Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

Dedicatória

Para Blanquinha
(que me atura com carinho)

 

 

 

 

Primeiro – conhecer a Rosa;
depois – transmutar a Cruz.
A seguir – triunfar na Terra;
enfim – voar pelo Universo.

 

 

 

Em um fulgir do tempo,

Em um piscar de olhos,

aurora um novo começo.

 

Em um fulgir do tempo,

é sentenciado o julgador.

Em um piscar de olhos,

 

Em um fulgir do tempo,

da fereza nasce a calma.

Em um piscar de olhos,

é Allumiada a semi-alma.

 

Em um fulgir do tempo,

a glória sofre u'a derrota.

Em um piscar de olhos,

é cambiada a velha rota.

 

Em um fulgir do tempo,

o fim conhece o seu fim.

Em um piscar de olhos,

algo estréia no sem fim.

 

Em um fulgir do tempo,

a paz suplanta a revolta.

Em um piscar de olhos,

na Spira Legis, uma volta.

 

 

 

 

Em um fulgir do tempo,

descaminho vira caminho.

Em um piscar de olhos,

desalinho se torna alinho.

 

Em um fulgir do tempo,

intelige-se o ininteligível.

Em um piscar de olhos,

o incrível se torna crível.

 

Em um fulgir do tempo,

do ódio nasce a avença.

Em um piscar de olhos,

positiva-se a Sentença.

 

Em um fulgir do tempo,

a treva se comuta em luz.

Em um piscar de olhos,

Cruz...  Rosa...  LLuz...

 

Em um fulgir do tempo,

a certeza substitui o ou.

Em um piscar de olhos,

o não-sou grita: Eu-sou.

 

Em um fulgir do tempo,

o Dimissum se faz visibilis.

Em um piscar de olhos,

o Verbum é, já, audibilis.

 

 

 

 

 

 

 

Portanto, calma e atenção;

há [uma] solução para tudo.

Há um Verbum no Coração,

que não é surdo nem mudo.

 

Sempre, sempre humildade!

Um, reverso; dois, anverso!