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Notas:
1. Só
a Santa Vida é Eterna; tudo o mais é transitório. Mestre
Apis,
Hierofante da Ordo
Svmmvm Bonvm,
ensinou: A Vida é Eterna; as criaturas são transitórias.
Logo, o eterno não pode existir como existência em si
ou como meta a ser alcançada (definitivamente). Se o Universo, minimamente,
é (ou pode ser entendido como) mudança permanente, evolução
permanente e movimento permanente, se o eterno pudesse existir e ser alcançado
e realizado, se assim sucedesse, o que poderia haver depois do eterno? Estaticidade?
Ora, isto não se coaduna com mudança, evolução
e movimento. A não ser que, ab absurdo, se admita que, em
um dado momento, não haja mais mudança, não haja mais
evolução e não haja mais movimento, o que seria uma
contra-significação. Só a Vida é Eterna; tudo
o mais é transitório. E se a Vida é Eterna, de uma
forma ou de outra, em meio à transitoriedade irreduzível,
todos nós somos necessários e eternos. No Um, com o Um e pelo
Um. Somos todos Um. A contingência é uma autoritária
tolice!
2. A
Humanidade, realmente, tem progredido; mas, a fedorenta Inquisição
resultou em quê? Em que resultou a gloriosa Revolução
de 64? Dela eu só me lembro do Armando Ribeiro Falcão e da
frase nada a declarar, que caracterizou sua relação
com a imprensa quando era Ministro da Justiça e se recusava a comentar
qualquer assunto que considerasse defeso de circulação geral
por razões de segurança ou polêmico. Seguindo. Em que
está resultando o fudelhufas de cagahouse árabe-israelense?
E o fudehouse de cagalhufas do Afeganistão? E o housecaga
de lhufasfude do Iraque? E o fudecaga de houselhufas do Líbano?
Ainda podemos imaginar coisas do tipo lhufashouse de cagafude,
lhufascaga de housefude, fudefude de cagacaga, cagacaga de
fudefude et ceteralhufas. Tudo isto se resume a uma só
coisa: cagalhufas de bulhufas com produção de sangue,
de dor e de devastação. Imposições e argumentos
baculinos nunca deram certo, não dão certo e jamais darão
certo.
3. A
experiência é pessoal e intransferível. Só quem
bota um dedo em uma tomada e leva um choque poderá saber qual é
a sensação produzida por uma carga elétrica. Assim,
quem impõe ou cisma de fazer pelo outro presta um desserviço;
serve quem não constrange e, eventualmente, quando é o caso,
faz com o outro ou ensina o outro a como fazer. No primeiro caso, a fraternidade
é ilusória (se aquilo puder ser chamado de fraternidade);
no segundo, é fraternidade verdadeira.
Fundo
musical:
Carmen
Suite (Georges Bizet)
Fonte:
http://www.midiarchive.co.uk/midi/Classics/