Sílvio
Caldas, Orestes Barbosa
e Rodolfo Domenico Pizzinga
Roupas
dependuradas...
Perplexidade
nas vielas...
Para recrear,
telenovelas!
Portas
que não têm trinco...
A Lua
a esburacar o zinco...
Monorritmia
que não avança...
Na
vida, no porvir, esperança!
Escornávamos
as favelas;
Hoje,
são retas comunidades
que integram
nossas cidades.
De
fato, sempre integraram!
Se claudicantes
rastrearam,
Por
preconceito, as isolamos;
por paúra,
as desanexamos.
Pelas
favelas, hoje choramos;
acanhados,
nos avergonhamos.
Morros
ainda mal vestidos
–
malfelizes e mal coloridos –
nos advertem
a todo instante:
tem que
ser agora – durante!