Provavelmente, não haja área em que o homem ocidental esteja mais necessitado de assistência do que na correção básica de excessos temperamentais. De maneira geral, somos muito violentos, estamos comprometidos com coisas erradas ou equivocadas, somos urgencialmente movidos por questões de somenos importância, vivemos completamente escravizados por nossos próprios pensamentos e emoções, prisioneiros dos nossos desejos, cobiças e paixões. Estamos sob constante pressão da nossa própria natureza, que deveria estar nos servindo, mas, da qual nos tornamos servos. Como poderemos corrigir tudo isto? Usando a técnica de relaxar na direção oposta de um problema, ao invés de tentar superá-lo pela força. Não há qualquer virtude zen em tentar lancetar moinhos de vento, como fez Dom Quixote. Ora, não somos cavaleiros errantes e não adianta nada tentar matar os nossos dragões interiores. Esses dragões, como os dragões gregos, fazem surgir dez novas cabeças para cada uma que cortamos, e esse tipo de autodisciplina é inútil. Esta é uma das razões, penso eu, de porque as chamadas disciplinas religiosas, no Ocidente, terem, em grande parte, induzido às neuroses. Todas estas disciplinas são imposições de inibição e de frustração, consistindo em vários graus de açoite, em que a pessoa se pune por suas faltas. E quanto mais sofremos, mais defeitos adquirimos, pela simples razão de que as nossas próprias misérias destroem em nós qualquer possibilidade de melhorar a nossa natureza ou corrigir a nossa condição. O pior é que, fora das penitências e dos arrependimentos, acabamos nutrindo apenas o desejo imediato de morrer, como a única libertação possível. Portanto, há um erro sesquipedal em tentar pagar com sofrimento o sofrimento que causamos. Precisamos, sim, recuperar a integração de nós mesmo com o Uni[multi]verso, saldar todas as nossas dívidas razoáveis e irracionais, parar de causar sofrimentos a outras pessoas e nos libertar das pressões. [Mas, tudo isto só poderá acontecer de uma forma e por um único Caminho: pela Compreensão.] [In: A Clara Virtude do Zen, de autoria de Manly Palmer Hall.]
— Disseram-me que, se eu me vacinasse,
eu viraria jacaré. Não me vacinei.
— Disseram-me que, se eu não me vacinasse,
eu viraria cobra-d'água. Aí, eu me vacinei.
(É melhor virar cobra-d'água do que jacaré! Ou não?)
— Disseram-me que o melhor regime
é uma ditadura. E eu acreditei.
— Disseram-me que o dr. Tibiriçá
é um santo que está no céu. E eu acreditei.
— Disseram-me que o Brigadeiro Burnier
é outro santo que está no céu. E eu acreditei.
— Disseram-me que o Pinochet e o Videla
são mais dois santos que estão no céu. E eu acreditei.
— Disseram-me que só um novo AI-5
mudaria o nosso Brasil. E eu acreditei.
— Disseram-me que o e o
deveriam ser lacrados. E eu acreditei.
— Disseram-me que a imprensa
deveria ser censurada. E eu acreditei.
— Disseram-me que melancia boa
é melancia enjaulada. E eu acreditei.
— Disseram-me que a Água de Lourdes
é miraculosa. E eu acreditei.
— Disseram-me que o Sudário de Turim
era o corpo morto de Jesus. E eu acreditei.
Sudário de Turim (Santo Sudário)
[Como é possível que o Sudário de Turim represente o corpo
inanimado do Mestre Jesus, se Ele não morreu crucificado?]
— Disseram-me que o Inri Cristo
era a reencarnação de Cristo. E eu acreditei.
Inri Cristo
— Disseram-me que o João de Deus
foi injustiçado. E eu acreditei.
— Disseram-me que o Tomás de Torquemada
nunca inquisicionou ninguém. E eu acreditei.
— Disseram-me que o Malleus Maleficarum
foi um livro inspirado por Deus. E eu acreditei.
— Disseram-me que o Dan Brown
deveria ser excomungado. E eu acreditei.
— Disseram-me que o Leonardo Boff
também deveria ser excomungado. E eu acreditei.
Leonardo Boff, Pseudônimo de Genézio Darci Boff
— Disseram-me que, para expandir o Catolicismo,
as cruzadas foram necessárias. E eu acreditei.
— Disseram-me que o Roger Abdelmassih
nunca estuprou ninguém. E eu acreditei.
— Disseram-me que o Sérgio Cabral
não bifou um tostão. E eu acreditei.
— Disseram-me que o Eduardo Cunha
sempre foi honestíssimo. E eu acreditei.
