Este
estudo se compõe da 7ª parte de uma coletânea de fragmentos
garimpados na obra Os
Ensinamentos Secretos de Todos os Tempos, de autoria de Manly
Palmer Hall.
Breve
Biografia
Manly
Palmer Hall (Peterborough, Ontario, 18 de março de 1901 – 29
de agosto de 1990, Los Angeles, California) foi um místico e autor
canadense de mais de cem livros, dentre eles The Secret Teachings of
All Ages: An Encyclopedic Outline of Masonic, Hermetic, Qabbalistic and
Rosicrucian Symbolical Philosophy, que ele publicou aos 25 anos de
idade.
Em
1934, Hall fundou a Philosophical Research Society, em Los Angeles,
EUA, dedicada ao ideal de buscar soluções para os problemas
humanos.
Uma
biografia mais detalhada está disponível em:
http://www.christianrosenkreuz.org/mph_biografia.htm
Fragmentos
da Obra
A
década é composta de 1, 2, 3 e 4 [1
+ 2 + 3 + 4 = 10]. O número 4 simboliza Deus, porque é
o símbolo dos quatro primeiros números. A tétrada (Tetractys)
é o primeiro sólido geométrico.
Tetractys
Segundo
Plutarco, a Tetractys, que, para ele, também se chama Mundo, pode
ser considerada como a soma dos quatro primeiros números ímpares
e dos quatro primeiros números pares:
[Curiosamente,
o Valor Secreto do Número 36 é 666.]
A
soma da tétrada com a mônada equivale à pêntada.
Os pitagóricos ensinavam que os Elementos Fogo, Ar, Água e
Terra estavam impregnados com uma substância chamada Éter,
que é a base da vitalidade e da vida. Neste sentido, eles escolheram
a estrela de cinco pontas, 0 pentagrama, como símbolo de vitalidade,
de saúde e de compenetração.
Pentagrama
O
Centro é o Pai de todas as direções, de todas as dimensões
e de todas as distâncias.
Centro
A
Héptada é o Número da Lei, dos Legisladores da Lei
Cósmica.
Se
considerarmos que o Cosmos é ilimitadamente imensurável, escapa
aos próprios Deuses entender inteiramente a própria Glória
que os originou, pois, Ela é inacessível. [Todas
as verdades são relativas
e atualizáveis, todas as sínteses são temporárias
e atualizáveis, todas as compreensões são incompletas
e atualizáveis.
Por isto, nem mesmo
nos momentos de máxima Illuminação, o ser-humano-aí-no-mundo
poderá imprimir na substância da sua [personalidade-]alma
racional uma imagem perfeita da expressão multiforme da atividade
celestial.]
—
Eu
achava
que o paraíso era o limite.
Hoje, sei
que o limite não tem limite.
Em
realidade, o que o ser-humano-aí-no-mundo deve estudar é a
si mesmo. Só
quando compreendermos que a nossa Natureza Espiritual é a Causa Invisível
e o Poder Controlador da nossa personalidade material visível poderemos
nos libertar.
Tenhamos
sempre em mente que fazer um diagrama, um desenho [e
também as animações didáticas que costumo incluir
nos textos] que, simbólica e corretamente, representem
Leis Cósmicas e verdades mentais abstratas
são impossibilidades, porque as representações
diagramáticas de um aspecto metafísico poderão realmente
contradizer outro. [Uma imagem,
um diagrama ou uma animação, ainda que possam ajudar no entendimento
de um conceito ocultista ou de uma Lei Universal, jamais representarão
a coisa como efetivamente ela é. Isto é simples de compreender:
eventos que ocorram em dimensões superiores à 3ª Dimensão
não podem ser concertadamente pintados ou desenhados na 3ª Dimensão.
Por isto, repito: todas as verdades são relativas e atualizáveis,
todas as sínteses são temporárias e atualizáveis,
todas as compreensões são incompletas e atualizáveis.]
Com isto em mente,
reflita sobre o que segue: há Três Grandes Centros no corpo
humano. O Centro Superior (ou Centro Espiritual –
Centro Cardíaco
ou Anahata)
está no meio do outros dois, e seu análogo no corpo físico
é o coração
–
o órgão mais espiritual e mais misterioso do corpo humano.
O Segundo Centro (ou vínculo entre o mundo superior e o mundo
inferior –
Centro
Coronário ou
Sahashara)
se localiza na posição de máxima dignidade física,
e seu análogo no corpo físico é o cérebro.
O Terceiro Centro (o inferior –
Centro
Sexual ou
Swadhisthana) está,
por assim dizer, situado na posição de menor dignidade, mas,
de maior importância física, e seu análogo no corpo
físico é o sistema reprodutor. Desta forma,
o coração é, simbolicamente, a Fonte da Vida; o cérebro
é o elo que, através da inteligência racional, une a
Vida com a forma; e o sistema reprodutor (0u criador infernal) é
a fonte de energia, graças à qual os organismos físicos
são produzidos. Os ideais e as aspirações de cada pessoa
dependem, em grande parte, de qual desses Três Centros de Poder predomine,
quanto ao alcance deliberado e à atividade da expressão intencional.
