OS ENSINAMENTOS SECRETOS DE TODOS OS TEMPOS
(9ª parte)

Autor: Manly Palmer Hall

 

 

 

Manly Palmer Hall

Manly Palmer Hall

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Introdução

 

 

 

Este estudo se compõe da 9ª parte de uma coletânea de fragmentos garimpados na obra Os Ensinamentos Secretos de Todos os Tempos, de autoria de Manly Palmer Hall.

 

 

 

Breve Biografia

 

 

 

Manly Palmer Hall (Peterborough, Ontario, 18 de março de 1901 – 29 de agosto de 1990, Los Angeles, California) foi um místico e autor canadense de mais de cem livros, dentre eles The Secret Teachings of All Ages: An Encyclopedic Outline of Masonic, Hermetic, Qabbalistic and Rosicrucian Symbolical Philosophy, que ele publicou aos 25 anos de idade.

 

Em 1934, Hall fundou a Philosophical Research Society, em Los Angeles, EUA, dedicada ao ideal de buscar soluções para os problemas humanos.

 

Uma biografia mais detalhada está disponível em:

http://www.christianrosenkreuz.org/mph_biografia.htm

 

 

 

Fragmentos da Obra

 

 

 

A Fênix [ave fabulosa], na Antigüidade, foi consagrada ao Sol, e a duração de sua vida (entre quinhentos e mil anos) foi tomada como referência para medir o movimento dos corpos celestes, para indicar os períodos da existência e também para mensurar os ciclos de tempo usados nos Mistérios Antigos. Com toda a probabilidade, a Fênix foi o cisne dos gregos, a águia dos romanos e o pavão do Extremo Oriente. Para os antigos místicos, era um símbolo muito apropriado da imortalidade da [personalidade-]alma humana, porque assim como a Fênix renascia de sua própria natureza morta sete vezes sete vezes, a natureza espiritual do ser-humano-aí-no-mundo se eleva triunfalmente uma vez e outra vez do seu cadáver físico. Para os Hermetistas Medievais, a Fênix (que era o nome de uma Fórmula Alquímica Secreta) era um símbolo da realização da Transmutação Alquímica um processo equivalente à regeneração humana. Enfim, a Fênix é um símbolo do Renascimento Espiritual.

 

 

Fênix

Fênix

 

Como a Fênix Fabulosa e renascida,
Renasci espiritualmente.
Como a Fênix Fabulosa e renascida,
já não estou mais doente.
Como a Fênix Fabulosa e renascida,
sobrepujei o meu Plexo Solar.
Como a Fênix Fabulosa e renascida,
não mais me enfeitiça o luar.
Como a Fênix Fabulosa e renascida,
Vi o que não podia enxergar.
Como a Fênix Fabulosa e renascida,
Ouvi o que não podia escutar.
Como a Fênix Fabulosa e renascida,
Entendi o que não podia entender.
Como a Fênix Fabulosa e renascida,
Unifiquei o passado e o vir-a-ser.

Como a Fênix Fabulosa e renascida,
Morri para, então, poder Viver.
Como a Fênix Fabulosa e renascida,
Vivi para, enfim, poder Ser.
Como a Fênix Fabulosa e renascida,
transmutei meu chumbo em Ouro.
Como a Fênix Fabulosa e renascida,
em mim, transmutei cada desdouro.
Como a Fênix Fabulosa e renascida,
me desescravizei do estupor.
Como a Fênix Fabulosa e renascida,
me uni ao meu Deus Interior.
Como a Fênix Fabulosa e renascida,
hoje, sou um com todos os eus.
Como a
Ave Fabulosa,
ascendi, e me tornei um Deus.
Como a Fênix Fabulosa e renascida,
realizei:
7 x 7 = 49.
49 4 + 9 = 13.
13 1 + 3 = 4.
4 1 + 2 + 3 + 4 = 10.
10 1 + 0 = 1
E, assim, compreendi que:

1 + 1001 = 1,
1001 – 1 = 1
e que a separatividade é uma ilusão.

 

A Águia Americana, que aparece no Grande Selo dos Estados Unidos [Great Seal of the United States], nada mais é do que uma Fênix estilizada, como se pode claramente distinguir, se o selo original for examinado.

 

 

Great Seal of the United States

Great Seal of the United States (Anverso)

 

 

Great Seal of the United States

Great Seal of the United States (Reverso)

 

 

A Fênix é o símbolo da vitória e da realização espiritual. Para todos os Iniciados e Filósofos, a Fênix simboliza a transmutação e a regeneração da Energia Criativa, que é comumente chamada de cumprimento da Grande Obra.

