______
Notas:
1. BERNARD,
Raymond. Lisboa.
In: As mansões secretas da Rosacruz. Biblioteca Rosacruz;
volume IV. Coordenação de Maria A. Moura. Tradução
de Rosa F. Prais. Rio de Janeiro: Editora Renes, s. d., p. 69. Coroa, aqui,
pode ser entendida como sinônimo de Primeira Liberdade. (Citação
editada).
2. _____.
Id.
3.
Saudade metafísica.
Observação:
A Corrente
do Golfo (em inglês: Gulf
Stream) é uma corrente marítima potente, rápida
e quente do oceano Atlântico, que tem origem no Golfo do México,
escapa pelo estreito da Flórida e segue a costa leste dos Estados
Unidos da América. A sua extensão até à Europa
torna os países do oeste deste continente mais quentes do que eles
seriam sem esta corrente. No entanto, contrariamente ao que muita gente
pensa, não parece ser a sua presença que provoca um grande
diferencial de temperatura no inverno (de 15 a 20°C) entre a América
e a Europa, mas, sim, a diferença de direção de transporte
de calor da Flórida. O navegador Ponce de León (1460 –
1521) notou que seus navios eram levados por uma importante e rápida
corrente de água quente que vem do atual Mar das Antilhas, mas devido
à sua morte prematura, foi somente em 1777 que Benjamin Franklin
(1706 – 1790) realizou o primeiro estudo sobre a Corrente do Golfo.
Na sua origem, a Corrente do Golfo é gerada, sobretudo, pela força
dos ventos; mas a sua extensão no Atlântico Norte é
fundamentalmente mantida pela circulação termoalina. Esta
circulação oceânica é tão profunda que
não é influenciada pela atmosfera. Na realidade, ela dá
a volta na Terra lentamente, pois necessita 500 anos para retornar ao seu
ponto de partida. Para simplificar, vamos nos restringir ao oceano Atlântico.
Ela é composta de dois tipos de correntes oceânicas: aquelas
que são bastante profundas e aquelas que são menos profundas,
ditas de superfície. No Atântico Norte, a extensão da
Corrente do Golfo é uma dessas correntes oceânicas. O motor
da circulação termoalina é a diferença de densidade
devida à salinidade e à temperatura das águas. As águas
do pólos são mais frias e menos salgadas, já as águas
do equador mais quentes e mais salgadas. No Atlântico Norte, a Corrente
do Golfo, que vai do equador em direção ao Pólo Norte,
transporta o calor para toda a Europa ocidental. Chegando no Mar da Noruega,
a água da Corrente do Golfo, mais quente e mais salgada, encontra
as águas frias e menos salgadas vindas do pólo; sendo mais
densa, devido à sua maior salinidade, ela desce em direção
às profundezas do oceano. É então uma corrente bem
profunda que se forma. Ela se dirige ao equador, costeando a América
do Norte. Chegando ao equador, as águas frias, menos salgadas e menos
densas, sobem à superfície, onde se aquecem e completam o
circuito da Corrente do Golfo. A Corrente do Golfo é uma das mais
fortes correntes marinhas conhecidas, transportando 1,4 Petawatts de potência
(Peta, símbolo P, é um prefixo do Sistema Internacional de
Unidades que denota um fator de 1015).
Movimenta-se com o fluxo impressionante de 30 milhões de m³/s.
Após passar pelo Cabo Hatteras, este fluxo aumenta para 80 milhões
m³/s. O volume da Corrente do Golfo ultrapassa facilmente o de todos
os rios que deságuam no Atlântico combinados, o que significa
um total de 0,6 milhões de m³/s. A Corrente do Golfo movimenta-se
com uma velocidade relativamente elevada, velocidade média de 2 nós
ou aproximadamente 3.6 km/h com uma largura variando entre 100 a 200 km.
A velocidade e largura tendem a aumentar ou diminuir em função
dos ventos. O efeito da Corrente do Golfo é suficiente para fazer
com que certas regiões do oeste da Grã-Bretanha, do sudoeste
da Noruega e toda a Irlanda tenham uma temperatura média de vários
graus Celsius mais elevada do que outras regiões daqueles países.
