ELEIÇÕES BRASILEIRAS DE 2022
(Possibilidades futuras, levando em conta
as tendências manifestadas no presente)

 

 

 

As urnas eletrônicas são de fato seguras e infraudáveis, pois,
o TSE utiliza o que há de mais moderno quanto às tecnologias
de criptografia, de assinatura digital e de resumo digital, não
dispondo de qualquer mecanismo que possibilite uma conexão
a redes de computadores, como, por exemplo, a Internet. Já o
Sistema Operacional Linux – contido na urna – foi elaborado
pela Justiça Eleitoral de forma a não incluir nenhum mecanismo
de software que permita conexão com redes ou acesso remoto.
Não é possível a um hacker modificar qualquer arquivo presente
nas mídias das urnas eletrônicas do nosso Brasil. O software
que é utilizado nas eleições é o mesmo em todo o País, e está
sob o controle estrito do Tribunal Superior Eleitoral. Ponto final.
A urna eletrônica brasileira é um projeto maduro, que já completou
18 anos de existência. Nos últimos anos, a Justiça Eleitoral tem
organizado eleições seguras, transparentes e muito rápidas,
que têm servido de modelo e de inspiração para o mundo inteiro.
As eleições e as urnas brasileiras são seguras e confiáveis,
seja pelo trabalho árduo da Justiça Eleitoral, seja pelo eficiente
e eficaz acompanhamento de todo o processo pela sociedade.
Insistir e afirmar o contrário é ser bota-de-elástico e medieval.
Insistir e afirmar o contrário é ser antiBrasil e anti-republicano.
Insistir e afirmar o contrário é ser maquinador e antidemocrata.
Insistir e afirmar o contrário é torcer para o Patropi pegar fogo.
Tenha a santa paciência! Você deixará que isto possa ocorrer?

 

 

Isto jamais irá acontecer!

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

de outubro de 2022.
Chegou, enfim, o dia das eleições brasileiras.
O Iniciado, como qualquer brasileiro,
apesar de ser um cidadão do Unimultiverso,
foi cumprir o seu dever patriótico.

No caminho, até a sua seção eleitoral,
foi conversando com os transeuntes,
e perguntando em quem e por quê
escolheram votar naquele candidato.

Alguns, muito naturalmente,
se recusaram a declarar o voto;
outros disseram e o justificaram.

— Eu votei no Ciro Gomes porque a sua história de vida
sempre foi em defesa da Democracia e contra o Fascismo.

— Eu votei na Simone Tebet porque ela é filha
de Ramez Tebet, ex-presidente do Congresso Nacional,
porque prometeu dar perspicuidade ao orçamento secreto
e porque exigirá que todos os ministros de Estado dêem
transparência absoluta nas contas públicas do orçamento.

— Eu votei no Leonardo Péricles porque ele é de
esquerda e, conseqüentemente, não abre mão
dos interesses da classe trabalhadora
e do povo pobre, desvalido, negro e das periferias.

— Eu votei no Luiz Felipe d’Avila porque ele
prometeu reformar a administração pública,
apóia a prisão em segunda instância e o Estado mínimo,
e abrirá totalmente a Economia Brasileira ao mundo.

— Eu anulei meu voto.
Estou cansado de tanta mentira, de tanta embromação,
de tanto toma-lá-dá-cá e de tanta corrupção.

 

 

 

 

— Eu votei na Vera Lúcia porque ela defendeu
a desapropriação de imóveis dos grandes proprietários
que vivem da especulação imobiliária, e porque também
propôs a imediata legalização das ocupações de terrenos,
com urbanização e saneamento adequados.

— Eu votei na Sofia Manzano porque ela
prometeu reduzir a jornada de trabalho
para 30 horas semanais, sem redução salarial.
Chega de tanta mais-valia e de tanto mais-trabalho.
Chega de escravização da classe trabalhadora.

— Eu só estou passeando, mas, não votarei.
Se o voto ainda fosse de papel, como gostaria o Presidente,
eu até que sufragaria, mas, votaria no Cacareco,¹
que, como eu, era fêmea mas, era muito machochô.