— Disseram-me que a Cidade de Guernica
não foi bombardeada pela Luftwaffe. E eu acreditei.
Guernica – Espanha
(Bombardeada em 26 de abril de 1937 pela Legião Condor/Luftwaffe)
— Disseram-me que a nossa Terra
era planinha da silva. E eu acreditei.
— Disseram-me para sempre
levar vantagem em tudo. E eu acreditei.
— Disseram-me que a CPI da COVID
iria dar em pizza. E eu acreditei.
— Disseram-me que a PanCOVIDmia
era uma 'gripezinha'. E eu acreditei.
— Disseram-me que quem é de direita
'toma Cloroquina'. E eu acreditei.
— Disseram-me que quem é de esquerda
'toma Tubaína'. E eu acreditei.
— Disseram-me que o General Pazuello
'é um tremendo de um gestor'. E eu acreditei.
— Disseram-me que a
estava sendo perseguida. E eu acreditei.
— Disseram-me que a Amazônia
precisava ser desmatada. E eu acreditei.
— Disseram-me que o Pantanal
precisava ser queimado. E eu acreditei.
— Disseram-me que a Baía de Guanabara
precisava ser poluída. E eu acreditei.
Baía de Guanabara Semimorta
— Disseram-me que o aquecimento global
era uma mentira ardilosa. E eu acreditei.
Irresponsavelmente, estamos destruindo a Terra!
— Disseram-me que o Teorema de Pitágoras
estava todo errado. E eu acreditei.
— Disseram-me que a Teoria da Relatividade
era totalmente imodificável. E eu acreditei.
O espaço-tempo é o modelo matemático que combina espaço e tempo em
um único continuum entrelaçado em todo o Uni[multi]verso. (Eric Davis).
O espaço-tempo é a paisagem sobre a qual
os fenômenos acontecem. (Luca Amendola).
O espaço-tempo é uma mistura de miragem com ilusão. (R. D. Pizzinga).
— Disseram-me que a matéria
não atrai a matéria. E eu acreditei.
— Disseram-me que só existe vida
aqui no planeta Terra. E eu acreditei.
— Disseram-me que a perereca da vizinha
havia fugido da gaiola. E eu acreditei.
— Disseram-me que o Boi Xavante
afanou a piroga de cristal. E eu acreditei.
O Cocar do Boi Xavante
— Disseram-me que índio que é índio mesmo
tem verdadeiro horror apito. E eu acreditei.
— Disseram-me que o nariz do Pinocchio
era postiço. E eu acreditei.
— Disseram-me que a vovó do Chapeuzinho,
– coitada! – sofria de Alzheimer. E eu acreditei.
— Disseram-me que a Vovó Naná
era louca pelo Reizinho. E eu acreditei.
Vovó Naná
— Disseram-me que o
não sabia mais voar. E eu acreditei.
— Disseram-me que o Triângulo das Bermudas
foi criado pelos ETs. E eu acreditei.
— Disseram-me que o ET de Varginha
é filho do Steven Spielberg. E eu acreditei.
— Disseram-me que a cabeleira do Tsoukalos
é um chinó fabricado lá em Quixeramobim. E eu acreditei.
(Agora, como ele foi a Quixeramobim comprar eu não sei.
Dizem que quem sugeriu a compra foi o Erich von Däniken.)
Giorgio Tsoukalos
— Disseram-me que o Marco Maciel
era magro só por fora. E eu acreditei.
— Disseram-me que só a autoflagelação
livra a gente do inferno. E eu acreditei.
— Disseram-me que, se eu quisesse ir para o céu,
deveria rezar 3 rosários todos os dias. E eu acreditei.
— Disseram-me que os padres
perdoam os pecados. E eu acreditei.
— Disseram-me que melhor que o dízimo
era dar o trízimo. E eu acreditei.
— Disseram-me que eu tinha
cara de bunda. E eu acreditei. E chorei!
— Eu, que tenho zero bunda,
até que gostaria de ter essa aí.
E, de bom grado, toparia o chapéu.
Música de fundo:
Malleus Maleficarum
Compositor: Hans ZimmerFonte:
https://t9music.ru/download/wait
Páginas da Internet consultadas:
http://www.forthebrokenhearted.net
https://www.dw.com/pt-br/notícias/s-7111
https://soisrei.wordpress.com/about/
https://pobrecartunista.wordpress.com
http://www.imagensdobrasil.art.br
https://pt.wikipedia.org/wiki/Dan_Brown
https://www.pinterest.com/pin/55028426681099992/
https://dribbble.com/shots/2754703-AssFace-Fire-emoji
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