Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

 

 

Entre 1960 e 1980: escurecimento terreal.

A partir dos anos 1990: clareamento global.

 

O efeito estufa1 vem se tornando crescente

pondo em risco cada vida individualmente.

Falta, escassez, indigência, pobreza, inópia

acabam se refletindo na longínqua Etiópia.

 

O fato é que a Terra está sendo destruída.

Eis a pergunta que se impõe: haverá tempo

para cicatrizar e regenerar essa ferida?

 

Repito e repito: somos todos responsáveis!

Poluir sem prever um (in)esperado contratempo

é coisa de primatas totalmente irresponsáveis.

 

 

 

 

 

Redução Global na Poluição do Ar
Faz Planeta Receber Mais Radiação do Sol

Salvador Nogueira

Segunda-feira, 23 de abril de 2007. Fonte:

http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=27840

 

 

O Sol brilha mais do que nunca para os habitantes da Terra. Pelo menos, os cientistas nunca o viram brilhar tanto, desde os anos 1960. É o que mostra uma série de estudos publicados na última edição da revista científica Science:

http://www.sciencemag.org

De acordo com os pesquisadores, a superfície da Terra tem recebido mais radiação solar do que costumava antes dos anos 1980. E a culpa por isso não é da estrela.

As mudanças que vemos no Sol são mais de uma ordem de magnitude menores do que as que vemos na superfície terrestre, explica Martin Wild, do Instituto Federal de Tecnologia da Suíça, autor de um dos estudos.

As conclusões de seu grupo vêm de estações de monitoramento de incidência de radiação espalhadas pelos cinco continentes.

E os resultados são consistentes com os obtidos por Rachel Pinker, da Universidade de Maryland, e colegas, em outro estudo, feito com medições de satélites.

Segundo os cientistas, entre os anos 1960 e 1980 se viu uma redução da radiação que atinge o solo, fenômeno apelidado de escurecimento global (global dimming, em inglês). Agora, a partir dos anos 1990 a tendência parece ter se revertido.

Seja lá o que esteja causando essas flutuações, se não está acontecendo no Sol, só pode estar ocorrendo na atmosfera terrestre. Wild vê nisso uma boa e uma má notícia. A boa é que em muitas partes do mundo a atmosfera se tornou mais limpa, parcialmente por conta de controle de poluição eficiente, que permite que mais luz solar atinja a superfície, diz. Em compensação, continua Martin Wild, o escurecimento solar não está mais lá para contrabalançar o crescente efeito estufa. Eu acho que é importante diferenciar o período dos anos 1960 aos 1980, em que o escurecimento mascarou o aquecimento global, e o período mais recente dos anos 1980 aos 2000, em que não houve mais escurecimento para contrabalançá-lo.

A mesma edição da Science também retoma uma velha controvérsia: o brilho da Terra em si está aumentando ou diminuindo? Por um estudo publicado na revista no ano passado, ele estava aumentando. Mas, agora, um novo estudo, liderado por Bruce Wielicki, do Centro de Pesquisa Langley, da NASA (National Aeronautics and Space Administration), mostra o contrário: o brilho da Terra estaria diminuindo. Quem, afinal, tem razão?

O atual estado da questão é controverso, diz Enric Pallé, autor do estudo do ano passado. Wielecki e seus colegas encontraram uma redução, mas nosso grupo e outro estudo independente encontram a mesma tendência que vimos no período 1998-2004, afirmou. Além disso, os dois estudos que aparecem na ‘Science’ agora parecem confirmar nossos resultados e contradizer as estimativas de mudanças do albedo [brilho] terrestre com base em satélite [o estudo de Wielecki] nesse período de tempo. Então há evidência de que nossos dados não estão completamente errados.

Para John Seinfeld, pesquisador do Caltech, na Califórnia, que escreveu com outros dois autores um comentário sobre os estudos, na mesma Science, a questão é controversa, e não dá para confiar em nenhuma das conclusões.

 

 

Somos todos responsáveis!

 

 

 

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Nota:

1. Efeito estufa: aumento da temperatura das camadas atmosféricas inferiores, devido à retenção do calor irradiado pela superfície do planeta e em conseqüência do acúmulo de gases, especialmente do dióxido de carbono (CO2). A poluição intensifica este processo podendo causar danos ambientais graves e, segundo alguns cientistas, já irreversíveis.

 

Fundo musical:

It's A Small World

Fonte:

http://www.freewebjunk.com/
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