OS ENSINAMENTOS SECRETOS DE TODOS OS TEMPOS
(1ª parte)

Autor: Manly Palmer Hall

 

 

 

Manly Palmer Hall

Manly Palmer Hall

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Introdução

 

 

 

Este estudo se compõe da 1ª parte de uma coletânea de fragmentos garimpados na obra Os Ensinamentos Secretos de Todos os Tempos, de autoria de Manly Palmer Hall.

 

 

 

Breve Biografia

 

 

 

Manly Palmer Hall (Peterborough, Ontario, 18 de março de 1901 – 29 de agosto de 1990, Los Angeles, California) foi um místico e autor canadense de mais de cem livros, dentre eles The Secret Teachings of All Ages: An Encyclopedic Outline of Masonic, Hermetic, Qabbalistic and Rosicrucian Symbolical Philosophy, que ele publicou aos 25 anos de idade.

 

Em 1934, Hall fundou a Philosophical Research Society, em Los Angeles, EUA, dedicada ao ideal de buscar soluções para os problemas humanos.

 

Uma biografia mais detalhada está disponível em:

http://www.christianrosenkreuz.org/mph_biografia.htm

 

 

 

Fragmentos da Obra

 

 

 

Pronunciamentos dogmáticos sobre Princípios Esotéricos são tão prejudiciais quanto temerários. O tradicionalismo é a maldição da Filosofia Moderna, particularmente o das escolas européias.

 

A compreensão intuitiva é necessária e fundamental para um entendimento concertado dos ensinamentos dos Antigos Mistérios.

 

Aquele que não tem sequer um conhecimento das coisas comuns é um bruto entre os homens. Aquele que tem um conhecimento exato das preocupações humanas, por si só, é um homem entre os brutos. Mas, aquele que sabe tudo o que pode ser conhecido pelos intelectuais é um Deus entre os homens. [De um filósofo citado por Manly Palmer Hall.]

 

Para Pitágoras, o Silêncio é o primeiro requisito da contemplação.

 

Segundo Xenófanes, tudo o que é gerado está sujeito à corrupção [mudança].

 

Zenão de Eléia sustentou que o vácuo não pode existir.

 

Para Sócrates, a Filosofia é o caminho da Verdadeira Felicidade, e a Sabedoria é a soma de todas as Virtudes.

 

Para Menedemo de Lâmpsaco, a maioria dos homens está escravizada às suas opiniões [miragens + ilusões].

 

Considerando que os Deuses não precisam de nada, os cínicos afirmavam que aqueles que menos necessitam [de coisas materiais] estão mais próximos dos Deuses. Antístenes dizia que uma vida dedicada à Filosofia ensina o ser-humano-aí-no-mundo a conversar consigo mesmo.

 

Platão viajou muito e foi Iniciado pelos egípcios na Filosofia Hermética. Segundo Platão, o Um é o termo mais adequado para definir o Absoluto, já que o todo precede as partes e a diversidade depende da Unidade, embora a Unidade não dependa da diversidade. Também o Um é antes de ser, porque ser é um atributo ou uma condição do Um. Em virtude da Permanência Divina, tudo é e está estabelecido. Aprender, em qualidade, é recordar. Na entrada da Escola Platônica da Academia, estava escrita a seguinte frase: Entrada proibida para quem não conhece Geometria.

 

 

Geometria

 

 

 

 

Aristóteles definia a Sabedoria como a Ciência das Causas Primeiras. Para Aristóteles, as quatro grandes divisões da Filosofia são: a Dialética, a Física, a Ética e a Metafísica. Definia Deus como o Primeiro Motor, o Ser Perfeito, uma Substância Imóvel, separada do sensível, incorpórea, sem partes e indivisível. [As grandes perguntas que merecem uma reflexão aprofundada são: como podemos definir ou qualificar o que não conhecemos? Como podemos atribuir qualidades humanas ao que, presumidamente, não é humano? Qual a finalidade ou a utilidade de definir ou de qualificar Aquilo que presumimos ser Deus?]

