Se
esquerda significa ser contra a ordem social existente e direita a favor,
a Social-democracia é, sem dúvida, uma corrente de esquerda.
Há
direitos que são universais e não podemos abdicar deles. O
Brasil tem obrigação de dizer: ‘isso não’.
Tem o limite de constrangimento do outro, que é inaceitável.
Em
setores como energia e comunicação, estamos próximos
do estrangulamento, e o colapso só não ocorreu devido ao menor
ritmo de crescimento econômico da última década.
Não é a moeda forte
que faz o país. O país é que faz a moeda forte.
Na
época em que fui criado, só se concebia a revolução
como meio de mudar a realidade existente. O País era criticado porque
as elites políticas tinham tradição de conciliação.
Será que não é essa a solução certa?
O
valor médio dos benefícios da Previdência Social cresceu
e tem que ser mantido. Para isto, é preciso fazer a reforma, para
que aqueles que se locupletam da Previdência não se locupletem
mais, não se aposentem com menos de 50 anos, não sejam vagabundos
em um País de pobres e miseráveis.
Vida
de rico é muito chata.
A
demanda por eqüidade está aumentando, parcialmente, como resultado
da globalização da informação, mas é
dirigida a um Estado que está reduzindo suas funções
e tem menos controle sobre suas opções de política
econômica.
Eu também comemoro a melhoria
na distribuição de renda. A política dele (Lula) é
a minha.
A capacidade de coagir tem que existir.
Mas, hoje, tem outros mecanismos de participação também
importantes. Crescentemente, vamos ter que usar o poder de convencimento,
e o Brasil, nesse ponto de vista, tem situação bastante privilegiada.
Isso
é outra coisa que precisa acabar no Brasil – essa mentalidade
atrasada de que o presidente vai passear. Tenha paciência.
Se
a pessoa não consegue produzir, coitada, vai ser professor. Então
é aquela angústia para saber se o pesquisador vai ter um nome
na praça ou se vai dar aula a vida inteira e repetir o que os outros
fazem.
A
ética do PT é roubar.
Não
pode haver preconceito contra quem sabe. Saber não é errado.
O
povo deve estar se perguntando: vocês são peixe
ou carne de vaca? Temos de dizer claramente quem somos.
Não
somos tigres, não damos saltos felinos. Somos uma baleia que se move
devagar, mas com firmeza.
Levamos
muitos anos sendo o País do futuro. Chegou o futuro, o futuro é
hoje, o futuro é agora.
É
preciso uma pitada de candomblé para poder governar e entender este
imenso Brasil.
Eu
sou cartesiano; mas tenho uma pitada de candomblé.
Vou
terminar usando as palavras que ouvi de Händel,1
que são as palavras mais belas que se pode ouvir. E cito Händel:
'Aleluia'.
Acho
que deveríamos incluir todas as drogas – além da maconha.
Todas fazem mal. Mas a política de guerra às drogas não
está funcionando.
Imaginar
um mundo sem drogas é um objetivo difícil de ser alcançado.
É como imaginar um mundo sem sexo.
Há
excessos? Bem, pode ser que existam excessos que se corrigem, porque havendo
liberdade haverá sempre a reação de outros setores
que vão permitir a correção desses excessos.
Essa
obsessão de parar de trabalhar em uma certa idade vai criar problemas
na Previdência.
Lula
é muito bom surfista, mas não forma onda. Eu tive que formar
onda em muitas ocasiões, e, muitas vezes, me embrulhei na onda.
Também
tenho um pé na cozinha.
Voto
você não recusa.
A
droga tem de ser discutida de uma maneira mais ampla. Enquanto não
se entender que boa parte da questão da droga tem a ver com a proibição,
por exemplo, da maconha, e tem a ver com a falta de tratamento, enquanto
não se induzir as pessoas a entender que a droga é também
uma questão de saúde, e não apenas de repressão
e enquanto não se diminuir o consumo, você vai ter gente se
arriscando e fazendo tráfico.
Eu
não estou aqui para ver o PT se arrebentar. O Brasil precisa de partidos
que tenham uma certa história, e o PT tem.
Ele
(Lula) está muito encolhido. Gostaria de vê-lo mais ativo.
Estamos
diante de uma forma nova de corrupção, organizada supostamente
sob a batuta do principal partido de sustentação do Governo,
que veio à luz não por denúncias da oposição
nem encontrou nela quem desse qualquer eco 'golpista'. Quem pariu Mateus
que o embale.
O
Presidente Lula vai à África e diz que é para vender,
mas não é; até porque não tem quem compre.
Não
é meu estilo fazer articulação para atrapalhar o Governo.
O Governo se atrapalha sozinho.
Nós
(brasileiros) estamos olhando pra uma capacidade (que é grande) que
nós temos de criar riqueza; mas não estamos olhando para uma
capacidade (que não temos) de criar bem estar.
A
Economia vai bem, mas isso depende de a população se sentir
avançando no dia-a-dia. Isso depende, em parte, da Economia, depende
da gestão e da política. E, quando os políticos embrulham
o jogo, isso perturba tudo. E o jogo agora está embrulhado.
Posso não ser humilde, mas
bobo também não sou.
Um pouquinho de humildade é
bom, ajuda.
Tem de aproveitar a janela de oportunidades
e se jogar de cabeça na onda boa. Eu nasci no Rio de Janeiro. Então,
onda eu sei pegar. Nós estamos nessa fase em que eu não estou
ainda certo de que o Brasil vai saber fazer jacaré.
A
injustiça não se suprime por decreto.
Criticando
o critério das indenizações aos perseguidos pelo regime
militar: As indenizações devem ser dadas a todos
aqueles que realmente sofreram, mas com certa preocupação
de não deformar uma reparação e transformá-la
em uma propina.
