FÉ OU DILIGÊNCIA?

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

 

A fé ultrapassa a Criação. Ela não demanda estudos, não demanda ritos, não demanda locais, não demanda horas. Ela atua não importa onde e não importa como. Vinda do Absoluto, participa da espontaneidade e da liberdade do Absoluto.

 

Yvon Le Loup [Paul Sédir] (1871 – 1926)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A fé é uma das virtudes teológicas,

assim como a caridade e a esperança.

mormente se espera coisas antilógicas.

 

 

Para preparar um bom rebuçado

ou para passar em um exame vestibular

é necessário saber cozinhar e estudar.

Ora, adianta o quê rezar ajoelhado?1

 

 

Por acreditarem em sei lá o quê,

muitos – que não são poucos –

declaram2, mas vivem amoucos!3

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Notas:

1. Se o relapso cara-de-pau não estudar, diligenciar, como poderá querer passar em um vestibular? E se passar, o que não é de todo impossível, se vier a se formar, será certamente um profissional de merda ou uma merda de profissional! Se o mestre-cuca, ao invés de açúcar, colocar sal no rebuçado, a pequena guloseima que deveria ser feita de calda de açúcar endurecida ficará uma bosta 'rebuçalgada'. Pergunta: adianta o quê rezar ajoelhado? Resposta: nada. Conclusão: enquanto a ignorância acreditar em milagres e privilégios, a cobra vai continuar fumando.

2. Querem, exigem, decretam, determinam, ordenam, intimam, reclamam, reivindicam et cetera e tal.

3. Mais do que moucos, mal-humorados, preconceituosos e cheios de fúria, dispostos a se vingar à custa da própria vida e votados à morte.

 

Fundo musical:

Scent of a Woman (Thomas Montgomery Newman)

Fonte:

http://alpacino-love.blogfa.com/85034.aspx