O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi considerado persona non grata pelo Governo de Israel, na 2ª feira, (19 de fevereiro de 2024), por ter feito um paralelo entre o Holocausto e a guerra na Faixa de Gaza, durante uma entrevista no final de semana. Lula esteve em Adis Abeba, na Etiópia, para a reunião da cúpula da União Africana. Durante o encontro, o Presidente instou os países ricos a fornecerem mais ajuda aos palestinos da Faixa de Gaza, expressando preocupação com a crise humanitária na região. — O que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus — declarou Lula a jornalistas em Adis Abeba, capital Etiópia, no domingo (18 de fevereiro de 2024). O Ministro de Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, então, exigiu que o Presidente Brasileiro se retratasse sobre a fala feita durante encontro da União Africana, na Etiópia. Disse o Ministro: — Não perdoaremos e não esqueceremos. Em meu nome e em nome dos cidadãos de Israel, informei ao Presidente Lula que ele é uma personalidade indesejável em Israel, até que ele peça desculpas e se retrate de suas palavras. Já o Primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que a fala era vergonhosa e que Lula cruzou uma linha vermelha.
Persona non grata [(plural: personæ non gratæ; antônimo: persona grata) é uma expressão em língua latina cujo significado literal é pessoa não agradável, não querida ou não bem-vinda. Na diplomacia, a expressão tem um significado técnico e juridicamente definido, aplicando-se, por exemplo, a um diplomata ou a um representante estrangeiro considerado inaceitável pelo Governo do Estado acreditador, o qual, por isso, não lhe concede o agrément (consentimento de um Estado para que determinado diplomata estrangeiro seja nomeado para função em seu território, de tal maneira que o diplomata, quando aprovado, se torna persona grata). A recusa formal do agrément raramente acontece. Todavia, informalmente, o Estado Acreditado (o Estado que envia a missão diplomática é designado Estado Acreditante e o que a recebe e acredita é designado Estado Acreditador ou Estado Acreditado) pode usar os canais diplomáticos para comunicar que determinado representante estrangeiro é inaceitável. Fora do âmbito da diplomacia, se referir a alguém como persona non grata equivale a dizer que aquela pessoa não é bem-vinda ou que foi banida do convívio por determinado grupo.
Estes são os fatos, que, brevemente, passarei a analisar, subdividindo meus comentários em três partes.
1ª Parte: O Século XX
Na História desta 5ª Raça-raiz (Ariana), desta 4ª Ronda, talvez, nunca a Humanidade tenha passado por uma quadra tão desesperante, tão tenebrosa e tão aflitiva quanto entre os anos de 1939 e 1945. Nunca a Grande Loja Negra e seus acólitos fedorentos estiveram tão ativos e expressaram mais generalizadamente o seu poder odiento-destruidor do que durante a Segunda Guerra Mundial (1º de setembro de 1939 a 2 de setembro de 1945). Por pouco, por muito pouco, coisa que poucos sabem, a Hierarquia da G.'. L.'. B.'. não interveio diretamente no conflito. Nada, absolutamente nada, pode justificar, nem sequer explicar, as ações da Alemanha Nazista, também chamada de Terceiro Reich (oficialmente, desde 1943, Grande Reich Alemão). A Segunda Guerra Mundial foi o conflito militar mais mortal da História da Humanidade. Um total estimado de 70 a 85 milhões de pessoas pereceram, o que representou, na época, a mais ou menos 3% da população mundial de 1940 (estimada em 2,3 bilhões de pessoas).
Segunda Guerra Mundial
Entretanto, o que os paus-mandados do Sieg Heil Hitler fizeram de mais desumano, de mais bárbaro, de mais cruel, de mais desalmado e de mais atroz foi o Holocausto – o maior genocídio do século XX, através de um programa sistemático de extermínio étnico (limpeza étnica) patrocinado pelo Estado Nazista, liderado pelo Mago Negro 88 e pelo Partido Nazista, que ocorreu em todo o Terceiro Reich e nos territórios ocupados pelos alemães durante a Segunda Guerra. Dos nove milhões de irmãos judeus que residiam na Europa, antes do Holocausto, cerca de dois terços foram genocidados: mais de um milhão de crianças, dois milhões de mulheres e três milhões de homens judeus morreram durante aquele negro período. Entre as principais vítimas não-judias do genocídio estão ciganos, poloneses, comunistas, homossexuais, prisioneiros de guerra soviéticos, Testemunhas de Jeová e deficientes físicos e mentais. Segundo estimativas recentes, baseadas em números obtidos desde a queda da União Soviética, em 1991, um total de cerca de onze milhões de civis (principalmente eslavos) e prisioneiros de guerra foram intencionalmente mortos pelo regime nazista. Tudo isto configura o maior massacre intencional e deliberado de seres humanos acontecido na História Humana!