 

As diferença fundamental entre o platonismo e o aristotelismo é: o platonismo se baseia no raciocínio a priori, e o aristotelismo se baseia no raciocínio a posteriori.

 

Sexto Empírico sintetizou o Ceticismo, em relação ao cognoscível, com estas palavras: A base fundamental do Ceticismo é que para cada razão há uma razão oposta equivalente, o que nos impede de ser dogmáticos. [Portanto, em qualquer religião, nada há de mais absurdo do que os dogmas que a sustentam.] Os céticos se opunham com firmeza aos dogmáticos, sendo que, para eles, as teorias adotadas e aceitas com relação à Divindade se contradiziam entre si e não podiam ser provadas.

 

O Ecletismo teve início quando o ser-humano-aí-no-mundo começou a duvidar da possibilidade de descobrir a Suprema Verdade.

 

 

 

 

Há uma notável similaridade entre o Neopitagorismo e as doutrinas dos essênios.

 

Em um modo quase exclusivo, o Neoplatonismo estava interessado nos problemas da Metafísica mais elevada, reconhecendo a existência de uma Doutrina Secreta muito importante, que sempre existiu desde a época das civilizações mais primitivas, oculta nos rituais, nos símbolos e nas alegorias das religiões e das filosofias de todos os tempos. [Um exemplo disto é o que está oculto nas Três Letras do Mantra A.'. U.'. M.'., que só será desvelado após o Nascimento, o Batismo e Transfiguração.] Enfim, apesar do antagonismo entre o Cristianismo original e o Neoplatonismo, o Cristianismo aceitou muitos princípios básicos do Neoplatonismo, e os intercalou no tecido da Filosofia Patrística, ou seja, a Filosofia dos padres da Igreja Cristã primitiva. Talvez, a principal característica da Filosofia Patrística tenha sido a concepção de que não há qualquer outra criatura tão nobre, tão afortunada nem tão capaz como o ser-humano-aí-no-mundo, para cujo exclusivo benefício e satisfação foram criados todos os outros Reinos da Natureza. [É claro que todos os outros Reinos da Natureza não foram criados para o benefício e a satisfação dos seres-humanos-aí-no-mundo. Muitas desgraças que torturam a Humanidade são derivadas do desrespeito que praticamos contra os Reinos Sub-humanos.] A Filosofia Patrística culminou com o Agostinismo [doutrina filosófico-teológica formulada por Santo Agostinho (354 – 430), o mais influente pensador cristão da Patrística], que pode ser definido como um Platonismo Cristão, e que elevou a Igreja e seus dogmas a uma posição de infalibilidade absoluta, que conseguiu manter até a Reforma [movimento do século XVI que fundou o Protestantismo e que pretendeu devolver ao Cristianismo a sua forma primitiva].

 

 

 

 

 

 

O Tomismo [conjunto das doutrinas teológicas e filosóficas do pensador italiano Santo Tomás de Aquino (1225 – 1274) consideradas o ponto culminante do pensamento escolástico, e nas quais se destaca a busca de uma harmonia entre o racionalismo aristotélico e a tradição revelada do Cristianismo] era fundamentalmente aristotélico, uma vez que Santo Tomás considerava que a fé uma projeção da razão.

 

John Locke acreditava que a [personalidade-]alma era incapaz de perceber a Divindade, e que a consciência ou cognição que o ser-humano-aí-no-mundo tinha de Deus não era mais do que uma inferência da faculdade do raciocínio.

