Este
estudo se compõe da 5ª parte de uma coletânea de fragmentos
garimpados na obra Os
Ensinamentos Secretos de Todos os Tempos, de autoria de Manly
Palmer Hall.
Breve
Biografia
Manly
Palmer Hall (Peterborough, Ontario, 18 de março de 1901 – 29
de agosto de 1990, Los Angeles, California) foi um místico e autor
canadense de mais de cem livros, dentre eles The Secret Teachings of
All Ages: An Encyclopedic Outline of Masonic, Hermetic, Qabbalistic and
Rosicrucian Symbolical Philosophy, que ele publicou aos 25 anos de
idade.
Em
1934, Hall fundou a Philosophical Research Society, em Los Angeles,
EUA, dedicada ao ideal de buscar soluções para os problemas
humanos.
Uma
biografia mais detalhada está disponível em:
http://www.christianrosenkreuz.org/mph_biografia.htm
Fragmentos
da Obra
Ísis,
a Virgem da Revelação e da Sabedoria, é um símbolo
da umidade, que é o portador ou o veículo da vida espermática
do Sol, representada pela criança que descansa em seus braços.
Muitas
vezes, a estátua de Ísis era acompanhada pela figura de um
grande boi preto e branco, que representava Osíris como Touro –
o Touro do Zodíaco ou Apis –
um animal consagrado a Osíris, pelas suas marcas e pelas suas
cores peculiares. Entre os egípcios, o touro era uma besta de carga,
portanto, a presença do animal servia para lembrar o labor que, com
paciência e ininterruptamente, a Natureza faz, para que todas as criaturas
tenham vida e saúde.
Harpócrates
[na Mitologia Grega, é
o Deus do Silêncio], muitas vezes acompanhava a estátua
de Ísis, para nos advertir que escondamos os Segredos dos Sábios
de aqueles que não são dignos de conhecê-Los.
A
suposição popular de que os egípcios mumificavam seus
mortos para preservar a forma para uma ressurreição física
futura é insustentável à luz de novos conhecimentos
a respeito de sua filosofia da morte. Na verdade, a extirpação
dos órgãos identificados como sede dos apetites físicos
durante a vida era considerada equivalente a purificar o corpo de suas influências
perniciosas.
Em
seu livro Egyptian Magic: Occult Mysteries in Ancient Egypt, Florence Farr
apresentou a seguinte hipótese para a mumificação:
Temos razão para
supor que os egípcios apenas mumificavam aqueles que haviam recebido
algum grau de Iniciação, porque não há dúvida
de que, para eles, a mumificação, realmente, impedia a reencarnação.
A reencarnação era necessária apenas para as [personalidades-]alma
imperfeitas, ou seja, para aqueles que não conseguiam passar nos
testes de Iniciação. Por outro lado, aqueles que contavam
com a vontade e com a capacidade de ingressar no Adytum, não precisavam
de libertação da [personalidade-]alma,
que os
egípcios acreditavam que se produzia
com a destruição do corpo físico. Por conseguinte,
o corpo de um Iniciado era preservado após a morte como uma espécie
de talismã ou de base material para a manifestação
da
[personalidade-]alma
sobre a Terra.
A
Torre de Babel, que, de acordo com as Escrituras, foi construída
para que o ser-humano-aí-no-mundo pudesse chegar a Deus, foi, provavelmente,
um observatório astronômico.
Torre
de Babel
O
princípio de uma divindade trina não é exclusivo das
Teologias Cristã e Mosaica [relativa
ao Moisés bíblico], mas, constitui uma parte notória
dos dogmas das principais religiões, tanto antigas quanto contemporâneas.
Os persas, os hindus, os babilônios e os egípcios tinham suas
próprias trindades, que, em todos os casos, representavam as três
formas de inteligência suprema. Na Maçonaria moderna, a Divindade
é simbolizada através de um triângulo equilátero,
cujos lados representam as manifestações Primárias
do Uno Eterno.
Olho
Que Tudo Vê1
Os
Filósofos Antigos dividiam a vida de todas as coisas em três
partes distintas: crescimento, maturidade e decadência.
Para
os egípcios, o Sol era o símbolo da Divina Providência
e da Imortalidade, porque, embora Ele morresse todas as noites, sempre voltava
a se levantar no dia seguinte.