Vou pedir à Nossa Senhora
Aparecida que ajude a espantar as crises do Brasil.
Fui
Ministro da Fazenda, o que não significa que eu entenda muito de
Economia. Para ser um bom ministro, não é preciso saber de
finanças, mas conhecer quem saiba.2
A
carteira de empréstimos do Banco Mundial é equivalente à
do BNDES, e todo empresário reclama que o BNDES tem pouco dinheiro.
Não tem pouco dinheiro; tem é pouca competência para
conceder empréstimos.
Preocupa-me
uma coisa em relação ao Brasil: todos os candidatos democratas
são protecionistas. São todos petistas.
Não
tem sentido levar a vida pensando no que já foi. Quero ter uma vida
correspondente ao que sou agora.
Lula
vai demorar um pouco para notar que pode muito menos do que ele pensa que
pode.
Sinto
saudade da piscina do Alvorada.
Não
tinha o hábito de ser tocado. A relação física
com as pessoas era extremamente difícil para mim: um abraço,
um beijo. Mas agora ninguém me dá.3
Será
que é preciso manter por tanto tempo as taxas de juros tão
altas?4
Se
a herança do meu Governo foi tão ruim assim, por que continuar?
O PT está continuando.
A
política econômica seguida pelo Brasil é responsável.
Leva em consideração a necessidade de manter o orçamento
equilibrado, de fazer as reformas, criando condições para
inflação baixa e um clima favorável ao investimento.
Sempre
tive um pensamento progressista; portanto, nesse sentido, de esquerda.
Lula tem bons sentimentos; é
uma boa pessoa. Isto conta.
É
muito agradável andar sem gente em volta e sem guarda-costas. Talvez
seja esse o maior prazer, apesar do frio.
Um
homem político tem de ter a prudência de calar.
O
drama do homem do poder é que o que ele faz depende dos outros, e
não só dele.
O instinto de Lula nunca foi de ferrabrás.5
Não diria isso do partido, mas o dele nunca foi.
Tenho
uma dificuldade que acho que todos os brasileiros deveriam ter. Lutamos
tanto contra o regime autoritário! Naquele tempo, se prorrogava mandato
através do Congresso. Vamos voltar a prorrogar mandato? Isto fere
a essência da Democracia.
Sem
partidos fortes, não há Democracia possível.
Sarney
mudou a cor dos cabelos, mudou de Estado para ganhar a eleição,
mas continua o mesmo político: desinformado e fora de sintonia.
Temos
que dialogar com o adversário. E não é para aderir;
mas para atraí-lo ou neutralizá-lo.
Antes
das eleições todos os candidatos beijaram a cruz.
Quando fui chanceler, era notável
a falta de diversidade. Era muito pequeno o colorido no Itamaraty. Não
fica bem, não fica bonito. É melhor ter um leque muito mais
variado. Não tem cabimento ser monocromático; nós não
somos assim.6
Governar
pode ser, e com freqüência é, navegar em um nevoeiro denso.
Não
adianta dizer ‘eu mudei’. Mudar não é trajar melhor;é
ter outra concepção na cabeça.
A
legitimidade se renova no dia-a-dia. Não adianta termos milhões
de votos. Eu tive tantos... Os votos você tem no dia da eleição;
no dia seguinte não tem mais nada.
Não
temos de ter medo da globalização. Temos de ter competência
para nos inserir.
Em
2002, dizendo que os países pobres devem dar exemplo aos ricos em
relação a questões de energia e de biodiversidade:
Se formos esperar que os ricos e prósperos venham fazer por nós,
nós vamos esperar muito tempo, e eles não farão nada.
A
pior guerra é a guerra contínua contra a Natureza, que é
silenciosa, que destrói ao longo do tempo.7
Sem
dúvida, seria um quase suicídio pensar em fechar a Economia
outra vez, em fazer barreiras tarifárias e fazer com que haja algum
setor protegido no Brasil.
Eu
fico vendo e não falo nada. Enquanto sou presidente, não posso
falar o que penso. Mas, depois, eu vou dizer, porque dizem tanta coisa vazia,
tanta crítica que não tem base na realidade.8
Buchada
de bode não é ruim. O que dá dor de barriga é
a comida do Itamaraty.
O
Rio é sempre uma maravilha. Falam em crise e esse pessoal todo na
praia.
Há
uma certa forma de desordem que, no caso brasileiro, por causa de sua mestiçagem
cultural, tende, muitas vezes, a ser criativa, dando ao povo brasileiro
uma grande plasticidade mental.
O
Brasil não aceita mais inflação. Não aceita
mais truque ou que não se honre a palavra dada.
42
é número de calçado, não número de inflação.
Esse número não tem nenhum cabimento.
A
inflação não é mais convivial. Ela virou uma
urticária. É preciso parar de coçar e fazer alguma
coisa.
O
mundo não pode variar entre a exuberância irracional e o pessimismo
irracional. Tem de haver alguma racionalidade.
Ah!,
se tudo desse certo! Talvez até não tivesse graça.
Se tudo desse certo, não precisaria de políticos, menos ainda
de estadistas.
Se o mercado fica nervoso, dá
calmante; passa.
Os
mercados de capital passaram a atuar como verdadeiros vigilantes das gestões
nacionais. Qualquer medida, por mais correta do ponto de vista interno,
que possa contrariar o interesse dos investidores, tem como conseqüência
a revoada dos capitais, com sérios efeitos para a saúde do
sistema financeiro.
O
inimigo hoje é o crime. Vamos nos unir e vamos derrotá-lo.
É utópico? Talvez.
Mas, sem Utopia ninguém muda o mundo.
Senador
é só pose. Quem manda mesmo é deputado.
