Cada
uma das Sete Iniciações Principais é uma Revelação
de uma das qualidades ou tendências dos Sete Raios, e cada
Iniciação está sempre regida por um certo Raio.
Cada Iniciação leva à plena atividade funcionante
um dos Sete Centros, não do ângulo do despertar ou
do estímulo, mas, do ângulo de uma roda que gira sobre
si mesma, no sentido contrário ao dos ponteiros de um relógio
(Senda da Iniciação). Depois, 8ª e 9ª Iniciações.
1ª
Iniciação: Nascimento (Centro Sacro, 7º Raio,
Plano Físico, Início, Relação, Magia
Sexual).
2ª
Iniciação: Batismo (Centro Plexo Solar, 6º Raio,
Plano Astral, Dedicação, Miragem, Devoção).
3ª
Iniciação: Transfiguração (Centro Ajna,
5º Raio, Plano Mental, Integração, Direção,
Ciência).
4ª
Iniciação: Renunciação (Centro Cardíaco,
4º Raio, Plano Búdico, Crucificação, Sacrifício,
Harmonia).
5ª
Iniciação: Revelação (Centro Base da
Coluna Vertebral, 1º Raio, Plano Átmico, Surgimento,
Vontade, Propósito).
6ª
Iniciação: Decisão (Centro Laríngeo,
3º Raio, Plano Monádico, Fixação, Cooperação,
Criatividade).
7ª
Iniciação: Ressurreição (Centro Coronário,
2º Raio, Plano Logóico, o Eterno Peregrino, Amor-Sabedoria,
Atração).
8ª
Iniciação: Transição (Hierarquia, Quatro
Raios Menores, Planetário, Eleição, Consciência,
Sensibilidade).
9ª
Iniciação: Negação (Shamballa, Três
Raios Maiores, do Sistema, Sete Sendas, Ser, Existência).
In: Os
Raios e as Iniciações, tema
transmitido telepaticamente pelo Mestre Ascensionado Tibetano Djwhal
Khul – um Iniciado da Sabedoria Eterna – à Alice
Ann Bailey, que o publicou.
.........................................
O
primeiro sinal de ignorância é presumir que sabemos.
Baltasar
Gracián y Morales
.........................................
Iniciação*
(Fernando
Pessoa)
Não dormes sob os
ciprestes,
Pois não há sono no mundo.
....................................................
O
corpo é a sombra das vestes
Que encobrem teu ser profundo.
Vem a noite, que é a morte,
E a sombra acabou sem ser.
Vais na noite só recorte,
Igual a ti sem querer.
Mas na Estalagem do Assombro
Tiram-te os Anjos a capa:
Segues sem capa no ombro,
Com o pouco que te tapa.
Então
Arcanjos da Estrada
Despem-te e deixam-te nu.
Não tens vestes, não tens nada:
Tens só teu corpo, que és tu.
Por
fim, na funda caverna,
Os Deuses despem-te mais.
Teu corpo cessa, alma externa,
Mas vês que são teus iguais.
....................................................
A sombra das tuas vestes
Ficou entre nós na Sorte.
Não 'stás morto, entre ciprestes.
....................................................
Neófito,
não há morte.
*
Publicado
in Presença,
nº 35,
maio de 1935.
....................................................
Irmão,
não há morte.
Irmão,
não há sorte.
Irmão,
não há azar.
Irmão,
só há mudar.
Tudo
é aparência;
violação
da Ciência.
Ou
mudar ou prisão.
Ou
mudar ou prisão.