No
íntimo de cada um de nós, conscientes e inconscientes, há
tantas contradições, tantos conflitos não resolvidos
e tantos problemas firmemente enraizados. E desejamos nos comunicar acerca
destes problemas. Mas, não adianta e não resolverá
nada, por exemplo, interpretar intelectualmente e seguir as coisas ditas
por outros –
Moisés, Davi, Jacó, Isaac, Ismael, Abraão, Sankara,
Buddha, Cristo, Santo Agostinho, Santo Tomás de Aquino, Mohammed
etc. Precisamos
descobrir por nós mesmos as origens de todos os nossos problemas
e solucioná-los. [O
esforço é pessoal e inajudável. A mudança só
poderá nascer dentro, em nosso Coração, nunca fora,
por intermédio de nada nem de ninguém.] Precisamos
descobrir, com o nosso Coração, com a nossa
mente, com os nossos ouvidos, com os nossos olhos, com todo o nosso ser
e estar em direta comunhão com todos os nossos problemas. Só
deste modo nós poderemos resolvê-los. Temos, enfim, de compreender
esta coisa que é a nossa vida, que são as nossas relações.
Precisamos aprender a escutar todos os movimentos da vida, porque a vida
é um movimento de relações. Temos de escutar este movimento,
da manhã à noite, em todas as horas. Escutá-lo atentamente,
sem procurar traduzi-lo, sem dizer isto é certo, aquilo é
errado, isto é bom, aquilo é mau, isto deve ser, aquilo não
deve ser. Escutar, simplesmente, a canção deste extraordinário
movimento da vida. E, ao escutá-lo atentamente, começaremos
a compreendê-lo. Porque a vida não é algo exterior,
que está a passar ao nosso lado, do lado de fora e que observamos.
A vida é este movimento que há dentro de nós mesmos
e do qual fazemos parte; é este movimento que temos de perceber,
que temos de clarificar e que temos de compreender, amar e acompanhar. Temos
de nos embeber completamente do seu significado, pois, do contrário,
nossa mente permanecerá superficial em extremo e continuará
escravizada. [In: A Suprema
Realização, de autoria de Jiddu Krishnamurti.]
A
Peregrinação é Pessoal;
o Esforço é Individual.
—
Eu estava com um problemaço,
e
pedi ajuda a um padre.
Não
resolvi o problemaço,
e
como estava continuei.
Eu
estava com uma quizília,
e
pedi ajuda a uma quiromante.
Não
resolvi a quizília,
e
como estava continuei.
Eu
estava com um obstáculo,
e
pedi ajuda a um rabino.
Não
resolvi o obstáculo,
e
como estava continuei.
Eu
estava com um impedimento,
e
pedi ajuda a um xamã.
Não
resolvi o impedimento,
e
como estava continuei.
Eu
estava com uma atrapalhação,
e
pedi ajuda a um abracadabrista.
Não
resolvi a atrapalhação,
e
como estava continuei.
Eu
estava com uma dificuldade,
e
pedi ajuda a um chefe de terreiro.
Não
resolvi a dificuldade,
e
como estava continuei.
Eu
estava com um contratempo,
e
pedi ajuda a um aiatolá.
Não
resolvi o contratempo,
e
como estava continuei.
Eu
estava com um empecilho,
e
pedi ajuda a uma cartomante.
Não
resolvi o empecilho,
e
como estava continuei.
Eu
estava com uma incerteza,
e
pedi ajuda a um médium.
Não
resolvi a incerteza,
e
como estava continuei.
Eu
estava com uma tribulação,
e
pedi ajuda a um adivinhão.
Não
resolvi a tribulação,
e
como estava continuei.
Eu
estava com uma aflição,
e
pedi ajuda a um guru.
Não
resolvi a aflição,
e
como estava continuei.
Enfim,
me manquei e descobri
que
ninguém poderia me ajudar.
Só
eu poderia e deveria
descascar
os meus pepinos.
Então,
olhei para dentro,
e,
em silêncio, enfrentei os fatos,
compreendi o movimento da vida,
me
embebi do seu significado
e
resolvi todos os meus problemas.
Há
uma Voz em nosso interior
que
precisa ser ouvida:
a
Voz do Silêncio,
a
Voz do nosso Deus Interior,
que
é o nosso melhor amigo,
porque
Ele e nós somos Um.
Música
de fundo:
Da Pacem
Domine (O Canto dos Templários)
Fonte:
http://www.krafta.cc/musica/da-pacem-domine/
Páginas
da Internet consultadas:
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