Comentando
que o Governo do presidente George Walker Bush relegou a América
Latina à irrelevância: Voltamos todos a ser um tanto
irrelevantes. Eles não são contra nós; mas passamos
a ser irrelevantes sob esse ângulo.
Não
podemos ficar contentes quando há um processo como o que está
ocorrendo na Venezuela. De alguma maneira existe aí uma quebra de
institucionalidade. É preciso que haja eleições.
O
Neoliberalismo9,
aqui, nunca teve chance. Este é um País muito pobre, e o Estado
sempre terá papel importante na redução das diferenças
sociais.
Só
quem não tem nada na cabeça é que fica repetindo que
o governo é neoliberal. Isso é neobobismo.
A
única coisa que organiza o Brasil, hoje, é o mercado, e isso
é dramático. O Neoliberalismo venceu. Ao contrário
do que pensam, contra a minha vontade.
O que houve não foi uma ruptura
epistemológica no meu projeto intelectual, mas uma ruptura ontológica
do mundo... No final da década de 80, não estávamos
mais enfrentando teorias, mas a realidade. Olhamos o que existia e estava
tudo em pedaços. Estávamos falidos. Fomos forçados
a privatizar; não havia outro jeito.
A
CPMF10
é necessária. Pode-se discutir se é boa ou má,
não importa. Uma porção de ações de saúde
e o equilíbrio fiscal dependem dela. Então, eu diria que é
um imperativo de consciência nacional.
Nem
o presidente nem os ministros são acrobatas de circo para fazer piruetas,
receber aplausos e desaparecer nos bastidores.
Sou
mulatinho; tenho um pé na cozinha. Não tenho preconceito.
Chega
dessa república do nhenhenhém.
Os brasileiros são caipiras,
desconhecem o outro lado, e, quando conhecem, encantam-se.
Marx11
costumava usar a Inglaterra para falar de seu País, a Alemanha, com
cores sombrias. Eu, não. Sou um otimista ao falar do meu País.
O Brasil mudou muito e precisamos encarar o futuro com otimismo. É
uma sociedade aberta por dentro e por fora.
O
aumento da desigualdade e da exclusão que a globalização
parece alimentar é intrincado e de difícil combate. Manifesta-se
tanto no plano interno dos países desenvolvidos e em desenvolvimento
como no plano internacional.
Hipótese
de reeleição e de deixar a mulher não são comigo.
Hoje, parece loucura imaginar um
regime autoritário em Brasília. Esse tipo de coisa não
é previsível nem racional. Mas pode aparecer um maluco, e
pronto.
Sabemos
que o mais forte ganha. Mas depois, quem obedece?
Acho que nós, brasileiros,
ainda não entendemos que a política externa é interna.
A
diferença entre o Presidente Clinton12
e mim é que ele tem contra si uma maioria organizada e eu tenho a
meu favor uma maioria desorganizada.
A
caneta que nomeia é a mesma que demite.
Todos
os dias leio os jornais para saber o que penso.
O
Brasil, que já apertou tanto as coisas, não sabe mais o que
apertar, para se ajustar a um minuto que enlouqueceu.
Um
partido, se não tiver pedras no sapato, não avança.13
É
uma pobre ilusão achar que o consumo de quinquilharias
vai nos fazer modernos.
Em
referência à frase, eu jamais a pronunciei, mas a imprensa
brasileira tem um poder tão grande, que transforma a opinião
de um repórter na frase de um cientista. Jamais disse 'esqueçam
o que eu escrevi'.
A
um estadista é necessário perceber o caminho desejado pelos
governados e se antecipar, evitando que possíveis transformações
ocorram à sua revelia.
Sem
pressão social não há mudança possível.
A política é a arte
do necessário. Se nos restringirmos ao possível, nada muda.
O
poder é quase sempre triste. Quando absoluto, é solitário.
Apesar de, às vezes, a gente
se irritar com a mídia, ela é essencial. Ela é essencial
porque ela impede o grande erro.
Em uma eleição, o importante
não é quem ganhou, mas como ganhou.14
Tá
bom, tá bom. Se tiver alguém aqui com a cueca suja, não
sou eu!
Os
americanos têm os 'Founding Fathers'...15
A França tem os ideais da Revolução... Eu disse para
os homens de imaginação, para o Nizan Guanaes: olha, a imaginação
do povo é igual à estrutura do mito do Lévi-Strauss,16
ou seja, é binária: existem o bem e o mal. Eu fui eleito Presidente
da República porque fiz o bem – no caso, o real. O real já
está aí, eu disse. Chega uma hora em que a força dele
acaba. O que vamos oferecer no lugar? Ninguém soube me dar essa resposta.
Eu também não soube encontrá-la.
No
meu Governo universalizamos o acesso à escola, mas para quê
? O que se ensina ali é um desastre.17
Quais
são as instituições que dão coesão à
sociedade? Família, religião, partido, escola. No Brasil,
tudo isso fracassou.
Pessoas
que se aposentam com menos de cinqüenta anos são vagabundas,
que se locupletam de um país de pobres e miseráveis.
Além
do português, as pessoas vão querer dominar duas outras linguagens:
uma da Internet – a informática – e outra, o inglês.
É a demanda das populações mais carentes.
Religião
é coisa que se guarda no coração; o que vale é
a prática.
Trotsky18
dizia que o grande orador, quando fala, por sua garganta passa a voz de
Deus. Em um dado momento, diria Trotsky, a criação é
obra divina.
O
mundo nunca é maravilhoso para todos, mas há uma similitude
efetiva entre um grande período da expansão do Capitalismo
comercial, da eclosão do Renascimento e das Descobertas, naquela
altura, em que o homem era a medida de todas as coisas,19
embora não fosse, na verdade, mas como referência passou a
ser, e é o que está acontecendo hoje em dia.
Não
tenho culpa se tive a capacidade de convencer as pessoas.
