Grandes Espíritos. Os Mestres adotam apenas aqueles que são dignos.

 

Eu era uma Pheretima havayana,
e não fui
selecionado para Servir
ao lado dos Grandes Espíritos.
Tornei-me
uma
Glossoscolex giganteus,
e não fui
selecionado para Servir
ao lado dos Grandes Espíritos.
Transformei-me em
Larus dominicanus,
e, aí, fui
selecionado para Servir
ao lado dos Grandes Espíritos.

 

A Illuminação não é um direito de primogenitura e a Espiritualidade não é uma herança.

 

Nosso Deus Interior não deletará os nossos defeitos, mas, nos concederá tudo o que desejarmos apenas quando provarmos que dominamos a nossa natureza inferior e que corrigimos os nossos erros. Este é o Segredo da Esfinge, que, com corpo animal, simboliza o corpo do pecado do homem o Guardião do Umbral.

 

 

Esfinge

 

 

Todos nós precisamos aprender esta Grande Verdade: nunca devemos prestar homenagem ao que não conhecemos.

 

 

 

 

 

 

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Notas:

1. Sobre este tema, a Teosofia ensina: A mediunidade inferior atrai as cascas astrais os cadáveres e semicadáveres astrais para junto do médium. Isto é sumamente insalubre. Ao dar sobrevida astral a tais restos sutis semi-inteligentes, o Espiritismo faz com que este material astral inferior se transforme em habitantes do umbral, que atuarão de modo potencialmente terrível durante a próxima encarnação do indivíduo a quem tais cascas pertenceram. Os habitantes do umbral funcionam como alter egos sombrios que obstaculizam o progresso da [personalidade-]alma na encarnação seguinte... Pensar que qualquer coisa situada além do mundo físico é necessariamente autêntica e espiritual constitui uma grave ingenuidade, cujos resultados práticos são inteiramente negativos.

 

 

 

 

2. A história do demônio de Sócrates era, em toda a Antigüidade, muito bem conhecida nos seus pormenores. Na Apologia de Sócrates, Xenofonte lhe põe na boca o seguinte: Esta Voz Profética, que se me dá a entender em todo o curso de minha vida, certamente, é mais autêntica do que os presságios tirados do vôo ou das entranhas dos pássaros: chamo-lhe Deus ou Demônio. Comuniquei aos meus amigos os avisos que recebi, e até o presente a Sua Voz nunca me disse nada que fosse inexato. E escreveu Plutarco: Sócrates, tendo um entendimento puro e claro, era muito sensível ao que o atingia, e o que o atingia podemos conjeturar que era não uma voz ou um som, mas, a palavra de um demônio que, sem voz, lhe tocava na parte inteligente da [personalidade-]alma. As inteligências dos demônios, tendo a sua própria luz, brilhavam para aqueles que eram suscetíveis e capazes de tal clarão, não tendo necessidade nem de nomes nem de verbos, dos quais os homens faziam uso quando falavam uns com os outros, e por intermédio dos quais eles viam as imagens das inteligências uns dos outros; mas não conheciam as próprias inteligências senão aqueles que tinham uma Luz própria e Divina.

Fonte desta nota:

http://www.guia.heu.nom.br/mentor_espiritual.htm

 

Música de fundo:

Celtic Music (Voice of the Sirens)
Compositor: Brandon Fiechter

Fonte:

https://mp3-muzyka.cc/download/OcTPe0pY
AU0/Celtic-Music-Voice-Of-The-Sirens.html

 

Páginas da Internet consultadas:

https://www.vectorstock.com

https://germguy.wordpress.com

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https://es.123rf.com

https://weheartit.com/entry/268480739

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https://www.filosofiaesoterica.com/
o-espiritismo-e-a-teosofia/

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https://pt.wikipedia.org/wiki/Conde_de_Gabalis

https://eruizf.com/martinismo/doc/manly_hall_
claves_perdidas_de_la_masoneria.pdf

 

Direitos autorais:

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