Marco Antônio Freire Gomes GCMM (Pirassununga, 31 de julho de 1957) é um general do Exército Brasileiro, tendo servido como Comandante do Exército entre março e dezembro de 2022. É filho do Coronel de Cavalaria Francisco Valdir Gomes e da senhora Maria Enilda Freire Gomes. Oriundo dos Colégios Militares do Rio de Janeiro e de Fortaleza, ingressou na carreira militar em 14 de fevereiro de 1977, na Academia Militar das Agulhas Negras. Foi declarado aspirante-a-oficial da Arma de Cavalaria, em 15 de dezembro de 1980. Durante a sua carreira militar, serviu em unidades de Cavalaria, como o 10º Regimento de Cavalaria Mecanizado, em Bela Vista, o 10º Esquadrão de Cavalaria Mecanizado, em Recife e o 16º Regimento de Cavalaria Mecanizado, em Bayeux. Serviu também no 1º Batalhão de Forças Especiais e no Comando da Brigada de Infantaria Paraquedista, ambos no Rio de Janeiro. Integrou o Grupo de Observadores das Nações Unidas na América Central e foi instrutor da Seção de Instrução Especial da Academia Militar das Agulhas Negras. Foi também, o primeiro Comandante do 1º Batalhão de Ações de Comandos, em Goiânia. Ainda como oficial superior, exerceu as funções de Chefe da Divisão de Operações e Chefe da Divisão de Inteligência do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI/PR), em Brasília, Chefe do Serviço Militar Regional do Comando da 11ª Região Militar, também em Brasília, Adido Militar de Defesa e do Exército junto à Embaixada do Brasil no Reino da Espanha, Chefe da Seção de Doutrina e Assistente da 3ª Subchefia do Estado-Maior do Exército, em Brasília e Oficial do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas no Ministério da Defesa, também em Brasília. Como Oficial General, exerceu os cargos de Comandante do Comando de Operações Especiais, em Goiânia, 1º Subchefe do Comando de Operações Terrestres, em Brasília, Comandante da 10ª Região Militar, em Fortaleza e Secretário-Executivo do GSI/PR. Promovido a General de Exército em 31 de julho de 2018, foi Comandante Militar do Nordeste, em Recife, entre 21 de agosto de 2018 e 3 de setembro de 2021. Em seguida, foi Comandante de Operações Terrestres, em Brasília, de 9 de setembro de 2021 a 30 de março de 2022. Condecoração: Grã-Cruz da Ordem de Rio Branco, 25 de novembro de 2021.

Ex-comandante do Exército no Governo Bolsonaro, o General da reserva Marco Antônio Freire Gomes, respondeu a mais de 200 questionamentos da Polícia Federal durante seu depoimento de oito horas na sexta-feira próxima passada (1º de março de 2024). Segundo informações reveladas pelo Jornal da Band, Freire Gomes confirmou que não desmontou acampamentos de manifestantes golpistas na porta de Quartéis-Generais do Exército por ordem direta do ex-presidente Bolsonaro.

O general também confirmou o relato feito pelo ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, sobre a existência da reunião com os comandantes das Forças Armadas, em que foi apresentada uma minuta de golpe de Estado, que planejava a prisão do Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e o impedimento da posse do Presidente Lula (PT). Freire Gomes também confirmou a presença de Bolsonaro na reunião em questão, que teria ocorrido após as eleições.

Em delação, o ex-ajudante de ordens do ex-presidente da República Jair Bolsonaro, o tenente-coronel da ativa do Exército Brasileiro Mauro Cesar Barbosa Cid (17 de maio de 1979), afirmou que o Comandante Freire Gomes se opôs à ao golpe, enquanto o chefe da Marinha, Almir Garnier, se mostrou favorável.

De acordo com a Polícia Federal, o plano golpista inicial era decretar um golpe de Estado e prender os Ministros do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, além do presidente do Congresso. Depois, a pedido de Bolsonaro, a medida foi alterada e passou a prever somente a prisão de Alexandre de Moraes.

Conforme mostram as investigações da Polícia Federal, Freire Gomes vinha sendo pressionado por militares para encampar a proposta de um golpe de Estado. Em conversas, o General Walter Braga Netto, candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro, encaminhou mensagem que apontava que a culpa pelo que está acontecendo e acontecerá é do General Freire Gomes. Omissão e indecisão não cabem a um combatente. Braga Netto também chegou a chamar o general Freire Gomes de cagão.

Enfim, o cargo de comandante é político e é de indicação direta do Presidente da República. Portanto, se houvesse alguma insurgência, além de representar uma quebra de hierarquia, a função poderia ser substituída por alguém que topasse a intentona proposta por Bolsonaro e seu séquito – o que acarretaria um efeito danoso para o Brasil. Assim, dizem defensores de Freire Gomes, ele atuou de uma maneira estratégica ao não aderir ao golpismo e, ao mesmo tempo, não fazer alarde da proposta. Particularmente, eu acredito que esta análise dos fatos seja bastante coerente. Quem é honrado não mete a mão em cumbuca!

Hoje, 3 de março de 2024, o povo brasileiro sabe direitinho que foi por um little triz que o golpe de Estado bolsonarista não se efetivou, que não retrocedemos à Idade Média e que não perdemos a nossa liberdade – a mãe de todas as categorias possíveis e imagináveis. Ainda bem que a cumbuca ficou vazia! Em grande parte, devemos isto ao digno General Marco Antônio Freire Gomes.

Bem, seja como for, há coisas que eu realmente não compreendo. Eu não compreendo, por exemplo, como o senhor Putin está destruindo a Ucrânia e putinizando os ucranianos, também não compreendo como o senhor Bibi está destruindo a Faixa de Gaza e bibizando os gazenses e muito menos compreendo como um bando de conspiradores marca roscofe – e bota roscofe nisso! – quis desmantelar o Estado Democrático de Direito Brasileiro. Tudo isto, para mim, antecede e alimenta um conticinium retrogressivo, fazendo a Humanidade declinar de um estado melhor e mais avançado para um pior e mais atrasado. Se apocalipse existir, não poderá ser pior do que essas coisas.