25
de fevereiro de 1998, criticando as elites políticas nordestinas
em discurso na cidade alagoana de Arapiraca, em uma reunião com agentes
comunitários de saúde: Além de falta de
água para beber e de atenção básica ao povo,
o que falta é vergonha na cara de seus dirigentes.
O
povo precisa de carinho.
Não
antecipo tragédias. Sempre crio condições para que
as coisas não sejam piores.
Eu
tô cansado. Ruth20
tirou uns quinze dias para respirar e eu paguei a conta. Já foram
dizer que eu tinha uma namorada.
14
de abril de 1999, dizendo por que não pensava em demissão
de pessoas indicadas pelo PMDB, que patrocinou a CPI dos bancos:
Por quê? Porque eles falaram mal de mim num jantar? Eu também
falo mal de todo mundo.
A
âncora do real é o povo.
Eu nunca fui ateu.
Eu não entendo de imposto.
Pago, com mau gosto, como todo mundo.
Eu quero deixar claro para o País
todo. Eu adoro pão de queijo. Eu não passo sem pão
de queijo.
Ninguém
recomenda nada ao Presidente da República. O Presidente está
preocupado em governar o Brasil, e não com futricas.
Nós,
os brasileiros, gostamos de ser misturados.
A
esquerda não leu o que escrevi há trinta anos e, como acha
que eu pensava naquela época as besteiras que ela pensa hoje, confunde
as coisas, e conclui que esqueci o que escrevi.
O
Governo não cacareja.
Exportar
ou morrer.
Sou
Presidente; não sou xerife da esquina.
Cada
vez que recebo um título, eu me pergunto: será que mereço?
Depois, tenho um medo que me pelo do Chico Caruso.
O
Estado é laico. Trazer a questão religiosa para o primeiro
plano não ajuda.
Tem
de transformar o pré-sal em neurônio. Esse é o saldo
para uma sociedade desenvolvida.
A
nossa tradição é de corporativismo estatizante, e isso
está voltando. É uma mistura fina, uma mistura de Getúlio,
Geisel e Lula. O Lula é mais complicado do que isso porque é
isso e o contrário disso. Como é a metamorfose ambulante,
faz a mediação de tudo com tudo. Lula sempre faz a mediação
para que o setor privado não seja sufocado completamente. Não
sei como Dilma vai proceder.
O
Brasil deu um cheque em branco para a Dilma. Vamos ver o que vai acontecer
com a conjuntura econômica. Há um problema complicado na balança
de pagamentos, um 'deficit' crescente, uma taxa de juros elevada e uma taxa
de câmbio cruel.
No
que concerne às drogas, é preciso mudar o paradigma: além
de pensar em uma política de redução do consumo, deve
haver também uma política de diminuição do dano.
O usuário precisa ter assistência médica. Nos Estados
Unidos, agora é que começa a haver uma pequena mudança.
Nessa reunião em Viena, os americanos concordaram que seria possível
oferecer seringas aos drogados como forma de diminuir a disseminação
de doenças contagiosas. Até então, nem isso era aceito.
O usuário era visto como alguém a ser punido.
Na
Europa, o usuário é visto como um problema médico e
o traficante como bandido. Essa matéria é muito delicada,
e é preciso deixar claro que eu não estou dizendo que a droga
não faz mal. As drogas causam danos, todas elas. Há estudos
que mostram que a Cannabis pode levar à esquizofrenia. Então,
não é 'liberar geral'; tem de haver um controle. Mas acho
que, no caso dos usuários, é possível dizer que o melhor
é descriminalizar.
A
imagem mais apropriada a ser usada para fazer um alerta sobre as drogas
é a da sereia. Se você ceder ao seu beijo, meu filho, a sereia
vai levá-lo para o fundo do mar. Quer dizer, embora você possa
ter um prazer momentâneo, isso vai ter um preço.
Agora,
ninguém está aqui para dizer que a droga deve ser incentivada.
Estamos aqui para falar o seguinte: os mecanismos que vêm sendo usados
para combater as drogas estão surtindo resultados frustrantes. Vamos
buscar outros mecanismos para reduzir o consumo. O dado de Portugal é
ilustrativo: o País não descriminalizou a maconha; liberou.
E o consumo diminuiu.
Alguma coisa tem de ser feita quanto
à drogas, e não dá para ficar preso à idéia
de que se resolve o problema na base do prende, mata, esfola. Por outro
lado, é preciso estar sempre insistindo: bandido é bandido
e tem de ser posto na cadeia; não se pode confundir as coisas...
A sociedade tem de, pouco a pouco, tomar consciência sobre o que fazer.
Não existe receita; não estou dando uma receita. Estou dizendo
que acho que é necessário mudar o paradigma: em vez de concentrar
todos os esforços na repressão, você poupa os recursos
existentes para as campanhas educacionais e para a busca da redução
do consumo... A repressão tem de ser dura mesmo. Mas não adianta
ser dura com o consumidor. Se você o colocar na cadeia, ele vai continuar
fumando, só que pagará um preço mais alto por isso.
Eu
não estou dizendo: 'Fume maconha'. Estou dizendo: 'Fumar maconha
faz mal, e nós temos de tratar quem fuma'.
As
drogas são um drama social. Ou se toma consciência de que temos
de fazer algo diferente do que temos feito, sem covardia e sem leniência,
ou seremos irresponsáveis.
Não
é uma questão só do Brasil. É global, sociológica.