 

 

 

 

— Eu votei no Eymael porque ele formulará
uma política-econômica orientada para
o desenvolvimento e a geração de empregos,
além de dar apoio ao empreendedorismo.

— Eu votei na Soraya Thronicke porque ela prometeu
mudar o sistema tributário e otimizar os gastos públicos.

— Eu votei em branco.
Já não agüento mais tanta promessa descumprida,
tanta mumunha, tanto nepotismo, tanto foro privilegiado,
tanto embargo de gaveta e tanto embargo de xuxeta.
Com o meu voto, não, violão!

 

 

 

 

— Eu votei no Pablo Marçal porque ele definiu
seu plano de Governo apoiado em três pilares:
virtualização, empresarização e mudança de mentalidade.

— Eu votei no Lula porque ele assumiu compromisso
com as sustentabilidades social, ambiental e econômica,
e com o enfrentamento das mudanças climáticas.
E também porque prometeu uma nova legislação trabalhista
de extensa proteção social a todas as formas de ocupação,
de emprego e de relação de trabalho.

— Eu votei no Bolsonaro porque ele prometeu:
implementar as mudanças e as reformas estruturantes,
manter o valor de 600 reais para o Auxílio Brasil,
melhorar a infra-estrutura das regiões menos desenvolvidas,
fortalecer a projeção do Brasil como parceiro confiável
em projetos internacionais de pesquisa científica e tecnológica
e levar a conectividade 5G a todos os municípios brasileiros.
Isso, sim, é que é um bom plano de Governo.
Mas, eu votei no Bolsonaro, principalmente, porque, com ele,
aprendi que as vacinas são um perigo, e, no caso da COVID-19,
o melhor é tomar Cloroquina, pois, quem se vacinar poderá
acabar virando um jacaré-de-óculos-bêbado-de-papo-amarelo.
Eu que, há alguns anos, me vacinei contra a vaca louca
e acabei me transformando em perereca da vizinha,
não quero passar por essa tristura novamente. Jacaré jamais!
Se não fosse pela intervenção salvífico-milagrosa do médium
João de Deus, eu ainda estaria coaxando como louca por aí!
É claro que o seu João me cobrou uma baba de respeito
pela retransformação, mas, eu nem dei bola. Paguei e não bufei.
É melhor ser gente do que ser perereca da vizinha, que todo
mundo só pensa em comer assada com batatas. Ou não?
Se perereca da vizinha nunca mais, jacaré, então, jamais!

 

 

 

 

 

 

Depois de cumprir o seu dever cívico e patriótico,
o Iniciado foi tomar um cafezinho num boteco,
bem pertinho da sua seção eleitoral.
Ao servi-lo, o funcionário perguntou:
— E aí, o senhor já votou?
O Iniciado respondeu:
— Sim; acabei de votar.
O funcionário acrescentou:
— E em quem o senhor votou?
O Iniciado pensou, e disse:
— Eu votei no candidato
que considero mais digno, mais útil e mais preparado
para assumir e exercer a Presidência da República.
Eu não desejo, não quero e não preciso de nada,
mas, o povo precisa de tudo e não tem nada.
Mesmo que eu precisasse de alguma coisa,
o meu voto jamais seria interesseiro ou convicioso.
O fato é que, acima de todos os candidatos, está o povo.
Então, categoricamente, votei em quem acredito que
que fará o melhor para o Brasil e para o povo brasileiro.
Quem vota por qualquer interesse pessoal ilusório
está votando hipoteticamente, e, fazendo isso,
está fragilizando o Estado Democrático de Direito.
Votar hipoteticamente é sinônimo de anticidadania;
anticidadania leva à desdemocratização; e
desdemocratização acaba desaguando em regime de exceção.
Um cidadão que respeita as liberdades democráticas
não quer isso para o seu país nem para o seu povo.
O funcionário comentou:
— Sabe que o senhor está com a razão.

 

 

Votar hipoteticamente por um interesse pessoal ilusório,
votar em branco ou anular o voto é cuspir na cidadania!