Sempre
que posso, divulgo um experimento, sendo que a maioria deles decorre de
experiências individuais ou de vivências pessoais. Nesta oportunidade,
transmitirei um experimento muito interessante que está inserido
na obra Princípios Rosacruzes para o Lar e os Negócios,
de autoria de Harvey Spencer Lewis, 1º Imperator da Ordem
Rosacruz AMORC,
para este Segundo Ciclo de Atividades Iniciáticas.
Este
experimento está relacionado ao fato de podermos evitar que o nosso
interlocutor tenha sua atenção desviada do que estamos tentando
lhe transmitir. Para impedir este desconforto-desconsolo, enquanto você
estiver se dirigindo à pessoa com quem estiver conversando, fixe
seu olhar na raiz do nariz do seu interlocutor, ou seja, entre suas sobrancelhas,
na altura daquilo que é comumente conhecido como terceiro olho.
Evite piscar e desviar o olhar do ponto fixado. Mas, se, por alguns instantes,
precisar desviar seu olhar, nunca o faça para um nível inferior
relativamente aos olhos do seu interlocutor; desvie seu olhar, de preferência,
para o lado ou para cima, pois o ato de desviar o olhar para um ponto inferior
ao terceiro olho da outra pessoa, inadvertidamente envia à
ela uma mensagem de submissão de nossa parte. Também não
tem o menor cabimento adotar uma expressão, por assim dizer, tolamente
mística e/ou de arregalação dos olhos. Em resumo:
o olhar deve ser simplesmente natural, sem qualquer tipo de afetação.
Apenas mantenha-o fixado no ponto indicado. Pirotecnias místicas
dão em nada.
Este
experimento, claro, serve a outros propósitos; mas não podemos
jamais nos esquecer de que somos responsáveis por tudo. Logo, tentar
enviar comandos mentais ao nosso interlocutor, sejam lá do tipo que
forem, poderá custar muito caro ao aprendiz de feiticeiro. Misticismo
operativo não é para principiantes, para boçais, para
débeis e muito menos para mal-intencionados.
Rapidinho,
a título de exemplo, vou relatar um episódio real, do qual
involuntariamente participei, aproximadamente há trinta e nove anos,
que se deu com um padre (feio como um espanta-neném) afastado voluntariamente
do ministério (ex-padre não existe), e que havia entrado recentemente
para uma fraternidade mística. Uma certa noite, ele me disse algo
mais ou menos assim:
—
Agora
que aprendi certos experimentos místicos, vou aproveitar para recuperar
o tempo perdido e comer todas as mulheres que não comi enquanto eu
perdia meu tempo no ministério.
Eu
me lembro muito bem que lhe disse aproximativamente algo semelhante a:
—
Meu
irmão: primeiro, não há nem tempo perdido nem tempo
a ser ganho; segundo, se o tempo existisse da forma como pensamos que existe,
ele jamais poderia ser recuperado ou acelerado; e terceiro, usar os experimentos
místicos que você está aprendendo para esta finalidade
lúdico-erótica é uma asneira sesquipedal altamente
comprometedora. Caso você consiga comer alguém desta maneira,
o que não acredito, o preço a ser pago por esta descaída
será caríssimo. É melhor pagar uma garota de programa
do que fazer o que você está dizendo que irá fazer.
No frigir dos ovos, sairá mais barato!
Este
irmão ficou compenetradamente me olhando, não disse uma palavra,
e nunca mais tocou neste assunto comigo. Algum tempo depois, não
mais o vi, mas espero que tenha mudado de idéia.
Abaixo,
a animação em flash resume tudo o que você
não deverá fazer ao tentar levar a cabo o experimento
que descrevi mais acima.