ENSINAMENTOS

DE UM

INICIADO

 

 

 

Max Heindel

 

 

 

 

Um contributo de
Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Introdução e Objetivo do Estudo

 

 

 

As pessoas repetem (e se repetem), e parece que há uma certa concordância ou uniformidade de opinião quanto ao fato de que ninguém é insubstituível. Ora, pergunto: quem substituiu Jesus? Por acaso, Pedro? Paulo? João? Maria de Magdala? João XXIII? João Paulo II?

 

Bem, lógica e argumentativamente, penso que, realmente, há determinados Illuminados que são mesmo insubstituíveis, como é o caso, por exemplo, de Harvey Spencer Lewis (25 de novembro de 1883 – 2 de agosto de 1939), autor, ocultista, místico e fundador, nos Estados Unidos, da Ordem Rosacruz – AMORC (Antiga e Mística Ordem Rosæ Crucis), sendo seu primeiro Imperator, de 1915 à 1939, e de Max Heindel, nascido Carl Louis Fredrik Graßhoff (23 de julho de 1865 – 6 de janeiro de 1919), ocultista, astrólogo e místico cristão dinamarquês de origem alemã radicado nos Estados Unidos, fundador, entre 1909 e 1911, da The Rosicrucian Fellowship (Fraternidade Rosacruz), em Mount Ecclesia, Oceanside, Califórnia, cada um (inspirado e orientado especificamente por augustas Inteligências Ascensionadas equivalentes), apresentando e divulgando, à sua maneira e de acordo com sua Luz particular, aspectos distintos, mas não divergentes, do multifacetado e eterno Diamante Rosacruz.

 

 

 

 

Semelhantemente a Jesus, pergunto: quem substituiu Harvey Spencer Lewis? Ralph Maxwell Lewis (14 de fevereiro de 1904 – 12 de janeiro de 1987)? Quem substituiu Max Heindel? Augusta Foss Heindel (27 de janeiro de 1865 – 15 de maio de 1949)? Ora, tanto Ralph quanto Augusta não substituíram nem Harvey nem Max; dignamente, ampliando e atualizando, apenas deram prosseguimento às obras dos fundadores. O apenas aí nada tem de menor ou de diminutivo; quer significar tão-somente seqüenciamento e, leibnizianamente recordando e comparando, conservação com ampliação. Sempre alguma coisa muda e outra permanece, como afirmou o filósofo, cientista, matemático, diplomata e bibliotecário alemão Gottfried Wilhelm von Leibniz (Leipzig, 1 de julho de 1646 – Hanover, 14 de novembro de 1716). Se Ralph Maxwell Lewis e Augusta Foss Heindel tivessem mantido o trabalho dos fundadores exatamente como estava no momento de suas respectivas Grandes Iniciações, teriam falhado, e, provavelmente, tanto a Ordem Rosacruz – AMORC como a Fraternidade Rosacruz nem mais existissem. Que lástima se ainda estivéssemos no tempo da telegrafia sem fios, inventada em 1896 por Guglielmo Marconi (1874 – 1937), e da régua de cálculo, criada em 1638 pelo padre inglês William Oughtred (1575 – 1660)! Quem (se) mantém sem (se) atualizar está morto em vida sem enxergar.

 

Enfim, o fato concreto é que essa coisa de que ninguém é insubstituível é uma bobagem. Na verdade, agora generalizando, exatamente por sermos todos Um, é que somos, todos nós, insubstituíveis. Como é possível substituir um pedaço da Unidade? Unidade é Unidade, e Unidade não pode ser substituída, no todo ou em parte.

 

E assim, mais uma vez, trago à consideração reflexiva de todos outra obra (apresentada, neste estudo, como costumo fazer, em forma de migalhas selecionadas) do insubstituível Max Heindel – Ensinamentos de um Iniciado – que pode ser lida integralmente no endereço:

http://www.fraternidaderosacruz.org/
en_ini_index.htm

 

 

 

Ensinamentos Iniciáticos Heindelianos

 

 

 

É a pressão normal do ar que retém o corpo vital dentro do corpo denso.

 

 

 

 

As qualificações necessárias para nos emanciparmos das condições predominantes na Atlântida eram parcialmente fisiológicas; nós precisávamos desenvolver pulmões para respirar o ar puro no qual estamos agora imersos, e que permite o corpo vital vibrar mais rapidamente do que o fazia na pesada umidade da Atlântida. Pensando nisso, podemos perfeitamente perceber que o futuro avanço consiste em livrar inteiramente o corpo vital dos entraves do corpo denso e deixá-lo vibrar ao ar puro.