 

A Fênix bicéfala é o protótipo do ser-humano-aí-no-mundo andrógino futuro, porque, de acordo com os Ensinamentos Secretos, chegará o momento em que o corpo humano terá duas medulas espinhais, através das quais se manterá no corpo o equilíbrio vibratório.

 

 

Águia Bicéfala de Lagash

Águia Bicéfala de Lagash
(Jóia do Maçom pertencente ao 33º Grau
do Rito Escocês Antigo e Aceito)

 

 

Além de serem maçons, muitos dos Pais Fundadores dos Estados Unidos [Founding Fathers of the United States] receberam ajuda de um Órgão Secreto e Venerável que, na época, existia na Europa, que os ajudou a criar o País para um propósito específico, que apenas alguns Iniciados conhecem, [e que está relacionado com a próxima 6ª Raça-raiz]. O Grande Selo dos Estados Unidos é o Símbolo daquele órgão exaltado invisível e desconhecido e a pirâmide inacabada, que aparece no reverso, estabelece, simbolicamente, a tarefa à qual têm se dedicado, desde o primeiro dia, os diversos Governos dos Estados Unidos.

 

Entre os antigos, havia a curiosa crença de que o leão dormia com os olhos abertos, razão pela qual ele foi escolhido como símbolo da vigilância.

 

Para os sacerdotes egípcios, o gato simbolizava a eternidade e as forças magnéticas da Natureza. Entre os gregos e os romanos, o gato era dedicado à Deusa Diana.

 

O mais importante de todos os animais simbólicos era Ápis ou o Touro Egípcio de Mênfis, que era considerado o veículo sagrado para a transmigração da [personalidade-]alma do Deus Osíris. Entre os egípcios, havia a crença popular de que, se o touro exalasse o seu alento sobre uma criança, ela se tornaria ilustre.

 

 

Touro Ápis

Touro Ápis (Hapi-ankh)

 

 

No passado, o touro era um poderoso emblema fálico, que representava o poder criador paternal do demiurgo. Era também o símbolo celeste do Homem Solar.

 

O touro branco era simbolicamente consagrado como o emblema dos Iniciados, e representava o corpo material espiritualizado tanto do ser-humano-aí-no-mundo como da Natureza.

 

O cordeiro é um emblema conhecido de pureza, por sua mansidão e pela brancura da sua lã. Em muitos dos antigos Mistérios Pagãos, o cordeiro representava o Salvador Universal e, no Cristianismo, é o símbolo favorito de Cristo.

 

Agnus Dei,
qui tollis peccata mundi,
miserere nobis.
Agnus Dei,
qui tollis peccata mundi,
miserere nobis.
Agnus Dei,
qui tollis peccata mundi,
dona nobis pacem.

 

 

A Adoração do Cordeiro Místic

A Adoração do Cordeiro Místico (Jan van Eyck)

 

Para os Alquimistas, a cabeça da cabra era o símbolo do enxofre.

 

Geralmente, o lobo costuma ser associado ao princípio do mal, em virtude do seu uivo e da sua selvageria. Na Mitologia Escandinava, o Lobo Fenris é um lobo monstruoso que devorou Odin, o pai dos deuses, destruindo assim o universo odínico. Neste caso, o Lobo Fenris representava os poderes selvagens da Natureza que derrocaram a criação primitiva.

 

 

Lobo Fenris

Odim e Fenris (1909)
(Por Dorothy Hardy)

 

 

Para os místicos cristãos medievais, o unicórnio 0u monoceronte simbolizava o Cristo, e, portanto, representava a vida espiritual do ser-humano-aí-no-mundo. É possível que seu único chifre represente a glândula pineal ou o terceiro olho, que é o centro do conhecimento espiritual localizado no cérebro. O unicórnio foi adotado pelos Mistérios como um símbolo da Natureza Espiritual Illuminada do Iniciado.

 

 

A Virgem e o Unicórnio

Afresco de A Virgem e o Unicórnio
[Por Domenico Zampieri, cerca de 1602, (Palazzo Farnese, Roma)]

 

 

Segundo os Mistérios, o macaco representa a condição do ser-humano-aí-no-mundo antes de a alma racional ter entrado em sua constituição. Portanto, representa o homem irracional.

 

Por causa de sua fidelidade, o cão simbolizava a relação que deveria existir entre o Discípulo e o Mestre ou entre o Iniciado e seu Deus. [O Deus de seu Coração.]

 

Tanto o cavalo alado quanto o tapete mágico simbolizam a Doutrina Secreta e o Corpo Espiritualizado do homem.

 

 

Tapete Mágico

Tapete Mágico

 

 

A Arca de Noé representa a Natureza Espiritual do ser-humano-aí-no-mundo.

 

O yoni [símbolo que representa o órgão sexual feminino] e o falo eram adorados por quase todos os povos antigos como símbolos adequados do poder criativo de Deus.