A sociedade de massa e o avanço das forças de mercado se deram
de tal maneira, que o papel que os partidos exerciam no passado, como polarizadores
e condutores, perdeu muito, não só no Brasil. Isto não
quer dizer que a sociedade não tenha avançado bastante nos
seus próprios pés, de uma maneira que – visto aos olhos
do que pensávamos há trinta anos – é sem política,
sem partido político. Será que isto é um mal? Acho
que o mal é quando você não tem partidos políticos
capazes de propiciar pelo menos um quadro geral de referência. Os
partidos não incorporaram o tema do cotidiano. Os temas da vida do
cidadão hoje cortam transversalmente a sociedade, não são
de uma classe só. Todas sofrem com insegurança, com poluição,
com tráfego ruim. É o Governo, qualquer Governo. Mas, qual
é a posição, como a sociedade é tocada por esse
problema?
Para
se ter poder, em geral, é necessário, de fato, aparentar poder,
mas não necessariamente. Muitas vezes você tem que disfarçar
o poder para exercê-lo. A tradição brasileira é
muito mais de disfarçar do que de aparentar. Getúlio, por
exemplo, dizia que ia fazer algo e ia para um outro lado. Acho que, em geral,
quem tem consciência do poder não vai exibi-lo. Ao exibir,
abre o jogo e cria o contra corpo.
Nunca
vi no Lula um homem de Estado, um poder no sentido mais forte, daquele que
tem visão, que sabe que tem que alcançar seus objetivos e
constrói o caminho. Ele construiu o poder para si mesmo.
O
Lula foi o Presidente que mais ajudou o Brasil a se globalizar.
Aderiu inteiramente. Eu não estou criticando por ele ter feito a
adesão. Critico a mudança, a inconsistência. Ele não
tinha um propósito. Este já havia sido dado pela sociedade.
Ele assumiu, e como que surfou na direção que a sociedade
estava apontando. Não contrariou para mostrar que tinha um objetivo
e a força de mudar algo em curso para chegar ao seu objetivo.
Vamos
pegar o que aconteceu nos Estados Unidos, no século XVIII. Bem ou
mal, aqueles líderes definiram um caminho, criaram a Declaração
Universal da Democracia, a Constituição Americana, adotaram
as concepções de Montesquieu e por aí foram. Tinham
uma visão de futuro, e aquilo marcou tudo. Aqui, José Bonifácio
tinha essa percepção e sabia o que queria. D. Pedro II, se
não tinha uma visão, alguma idéia ele tinha de que
tinha que civilizar isso aqui. Eu acho que alguns presidentes brasileiros
tiveram, como o Getúlio. Você pode não concordar com
a visão do Getúlio, mas ele tinha noção de Estado
herdada dos positivistas; autoritária e tal. Alguns tiveram uma certa
noção, desenharam o que era possível para o País,
mesmo que não tivessem uma coisa tão fundamental como os grandes
pensadores americanos.
Obama
não tinha um projeto quando se elegeu. O Obama tinha um discurso:
'Sim, nós podemos'. Podemos o quê? Nesse aspecto, ele tem uma
certa semelhança com o Lula, porque os dois simbolizavam alguma coisa.
Não é que tivessem que ter uma proposta. Eles próprios
já simbolizavam mais democratização: venho de baixo
e chego lá, sou negro e chego lá. Aquele discurso admirável
do Obama sobre racismo é uma coisa grandiosa. Mas não é
um projeto de Nação. Ele também chegou lá e
fez uma tentativa de melhorar o bem-estar da população com
seu projeto de saúde. Conseguiu mais ou menos; não tudo que
queria. E ficou perdido por isso, passou a ter que resolver os problemas
deixados por outros. Ou seja: como enfrentar a crise do Capitalismo com
os instrumentos disponíveis? Daí por diante, inundou o mundo
de dólares e salvou os bancos. Não creio que fosse projeto
dele. Foi engolfado pela situação.
Dilma
também não assumiu o poder com um projeto. Ela nunca falou
à Nação sobre isso. Vai tocando no dia-a-dia. Qual
é o projeto? O que está bem, que continue. Acabar com a pobreza,
todos nós dissemos isso, e todos nós fizemos um pouco nessa
direção. Não só eu, antes de mim também
o Itamar, o Sarney, os militares. Isso não é um projeto de
Nação: é uma necessidade. Não podemos ter um
País com esse grau de pobreza. Nesse momento em que ninguém
pode mais ter um projeto desligado do mundo, visto que o grande problema
hoje está ligado à globalização, não
dá para você ter um caminho que não incida e sofra as
conseqüências do mundo. Temos que discutir estratégias.
O
real poder de um Presidente no Brasil é o de convencimento.
Ele tem de convencer o País e o Congresso a ir num certo rumo. Caso
contrário, as forças constituídas não mudam
nada; ficam repetindo o que elas são. Para exercer de fato o poder
no sentido pleno, ao exercê-lo, o Presidente tem que mudar as coisas
numa determinada direção. Fora disso, não consegue.
A sociedade tem que cobrar mais. O que a sociedade quer? Se o Presidente
tiver visão das coisas, ele pode até capitanear a mudança,
mas ela nunca é dada só pela vontade do Presidente. Ela capota
diante das instituições e da tradição do que
está estabelecido.
O
poder mais revela do que corrompe o caráter. É claro que o
poder absoluto dá mais chances aos mais fracos de ficarem maus. Veja,
vamos falar português claro: uma pessoa que tem posição
de mando (não precisa ser Presidente) tem enormes possibilidades
de enriquecer. Ele tem informações e pode usá-las.
O que freia isso? O que inibe? É você mesmo. Quando você
não o faz, é você mesmo que deixa de fazê-lo.
Não é que o poder está impedindo. Então, acho
que poder revela muito mais do que cria ou deforma. É claro que a
permanência no poder deforma, porque essas chances vão se repetindo,
repetindo… e aí chega um momento em que o risco de você
incorrer em erro é maior... Eu eu nunca me deslumbrei com o poder.