 

Deus é criador...
Deus é imutável...
Deus é bom...
Deus é amoroso...
Deus é justo...
Deus é pai...
Deus é fiel...
Deus é onipotente...
Deus é onividente...
Deus é onissapiente...
Deus é oniparente...
Deus é magnânimo...
Deus é misericordioso...
Deus é indulgente...
Deus é fonte da vida...
Deus é eterno...
Deus é sem limites...
Deus é único...
Deus é três em um...
Deus é perfeito...
Deus é santo...
Deus é zeloso...
Deus é vitorioso...
Deus é cheio de graça...
Deus é sempre presente...
Deus é isto...
Deus é aquilo...
Deus é sei-lá-o-quê...
Deus é o que a nossa ilusão
quer que Ele seja...

 

Segundo Herbert Spencer, a desintegração [ou destruição] é produzida e acontece para que possa haver reintegração [reconstrução] em um nível mais elevado do Ser.

 

 

 

 

A Filosofia surgiu dos Mistérios Religiosos da Antigüidade, mais exatamente do Oriente, e não se separou da religião até depois da sua decadência. [Entenda-se decadência como resvalo para a materialidade, porque não há nada mais materialista do que as teologias religiosas. E o maior exemplo disto é o que costumo denominar de negócios com deus toma-lá-dá-cá. Toma um dizimozinho aí dá um milagrinho aqui.] Portanto, quem quiser Compreender concertadamente os meandros do pensamento filosófico deverá se familiarizar com os ensinamentos dos Sacerdotes Iniciados, que foram os primeiros custódios da Revelação Divina e Transcendental (Doutrina Secreta). Mas, esta Compreensão só advirá se não houver nenhum tipo de ambição pessoal e houver dedicação impessoal e amorosa ao Serviço abnegado em prol da Humanidade.

 

A linguagem dos Mistérios é o simbolismo. Na verdade, o simbolismo é a linguagem não só do Misticismo e da Filosofia, mas, de toda a Natureza, porque todas as Leis e todos os Poderes que atuam no Universo se manifestam diante das percepções sensoriais limitadas do ser-humano-aí-no-mundo por meio dos símbolos. Por conseguinte, qualquer um que busque descobrir o significado da Doutrina Secreta da Antigüidade não deve procurá-lo nas páginas abertas de livros, mas, no lugar onde eles foram originariamente escondidos, ou seja, na maravilha geométrica dos símbolos. [Seja como for, ninguém divulgou e explicou mais os Mistérios da Antigüidade do que Helena Petrovna Blavatsky e Alice Ann Bailey, que foram discípulas dos Mestres Ascensionados, e foram particularmente orientadas pelo Mestre Djwal Khul.] Enfim, a Sabedoria das Artes e das Ciências perdidas da Antigüidade deve permanecer oculta, até que a nossa raça aprenda a ler a Linguagem Universal: o Simbolismo.

 

 

 

 

Os Sábios de todos os tempos conhecedores dos Mistérios (na Antigüidade, os mais famosos eram os de Isis, de Sabazios, de Cibeles e de Eleusis) sempre reconheceram nas estátuas de mármore meras concreções simbólicas de Grandes Verdades abstratas. Platão, por exemplo, Iniciado em uma destas Ordens Secretas, foi muito criticado, porque, em seus trabalhos, revelou muitos dos Princípios Filosóficos Secretos dos Mistérios. [Aqui, devo dizer o seguinte: Platão revelou sem Revelar. Por isto, a obra platônica, para poder ser ± compreendida, precisa ser lida nas entrelinhas. As linhas revelam; as entrelinhas Revelam.] Na atualidade, grande parte do ritualismo da Maçonaria se baseia nas provas às quais os antigos Hierofantes submetiam os candidatos, antes de lhes confiar as Chaves da Sabedoria.

 

 

Grande Esfinge de Gizé

Grande Esfinge de Gizé

 

 

Maçonaria

Maçonaria

 

 

Infelizmente, com a decadência da virtude [transformada em bacanais], que precedeu a destruição de todas as nações da história, os Mistérios foram se degenerando, foi imposta a perversão generalizada e a feitiçaria [Magia Negra] substituiu a Magia Divina [Magia Branca].