 

Carne e sangue não podem herdar o Reino. Isto interfere e incapacita a percepção e a realização espiritual do Dia de Cristo. Todavia, devemos estar atentos, e vigiar para que nossas preces não sejam atendidas antes de estarmos preparados.1 (Grifo e negrito meus).

 

O Sinal de um Mestre é espiritual, e, por isto, só poderá ser percebido espiritualmente. Portanto, é impossível mostrar o Sinal aos que não possuem Visão Espiritual, como é impossível mostrar uma forma material a alguém fisicamente cego. Os que desenvolveram a Visão Espiritual independem de prodígios ou de circunstâncias exteriores; a qualificação interior é suficiente.

 

Quando estivermos completamente lapidados, receberemos, finalmente, no Reino, o Diadema mais precioso de todos – o 'Psiphon Leuken' (a Pedra Branca) com seu Novo Nome. Há três fases na evolução da 'Pedra da Sabedoria': 'Petros', a dura pedra bruta; 'Lithon', a pedra polida pelo serviço e pronta para receber impressões; e 'Psiphon Leuken', a suave Pedra Branca que atrai para si todos os que são fracos e oprimidos. Há muita coisa escondida na natureza e na composição da pedra em cada fase que não pode ser descrita; deve ser interpretada nas entrelinhas.

 

Estava escrito em um dos velhos livros: 'É esta a condenação: que a LLuz tenha vindo ao mundo, mas que os homens tenham preferido as trevas à LLuz.

 

Qualquer um que honestamente esteja em busca da espiritualidade, com certeza deverá encontrá-la em seu próprio Coração. O único perigo é que não a encontre por não saber reconhecê-la.

 

Há pessoas que buscam poderes espirituais passando de um centro de ocultismo para outro. Há as que entram para conventos e outros lugares de reclusão na esperança de desenvolver sua natureza espiritual, fugindo do apelo e da fascinação do mundo. Aquecem-se ao sol da oração e da meditação, desde o amanhecer até o anoitecer, enquanto o mundo geme em agonia. Depois se espantam por não progredirem; não entendem porque não avançam no caminho de sua aspiração. Preces sinceras e meditação são necessárias; são absolutamente essenciais para a elevação da alma. No entanto, estamos destinados a fracassar se, para a elevação da alma, dependermos de orações, que não são mais do que palavras. Enfim, não são as palavras que pronunciamos ao rezar que contam, mas, sim, sempre, a vida que conduz à prece. Qual a vantagem de orar pela paz na Terra aos domingos, quando durante o resto da semana fabricamos armas? Como podemos pedir a Deus que perdoe nossas ofensas como nós perdoamos a quem nos tem ofendido, quando temos nossos corações cheios de ódio?

 

O fator determinante que decide se qualquer tipo de trabalho é espiritual ou material é nossa atitude ao executá-lo. Portanto, não é importante que nossas mãos estejam encardidas pelo trabalho mais humilde, talvez cavando um esgoto para conservar a saúde da nossa comunidade, ou macias e brancas para tratar de doentes. O homem que coloca as lâmpadas elétricas pode ser muito mais espiritual do que aquele que se apresenta na tribuna, pois – que tristeza! há muitos que exercem esta sagrada missão com o desejo de deliciar os ouvidos de sua congregação com bela oratória, em vez de lhes prodigar verdadeiro amor e solidariedade. É um trabalho muito mais nobre limpar um esgoto entupido, como o fez o irmão desprezado no livro 'O Servo da Casa' ('The Servant in the House'), de Charles Rann Kennedy, do que viver falsamente com as honrarias do cargo de mestre, subentendendo uma espiritualidade que na realidade não existe. Qualquer um que tente desenvolver esta qualidade rara de espiritualidade deve começar oferecendo todo o seu trabalho para a glória de Deus. Quando fazemos, seja o que for, como se fizéssemos ao Pai, não importa a espécie de trabalho que desenvolvemos. Cavando um esgoto, inventando um mecanismo que poupe trabalho, pregando um sermão ou desempenhando qualquer outro serviço, tudo é uma obra espiritual quando é feita por amor a Deus e ao homem.

