_____
Nota:
1. Como
– criados por não sei quem (de um inexistente Nada) –
poderíamos vir de sei lá onde, estar agora aqui e depois ir
para não sei onde, para sempre, indo parar, talvez, em um buraco
negro no qual nunca estivemos? Nem sei como articular direito esta pergunta,
tal é a maluquice. Isto porque esta fantasia mal arquitetada só
é admissível e tem cabimento em teologias incoerentes, desconexas
e desarticuladas, que promovem e esparramam, meio a meio, a esperança
arrebatante, de um lado, e a paúra acachapante, de outro, simplesmente
para poderem dominar e arrecadar; por isto, a animação que
gerou esta nota é infidedigna.
Então,
os conceitos de viemos,
de somos
e de iremos
se passam sempre na mesma unicidade multivibratória: o Kosmos-desde-sempre-um.
O (do lado de) fora do Kosmos-desde-sempre-um
seria uma esdruxularia antitética impossível – o inexistente
Nada; mas o Nada inexistente nunca existiu, não existe e não
poderá existir, não sendo, sob qualquer aspecto, gerativo.
Se isto é assim – e é! – não iremos, presumidamente,
para um paraíso fresquinho de deleites ou para um inferno quentinho
de tribulações; estamos já, agora, em uma destas condições
– criadas exclusivamente por nós.
Fundo
musical:
Unity
Fonte:
http://wap.bollywoodjalwa.com/