O
poder faz mudar dentro. Você vê que as coisas são muito
mais difíceis do que você pensava. Você vê que
a ambição humana é muito maior do que imaginava. Pessoas
que são próximas – e você nunca vislumbrou a possibilidade
de elas terem uma ambição desproporcional – pedem a
você o que não devem pedir. O poder dá uma percepção,
talvez mais realista, do ser humano.
O
poder talvez endureça um pouco, porque você desconfia. A pessoa
vai te procurar e você pensa: 'O que será que ela quer?'. Em
vez de partir do princípio de que não quer nada que seja negativo.
Você começa a ficar com um pé atrás, fica mais
esperto, mais astuto para o mal que possa vir. Mal no sentido do inapropriado.
A Ruth pesou muito também no meu estilo, porque era muito direta,
muito simples, sempre teve horror de ostentação de poder e
dessas coisas. Minha família não ficou deslumbrada. Até
hoje, quem são os meus amigos mais próximos? São os
da universidade, que eu já tinha antes. Com quem eu convivo? Com
as pessoas que sempre convivi. É claro que acrescentei, mas nunca
mudei de grupo, de camada, de círculo.
Quando saí do poder, não
tive síndrome de abstinência. E tomamos uma resolução,
Ruth e eu. Imediatamente saímos do Brasil. Por três meses ficamos
na França e tomamos decisões claras: não vamos ter
automóvel, segurança, assessores. Vinha um rapaz da embaixada
brasileira, uma ou duas vezes por semana, trazer correspondência e
conversar. Andei de metrô. Fiz isso logo para me dizer: não
sou mais Presidente. E passei a desfrutar as coisas que eu gosto. Ir a museus...
Comprar livros... Comecei a me preparar para escrever um livro... Via meus
amigos... Ia comer em restaurantes que eu gostava... Ia ao teatro... Andava
a pé... Foi uma terapia de choque, digamos assim.
Hoje
não tenho poder nenhum. Posso ter influência, que é
uma outra coisa. É a capacidade de, a partir do que você fala
e faz, influenciar o comportamento de terceiros. Poder é quando você
pode obrigar – eu decreto tal coisa, e a coisa passa a valer. Você
tem a capacidade de coagir o outro, pela lei no caso da Democracia. Mas,
mesmo a lei baseada na força tem autoridade.
Nunca
tive a preocupação de fazer propaganda em termos pessoais;
realmente não pensei nisso. Alguém me perguntou como vou ser
visto daqui a 100 anos. Será que eu serei visto? E se eu for bem-visto,
estarei morto. De que adianta? E tem o seguinte: a História modifica
o julgamento. Dependendo de cada momento da História, você
é bom ou é mau; isso vai variando. Se você fez alguma
coisa que mereça ser vista por ela, ótimo. Mas isso não
quer dizer que sua posição está assegurada, porque
alguns irão dizer que foi bom e outros dirão que foi mau.
Depois muda a geração; o que era bom virou mau, o que era
mau virou bom. Isso é muito comum, não só no poder.
Eu estava lendo hoje em uma revista: 'Baudelaire21
não conheceu a glória quando vivo'.
Pode ser. Mas de que adianta conhecer a glória morto?
Utopizando
Rapidinho
Sem
Utopia,
ninguém muda o mundo!
Sem
Utopia
o
existir é raso; não fundo!
Sem
Utopia
Sem
Utopia,
sem
destino, errabundo!
Sem
Utopia,
irrelevante
e infecundo!
Sem
Utopia,
iracundo
e gemebundo!
Sem
Utopia,
trevosidade
no mundo!
Com
Utopia,
Illuminação
no Mundo!
______
Notas:
1. Georg
Friedrich Händel (Halle an der Saale, 23 de fevereiro de 1685 –
Londres, 14 de abril de 1759) foi um célebre compositor alemão,
naturalizado cidadão britânico em 1726. Desde cedo, mostrou
notável talento musical, e a despeito da oposição de
seu pai, que o queria um advogado, conseguiu receber um treinamento qualificado
na arte da música. A primeira parte de sua carreira foi passada em
Hamburgo, como violinista e maestro da orquestra da ópera local.
Depois, foi para a Itália, onde conheceu a fama pela primeira vez,
estreando várias obras com grande sucesso e entrando em contato com
músicos importantes. Em seguida, foi indicado mestre de capela do
Eleitor de Hanôver, mas pouco trabalhou para ele, e esteve na maior
parte do tempo ausente, em Londres. Seu patrão, mais tarde, se tornou
Rei da Inglaterra, como Jorge I, para quem continuou compondo. Fixou-se
definitivamente em Londres, e ali desenvolveu a parte mais importante de
sua carreira, como autor de óperas, oratórios e música
instrumental. Quando adquiriu cidadania britânica, adotou uma versão
anglicizada de seu nome – George Frideric Händel.
2. Como
é possível a alguém que não saiba alguma coisa
apreciar com efetividade o conhecimento de alguém sobre esta coisa?
Valer-se de informações por ouvir dizer é um perigo;
mais do que um perigo, é uma insanidade. Mas, o pior de tudo é
aceitar uma nomeação para a qual você sabe que não
tem a competência adequada. E está cheio de gente por aí
que só faz isto!
3. Se
o Presidente FHC tivesse me contado isto, eu teria recomendado terapia.
Terapia não cura tudo, mas isto ela cura.
4. Se
o Presidente FHC tivesse me perguntado isto, eu diria: enquanto o Governo
gastar do jeito que gasta, sim. O Banco Central só poderá
diminuir as taxas de juros se e quando o Governo Brasileiro parar de ser
politicamente excessivamente esbanjador e perdulário. O pior é
que o Governo só dá barretada com chapéu alheio, isto
é, com os impostos (embutidos em tudo) arrecadados do povo, que,
em sua grande maioria, acha que não paga impostos porque não
paga imposto de renda! Por exemplo, os fumantes pagam quase 80% de impostos
nos cigarrinhos de cada dia, e fumam mais imposto do que nicotina.
