A
mente de todos nós é o resultado do passado, não só
a mente consciente, mas, também, a inconsciente, a mente que está
sempre a funcionar, quer estejamos acordados, quer estejamos dormindo. [In:
Viver Sem Temor,
de autoria de Jiddu Krishnamurti.]
As
muitas camadas do inconsciente, os ocultos temores, os impulsos, os motivos,
os obstáculos –
tudo isso é resultado do passado. [Ibidem.]
—
Tenho medo do escuro,
tenho medo do trovão,
tenho medo de dedo-duro,
tenho medo do seu João.
—
Tenho fome de viver,
tenho fome de transar,
tenho fome de poder,
tenho fome de viajar.
—
Tenho sede de vinho,
tenho sede de ir ao pote,
tenho sede de beijinho,
tenho sede de papelote.
—
Tenho ódio de adesista,
tenho ódio de comuna,
tenho ódio de achadista,
tenho ódio de caripuna.
—
Tenho pavor de cafetão,
tenho pavor de urubu,
tenho pavor de mandão,
tenho pavor de baiacu.
—
Tenho birra com pato,
tenho birra com sacrista,
tenho birra com beato,
tenho birra com alarmista.
—
Tenho bronca de cafifa,
tenho bronca de terceira,
tenho bronca de patifa,
tenho bronca de fazer feira.
—
Tenho ojeriza de rolé,
tenho ojeriza de panqueca,
tenho ojeriza de pajé,
tenho ojeriza de moqueca.
—
Tenho empatia por ceguinho,
tenho empatia por belarmino,
tenho empatia por mudinho,
tenho empatia
por
sassumino.
—
Tenho nojo das pitonissas,
tenho nojo dos pais-de-santo,
tenho nojo dos papa-missas,
tenho nojo dos campos-santos.
—
Tenho paixão por puta,
tenho paixão por futebol,
tenho paixão por batuta,
tenho
paixão por urinol.
—
Tenho cisma com cagüete,
tenho cisma com anchaci,
tenho cisma com alegrete,
tenho cisma com saci.
Saci
também é gente!
—
Tenho apego ao dinheiro,
tenho apego ao passado,
tenho apego ao violeiro,
tenho apego ao quadrado.
—
Tenho tudo contra vampes,
tenho tudo contra galegos,
tenho tudo contra enzampes,
tenho tudo contra labregos.
—
Tenho pena de mim mesmo,
por essa vida desazada,
sem bússola, só a esmo,
sem encontrar a Estrada.
—
Mas, sei que isso passa,
pois, é próprio da escalada,
Enquanto isso, a batata assa,
e eu vou percurando
a Estrada.
—
Ei, você aí,
me dá um dente aí,
me dá um dente aí!
Não
vai dar?
Não vai dar não?
Você vai ver a baita bruxaria,
que eu vou fazer, pra você cair...
Me dá, me dá, me dá,
dá já um dente
aí!
Só
quando o espírito se encontra em um estado de correspondência
com o desconhecido haverá a possibilidade de Criação,
e Criar é a Verdade. [Ibidem.]
A
verdadeira tranqüilidade mental só poderá vir com o autoconhecimento.
Sem o autoconhecimento, a tranqüilidade da mente é pura ilusão,
uma espécie de conveniência, uma coisa arranjada pela mente
para a sua própria segurança. E em uma tranqüilidade
desta ordem nunca a mente será capaz de perceber, de conhecer ou
de receber o desconhecido. [Ibidem.]
Se
pertencermos a alguma sociedade, a algum grupo ou a alguma religião,
se aceitarmos algum tipo de crença, seremos incapazes de escutar,
pois, a nossa mente, de antemão, já estará condicionada.
A mente condicionada não poderá escutar; não será
livre para escutar. [Ibidem.]
O
nosso maior problema é como operar uma completa transformação
em nós mesmos, e não um mero ajustamento a uma determinada
sociedade, ou a um determinado grupo, ou a uma determinada situação,
o que é deveras infantil e inútil. O simples fato de nos ajustarmos
ao que quer que seja não é liberdade. Ajustamento é
prisão. [Ibidem.]
—
Tornei-me religioso,
e me ajustei aos dogmas.
Tornei-me partidário,
e me ajustei ao programa.
Tornei-me fora-da-lei,
e me ajustei ao esquema.
Tornei-me corrupto,
e me ajustei à podridão.
Tornei-me inocente útil,
e me ajustei aos mandados.
Tornei-me maridado,
e me ajustei à mornidão.
Tornei-me sem-bulhufas,
e me ajustei à míngua.
Tornei-me supermilionário,
e me ajustei à boa vida.
Tornei-me sacanocrata,
e me ajustei à imoralidade.
Tornei-me um conspirador,
e me ajustei ao conventículo.
Tornei-me um serial
killer,
e me ajustei à matança.
Tornei-me um terrorista,
e me ajustei às degolas.
Tornei-me um hacker,
e me ajustei à ilegalidade.
Tornei-me um Discípulo,
e me desajustei de tudo.
Ver-nos
tão claramente como vemos os nossos rostos em um espelho, sem desfiguração,
em um percebimento sem escolha nenhuma, é o começo da [Compreensão
da] Verdade.
[Ibidem.]
Escolher
é agir de acordo com um determinado condicionamento. No Verdadeiro
Percebimento não há escolha. [Ibidem.]
A
Verdade [ainda
que seja sempre relativa] não
poderá ser encontrada por intermédio de ninguém, em
nenhum livro, em nenhuma religião. A Realidade só se tornará
existente quando a mente estiver de todo tranqüila. A tranqüilidade
só poderá advir com o autoconhecimento. O autoconhecimento
não nos poderá ser dado por ninguém. O autoconhecimento
terá que ser descoberto por nós, pessoalmente, momento por
momento, todos os dias, eternamente. Então, por certo, quando isto
começar a acontecer, aparecerá uma tranqüilidade mental,
que não é morte, mas, uma paz realmente criadora, e, então,
surgirá o Eterno [que
também é relativo]. [Ibidem.]
—
Anteontem,
olhei para o céu,
e só vi escuridão.
Ontem,
olhei para o céu,
e vi 888 estrelas.
Hoje,
olho para o céu,
e vejo o Sistema Solar.
Amanhã,
olharei para o céu,
e verei a Via Láctea.
Um dia,
olharei para o céu,
e verei o Universo!
Música
de fundo:
Stardust
Compositores: Hoagy Carmichael (música) & Mitchell Parish (letra)
Interpretação: Nat King Cole
Fonte:
https://mp3pro.xyz/DjU6ZjrQulc
Páginas
da Internet consultadas:
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