Nos materialistas, o Centro que prepondera ou que tem mais influência
é o inferior; nos intelectuais, é o superior; e nos Discípulos
e Iniciados, é o médio, banhando os dois extremos com uma
torrente de resplendor espiritual e controlando equilibradamente tanto a
mente como o corpo. [Compreenda
que tudo isto, digamos assim, tem uma
importância relativa e temporânea, pois, a meta é o alinhamento
de todos os Centros, que, propriamente, não se localizam no corpo
físico, como a imagem abaixo parece mostrar.] Como
conseqüência de tudo isto, o símbolo mais comum da natureza
espiritual é um coração; da capacidade intelectual
é um olho aberto, que representa a glândula pineal ou o olho
ciclópico, que é o Janus de duas faces dos Mistérios
Pagãos; e do sistema reprodutor é uma flor, um bastão,
um copo ou uma mão.
Centros
O
estudioso de Esoterismo sabe que os antigos, freqüentemente, recorriam
a vários subterfúgios para ocultar as verdadeiras interpretações
dos seus Mistérios. Substituir o coração pelo cérebro
era uma destas evasivas.
Como
um ser-humano-aí-no-mundo pensar, assim será a sua vida.
Há sete Corações no Cérebro, e existem sete
Cérebros no Coração!
Durante
cada período da vida terrena [encarnação],
a Realidade vive na irrealidade, sendo liberada temporariamente
por meio da morte, e permanentemente através da Illuminação.
Através
do corpo físico do ser-humano-aí-no-mundo,
não só se desenvolveram um Reino Mineral, um Reino Vegetal
e um Reino Animal, mas, também, classificações e divisões
desconhecidas da Vida Espiritual Invisível. Assim como as células
são unidades infinitesimais da estrutura do ser-humano-aí-no-mundo,
o ser-humano-aí-no-mundo
é uma unidade infinitesimal da estrutura do Universo. Uma teologia
[Teociência]
baseada no conhecimento e na apreciação destas relações
é tão profunda justa quanto é profundamente verdadeira.
Os
Sete Poderes Criativos ou Sons Vocálicos –
que começaram a existir quando a Palavra
[Verbum Dimissum]
foi proferida –
se tornaram os Sete Elohim [ALHIM]
ou Divindades, de tal sorte que, através dos Seus Poderes e Mediação,
o mundo inferior foi organizado.1
Os
Mistérios da Antigüidade ensinavam aos dignos e meritosos que
a Illuminação Espiritual só poderá ser alcançada,
se elevarmos a nossa natureza inferior a um certo nível de efetividade
e de pureza, no qual poderemos de fato conhecer a nossa própria constituição
e o verdadeiro propósito da nossa existência. A vetusta e multimilenar
Sabedoria Iniciática de como regenerar mais rapidamente e completamente
a nossa constituição múltipla e alcançar a Illuminação
constituía a Doutrina Secreta ou Esotérica da Antigüidade,
e jamais era revelada aos impenitentes e aos desmerecedores. Mas, por que
a Doutrina Secreta não era revelada aos ignóbeis? Porque os
Adeptos e os Filósofos Iniciados sabiam que quando alguém
entende o funcionamento de todo um sistema, ele pode alcançar um
fim previamente estabelecido, embora não seja nem esteja qualificado
para manipular, fazer bom uso e controlar as conseqüências
[os efeitos] que o produziu. [Isto
é muito fácil de ser entendido, basta você imaginar
o que um Hitler, um Stalin, um Pinochet, um Ted Bundy, uma Aileen Wuornos,
uma Juana Barraza, uma Gesche Gottfried, uma Ilse Koch, uma Irma Grese,
um Papa Sérgio III, um mensalãozeiro, um petrolãozeiro,
um Jim Jones ou mesmo
um João de Deus, por exemplo, fariam, se conhecessem integralmente
o
Verbum Dimissum et Inenarrabile. Usei
o advérbio integralmente
porque, parcial e limitadamente, todos nós conhecemos o Verbum,
e é exatamente por
restritamente, ainda que ± inconscientemente,
conhecê-Lo,
que fazemos as barbaridades inimagináveis que ainda fazemos.] É
exatamente por isto que a Sabedoria Iniciática foi ocultada em símbolos,
mitos e alegorias, que nunca tiveram qualquer significado para os profanos,
embora fossem evidentes para aqueles que conheciam a Teoria da Redenção
Pessoal, que era e é a base da Teologia Filosófica Iniciática.