 

 

Yoni de Pedra

Yoni de Pedra
(Santuário de Cát Tiên, no Vietnam)

 

 

O Jardim do Éden, a arca, a porta do templo, o véu dos Mistérios, a vesica piscis ou o nimbo ovalado e o Santo Graal eram importantes símbolos yônicos, enquanto a pirâmide, o obelisco, o cone, a vela, a torre, o Monólito Celta, o capitel, o campanário e a lança sagrada eram símbolos fálicos.

 

 

Vesica Piscis

Vesica Piscis

 

 

Honni soit qui mal y pense! [Divisa da Ordem da Jarreteira e que significa: «Envergonhe-se quem pensa mal disto!»; «Seja desprezado quem pensa mal a este respeito!»; «Maldito seja quem põe maldade onde ela não existe!»] [Rei Eduardo III, apud Manly Palmer Hall.]

 

 

Nobilíssima Ordem da Jarreteira

Nobilíssima Ordem da Jarreteira
(A mais antiga da Inglaterra e do sistema de honras britânico)

 

Vi um filho da viúva,
e achei que ele era um herético.
Vi um rosacruz,
e achei que ele era outro herético.
Vi um espiritista,
e achei que ele era um macumbeiro.
Vi um evangélico,
e achei que ele era um lunático.
Vi um ateísta,
e achei que ele era um ímpio.
Vi um templário,
e achei que ele era um sanguinário.
Vi um muçulmano
e achei que ele era um terrorista.
Vi um israelita,
e achei que ele era um agiotista.
Vi um italiano,
e achei que ele era um mafioso.
Vi um alemão,
e achei que ele era nazista.
Vi um haitiano,
e achei que ele era um voduísta.
Vi um japonês,
e achei que ele era um
oyabun.
Vi um menino de rua,
e achei que ele era um ladranete.
Vi um coreano (do norte),
e achei que ele era um fogueteiro.
Vi um alfacinha,
e achei que ele era um burro de carga.
Vi um soteropolitano,
e achei que ele era um dorminhoco.
Vi um nordestino,
e achei que ele era um ignorante.
Vi um carioca,
e achei que ele era um sacanocrata.
Vi um serenateiro,
e achei que ele era um delirante.
Vi um político,
e achei que ele um corrupto(r).
Vi um zíngaro,
e achei que ele era integrista.
Vi um sacerdote,
e achei que ele era um pedófilo.
Vi uma dançarina,
e achei que ela era uma prostituta.
Vi um bailarino,
e achei que ele era um homossexual.
Vi um generoso,
e achei que ele era um babaca.
E vendo e achando,
fui preconceituando e
malpensando.
E preconceituando e malpensando,
fui, cada vez mais, afundando
.
E, cada vez mais, afundando
,
adoeci e pifei chorando.

Quando ancorei do lado de lá...

 

 

 

 

Para não misturar alhos com bugalhos, precisamos ter em mente muito direitinho que os rituais obscenos que mais tarde se praticaram nas bacanais [festas em honra a Baco] e nas dionísias [festas rituais em honra de Dioniso] não eram representativas dos níveis de pureza que mantiveram originalmente os Mistérios, como as orgias que ocasionalmente celebravam os simpatizantes e partidários do Catolicismo até o século XVIII não eram representativas do Cristianismo primitivo.

 

Para os pitagóricos e outras escolas filosóficas, a Natureza Divina e Única de Deus se manifestava no tríplice aspecto Pai-Mãe-Filho, e esta Trindade constituía a Família Divina, cuja morada é criação e cujo símbolo natural e peculiar é o Quadragésimo Sétimo Problema de Euclides [também conhecido como Teorema de Pitágoras.]

 

 

Quadragésimo Sétimo Problema de Euclides

Quadragésimo Sétimo Problema de Euclides
[Também Conhecido Como Teorema de Pitágoras]1

 

 

Na Antigüidade, o girassol era considerado sagrado por causa de sua afinidade com o Sol.

 

A pureza sexual era um requisito incondicional dos Antigos Mistérios. Neste sentido, a flor representa o ideal de beleza e de regeneração que, em suma, acabará por substituir a luxúria e a degeneração. E assim, de todas as flores simbólicas, o lótus da Índia e do Egito e a rosa dos rosacruzes são as mais importantes, e, simbolicamente, são consideradas idênticas.

 

Basicamente, os três períodos pelos quais passa a consciência humana são: a ignorância, o esforço e a compreensão ou o entendimento. [É por isto que tanto tenho dito que só a Compreensão (Illuminação Espiritual) poderá nos Libertar. Na verdade, esta Compreensão é uma Transcompreensão Iniciática, porque está além da razão.]