 

Intercâmbio e circulação estão em toda parte em relação direta com a vida, como a estagnação está com a morte... Não podemos impunemente nos fartar com uma alimentação mental. Devemos compartilhar nosso tesouro com os outros e empregar nossos conhecimentos nas obras do mundo ou correr o risco de estagnação no pântano da especulação metafísica.

 

O Verdadeiro Templo é feito de pedras vivas de homens e mulheres.

 

 

 

 

Mesmo o mais profundo conhecimento sobre assuntos religiosos ou ocultos não é Sabedoria [SOPhIa], como nos ensinou Paulo na Primeira Epístola aos Coríntios: 'Ainda que eu tenha o dom da profecia e conheça todos os mistérios e toda a ciência, se não tiver amor, nada serei'. Somente quando o conhecimento se mesclar com o amor é que realmente se converterá em Sabedoria, a expressão do princípio de Cristo, a segunda fase da Divindade.

 

É missão da Fraternidade Rosacruz divulgar uma doutrina que una o intelecto ao Coração. Esta é a única verdadeira Sabedoria, pois nenhum ensinamento a que falte qualquer destes componentes pode ser chamado Sábio, do mesmo modo que não podemos fazer soar um acorde musical com apenas uma corda.

 

James Russell Lowell emite, talvez, a nota mais clara em sua Visão de Sir Launfal [The Vision of Sir Launfal]. Um cavaleiro deixando seu castelo, imbuído do desejo de realizar grandes e corajosos feitos para Deus, vai se juntar aos Cruzados e procurar o Santo Graal, na distante Palestina. Deixa seu castelo satisfeito consigo mesmo, orgulhoso, arrogante, voltado para sua missão. No portão do palácio, encontra um pobre mendigo, um leproso, que estende a mão pedindo uma esmola. Sir Launfal não tem compaixão, mas, para se ver livre daquela coisa repugnante, atira uma moeda de ouro e procura esquecê-lo. Mas o leproso não ergueu o ouro do pó e disse: 'Melhor para mim é a côdea de pão que o pobre me dá,/e melhor sua mão que me abençoará,/ainda que de mãos vazias de sua porta me deva afastar./As esmolas que só com as mãos são ofertadas,/não são as verdadeiras./Inúteis são o ouro e as riquezas dadas/apenas como um dever a cumprir./A mão, porém, não consegue a esmola abarcar,/quando vem daquele que reparte o pouco que tem,/que dá o que não é possível visualizar/– esse fio de beleza que tudo sabe unir,/que tudo sustenta, penetra e mantém./O coração ansioso estende a mão/quando Deus acompanha a doação,/alimentando a alma faminta,/que sucumbia só na escuridão.'

 

A dádiva só tem valor quando com ela vem o doador. [The Vision of Sir Launfal, James Russell Lowell, apud Max Heindel].

 

O segredo do sucesso consiste em fazer as pequenas coisas, talvez algumas aparentemente desagradáveis que estão próximas de nossas mãos, em lugar de ir longe à procura de fantasmas quiméricos que nunca se transformarão em algo definido e tangível.

 

Oh!, minh'alma! Constrói para ti mansões mais majestosas,/enquanto as estações passam ligeiramente!/Abandona o teu invólucro finalmente;/deixa cada novo templo, mais nobre que o anterior,/com cúpula celeste, com domo bem maior,/e que te libertes, decidida/largando tua concha superada nos agitados mares desta vida! [Oliver Wendell Holmes, apud Max Heindel].

 

Como a semente e o óvulo são a raiz e a base de um desenvolvimento racial, é fácil perceber que nenhum pecado pode ser tão sério quanto o que abusa da função criadora, pois por este sacrilégio impedimos o crescimento de futuras gerações, e transgredimos contra o Espírito Santo.

 

O abuso da sagrada função sexual para gratificação da natureza passional, e particularmente por perversão, é reconhecido pelos esotéricos como o pecado imperdoável.

 

Nada é tão sério como a 'morte da alma'.2 Tanto quanto é do nosso conhecimento, apenas o Mago Negro abusa conscientemente da força criadora para propósitos malévolos, e enfrenta algo tão terrível como o subentendido na frase acima. É a perda da alma que está implicada na experiência da morte da alma. É claro que o verdadeiro espírito nunca pode morrer, sendo ele uma centelha do Divino sem princípio nem fim.

