EU ACHAVA

 

 

 

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

A mente sem medo é capaz de infinito Amor. E o Amor poderá fazer o que quiser. Mas, para isto, precisamos aprender o que somos e quem somos realmente, o que significa rejeitarmos nossa própria autoridade interior, a autoridade de nossas próprias e insignificantes experiências e opiniões acumuladas, nossos conhecimentos, nossas idéias e nossos ideais. A compreensão de nós mesmos não requer nenhuma autoridade, nem a do dia anterior nem a de mil anos atrás, porque somos entidades vivas, sempre em movimento, sempre a fluir e jamais se detendo. Se olharmos a nós mesmos com a autoridade morta de ontem, nunca compreenderemos o movimento vivo, nem a beleza e nem natureza deste movimento. Enfim, livrar-se de toda autoridade, seja própria, seja de outrem, é morrer para todas as coisas de ontem, para que a nossa mente possa ser sempre fresca, sempre juvenil, sempre inocente, sempre cheia de vigor e de paixão. Só neste estado é que se aprende e se observa. Para tanto, é preciso uma grande capacidade de percebimento, de real percebimento do que está se passando no interior de nós mesmos, sem corrigirmos o que vemos, nem dizermos o que deveria ou o que não deveria ser. Porque, tão logo corrigimos, estamos estabelecendo outra autoridade, outro censor. [In: Liberte-se do Passado (Freedom From the Known), de autoria de Jiddu Krishnamurti.]

 

 

 

 

 

 

Eu achava que negro
tinha que morrer escravizado.
Eu achava que esquimó
tinha que morrer congelado.
Eu achava que aborígine
tinha que morrer isolado.
Eu achava que eunuco
tinha que morrer empalado.
Eu achava que índio
tinha que morrer esfomeado.
Eu achava que curiboca
tinha que morrer arruinado.
Eu achava que judeu
tinha que morrer crucificado.
Eu achava que muçulmano
tinha que morrer esquartejado.
Eu achava que mexicano
tinha que morrer emparedado.
Eu achava que coreano
tinha que morrer exterminado.
Eu achava que gay
tinha que morrer castrado.
Eu achava que prostituto
tinha que morrer apedrejado.
Eu achava que debilóide
tinha que morrer sacrificado.
Eu achava que cigano
tinha que morrer escorraçado.
Eu achava que saci
tinha que morrer sacizado.
Eu achava que ET
tinha que morrer etzado.
Eu achava que lobisomem
tinha que morrer lobisomemzado.
Eu achava que sem-teto
tinha que morrer chacinado.
Eu achava que pobre
tinha que morrer massacrado.
Eu achava que ádvena
tinha que morrer desterrado.
Eu achava que comunista
tinha que morrer fuzilado.
Eu achava que terrorista
tinha que morrer enforcado.
Eu achava que serial killer
tinha que morrer eletrocutado.
Eu achava que ateísta
tinha que morrer excomungado.
Eu achava que pedófilo
tinha que morrer anatematizado.
Eu achava que mais ou menos
tinha que morrer mumificado.
Eu achava que todo mundo
tinha que ser como eu,
e que quem não fosse como eu,
de uma forma ou de outra,
deveria ser catastrofizado.
Assim eu vivi a minha vida inteira:
um pé na intolerância e o outro no ódio.
Foi tão-só quando eu empacotei
na verdade, alguns séculos depois
que entendi a Unimultiplicidade Cósmica,
e que não há separaratividade
em nenhum ponto do Unimultiverso.
Tudo é Um. Somos todos Um.

 

 

 

Seres-humanos-aí-no-mundo

 

 

 

Música de fundo:

Tributo a Martin Luther King
Composição: Wilson Simonal & Ronaldo Bôscoli
Interpretação: Wilson Simonal

Fonte:

http://www.krafta.cc/musica/
tributo-a-martin-luther-king-wilson-simonal/

 

Páginas da Internet consultadas:

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