 

 

 

 

Por sua beleza, dignidade, solidez e força, os carvalhos, os olmos e os cedros foram adotados como símbolos de poder, de integridade, de permanência, de virilidade e de proteção divina.

 

Os cabalistas medievais representavam a criação como uma árvore invertida, com raízes na Realidade do Espírito e os ramos na ilusão da existência material tangível. Por isto, a Árvore Sefirótica da Cabala estava invertida, com as raízes no céu e os galhos na Terra. A senhora Helena Blavatsky ressaltou que a Grande Pirâmide era considerada um símbolo daquela árvore invertida, com as raízes no vértice da Pirâmide e os galhos se abrindo em quatro direções à base.

 

O Ovo Cósmico é a chave indefinida dos Mistérios.

 

Com o tempo, o ser-humano-aí-no-mundo aprenderá que não tem que se envergonhar da verdade. Mas, enquanto não aprender, será falso para o seu Deus, para o seu mundo e para si mesmo.

 

 

 

Continua...

 

 

 

_____

Nota:

1. Demonstração do Teorema de Pitágoras:

 

Quadrados

 

O enunciado simplificado conhecido do Teorema de Pitágoras (cerca de 570 a.C. – cerca de 495 a.C.) é: Em um triângulo retângulo, o quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos catetos.

Este resultado já era conhecido pelos babilônios da época de Hamurabi (um rei babilônio do século XVIII a.C.), mas, é atribuída à Pitágoras a sua descoberta, pois, se supõe que a demonstração formal foi feita por ele.

Não se sabe ao certo o método utilizado por Pitágoras para a demonstração, todavia, se supõe que foi uma prova por comparação de áreas de figuras geométricas, como será apresentada a seguir.

Considere dois quadrados, como na figura acima, ambos com lado iguais a (a + b). O primeiro é composto por seis figuras: um quadrado de lado a, um quadrado de lado b e quatro triângulos retângulos de catetos a e b. Se chamarmos de S a área de um desses triângulos e sendo a área total da figura (a + b)2, teremos:

(a + b)2 = a2 + b2 + 4S

O segundo quadrado é composto também de quatro triângulos retângulos iguais aos anteriores e de um quadrado de lado c, equivalente à hipotenusa dos triângulos. Logo, nesse quadrado, teremos:

(a + b)2 = c2 + 4S

Se igualarmos os segundos membros das equações, resultará:

c2 + 4S = a2 + b2 + 4S

Agora, se cancelarmos o termo 4S em ambos os lados da igualdade acima, resultará a expressão central do Teorema de Pitágoras:

c2 = a2 + b2

Observação:

Esta demonstração foi obtida na Página:

http://www.matematica.br/historia/teopitagoras.html


Música de fundo:

Secret Love
Composição: Sammy Fain (música) & Paul Francis Webster (letra)

Fonte:

https://z1.fm/song/12026411

 

Páginas da Internet consultadas:

https://br.freepik.com/

https://super.abril.com.br/

https://pt.wikipedia.org/wiki/Ordem_da_Jarreteira

https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/a-traducao-e-a
-origem-da-expressao-francesa-maudit-soit-qui-mal-y-pense/19328

https://pt.wikipedia.org/wiki/Yoni

https://br.pinterest.com/pin/510525307744001482/

https://pt.wikipedia.org/wiki/Unic%C3%B3rnio

https://pt.wikipedia.org/wiki/Fenrir

https://pt.wikipedia.org/wiki/Cordeiro_de_Deus

https://www.pinterest.ru/pin/777504323148746688/

https://mirnacavalcanti.wordpress.com/2012/01/21/a-maconaria
-a-verdade-e-a-aguia-bicefala-de-lagash-deus-meunque-jus/

https://en.wikipedia.org/wiki/Great_Seal_of_the_United_States

http://bestanimations.com/

https://eruizf.com/lecturas/r_c/manly/manly_palmer_hall
_las_ensenanzas_secretas_de_todos_los_tiempos.pdf

https://pt.wikipedia.org/wiki/Manly_Palmer_Hall

https://www.escoladaluz.com.br/uploads/books/
7d76747cc813bad4860840934787e597.pdf

 

Direitos autorais:

As animações, as fotografias digitais e as mídias digitais que reproduzo (por empréstimo) neste texto têm exclusivamente a finalidade de ilustrar e embelezar o trabalho. Neste sentido, os direitos de copyright são exclusivos de seus autores. Entretanto, como nem sempre sei a quem me dirigir para pedir autorização para utilizá-las, se você encontrar algo aqui postado que lhe pertença e desejar que seja removido, por favor, entre em contato e me avise, que retirarei do ar imediatamente.