Um exemplo disto é o Cristianismo. Na verdade, todo o Novo Testamento
é uma exposição cuidadosamente oculta dos processos
secretos da Regeneração Humana. Os personagens bíblicos,
que sempre foram e continuam a ser considerados seres-humanos-aí-no-mundo
históricos e existentes, são, na realidade, personificações
de determinados processos que ocorrem no corpo humano, quando cada um de
nós dá início à tarefa de se libertar conscientemente
da auto-escravidão, da ignorância, dos preconceitos, da separatividade
e da morte. [Só Morrendo Viveremos.
ALI, ALI, LMH ShBHhTh-NI!]
Em
contraposição à crença do Cristianismo primitivo
[e que se mantém até
hoje] que a Terra era um objeto inanimado, para os pagãos
não só a Terra, mas, também, todos os corpos siderais
eram criaturas individuais, dotadas de inteligência. Até mesmo
os diferentes Reinos da Natureza eram tratados como entidades separadas.
Por exemplo, para eles, o Reino Animal era um Único Ser composto
por todas as criaturas que constituem o dito Reino.
Mediante
a Iniciação nos Mistérios e por intermédio um
certo processo conhecido como Teologia Operativa, o ser-humano-aí-no-mundo
poderá transcender a Lei do Nascimento e da Morte [Lei
do Renascimento ou da Reencarnação], e, no curso
da existência física, a parte do Espírito que está
adormecida tem os seus olhos abertos sem a intervenção da
morte –
o Iniciador Inevitável –
e, então, conscientemente, se reúne ao Anthropos ou Substância
Dominante. Nisto consiste tanto a finalidade principal bem como a consumação
dos Mistérios, em que o ser-humano-aí-no-mundo toma consciência
de sua própria origem divina, e, conscientemente, a ela retorne,
sem ter que passar pela dissolução física.
Para
o Construtor Iniciado, o nome Hiram Abiff (Hir-OM) significa meu
Pai, o Espírito Universal, um em essência, três em aparência.
É por isto que o Mestre Hiram Abiff assassinado é uma espécie
de Mártir Cósmico –
o Espírito Crucificado do Bem, o Deus que morre, cujo Mistério
é celebrado em todo o mundo. Seja como for, para podermos interpretar
concertadamente a Lenda de Hiram Abiff, é necessário que estejamos
familiarizados com o Sistema Pitagórico, com o conjunto de regras
cabalísticas de números e de letras e com os ciclos filosóficos
e astronômicos dos egípcios, dos caldeus e dos brâmanes.
Os estudiosos maçônicos reconhecem e sabem que a história
do martírio de Hiram Abiff está, entre outras possibilidades,
baseada nos Ritos Egípcios de Osíris, cuja Morte e Ressurreição,
metaforicamente, representavam a Morte Espiritual do ser-humano-aí-no-mundo
peregrino e sua eventual regeneração através da Iniciação
nos Mistérios. Assim como, após a queda, Adão simboliza
a idéia de degeneração humana, a Ressurreição
de Hiram Abiff (a Natureza Superior do ser-humano-aí-no-mundo) simboliza
a idéia de regeneração humana.
Os
assassinos da Humanidade são: a ignorância, a superstição
e o temor, propositadores dos maus pensamentos, dos maus sentimentos e das
más ações.
Os
inimigos consumados da Democracia Universal sempre foram a coroa, a tiara
e a tocha.
A
construção do Templo de Salomão representa a consumação
da Magnum Opus.
Templo
de Salomão (Simbólico)
Quando
o Fogo Sagrado atravessar os 33 Graus da coluna vertebral e alcançar
a câmara abobadada do crânio, finalmente, poderá entrar
no Corpo Pituitário (Ísis), invocar RA (Glândula
Pineal) e conhecer o Nome Sagrado. E se abrirá o Olho de Hórus.
Olho
de Hórus
A
Glândula Pineal não poderá ser aberta até que
o Fogo Sagrado ressuscite e atravesse os Selos Sagrados.
Quando
a Palavra Perdida for pronunciada, ressuscitará, em
nós, a Vida, o Poder e a Glória.
O
estado de ignorância pode ser comparado ao Solstício de Inverno
da Filosofia Esotérica, e o Conhecimento Espiritual com o Solstício
de Verão.
Órbita
Clássica de Kepler
O
Equinócio Outonal é análogo à queda mitológica
do ser-humano-aí-no-mundo, quando o espírito humano, ao submergir
na ilusão da existência terrestre, desceu ao Reino do Hades.
[Assimetria]. Por
outro lado, a Iniciação nos Mistérios se converte no
Equinócio Vernal do Espírito, e, neste momento, o Hiram Abiff
que há em cada um de nós (o Princípio Embelezador)
passa do reino da mortalidade para o Reino da Vida Eterna. [Simetria].
ainomraseD
‹— airtemissA
Simetria
—› Harmonia
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Simetria
—› Beleza