ESTOU VELHO DEMAIS...

 

          
Cara, eu estou velho demais!
O negócio é esperar a morte.
Eu já dei tudo que tinha pra dar
E nem olho mais pelo postigo.

Eu realmente já não agüento mais
Tanta tristeza e tanta falta de sorte.
Não consigo sequer nem mais amar!
Só fico a pensar no meu jazigo!

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

Música de fundo: As Time Goes by

Fonte:
http://www.geocities.com/Colosseum/Loge/2778/musicas.htm

 


 

 

Estou cansado e velho demais

Para aprender qualquer coisa.

E também, de mais a mais,

Já mandei fazer minha loisa.

 

 

MORTE  EM  VIDA!!!

 

 

Quem, na vida, já não ouviu

Esses lamentos derrotistas?

Fala assim quem não intuiu

A Pista de todas as pistas!

 

 

 

 

Não intuiu, porque não aprendeu

Que a Vera Alforria está no Coração,

E vive pensando que já morreu.

 

 

Eu não.
Acabei de nascer!

 

 

A cada um, de coração, só posso dizer:

Não desista jamais Meu Irmão.

A VIDA está em seu próprio ser!

 

 

 

 

 

 

 

 

Escrevi Este Soneto..

 

Porque já ouvi muita gente dizer que não quer aprender mais nada nesta vida. Também, porque certas pessoas acabaram se entregando a um estado mórbido de inação – um verdadeiro desequilíbrio psíquico. Na verdade estão esperando 'o tempo passar' para poderem morrer 'em paz'. Mas, essa presumida e desejada 'paz' é quimérica; antes é o inferno pessoal que construímos com nossa ignorância, nossas contradições e nossas fantasias. E há mais gente nessa lamentável situação do que se possa imaginar. Uns são conscientes desse fato; mas, a maioria não é. O alerta vermelho começa mais ou menos quando a pessoa começa a mastigar involuntariamente um alimento inexistente. Isso não é cacoete de idosos, como à primeira vista se poderia classificar. É indício de sofrimentos incompreendidos e mal resolvidos psiquicamente.

 

 

Essas pessoas vivem inventando coisas para que as horas e os dias passem mais rápido. Engendram toda a sorte de artifícios para fugir da Beleza da Vida. Acham-se inúteis ou incapazes, e meteram na cachola que a vida perdeu o sentido. Começam, por exemplo, a ver novela na televisão às seis horas da tarde, e só acabam essa função inútil quando acaba a última novela ou a minissérie do momento. Ficam fazendo transferências umas atrás das outras. Durante o dia é a mesma coisa: arquitetam mil e uma inutilidades para, simplesmente, fugirem da vida e da possibilidade de aprenderem alguma coisa, de melhorarem a si mesmas ou de serem úteis de alguma forma. Bingo, chopinhos todas as tardes, jogos de cartas entre amigos, aulas de dança, lanchinhos e fofoquinhas, compras e mais compras sem qualquer serventia, passeios para ver as novidades, comprar mais uma coisinha inútil etc. são algumas das atividades permanentes encontradas para 'fazer o tempo passar'. Mas há aqueles que, regressivamente, preferem simplesmente dormir. Entra dia sai dia é sempre a mesma coisa. É claro que a sensação de vazio também tem que ser permanente... E crescente!

 

 

O fato é que 'o tempo não passa'. Não passa porque não pode passar o que não existe. O tempo nada mais é do que uma realidade criada pela mente objetiva, ou seja, pela consciência quando está em estado de vigília. Daí a sensação de passado e de futuro. Desta forma, o 'tempo' acaba se tornando o padrasto de todas as ilusões humanas. O que as pessoas costumam não se dar conta é de que passam, em média, um terço de suas vidas 'dormindo'. Curiosamente, nessa circunstância 'não precisam fazer o tempo passar'. Ele 'passa' por si só.

Jogar uma vida – ou parte dela – na lata de inutilidades é perdulariamente cuspir na Eterna Vida que se manifesta em cada um de nós. Isto não deixa de ser uma forma dissimulada de egoísmo, porque há muita coisa para ser feita e muitas pessoas precisam de auxílio e de uma simples palavra de conforto. Não se lembrar disso é ser egoísta. Recusar fazer isso é ser egoísta à n-ésima potência vezes 666 zilhões.

Se, por descuido, alguém visitou esta página e leu este soneto e estes rápidos comentários, e se sente da forma como está descrito acima, há um exercício muito simples que poderá mudar esse estado de coisas. Basta se colocar mentalmente no lugar dos oprimidos, dos doentes e dos realmente sem-nada. Talvez, em um momento especial, aconteça a percepção de que podemos ser úteis de alguma forma, e que a vida não acaba mesmo. Nem com a chamada morte. Se e quando isto acontecer, basta passar a exercer o que é definido como SOLIDARIEDADE e VOLUNTARIADO. Eu não tenho qualquer dúvida de que a sensação dupla de inutilidade e de incapacidade passará, e uma nova Alvorada se descortinará para quem assim proceder. Não há dois, três, quatro... Somos todos UM.

 

 

Websites Consultados

 

http://www.mytho-fleurs.com/images/vivaces/page_08.htm

http://www.ac-grenoble.fr/reseau.ecoles.valentinoises/ECOLES/calligraphie1.html

http://gatachalupa.blogdrive.com/

http://www.strato.de/STRATO_CLIPART/artmania/CLIP_ART/CARTOONS/PEOPLE/

http://www.mitus.com.br/zdraw/joseelias-port11.htm