Como nós fomos capazes de perpetrar isto?
Aqui, sim, a Humanidade cruzou a linha vermelha!
2ª Parte: O Século XXI
Aprendemos a lição? Não. De duas, uma: ou esquecemos ou estamos cagando e andando para o tanto faz. Depois da Segunda Grande Guerra, dezenas de conflitos coalharam o mundo, e, neste século XXI, para ficar só com quatro exemplos, assistimos: 1º) Guerra Civil Síria (um conflito interno em andamento na Síria, que começou como uma série de grandes protestos populares em 26 de janeiro de 2011 e progrediu para uma violenta revolta armada em 15 de março de 2011, influenciados por outros protestos simultâneos no mundo árabe); 2º) Operação Militar Especial Putinicida na Ucrânia (uma invasão militar em larga escala lançada pela Rússia contra a Ucrânia, um de seus países vizinhos, a sudoeste, marcando uma escalada acentuada para um conflito que começou em 2014, com um desfecho genocida iniciado em 24 de fevereiro de 2022, também ainda em andamento); 3º) Operação Dilúvio de Al-Aqsa (ataque terrorista criminoso e homicida efetivado por vários grupos militantes palestinos, liderados pelo Hamas, contra cidades israelenses, passagens de fronteira, instalações militares adjacentes e colonatos civis nas proximidades da Faixa de Gaza, no sul de Israel, que ocorreu em 7 de outubro de 2023, descrito por alguns observadores como uma Terceira Intifada); e 4º) Operação Espadas de Ferro (retaliação desproporcional do Estado de Israel aos ataques feitos pelo Hamas – conflito que está gerando uma grave crise humanitária no Território de Gaza, e até janeiro de 2024, já havia produzido mais de 25 mil mortos e 63 mil feridos palestinos, incluindo milhares de mulheres e crianças, destruição maciça da infra-estrutura e de habitações, quase dois milhões de pessoas desalojadas de suas casas, desabastecimento generalizado de energia, de combustível e de medicamentos, destruição de hospitais e de serviços sanitários, de tal sorte que 95% da população perdeu o acesso à água de boa qualidade e a fome atingiu virtualmente 100% da população. Segundo oficiais das Nações Unidas, a crise humanitária em Gaza é mais do que catastrófica, e piora a cada dia; nos três meses desde o início do conflito, Gaza se tornou um lugar de morte e desespero. No lado israelense mais de 1,2 mil pessoas morreram e 500 mil foram desalojadas. Nem o Inferno, de Dante Alighieri (Florença, entre 21 de maio e 20 de junho de 1265 d.C. – Ravena, 13 ou 14 de setembro de 1321 d.C.), pode ser pior do que isso.
Ambigrama
3ª Parte: O Sempre
A negação da autodeterminação palestina explica a escalada da violência. Até os cegos enxergam isto. O Estado de Israel poderá, até, destruir completamente o Hamas, mas, não conquistará a paz, pois, há diversos grupos organizados que têm por meta aniquilar Israel e os judeus. Dentre estes, por exemplo, há, além do Hamas, a Jihad Islâmica Palestina, os Houthis, a Resistência Islâmica no Iraque, o Liwa Fatemiyoun, e, particularmente o Hezbollah, apoiado pela República Islâmica do Irã. Portanto, a criação de um Estado Palestino é a solução mais confiável para que haja paz em Israel, afirmou o Ministro das Relações Exteriores Russo, Sergey Lavrov, em 9 de outubro de 2023, e com quem concordo. Segundo o Chanceler Russo, criar um Estado Palestino ao lado de Israel é a melhor solução para resolver o conflito entre o País Judeu e o Hamas. Discordamos daqueles que afirmam que a segurança só pode ser alcançada por meio da luta contra o terrorismo... Defendemos que é inaceitável cometer violência, causar danos, matar civis pacíficos ou tomar mulheres e crianças como reféns... Uma solução de dois Estados para estabelecer uma Palestina Independente é a saída fundamental do conflito Israel-Hamas, disse recentemente Xi Jinping, Presidente da República Popular da China, desde 2013. Enfim, para Muhammad Yunus, ganhador do Nobel da Paz em 2006, cada novo dia na Guerra entre Israel e o Hamas, deixa o Oriente Médio mais perto de um ponto sem retorno. A única solução para acabar com o conflito é a imediata criação do Estado Independente da Palestina, solução que está muito atrasada e que depende apenas do apoio dos Estados Unidos.
