Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

O pão que está sendo amassado e assado
pelos demônios fabricadores de fake news

 

 

fome é um horror?

Sim, claro que é.

A pobreza é um horror?

Sim, claro que é.

A doença é um horror?

Sim, claro que é.

A corrupção é um horror?

Sim, claro que é.

A rachadinha é um horror?

Sim, claro que é.

O preconceito é um horror?

Sim, claro que é.

A outrofobia é um horror?

Sim, claro que é.

A traição é um horror?

Sim, claro que é.

A pedofilia é um horror?

Sim, claro que é.

O estupro é um horror?

Sim, claro que é.

O assassinato é um horror?

Sim, claro que é.

O tsunami é um horror?

Sim, claro que é.

A guerra é um horror?

Sim, claro que é.

O putinicídio ucraniano é um horror?

Sim, claro que é.

O desrespeito irresponsável ao meio ambiente é um horror?

Sim, claro que é.

O resto todo horrível que conhecemos é um horror?

Sim, claro que é.

O listão parece ser interminável,

e, como o cordão dos puxa-sacos,

dando viva aos seus maiorais...

Cada vez aumenta mais!

 

Mas, também precisamos ficar atentos

com um tipo particular de horror,

verdadeiros aleijões de ordem moral:

são as chamadas fake news,

mentiras descaradas e inqualificáveis

fabricadas por magos negros demoníacos,

da pior espécie qualitativa,

a serviço da Grande Loja Negra,

cujos únicos objetivos são desinformar

e despirocar a cuca de quem as lê.

 

Nestas 72 horas que nos separam

das eleições democráticas de 2 de outubro de 2022,

a enxurrada de falsidades e de imposturas

que circularão nas mídias e nas redes sociais

será simplesmente avassaladora.

 

Esta é, sim, uma doença mental medonha,

para a qual não há remédio nem vacina.

Precisamos estar muito, muito alertas,

e ficar com os 2 + 1 olhos bem abertos,

para não comer os pães-de-merda que,

rente que nem pão quente,

os demônios fakenewsistas estão amassando e assando

para nós nos fornos dos seus infernos pessoais.

 

 

Demônio se preparando para amassar e assar o nosso pão!

 

 

Ou, então, mui macrobiamente, fazer como eu,

que nunca tive, não tenho e jamais terei um smartphone.

Tibi frater confiteor: tenho pavor de smartphone.

Meu telemóvel é um pequenininho,

do tempo do ronca

– mais antigo do que o tempo do onça +

o tempo rei velho + tempo dos Afonsinhos juntos.

Ele é tão velhinho, que é anterior ao tempo que

se amarrava cachorro com lingüiça!

Acho que é mais velho até que o rascunho do Eclesiastes!

Enfim, isto quer dizer que, se depender de mim,

esses demônios-padeiros morrerão à míngua e de fome,

porque não me empurrarão seus pães-de-merda.

 

Por isso, didaticamente, vou repetir:

fique com os seus três olhos bem abertos,

e se você tiver um olho sobressalente guardado,

o mantenha aberto também.

Todos eles sem nem piscar

– como os olhos do ligeiro, inteligente, carismático,

travesso, arrogante, teimoso, cínico,

astuto, calculista, matreiro, brincalhão,

carinhoso, de bom coração, altruísta,

vulnerável, espirituoso, sentimental e descontraído

raposão da Zootopia Nicolas Nick Piberius Wilde –

porque, se você piscar, poderá dançar.

Agora, muito pior do que piscar e dançar

é mudar o voto por causa de mentira demoníaca.

Não permita que os demônios-padeiros vençam!

Vote de acordo com a sua consciência,

pois, este é o único e o verdadeiro voto-cidadão.

 

 

 

Nick Wilde