 

Apesar de a vida ser capaz de modelar a matéria, não depende, entretanto, da matéria para existir. Ela é auto-existente, e, não tendo princípio, não pode também ter fim.

 

 

 

 

A involução envolve a cristalização do espírito em corpos, mas a evolução depende da dissolução dos corpos, da extração da substância da alma de dentro deles e da amalgamação alquímica desta alma com o espírito.

 

O tríplice espírito projetou um tríplice corpo, e o objetivo da evolução é a extração da tríplice alma deste tríplice corpo e a amalgamação com o tríplice espírito. Fala-se muito na literatura ocultista sobre 'O Caminho', e, embora o Iniciado já tenha recebido afirmações abundantes do que é isto e onde está, esta informação nunca foi dada antes ao estudante exotérico. Paulo diz que 'estar mentalizado na carne é a morte, mas estar espiritualmente mentalizado é vida e paz'. Esta é a verdade exata, pois 'a mente é o elo entre o espírito e o corpo, é o caminho ou ponte, o único meio de transmissão da alma para o espírito.' Enquanto o homem estiver mentalizando a matéria e dirigindo sua atenção para os sucessos mundanos, acalentando como sua nota tônica o provérbio 'vamos comer, beber e nos divertir, pois amanhã morreremos', todas as suas atividades estarão centralizadas na parte inferior do seu ser, a personalidade, e ele vive e morre como os animais, inconsciente das reservas magnéticas do espírito. Entretanto, chega uma ocasião em que os anseios do espírito são sentidos e a personalidade vê a LLuz e propõe-se a atingir seu Eu Superior através da ponte da mente. E como a carne e o sangue não podem herdar o Reino de Deus, o corpo é crucificado para que a alma possa ser libertada e se juntar ao seu Pai no Céu, o tríplice espírito, o Eu Superior.

 

Quando a personalidade inferior se torna tão forte em seu materialismo, quando a mente se mostra tão fortemente enredada com os veículos inferiores, a personalidade se recusa a se sacrificar pelo espírito, resultando que a ponte da mente finalmente se rompe. A personalidade-sem-alma pode continuar a viver por muitos anos depois que esta separação se efetuou, e pode executar os mais violentos atos de crueldade e astúcia até sucumbir. Magia Negra, envolvendo o uso pervertido da semente obtida de outros, geralmente é usada por estas personalidades desalmadas com o propósito de satisfazer seus desejos demoníacos. Freqüentemente, a personalidade-sem-alma obtém poderes em uma nação ou em uma sociedade, que, depois, se compraz em destruir. Enquanto isso, o espírito permanece desnudo; não tem átomos-semente com os quais possa construir corpos adicionais e, então, automaticamente, gravita para o planeta Saturno e depois para o Caos, onde deve permanecer até a aurora de um novo dia de criação. À primeira vista, pode parecer injusto que o espírito seja assim condenado a sofrer, embora não tenha cometido qualquer perversidade, mas, por outro lado, compreendemos que, sendo a personalidade uma criação do Eu Superior, a responsabilidade existe e não pode ser evitada. Felizmente, porém, estes casos são cada vez mais raros à medida que a Humanidade avança no caminho da evolução.

 

Considerando o futuro pela perspectiva do passado, é evidente que uma nova era deverá se iniciar. A julgar pelos acontecimentos do passado, é razoável esperar-se que uma nova fase religiosa suplantará nosso presente sistema, revelando maiores e mais nobres ideais do que a nossa presente concepção da religião Cristã. Portanto, é certo que, se nesse dia não formos incluídos entre os idólatras e pagãos, devemos cerrar fileiras com estes novos ideais.

 

Na Era de Aquarius, como se trata de um signo aéreo, científico e intelectual, conclui-se inevitavelmente que a nova fé será baseada na razão, e será capaz de resolver o mistério da vida e da morte de maneira a satisfazer tanto a mente como o sentimento religioso.

 

Por termos, no passado, desenvolvido os cinco sentidos pelos quais contatamos o atual mundo visível, no futuro, não muito distante, desenvolveremos um outro sentido que nos possibilitará ver os habitantes das regiões etéricas, bem como os nossos entes queridos que abandonaram os corpos físicos e habitam o éter e o mundo dos desejos inferiores durante o primeiro estágio no reino espiritual. A missão de Aquarius está representada apropriadamente pelo símbolo do homem esvaziando o cântaro d'água.