Uma
manifestação da energia solar é Salomão (em
inglês, Solomon) cujo nome Sol-Om-On é o nome da Luz Suprema
em três idiomas distintos.
Os
pagãos estabeleceram 25 de dezembro como o aniversário do
Homem Solar. No verso 720 do sétimo livro da Eneida, Virgílio
fala do novo Sol, dizendo que, para ser exato, o Sol é novo no oitavo
dia das calendas de janeiro [antigo
calendário romano], ou seja, no dia 25 de dezembro. 25
de dezembro era o dia que em que Roma celebrava o Nascimento [ou
Aniversário] do Sol Invencível (Natalis Solis Invicti).
Todas
as religiões se baseiam nas doutrinas secretas das suas predecessoras.
Paganismo
—› Cristianismo
Cristianismo
—› Catolicismos
Para
os Antigos Sábios, a Esfera Solar, como a natureza humana, era dividida
em três corpos diferentes. De acordo com os místicos, em todos
os sistemas solares existem três Sóis, que são semelhantes
aos três centros de vida que aparecem na constituição
de cada indivíduo. Eles o chamavam de «as Três Luzes»:
o Sol Espiritual (manifesta o poder de Deus Pai), o Sol Intelectual 0u Sol
da [personalidade-]alma
(manifesta o poder de Deus Filho) e o Sol Material (manifesta o poder de
Deus Espírito). Na Maçonaria, isto é simbolizado pelas
três velas. Para os sacerdotes pagãos, o Sistema Solar sempre
foi um Grande Homem, e baseavam sua analogia nos três principais centros
da vida que há no corpo humano: o cérebro, o coração
e o aparelho reprodutor. Alguns Rosacruzes eruditos deram nomes especiais
para estas três fases do Sol: Vulcano para o Sol Espiritual; Cristo
e Lúcifer para o Sol da [personalidade-]alma
e o Sol intelectual, respeitosamente; e Jeová ao Sol Material,
como o demiurgo judeu. Neste caso, Lúcifer representa a mente intelectual
sem a iluminação da mente espiritual, e, conseqüentemente,
é "a falsa luz". No final, a falsa luz é derrotada
e redimida pela Verdadeira Luz da [personalidade-]alma,
chamada «Segundo Logos» ou «Cristo». Os processos
secretos pelos quais o intelecto de Lúcifer é transmutado
no intelecto de Cristo constituem um dos grandes segredos da Alquimia Iniciática,
e são representados pelo processo de conversão dos metais
de baixa lei em Ouro.
No
tratado singular The Secret Symbols of the Rosicrucians, Franz Hartmann
define Alquimicamente o Sol como O
Símbolo da Sabedoria, o Centro do Poder e
o Coração
das Coisas.
Para
os escandinavos antigos, o Sol Espiritual Invisível era a verdadeira
fonte de Vida, de Luz e de Verdade.
A
natureza física do Universo é receptiva, ou seja, é
um reino de efeitos. As causas invisíveis destes efeitos correspondem
ao Mundo Espiritual. Em conseqüência, o Mundo Espiritual é
a esfera da causalidade, o mundo material é a esfera dos efeitos
e o mundo intelectual ou anímico é a esfera da mediação.
É por isto que Cristo, personificação da Natureza Intelectual
Superior e da [personalidade-]alma,
é considerado "o Mediador", e que, em virtude de sua posição
e poder, disse [através
de Jesus]: Ninguém
irá ao Pai, a não ser através de mim.
Simbolicamente
Os
Rosacruzes e os Illuminados ao descreverem os anjos, os arcanjos e outras
criaturas celestiais, declaram que se assemelham a pequenos sóis,
ou seja, centros de energia radiante rodeados por descargas da Força
de Vril. Algumas Ordens Secretas ensinam que o Sol é povoado por
uma raça de criaturas com corpos compostos de um éter radiante
e espiritual, com uma constituição não muito diferente
do próprio Sol, e que parecem sóis em miniatura. A maior e
mais luminosa destas esferas é o Arcanjo Miguel.
Muitos
consideram o ouro como sendo a luz do Sol cristalizada.
Os
Antigos Iniciados denominavam a Sabedoria de a Pérola Inestimável.