 

O visco [(Viscum album), planta parasita dióica, com bagas vermelhas, nativa da Europa e do Oeste da Ásia], para os druidas, não era apenas sagrado, como, particularmente, era um símbolo do remédio universal ou da panacéia, mas, também, porque crescia no carvalho [Quercus robur]. Através do símbolo do carvalho, os druidas adoravam a Suprema Divindade e, conseqüentemente, tudo o que crescia nesta árvore era considerado sagrado. Os druidas eram Iniciados de uma Escola Secreta que existia entre eles denominada Mistérios Druídicos. Alguns autores acreditam que os Mistérios celebrados pelos druidas eram de origem oriental, possivelmente budistas. Por outro lado, a proximidade das Ilhas Britânicas da perdida Atlântida pode explicar o Culto Solar, que desempenhava um papel importante nos rituais do Druidismo. Enfim, é quase certo que os Mistérios Druídicos não são nativos da Britânia nem da Gália, mas, migraram de algumas civilizações mais antigas. Seja como for, a Escola dos Druidas era dividida em três graus distintos (Ovydd, Beirdd e Derwyddon), e seus Ensinamentos Secretos são essencialmente os mesmos que os Mistérios Ocultos nas Alegorias da Loja Azul Maçônica.

 

Os druidas admitiam que todos os seres-humanos-aí-no-mundo se salvariam, mas, que deveriam retornar à Terra [pela Lei do Renascimento] várias vezes para aprender as lições da vida humana e para vencer o mal inerente em sua própria natureza. Acredita-se que as Iniciações Druídicas só eram realizadas durante os dois solstícios e os dois equinócios, e no amanhecer do vigésimo quinto dia de dezembro era celebrado o nascimento da Divindade Solar.

 

 

Sol sobre Stonehenge durante o Solstício de Inverno

Sol sobre Stonehenge durante o Solstício de Inverno

 

 

Os poucos que ultrapassavam as provas dificílimas de admissão ao Terceiro Grau Iniciático (Iniciação da Barra Aberta) eram considerados como "Nascidos Outra Vez" [Segundo Nascimento], e a eles eram transmitidas as Verdades Secretas e Ocultas, que os Sacerdotes Druidas conservavam desde a Antigüidade.

 

 

 

Continua...

 

 

 

Música de fundo:

Secret Love
Composição: Sammy Fain (música) & Paul Francis Webster (letra)

Fonte:

https://z1.fm/song/12026411

 

Páginas da Internet consultadas:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Stonehenge

https://www.lojazots.com.br/

https://m.gifmania.co.uk/

https://www.wannapik.com/vectors/1824

http://www.f-lohmueller.de/pov_anim/ani_3508d.htm

https://m.gifmania.co.uk/

https://www.livescience.com/

https://photos.com/

http://sweetclipart.com/

https://www.forest-trends.org/

https://kathmandupost.ekantipur.com/

https://gocomics.typepad.com/

http://cmeiallan.blogspot.com/

http://www.guiadosquadrinhos.com/

https://atimeofshadows.wordpress.com/

https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Net_of_dodecahedron.gif

https://vannekirsch.tumblr.com/

https://eruizf.com/lecturas/r_c/manly/manly_palmer_hall
_las_ensenanzas_secretas_de_todos_los_tiempos.pdf

https://pt.wikipedia.org/wiki/Manly_Palmer_Hall

https://www.escoladaluz.com.br/uploads/books/
7d76747cc813bad4860840934787e597.pdf

 

Direitos autorais:

As animações, as fotografias digitais e as mídias digitais que reproduzo (por empréstimo) neste texto têm exclusivamente a finalidade de ilustrar e embelezar o trabalho. Neste sentido, os direitos de copyright são exclusivos de seus autores. Entretanto, como nem sempre sei a quem me dirigir para pedir autorização para utilizá-las, se você encontrar algo aqui postado que lhe pertença e desejar que seja removido, por favor, entre em contato e me avise, que retirarei do ar imediatamente.