 

 

 

 

Desde já, o mundo deve ser fermentado com as seguintes idéias: 1ª) as condições na terra dos mortos que vivem não estão envoltas em mistério, mas o conhecimento delas é tão válido como o sabermos algo a respeito de países estrangeiros através das descrições dos viajantes; 2ª) encontramo-nos próximos do limiar onde conheceremos estas verdades; e 3ª) o mais importante é apressarmos o dia, em nosso caso pessoal, por meio do conhecimento dos fatos concernentes à existência 'post-mortem' e às coisas que podemos esperar ver. Então, saberemos o que procurar, e, quando começarmos a obter vislumbres destas coisas, não teremos medo, não nos surpreenderemos e não mais seremos incrédulos.

 

A visão etérica é semelhante ao raio X, que capacita a quem a possui ver através dos objetos, mas ela é ainda muito mais poderosa e torna tudo transparente como o vidro. Sendo assim, na Era de Aquarius muitas coisas serão diferentes. Por exemplo: será muito fácil estudar anatomia e detectar um tumor maligno, uma luxação ou um estado patológico do corpo. Atualmente, médicos eminentes pesarosamente admitem que seus diagnósticos muitas vezes estão errados, como se observa por exames feitos depois da morte do paciente. Mas, quando tiverem desenvolvido a visão etérica, serão capazes de estudar tanto a estrutura anatômica como o processo fisiológico, sem obstáculos.

 

 

 

 

Na Era de Aquarius, não haverá privacidade que não possa ser violada por quem nos quiser observar. Isto significa que na Nova Era a honestidade e a retidão serão as únicas condutas válidas, pois não poderemos agir mal e esperar fugir ao sermos descobertos. Haverá, tanto como agora, pessoas cujas características básicas as levarão ao caminho da maldade, mas serão, pelo menos, reconhecidas, e assim poderão ser evitadas.

 

Na Era Aquariana, 'não haverá noite', e a 'Árvore da Vida' florescerá constantemente pelo etérico 'mar de vidro' transparente, que impregna todas as coisas. Todavia, a visão etérica não nos capacitará a ler o pensamento dos outros, pois ele é formado de matéria mais sutil ainda.

 

Nosso caminho espiritual corre risco de soçobrar nos rochedos da pusilanimidade, isto é, se tivermos o temperamento de ficar chocados ou de exagerar um fracasso. Tal atitude mental antecipa o desastre, pois nos rouba a vontade de vencer, nos leva a acreditar que não vale a pena lutar, que as desvantagens contra nós são muito grandes. Encontramos desculpas no antagonismo dos amigos e da família sobre nossas crenças, nossos deveres etc. Mas, na verdade, o problema está dentro de nós e, se cedermos, iremos constatar que nossos amigos irão nos desprezar, embora não o demonstrem abertamente...

 

Quando um dia da escola da vida se completa, descartamo-nos deste invólucro mortal desgastado e decrépito, e retornamos ao nosso Lar Celestial para repouso e assimilação das lições aprendidas. Mais tarde, renasceremos e retomaremos as nossas lições onde as deixamos no período anterior da escola da vida, quando fomos chamados de volta ao Lar. Durante cada dia desta escola, encontramos outros espíritos e estabelecemos laços de amor e de ódio. Em vidas futuras, encontrar-nos-emos novamente, para que as dívidas do destino, então contraídas, possam ser liquidadas. Assim, nossos amigos de hoje são aqueles com quem travamos amizade na vida anterior, e nossos inimigos são aqueles com quem nos indispusemos no passado esquecido. Deste modo, estamos continuamente tecendo a teia do destino no tear do tempo e criando, para nós mesmos, um manto de glória ou de trevas, conforme tenhamos agido bem ou mal.

 

Além de nosso destino individual, estamos unidos pelos destinos de família e de nação.

 

Um erro nunca poderá corrigir e justificar outro; devemos viver e deixar viver.

 

A maioria da Humanidade está adormecida uma grande parte do tempo, apesar de seus corpos físicos parecerem estar intensamente ocupados em trabalho ativo. Sob condições comuns, o corpo de desejos desta maioria é a parte mais desperta do homem composto, que vive quase inteiramente de seus sentimentos e emoções, mas raramente se preocupa com os problemas da existência além do que necessita para manter juntos o corpo e a alma. Muitos talvez nunca tenham considerado seriamente o sentido da vida, e nunca se perguntaram: 'De onde viemos? Por que estamos aqui? Para onde iremos?'