5. Ferrabrás
= aquele que conta bravatas, que alardeia coragem sem ser corajoso; bazófio,
fanfarrão, blasonador, gabola.
6. FHC
foi chanceler (Ministro das Relações Exteriores) em 1992.
7. Muitas
vezes, a guerra contra a Natureza não é tão silenciosa
assim. Quando se faz uma experiência nuclear, a quantidade de seres
que são aniquilados é inapreciável, incalculável
e irreparável. E os microorganismos, como se valessem menos do que
merda em pó, nem sequer são contabilizados no assassinato.
E quando a guerra contra a Natureza é silenciosa, o silêncio
é apenas aparente porque o choro dos animais geralmente não
é ouvido. A verdade é que não há silêncio
nunca; o barulho é sempre infernal.
Explosão
Nuclear
Aniquilamento de Microorganismos
8.
Por que um presidente tem que ficar mudo? Essa não!
9.
Seria bom, se fosse verdade.
10.
A CPMF – Contribuição Provisória sobre a Movimentação
ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza
Financeira – foi um tributo brasileiro. Sua esfera de aplicação
foi federal e vigorou de 1997 a 2007. Sua última alíquota
foi de 0,38%.
11.
Karl Heinrich Marx (Tréveris, 5 de maio de 1818 – Londres,
14 de março de 1883) foi um intelectual e revolucionário alemão,
fundador da doutrina comunista moderna, que atuou como economista, filósofo,
historiador, teórico político e jornalista. O pensamento de
Marx influenciou e ainda influencia várias áreas, tais como
Filosofia, História, Direito, Sociologia, Literatura, Pedagogia,
Ciência Política, Antropologia, Biologia, Psicologia, Economia,
Teologia, Comunicação, Administração, Design,
Arquitetura, Geografia e outras. Em uma pesquisa realizada pela Radio 4,
da BBC, em 2005, Marx foi eleito o maior filósofo de todos os tempos.
A grande obra de Marx é O
Capital, na qual trata de fazer uma extensa análise da
sociedade capitalista. É predominantemente um livro de Economia Política,
mas não só. Nesta obra monumental, Marx discorre desde a Economia,
até a sociedade, cultura, política e Filosofia. É uma
obra analítica, sintética, crítica, descritiva, científica
e filosófica. Uma obra de difícil leitura, ainda que suas
categorias não tenha a ambigüidade especulativa própria
da obra de Hegel, no entanto, tem uma linguagem pouco atraente e nem um
pouco fácil. Dentro da estrutura do pensamento de Marx, só
uma obra como O
Capital é o principal conhecimento, tanto para a Humanidade
em geral, quanto para o proletariado em particular, já que só
através de uma análise radical da realidade a que está
submetido, poderá se desviar da ideologia dominante (a ideologia
dominante é sempre a da classe dominante), como poderá obter
uma base concreta para sua luta política. Sobre o caráter
da abordagem econômica das formações societárias
humanas, afirmou o filósofo e professor belga Alphonse de Waelhens
(1911 – 1981): O
Marxismo é um esforço para ler, por trás da pseudo-imediaticidade
do mundo econômico reificado, as relações inter-humanas
que o edificaram e se dissimularam por trás de sua obra. Cabe
lembrar que O Capital
é uma obra incompleta, tendo sido publicado apenas o primeiro volume
com Marx vivo. Os demais volumes foram organizados por Friedrich Engels
(Barmen, 28 de novembro de 1820 – Londres, 5 de agosto de 1895) e
publicados posteriormente.
Esta
nota foi editada da fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Karl_Marx
12.
William "Bill" Jefferson Clinton (Hope, Arkansas, 19 de Agosto
de 1946), nascido William Jefferson Blythe III e mais conhecido como Bill
Clinton, foi o 42º Presidente dos Estados Unidos, por dois mandatos,
entre 1993 e 2001.
13.
Isto vale para tudo, particularmente para cada um de nós.
14.
Em uma eleição, é importante, sim, quem ganhou; e é
importante também como ganhou. O pior de qualquer eleição
– e há muito disto pelo mundo – é levar quem não
ganhou, e quem ganhou ficar, como o Kojak, chupando um lollipop.
15.
Founding Fathers
of the United States são os Pais Fundadores dos Estados
Unidos. A expressão Founding
Fathers é creditada a Warren G. Harding (2 de novembro
de 1865 – 2 de agosto de 1923), senador e 29º Presidente dos
Estados Unidos da América, de 1921 a 1923. Harding morreu de infarto
agudo do miocárdio ainda no seu mandato, durante uma viagem à
costa oeste dos Estados Unidos, sendo sucedido pelo vice-presidente Calvin
Coolidge (4 de julho de 1872 – 5 de janeiro de 1933).
16.
Segundo Thiago Falcão, Claude Lévi-Strauss (Bruxelas, 28 de
novembro de 1908 – Paris, 30 de outubro de 2009) em sua obra nos mostra
que o princípio de todas as criações e explicações
do mundo é a curiosidade. A partir disso, divide dois tipos de conhecimento:
o do mito e o da ciência. Tanto a ciência quanto o mito explicam
as coisas dentro da estrutura dos pares binários, que para Lévi-Strauss
é a estrutura do pensamento humano. Independente dos resultados que
ambos os modos de produzir conhecimento encontrem, partem do mesmo princípio,
o pensamento humano. O pensamento mítico é o primeiro olhar
de explicação do mundo: ele ordena acontecimentos. O mito
explica as coisas a partir de elementos já conhecidos, tangíveis
e preexistentes, que o homem já conhece. O mito é criado através
da figura do bricolage
(trabalho intermitente), que une e ordena elementos já existentes,
ressignificando-os. O outro campo que Lévi-Strauss nos mostra é
a ciência, a qual não parte de algo conhecido: ela cria o conhecimento.