Assim, na Cornualha, e particularmente nas ilhas de Scilly, seus efeitos
são tais que plantas associadas a climas muito mais quentes, como
palmeiras, são capazes de sobreviver aos rigores do inverno setentrional.
O jardim botânico de Logan, na Escócia, é beneficiado
enormemente pela corrente do Golfo, permitindo aos seus espécimes
de Gunnera Manicata crescerem a mais de 3 metros de altura. Uma das possíbilidades
aventadas em uma teoria sobre o início de glaciações
envolve a Corrente do Golfo: uma mínima elevação do
nível dos oceanos de 1 milímetro ou pouco mais do que isto,
embora possa parecer pouco, considerando-se a área, implica um enorme
volume de água. Com a elevação do nível, o volume
da troca de água entre o oceano Ártico e o Atlântico
norte, através do Estreito de Spitzbergen, aumentaria consideravelmente.
Com a maior quantidade de água quente indo para o Ártico (através
da Corrente do Golfo) e uma maior quantidade de água fria vindo para
o Atlântico norte, o resultado seria, a curto prazo, o derretimento
de mais gelo do Ártico (o que realmente está ocorrendo) e
o resfriamento da costa nordeste da América do Norte, afetando o
clima até a Flórida, onde passariam a ocorrer resfriamentos
extremos no inverno. Como conseqüência do efeito cascata desencadeado,
poder-se-ia iniciar uma nova glaciação. O efeito estufa faz
com que as geleiras do Ártico derretam, mas também faz aumentar
a pluviometria do Atlântico norte. Estes dois fenômenos reunidos
constituem um fator no aumento da água doce nessa região.
Se este fenômeno for muito intenso – como foi o caso no início
da última era glacial, há aproximadamente 11.000 anos –
as geleiras derreteriam na América do Norte, liberando água
doce que resfria as correntes marinhas e produzem um resfriamento geral
do clima terrestre; então, a Corrente do Golfo, por assim dizer,
poderia 'parar'. Na verdade, uma grande quantidade de água doce aumentaria
a diferença de salinidade da água entre o equador e o Mar
da Noruega. O local de mergulho das águas quentes e salgadas localizar-se-ia
na altura dos Açores, e a Corrente do Golfo contrair-se-ia sobre
si mesma, não indo além dos Açores. Esta mudança
climática seria bastante rápida: em menos de 10 anos, a temperatura
de toda a Europa ocidental (de Portugal à Finlândia) baixaria
de 5°C. Quando se sabe que as temperaturas médias baixam de 1°C
a cada 500 km de latitude, encontrar-se-ia o clima de Oslo em Madri. Mas,
esta baixa de temperatura seria mais marcante no inverno do que no verão,
pois a corrente marinha traria diretamente sobre a Europa o clima do Canadá.
Bordeaux, que está na mesma latitude que Montreal, poderia ter regularmente
temperaturas de -25°C no meio do inverno. Esta mudança climática
seria tão rápida que é chamada «surpresa climática».
Isto significaria a chegada brutal de uma glaciação na Europa
ocidental. Mas, na realidade, não seria uma glaciação,
pois em todo o resto do Planeta o efeito estufa continuaria a aumentar as
temperaturas, derreter as geleiras e fazer o nível dos oceanos aumentar.
O que aconteceria na Europa ocidental seria bastante localizado: as geleiras
se estenderiam, enquanto que no resto da Terra elas derreteriam! Por isto,
o nível dos oceanos continuaria a subir, apesar deste frio localizado.
Durante uma glaciação verdadeira, ele seria aproximadamente
100 metros mais baixo. No entanto, esta teoria deve ser verificada, por
isto o emprego do condicional. Seja como for, o que nenhum de nós
tem o direito de pensar é:
foda-se;
se e quando isto acontcer, eu já não estarei mais vivo.
Nota
editada da fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Corrente_do_Golfo
Fundo
musical:
Come
Rain Or Come Shine
Música: Harold Arlen
Letra: Johnny Mercer
Fonte:
http://www.electrofresh.com/midi-27909-download
-mercer_johnny-come_rain_or_come_shine.html