 

Na verdade, não houve apenas um dilúvio na Atlântida, mas três, e entre o primeiro e o último decorreu um período de mais ou menos três quartos de um milhão de anos.

 

O propósito da Primeira Grande Guerra (1914 – 1918) foi desviar nossas energias da procura do pão, pelo qual os homens morrem, e criar em nós a fome da alma, para que nos arredássemos das coisas materiais para as espirituais. Na verdade, estamos começando a operar a nossa própria salvação. Estamos começando a fazer coisas por nós, ao invés de que as façam para nós e, embora o ignoremos, estamos aprendendo como transformar o mal em bem. Alguns devem pensar que esta guerra afetou apenas aqueles milhões de homens realmente envolvidos nela. Mas, refletindo um pouco mais sobre o assunto, qualquer pessoa ficará convencida que o bem-estar do mundo inteiro foi envolvido em maior ou menor grau no que diz respeito às condições econômicas. Não há raça ou país que tenha ficado inteiramente ausente desta catástrofe, e ninguém pôde prosseguir na mesma tranqüilidade, como antes de ser deflagrada a guerra. Parentesco e amizade eram laços que se estendiam desde as trincheiras da Europa alcançando todas as partes do globo. Muitos de nós tínhamos parentes em um e, talvez, nos dois grupos empenhados na luta, e acompanhávamos a sua sorte com interesse proporcional ao grau de nossos sentimentos por eles. Mas, durante a noite, quando nosso corpo denso dormia e entrávamos no Mundo do Desejo, não podíamos deixar de viver e de sentir toda a tragédia, com toda a intensidade possível, pois as correntes de desejos arrebatavam o mundo todo. No Mundo do Desejo não existe tempo nem distância. As trincheiras da Europa vinham até nossa porta onde quer que estivéssemos, e não podíamos fugir dos efeitos subconscientes do espetáculo que ali víamos.

 

Algum dia, não muito distante, será inequivocamente revelado que a morte não existe, e os que passaram para o além estão tão vivos quanto nós.

 

Toda evolução na linha espiritual começa no corpo vital.

 

Apesar do horror e da brutalidade da Primeira Grande Guerra, esta, talvez, tenha sido a maior escola de desenvolvimento anímico que jamais existiu, pois em nenhum lugar houve tantas oportunidades de serviço desinteressado como nos campos de batalha da França, e em nenhum outro lugar os homens estiveram tão dispostos a ajudar seu semelhante. Assim, os corpos vitais de um grande número de pessoas receberam um revigoramento como provavelmente não teriam conseguido em outras numerosas vidas... Conseqüentemente, no devido tempo, veremos entre nós uma multidão de sensitivos que estarão em tão íntimo contato com o mundo invisível, que seu testemunho em conjunto não poderá ser anulado pela escola materialista. Serão grandes elementos que nos ajudarão a estar preparados para as condições elevadas da Era de Aquarius.

 

 

 

 