Este tipo de conhecimento é representado pela figura do engenheiro,
cuja produção de conhecimento é ilimitada. Apesar de
diferentes, é preciso observar que mitologia e ciência são
conhecimentos paralelos, podem explicar as mesmas coisas, porém usam
meios diferentes. É importante frisar que Lévi-Strauss coloca
a validade entre esses dois campos – o do mito e o da ciência
– no mesmo patamar. Um não é superior ao outro. A arte,
por sua vez, está situada entre mito e ciência, pois pode representar
ambos os tipos de conhecimento. O artista produz algo que funciona como
conhecimento.
Nota
editada da fonte:
http://umamao.com/questions/
17.
Desastre ou não-desastre, sem a escola o desastre seria total. O
primeiro degrau a ser subido rumo à liberdade é o da cultura.
18.
Leon Trótski (Ianovka, 7 de novembro de 1879 – Coyoacán,
21 de agosto de 1940) foi um intelectual marxista e revolucionário
bolchevique, fundador do Exército Vermelho e rival de Stalin na tomada
do PCUS à morte de Lenin.
19.
O formulador deste conceito foi o filósofo da Grécia Antiga
Protágoras de Abdera (Abdera, 492 a.C. – Sicília, 422
a.C.), responsável por cunhar a frase: O
homem é a medida de todas as coisas; das coisas que são, enquanto
são, e das coisas que não são, enquanto não
são. Assim como Sócrates, Protágoras foi
acusado de ateísmo (tendo inclusive livros seus queimados em praça
pública), motivo pelo qual fugiu de Atenas, estabelecendo-se na Sicília,
onde morreu, deixando uma influência profunda em toda a cultura grega
posterior. A sua influência manifesta-se também na Filosofia
moderna. Um dos diálogos platônicos tem como título
Protágoras,
no qual é exposto um diálogo de Sócrates com o Sofista.
20.
Ruth Cardoso (Araraquara, 19 de setembro de 1930 – São Paulo,
24 de junho de 2008), sua esposa.
21.
Charles-Pierre Baudelaire (Paris, 9 de abril de 1821 – Paris, 31 de
agosto de 1867) foi um poeta e teórico da arte francesa. É
considerado um dos precursores do Simbolismo (tendência literária,
da poesia e outras artes que surgiu na França, no final do século
XIX, como oposição ao Realismo, ao Naturalismo e ao Positivismo
da época) e reconhecido internacionalmente como o fundador da tradição
moderna em poesia, juntamente com Walt Whitman (Huntington, 31 de maio de
1819 – Camden, 26 de março de 1892), embora tenha se relacionado
com diversas escolas artísticas. Sua obra teórica também
influenciou profundamente as artes plásticas do século XIX.
Páginas
da Internet consultadas:
http://blogdofavre.ig.com.br/tag/cargos/
http://studioseabra.zip.net/
http://despoluicaoideologica.blogspot.com/
http://obrasildopt.blogspot.com/
http://gilvanmelo.blogspot.com/
2010/12/reflexao-do-dia-fernando-henrique.html
http://www.eagora.org.br/
arquivo/fhc-sobre-thc
http://zelmar.blogspot.com/2010/11/
fernando-henrique-cardoso-entrevista.html
http://www.araraquara.com/
http://www.fotolog.com.br/
ueh_moreno/10657404
http://veja.abril.com.br/especiais/
anos-fhc/melhores-frases-63749.shtml
http://pt.wikipedia.org/wiki/
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http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/
hfe/momentos/escola/sofistas/protagoras.htm
http://www.adventistas.com/jan2000/fhc-vinde-ago99.htm
http://www.ihuonline.unisinos.br/index.php?option=
com_content&view=article&id=1238&secao=232
http://www.mensagensvirtuais.xpg.com.br/aniversariantes
.php?id=2610_Fernando_Henrique_Cardoso
http://www.frazz.com.br/frase.html/Fernando
_Henrique_Cardoso-Tenho_feito_apelos_a-43526
http://www.ronaud.com/frases-pensamentos
-citacoes-de/fernando-henrique-cardoso/0/
http://www.ditados.com.br/autor.asp?
autor=Fernando%20Henrique%20Cardoso
http://atualaula.vilabol.uol.com.br/frases.htm
http://polivocidade.blog.br/2011/03/01/frases
-e-frases-com-fernando-henrique-cardoso/
http://pensador.uol.com.br/
autor/Fernando_Henrique_Cardoso/
http://www.frasesfamosas.com.br/
de/fernando-henrique-cardoso/pag/23.html
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http://www.frasesfamosas.com.br/
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de/fernando-henrique-cardoso/pag/12.html
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de/fernando-henrique-cardoso/pag/11.html
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de/fernando-henrique-cardoso/pag/10.html
http://weiping.schools.officelive.com/
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http://www.frasesfamosas.com.br/
de/fernando-henrique-cardoso/pag/9.html
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de/fernando-henrique-cardoso/pag/8.html
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de/fernando-henrique-cardoso/pag/7.html
http://www.frasesfamosas.com.br/
de/fernando-henrique-cardoso/pag/6.html
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de/fernando-henrique-cardoso/pag/3.html
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de/fernando-henrique-cardoso/pag/2.html
http://www.frasesfamosas.com.br/
de/fernando-henrique-cardoso.html
http://www.ifhc.org.br/
index.php?module=main
http://pt.wikiquote.org/wiki/
Fernando_Henrique_Cardoso
Fundo
musical:
Overture
to Messiah
Compositor: George
Frideric Händel
Fonte:
http://www.mp3raid.com/
music/messiah_handel.html