Rodolfo
Domenico Pizzinga
Ninguém
pode ser indiferente,
e não
se pode viver eqüidistante.
Ainda
que nada mude de repente,
nada
justifica ser um bambaleante.
Não
se trata de patriotismo barato
e muito
menos de mera patriotada.2
Nossa
cidadania3
– esse é o fato –
precisa
ser diariamente conquistada.
E
o primeiro que deve respeitá-la,
cumpri-la,
acatá-la e observá-la
é,
em consciência, o ser singular.
Quem
vota em branco ou o voto anula
avilta
e torna a sua cidadania nula.
Temos
todos que votar. Para mudar!4
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Notas:
1. 'Eqüiferença'
= eqüidistância +
indiferença. (Esse neologismo de merda é sinônimo de
'indifestância', que é outra merda de neologismo).
2. Demonstração
ostentatória de patriotismo.
3. A
cidadania [palavra que vem do latim – civitas –
que quer dizer cidade] expressa um conjunto de direitos que dá
à pessoa a possibilidade de participar ativamente da vida e do governo
de seu povo. Quem não tem cidadania está marginalizado ou
excluído da vida social e da tomada de decisões, ficando numa
posição de inferioridade dentro do grupo social. (DALLARI,
Dalmo. Direitos Humanos e Cidadania. São Paulo: Moderna,
1998, p.14). Isto é: condição de pessoa que, como membro
de um Estado, se acha no gozo de direitos que lhe permitem participar da
vida política. Cidadania se conquista todos os dias.
4. Votar
em branco ou anular o voto não é uma forma de protesto; é
cuspir na própria cidadania. E há mais uma coisinha: agora,
em 2006, não importa em quem você vai votar no segundo turno.
Poderá ser no Luiz Inácio ou no Geraldo. O que você
não pode é ficar preocupado se vai sujar o shortinho!
Isso é irrelevante. Relevante é votar.