Existem cinco grandes estágios ou épocas na jornada evolucionária do homem sobre a Terra. Na primeira ou Época Polar, o homem atual era apenas um corpo denso, como são os minerais de hoje. Portanto, ele era como um mineral, e a Bíblia nos diz que 'Adão (Adam) foi formado da terra'. Na segunda ou Época Hiperbórea, foi-lhe acrescentado um corpo vital feito de éter. O homem em formação possuía, então, um corpo constituído como os das plantas atuais. Não era uma planta, mas era como se uma planta fosse. Caim, o homem desta época, é descrito como um agricultor; seu alimento era proveniente apenas de vegetais, pois as plantas contêm mais éter do que qualquer outra estrutura. Na terceira ou Época Lemúrica, o homem desenvolveu o corpo de desejos, um veículo gerador de paixões e emoções, e era constituído como os animais. O leite, um produto dos animais vivos, foi acrescentado à sua alimentação, pois esta substância é facilmente produzida pelas emoções. Abel, o homem desta época, é descrito como um pastor. Não há nenhuma evidência que ele tenha matado um animal para se alimentar. Na quarta ou Época Atlante, a mente desabrochou, e o corpo se tornou o templo de um espírito que nele habitava, um ser pensante. Mas o pensamento desgasta as células nervosas; mata, destrói e causa decadência. Portanto, o novo alimento dos atlantes era a carne de animais. Eles matavam para comer, e a Bíblia descreve o homem desta época como Nimrod, um poderoso caçador. Utilizando estes vários alimentos, o homem mergulhou cada vez mais fundo na matéria. Seu corpo, outrora etérico, formou dentro de si um esqueleto, tornando-se sólido. Ao mesmo tempo, foi gradativamente perdendo sua percepção espiritual, mas a lembrança do céu permaneceu nele, pois sabia estar exilado de seu verdadeiro lar, o mundo celestial. Para o fazer esquecer este fato e dedicar sua atenção exclusivamente à conquista do mundo material, na quinta época ou Época Ária, um novo elemento foi introduzido ao seu regime alimentar: o vinho. Pela indulgência com este falso espírito do álcool durante os milênios que se passaram, desde que o homem surgiu da Atlântida, as mais evoluídas raças humanas são também as mais ateístas e materialistas. Eles são todos bêbados e, embora uma pessoa diga – certa de estar dizendo a verdade – que nunca provou uma só gota de álcool em sua vida, não deixa de ser um fato que o corpo, no qual ela está atuando, descende de ancestrais que por milênios se entregaram à bebida, sem comedimento. Portanto, os átomos que compõem atualmente os corpos do Ocidente são incapazes de vibrar na medida necessária para a percepção dos mundos invisíveis, como ocorria antes que o vinho fosse acrescentado à alimentação humana. Igualmente, hoje, embora uma criança possa ser criada com dieta sem carne, ainda participa da natureza feroz de seus ancestrais carnívoros de milhões de anos, porém em menor intensidade do que os que continuam a se deliciar com este alimento. Assim, o efeito da introdução da carne está firmemente implantado e arraigado nas pessoas, mesmo nas que agora não a consomem. Não nos admiremos que os que ainda apreciam a carne e o vinho extravasem, às vezes, uma perversa selvageria e exibam uma ferocidade incontida contra qualquer dos sentimentos superiores supostamente acalentados durante séculos por uma, assim chamada, civilização! Enquanto os homens continuarem a reprimir o espírito imortal dentro de si, por apreciarem a carne e o enganador espírito do álcool, nunca haverá paz duradoura na Terra. A ferocidade inata produzida por estes alimentos, de vez em quando virá à tona, e arrebatará até as mais altruísticas concepções e ideais em um turbilhão de selvageria, em uma orgia de cruel carnificina, que aumentará em proporção ao desenvolvimento da inteligência do homem, o que o habilitará a conceber com sua mente superior, métodos de destruição mais diabólicos do que qualquer um já testemunhado. Não há necessidade de argumentos para provar que a última guerra foi mais destrutiva do que qualquer dos conflitos anteriores registrados pela história, porque foi travada mais entre homens de cérebros do que entre homens de músculos. A habilidade que em tempos de paz tem sido tão proveitosa em empreendimentos construtivos, foi canalizada para objetivos de destruição. Podemos supor que, se houver outra guerra daqui a cinqüenta ou cem anos, a Terra poderá, talvez, ficar despovoada. Portanto, é absolutamente necessária uma paz duradoura sob o ponto de vista de autopreservação. Nenhum ser humano que raciocine pode se permitir ignorar esta realidade, e deve se interessar por toda teoria que considere a guerra um fato absurdo e lastimável, mesmo que se tenha habituado a olhá-la como um acontecimento banal. Está comprovado que uma dieta carnívora aguça a ferocidade... As nações vegetarianas e pacíficas do Oriente são uma prova do argumento contra uma dieta de carne, fato que não pode ser negado. No passado, o consumo da carne encorajou a, então, baixa inventividade humana; serviu a um propósito em nossa evolução, mas agora estamos no limiar de uma nova era, quando abnegação e serviço trarão à Humanidade um desenvolvimento espiritual. A evolução da mente nos trará uma Sabedoria profunda, que está além de nossa concepção. Contudo, antes que nos tornemos dignos de confiança para receber esta Sabedoria, deveremos nos tornar inofensivos como pombas, pois, do contrário, seremos capazes de a usar para propósitos tão egoístas e destrutivos, que seria uma ameaça inconcebível para nossos semelhantes. Para evitar isto, a dieta vegetariana deve ser adotada. Mas há vegetarianos e vegetarianos. Atualmente, na Europa, as condições obrigam o povo a se abster de carne por um longo tempo. Não são verdadeiros vegetarianos, pois desejam ardentemente comer carne e acham sua escassez uma grande privação e sacrifício. Com o tempo, se acostumariam, e, em muitas gerações, isto os tornaria mais tranqüilos e dóceis. Obviamente este não é o tipo de vegetarianismo que necessitamos agora. Há outros que se abstêm de carne por motivo de saúde; seu motivo é egoísta, e muitos dentre eles, provavelmente, desejam até as 'Panelas de carne do Egito'. Sua atitude mental também não é a de abolir a ferocidade com rapidez. Mas há uma terceira classe capaz de compreender que toda vida pertence a Deus e que causar sofrimento a qualquer ser consciente é errado. Sendo assim, eles se abstêm do uso de carne como alimento unicamente por compaixão. Estes são os verdadeiros vegetarianos, e é óbvio que uma guerra mundial nunca poderia ser travada por pessoas com esta mentalidade. Todos os verdadeiros cristãos deverão se abster de carne por motivos semelhantes. Por compaixão. Então, será um fato real a paz na Terra e boa vontade entre os homens. As nações transformarão suas espadas em arados e suas lanças em podadeiras para que cessem de causar morte, tristeza e sofrimento e se tornem instrumentos para propiciar vida, amor e felicidade.

