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Notas:
1. Talvez
eu tenha forçado um pouco a barra dizendo que o mais nobre prædicamentum
(categoria) é a iluminante liberdade. Mas como já digitei
e o soneto está pronto, ficará assim. Mas reconheço
que há prædicamenta
(categorias) que são fundamentais. Entretanto, raciocine comigo:
poderá haver, por exemplo, categoricamente, humildade, caridade
e bondade sem liberdade? Humildar, fazer caridade e esforçar-se para
ser bom porque, para, se... é pueril e não adianta absolutamente
lhufas nem bulhufas! O Universo é categórico; não é
hipotético.
2. A
priori, não há nada sacramentado. A posterirori,
depende de cada um. É por isto que existe o Devachan.
Leia a explicação que o Mestre Kut Hu Mi deu em uma de suas
cartas: Mal é
um termo relativo, e a Lei de Retribuição é a única
Lei que nunca erra. Portanto, todos os que não desapareceram no seio
do pecado irremissível
e da bestialidade vão ao 'Devachan'. Mais tarde, terão que
compensar, voluntária ou involuntariamente, pelos seus pecados.*
Entretanto, recebem os efeitos das causas que geraram. O 'Devachan' é
um estado, digamos, de intenso egoísmo, durante o qual o Ego (combinação
do Sexto e Sétimo Princípios) colhe a recompensa do seu altruísmo
na Terra. Está completamente mergulhado na felicidade de todos os
seus afetos pessoais, preferências e pensamentos terrenos, e recolhe
o fruto de suas ações meritórias. Nenhuma dor, nenhuma
pena, nem mesmo a sombra de uma aflição obscurecem o brilhante
horizonte de sua incontaminada felicidade, porque é um estado de
perpétuo 'mâyâ'. Vai ao 'Devachan' o ego pessoal, mas
beatificado, purificado, santificado. Todo Ego que, depois do período
de gestação inconsciente, renasce no 'Devachan' é necessariamente
tão puro e inocente como uma criança recém-nascida.
O fato de haver renascido comprova, já por aí, a preponderância
do bem sobre o mal em sua velha personalidade. E, enquanto o 'karma' (do
mal) fica temporariamente suspenso, para segui-lo mais tarde em sua futura
encarnação terrena, ele só leva ao 'Devachan' o 'karma'
de suas boas obras, palavras e pensamentos.
*
Pecado, neste fragmento, deve ser entendido como violação
de uma Lei Cósmica, consciente ou inconscientemente (como é
o caso, por exemplo, da destruição da Natureza e do assassinato
voluntário cometido com premeditação contra os nossos
irmãos animais para os mais diversos fins). Não tem o sentido
religioso e estático de que se não houver arrependimento e
perdão concedido o indivíduo irá penar eternamente
em um inferno ou em algo parecido, sem possibilidade futura, por assim dizer,
de remissão por compensação e compreensão, ainda
que a palavra remissão não seja adequada para explicar o funcionamento
da Lei da Retribuição. Melhor mesmo é se pensar primeiro
em compensação involuntária e inconsciente, porque
ao nascer a compreensão as formas de compensação podem,
em muitos casos, ser escolhidas voluntária e conscientemente. O que
não existe mesmo é paraíso e inferno definitivos. Na
verdade, eles estão em nossos Corações como criações
temporárias derivadas de nossos pensamentos, palavras e atos.
Observação:
A animação
em flash As
Esposas foi
elaborada a partir de um anexo que recebi em um e-mail. Não
conheço o autor, mas são dele os direitos legais e autorais
da animação.
Fundo
musical:
Se Todos
Fossem Iguais a Você
Compositores: Antônio Carlos Jobim & Vinícius de Moraes
Fonte:
http://www.beakauffmann.com/mpb_s.html