ESPINHOS
Rodolfo
Domenico Pizzinga
A
coroa de espinhos da vida
é
da árvore que estrumamos.1
Todas
as dores – cada ferida –
somos
nós que partejamos.
Nosso
bem-estar e nossos ais
vêm
de nossa própria chancela.
Às
vezes menos, às vezes mais,
transigimos
com alguma fatela.
A
dúvida-incerteza é: por quê?
A resposta
é: somos ignorantes.
Então,
deve(re)mos fazer o quê?
Deixarmos
de ser abambulantes.
Nos
afastamos de nós e de tudo;
nos perdemos
em nossas torpezas.
Impomos
ao obtuso que vire agudo,
e nos
enlameamos em zil
baixezas.
No
final, vêm mil e uma doenças,
que nos
abatem e nos comprimem.
Promessas,
genuflexões e abenças
para atenuar
males que deprimem!
Entretanto,
isto poderá ser mudado,
desde
que nos disponhamos a mudar.
Como tenho
insistido, nosso Quadrado
necessita
virar um Pentágono Regular.
Observação:
Em Geometria,
pentágono é um polígono com cinco lados. A soma dos
ângulos internos do pentágono é 540º, ou seja,
em um pentágono regular cada ângulo interno tem a medida de
108º. O ângulo central de um pentágono regular mede 72°.
Agora, observe só que coisa interessante:
540
5 + 4 + 0 = 9
108
1 + 0 + 8 = 9
72
7 + 2 = 9
Homem Vitruviano (Homem de Vitrúvio)
_____
Nota:
1. Os
espinhos que hoje me ferem foram produzidos pela árvore que plantei.
(George Gordon Byron, Londres, 22 de janeiro de 1788 – Missolonghi,
19 de abril de 1824).
Música
de fundo:
When
I Fall in Love
Composição: Victor Young (música) & Edward
Heyman (letra)
Interpretação: Marilyn
Monroe & Nat King Cole