FINITAMENTE ILIMITADO

 

 

 

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Foi a pura imaginação ilusória que nos impôs a quimera de ser a nossa Terra o centro do Uni[multi]verso – [que, por ser ilimitado, não pode ter centro] e que, estando só ela fixa e imóvel, tudo o mais se move ao redor dela. [Teoria do Universo Geocêntrico ou Geocentrismo. Na Antigüidade, era raro quem discordasse desta cegueira, e entre os filósofos cegos que defendiam esta teoria, o mais conhecido e o mais famoso foi o cego Aristóteles (Estagira, 384 a.C. – Atenas, 322 a.C.).] [In: Sobre o Infinito, o Universo e os Mundos, de autoria de Giordano Bruno.]

 

 

 

 

Nem centro nem periferia,
nem dentro nem fora,
nem alto nem baixo,
nem sul nem norte,
nem leste nem oeste,
nem perto nem longe,
nem frente nem retaguarda,
nem espaço nem tempo,
nem aqui nem ali,
nem isso nem aquilo,
nem ontem, nem hoje, nem amanhã,
nem nem ...

Na verdade, na verdade,
sem hipocrisia nem falsidade,
sem futilidade nem vanidade,
sem embromação nem anormalidade,
sem babaquice nem nescidade,
nem Geocentrismo nem Heliocentrismo,
nem Big Bang nem big the end,
nem parido do nada nem apocalipse,
nem Juízo Final nem fim do mundo,
nem qualquer outra maluquice delirante
para explicar o que não compreendemos.
Quem pode afirmar alguma coisa
sobre o que é finito, porém, ilimitado?
O máximo que podemos dizer
sobre o nosso Unimultiverso
é que Ele é finito, porém, ilimitado.
E... Mesmo assim... Sei lá!
Os que palavreavam outra coisa
foram os mesmos inquisidores cruéis e esquizofrênicos
– não mais do que eunucos filhos-da-puta –
que, para puxar o saco do papa Clemente VIII
e manter os seus pés-de-altar, direitos de estola,
barriga cheia e cama quentinha,
mandaram o Giordano Bruno para a fogueira!

Ora, como pode ter
centro ou periferia,
dentro ou fora,
altura ou sofralda,
sul ou norte,
leste ou oeste,
proximidade ou lonjura,
frente ou retaguarda,
espaço ou tempo,
aqui ou ali,
isso ou aquilo,
ou ,
o que, desde sempre e para sempre,
é finitamente ilimitado?

 

 

 

 

Música de fundo:

Symphony nº 9, in D Minor - III
Composição: Josef Anton Bruckner
Interpretação:The Europa Philharmonie; maestro: Maximianno Cobra

Fonte:

https://www.youtube.com/watch?v=7drSaPJlZtE

Observação:

Admite-se que esta composição esteja associada ao 1º Raio [Vontade Divina (em nós)].

 

 

Josef Anton Bruckner

 

 

Páginas da Internet consultadas:

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