EPÍLOGO INVOCATIVO

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

O que mais se vê por aí
é rezingão, fracassado e anti-ser-aí.
Uma tchurma abafanética,
± anética e quase sempre hipotética.

 

 

O Esqueleto Fracassado e Abafanético

 

 

A trouxe-mouxe, sem ordem,
a tchurma prefere a desordem,
mas, dissonância e indisciplina
tornam a encarnação menina.

 

 

 

 

Cousismo, achismo e Fata Morgana
germinam aperto, apuro e inana,
tipo assim marcha à ré involuntária
– um estorvo da atual conjuntura ária.

 

 

Kali Yuga (Era da Derrota = 432.000 anos)
[Yuga da desinteligência, da hipocrisia, do ódio, do vício e do crime,
Era que marca, segundo a Cosmovisão Hindu, o declínio da Humanidade.
Reinam a corrupção, o equívoco e o caos, enquanto o Dharma vacila.
O Kali Yuga é uma época de desordem, de egoísmo e de depravação,
no qual a Ordo Unimultiversalis está reduzida à sua expressão mínima.
O Mahabharata diz que o domínio do Kali Yuga se revela na falsidade
na política, na exploração da espiritualidade para fins egoístas, no aumento
da ignorância e na normalização do egoísmo, como pilares da existência.
Com a partida do Senhor Krishna, em 3.102 a.C., que simbolizava o Equilíbrio
do Dharma, se admite que a Era do Kali Yuga começou oficialmente.
Mas, nada disso nos obriga a viver submissos à maldade e à desarmonia.
A nosso favor, temos a Liberdade, o Livre-arbítrio e o nosso Deus Interior.
Basta nos lembrarmos, por exemplo, de Pitágoras, de Platão, do Mestre Jesus,
de Plotino e de Jiddu Krishnamurti, que estiveram aqui em pleno Kali Yuga.
Podemos e temos a obrigação cósmica de vencer nosso demônio interior.]

 

 

Ora, ninguém retrotrai por querer;
retrotraímos por não e .
É como navegar num barco sem leme
– uma agnose sem episteme ().

 

 

Le Penseur (De François-Auguste-René Rodin)

 

 

Oh! Sinto uma profunda tristeza
por toda essa falta de justeza!
Por isso, não paro de recomendar:

 

Só ouviremos a ,
se mergulharmos no .
Apenas pelo , pelo e pela

 

 

 

 

Portanto, tão-só pelo
maximizaremos o nosso quilate.
Então, por que não ouvimos o Vandré,
e trocamos o-que-não-é por ?

 

 

 

 

Como epílogo, invoco para todos,
sem exceção, para os anodos e os catodos: