Furibunda
Importuna era uma mulher mal-humoradérrima que reclamava de
tudo. Para ela, nada estava bom.
Um
dia, como sói acontecer com todos nós, chegou seu dia.
Mal
chegou ao lado de lá, logo encontrou uma figurinha rabugenta
e difícil de aturar. Era
uma encarquilhada mala-sem-alça: egoísta, pessimista,
mal-humorada, criticastra, irascível, mal-agradecida, inconveniente,
e que só se sentia bem e confortável quando estava a
reclamar e a criticar tudo por tudo.
Furibunda,
não a suportando mais, foi ao anjo do dia e implorou:
— Seu anjo,
por favor, livre-me da companhia daquela fulana-dos-anzóis-carapuça;
eu já não a agüento mais tanta crítica e
tanta impugnação.
O
anjo, entre admirado e compadecido, respondeu:
— Mas,
minha cara Furibunda, não há ninguém ao seu lado.
Aqui, o que existe é meio que um sistema de espelhamento. Ele
faz com que cada um veja e conviva com o que fabricou para si mesmo,
na Terra. Depende somente de você se libertar desse fantasma
que engendrou. Agora, se você não se esforçar
muito, isto poderá durar milênios!
Observação:
Este
pequeno conto foi editado de um semelhante e de mesmo título,
de autor desconhecido, enviado por Alexandre B. R. Freitas à
Lista de Teosofia e Esoterismo.
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