Ou o meu irmão Bibi e o seu Gabinete entendem isto ou Israel viverá permanentemente em guerra com os revolucionários árabes, com ilhas de paz esporádicas aqui e ali. Bem, acho que, questões semânticas à parte, foi esta a preocupação do Presidente Lula quando se referiu ao conflito no Oriente Médio. Sobre a crise diplomática com Israel, o Vice-presidente e Ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo José Rodrigues Alckmin Filho, defendeu na segunda-feira (19 de fevereiro de 2024) a fala do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Disse Alckmin: — O posicionamento de Lula é em favor da paz e de um cessar-fogo na Faixa de Gaza. O Presidente já condenou diversas vezes as ações do grupo extremista Hamas... Em relação à colocação do Presidente, acho que é clara a sua posição. Ele deixou claro que a ação do Hamas foi uma ação terrorista. Isso eu ouvi dele em vários pronunciamentos. Do outro lado, nós precisamos de paz.
Para concluir, direi o seguinte: Lula não deveria ter falado o que falou, ou, pelo menos, não deveria ter falado da forma que falou, porém, eu tenho certeza absoluta que ele, em seu Coração, não teve intenção de ofender nem de depreciar o povo judeu nem o Estado de Israel. Fazer dessa fala desastrada de Lula um cavalo de batalha é a maior perda de tempo, e o que é pior: não levará a bulhufas. O povo brasileiro é pacífico, cordial e amigo. Lula é apaziguador, ameno, fraternal e bem-íntecionado, mas, quando perde as estribeiras, às vezes, por não ter formação diplomática – o que não é um pecado, convenhamos – comete uma indiscrição involuntária. Eu também sou assim. Bem, convido você, meu querido irmão Bibi, a fazer uma visitinha à SAARA, apelidada por nós de pequena ONU brasileira por causa da mistura pacífica de povos e religiões, onde árabes e judeus se beijam de paixão. Oh! Maravilha das maravilhas! A SAARA (Sociedade de Amigos das Adjacências da Rua da Alfândega) é uma associação formada pelos comerciantes que atuam nas proximidades da Rua da Alfândega, no Centro da Cidade do Rio de Janeiro, no Brasil, região essa que é famosa por abrigar lojas especializadas em artigos populares, bugigangas e quinquilharias. Então, por que, meu irmão Bibi, os palestinos não podem ter um Estado Independente, o seu Torrão Natal? Quem sabe, quando tiverem, até construirão uma SAARA por lá, onde judeus e árabes possam se beijar sem ter medo de que um foguetão caia na cabeça deles. Quem sabe, até convidem você, meu irmão Bibizinho, para ser o presidente de honra da Sociedade! Quem sabe, in memoriam, não nomeiem o Yoni o seu embaixador no céu! Por tudo isso, meu Bibi, eu desafio você a, fraterna e corajosamente, quebrar essa Espada de Ferro e acabar com essa guerra hoje. Agora. Já. Quer saber de uma coisa, Bibi? Eu até estou chorando um pouquinho.
A SAARA
Não posso concluir este rascunho sem invocar com Amor, Misericórdia e Solidariedade:
Paz entre judeus e palestinos.
Unimultifraternidade entre palestinos e judeus.
Um novo tempo para todo o Oriente Médio.Está feito. Está selado. Eternamente. A.'. U.'. M.'.
Um pedido Final:
Se algum irmão judeu tiver a oportunidade de ler este rascunho, peço, encarecidamente, que o envie para o meu irmão Bibi.
Música de fundo:
Hatikvah (Hino Nacional de Israel, adotado em 1948)
Compositores: Naftali Herz Imber (poema) & Samuel Cohen (música)
Interpretação: Israel Philharmonic Orchestra; maestro: Lahav ShaniFonte:
Páginas da Internet consultadas:
https://en.wikipedia.org/wiki/File:Ambigramm_Jude_
Muslim_%28black_and_red_-_animated%29.gifhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Sociedade_de_Amigos_das
_Adjac%C3%AAncias_da_Rua_da_Alf%C3%A2ndegahttps://www.degives.org/orgs/pacem-in-terris
https://universaljp.org/nunca-mais-2/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Holocausto
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mortos_na_Segunda_Guerra_Mundial
https://pt.wikipedia.org/wiki/Segunda_Guerra_Mundial
https://www.bbc.com/portuguese/articles/c1w1yl1z0glo
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