Quando
os Alquimistas afirmaram que, no Universo, todos os objetos animados e inanimados
continham sementes de ouro, estavam querendo dizer que até mesmo
os grãos de areia possuíam uma Natureza Espiritual, porque
o ouro é o Espírito de tudo.
Axioma
Rosacruz: Toda semente é
inútil e impotente, a menos que seja semeada na matriz adequada.
Franz Hartmann comentou este Axioma com as seguintes palavras esclarecedoras:
A [personalidade-]alma
não pode se desenvolver nem avançar sem um corpo adequado,
porque é o corpo físico que fornece o material para sua evolução.
Tudo
o que existe tem uma Semente da Própria Divindade, e, por isto, particularmente,
a regeneração humana não é o processo de tentar
colocar algo onde antes não estava ou não existia, mas, na
realidade, a regeneração humana significa a revelação
da Divindade onipresente no ser-humano-aí-no-mundo, para que esta
Divindade brilhe como um Sol e Illumine tudo e todos os que entrem em contato
com ela.
O
escritor e filósofo médio platônico romano Lucius Apuleius
(cerca de 125 - cerca de 170) descreveu sua própria Iniciação
com estas palavras: À
meia-noite, eu vi o Sol brilhar com uma luz esplêndida.
Desde
os tempos mais remotos, em vez de três cores primárias, é
sabido que as cores primárias são sete [como
são sete as vogais: I, E, O, U, A, M e S], embora o olho
humano só seja capaz de apreciar três delas. Segundo a Filosofia
Esotérica, a Cor Verdadeira e Sagrada do Sol é o Azul, uma
vez que o tom amarelo-alaranjado é devido à submersão
dos seus raios nas substâncias do mundo ilusório. Na Índia,
alguns Deuses –
por exemplo, Vishnu –
são representados com a pele azul, para representar sua constituição
divina e supramundana.
Vishnu
No
transcurso de aproximadamente 25.920 anos, que constituem um Grande Ano
Solar ou Platônico, durante 2.160 anos [equivalente
a uma era], cada uma das doze constelações ocupa
um lugar no equinócio vernal, e depois dá lugar ao signo precedente.
ABRACADABRA
é o Touro – o único Touro.
[Sampson Arnold Mac, apud Manly
Palmer Hall.]
Equinócio
Vernal (hemisfério norte): 21 de março.
Solstício de Verão (hemisfério norte): 21 de junho.
Equinócio Outonal (hemisfério norte): 21 de setembro.
Solstício de Inverno (hemisfério norte): 21 de dezembro.
Dizia
Paracelso: O corpo físico
procede dos elementos; a [personalidade-]alma,
das estrelas, e o Espírito, de Deus. Tudo o que o intelecto pode
conceber vem das estrelas. [Dos
Espíritos das estrelas, mais do que das constelações
de materiais.]
Philippus Aureolus Theophrastus Bombastus
von Hohenheim
IChThUS
= Iesous Christos, Theou Yios, Soter. [Em
grego antigo: .]
A
água que sai do recipiente do Aquário é chamada de
A Água da Vida Eterna.
Continua...
_____
Nota:
1.
O Olho Que Tudo Vê é um dos mais fortes e conhecidos símbolos
da Maçonaria. Ele é a representação da presença
da Força Criadora do Universo, e está presente em todas as
Lojas Maçônicas para relembrar o olhar atento do Grande Arquiteto
do Universo.
2.
Miralusão
= Miragem + Ilusão.
Música
de fundo:
Secret
Love
Composição: Sammy Fain (música) & Paul Francis
Webster (letra)
Fonte:
https://z1.fm/song/12026411
Páginas
da Internet consultadas:
http://astrologiadevenusemercurio.blogspot.com/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ichthys
https://pt.wikipedia.org/wiki/Paracelso
https://www.blueosa.com/
https://stambrose.us/candle-of-remembrance/
https://www.deviantart.com/
https://www.gifmania.us/
https://www.significados.com.br/maconaria/
https://ijcnlp2008.org/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Harp%C3%B3crates
https://eruizf.com/lecturas/r_c/manly/manly_palmer_hall
_las_ensenanzas_secretas_de_todos_los_tiempos.pdf
https://pt.wikipedia.org/wiki/Manly_Palmer_Hall
https://www.escoladaluz.com.br/uploads/books/
7d76747cc813bad4860840934787e597.pdf
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