 

Nancy: — Claro, não há nada em um enterro para ficar contente. Poliana: — Bem, podemos ficar contentes por não ser o nosso. [Pollyanna, Eleanor Hodgman Porter, apud Max Heindel].

 

Estamos acostumados a pensar no avaro como alguém que junta ouro, sendo esta classe de pessoas, de modo geral, objeto de desprezo. Mas há indivíduos que lutam tão tenazmente para adquirir conhecimento como o avaro se esforça para acumular ouro, não hesitando em usar qualquer meio ou subterfúgio para alcançar seu intento, guardando consigo seus conhecimentos tão egoisticamente quanto o avaro guarda o seu tesouro. Não compreendem que, por tal método, eles fecham de fato as portas a uma Sabedoria maior. O fato é que não importa quanto conhecimento possamos ofertar aos outros, pois o original sempre fica conosco.3

 

 

 

 

'Oh!, morte! Onde está teu aguilhão? Oh!, tumba! Onde está tua vitória?'

 

Páscoa = impregnação anual da Terra com a Vida do Cristo Cósmico.

 

Devemos admitir que, nas atuais circunstâncias, a morte é uma necessidade cósmica, porque se fôssemos aprisionados em um corpo como o que agora usamos, e colocados em um ambiente tal e qual este em que nos encontramos hoje, para assim viver perenemente, as enfermidades do corpo e as condições insatisfatórias do ambiente bem cedo nos fariam cansar da vida e implorar por libertação. Isto impediria todo progresso e tornaria impossível evoluirmos à alturas mais elevadas, tais como as que podemos alcançar através do renascimento em novos veículos e novos ambientes que nos permitam novas possibilidades de crescimento. Por conseguinte, devemos estar gratos pelo fato de que, enquanto o nascimento em um corpo concreto é necessário para nosso desenvolvimento futuro, a liberação pela morte tem sido proporcionada para nos libertar do instrumento esgotado pelo uso. A ressurreição e um novo nascimento sob o céu alegre de um novo ambiente nos fornecem outras oportunidades para recomeçar a vida, e, assim, aprender as lições que não conseguimos assimilar antes. Por este método, seremos, algum dia, tão perfeitos quanto o Cristo ressuscitado.

 

Não podemos compelir as forças da Natureza a fazer coisa alguma. Sempre que as usarmos, será com o concurso das leis que governam suas manifestações, optando pela linha de menor resistência para obter o máximo de energia. Se assim agirmos, obteremos sempre o melhor resultado da maneira mais simples.

 

O registro de todos os momentos de nossa participação no drama da vida, desde o primeiro alento até o último suspiro, ocorre em um único e pequeno átomo situado no ventrículo esquerdo no ápice do coração, por onde o recém-oxigenado sangue flui incessantemente, transportando, com ele, uma imagem diferente de cada momento de nossa vida. Portanto, tudo o que dizemos ou fazemos de bem e de mal, de maior ou de menor importância, fica indelevelmente gravado em nosso coração. Este registro é a base do natural método lento do crescimento da alma em evolução. Isto forma a base de nossa existência 'post-mortem'. O registro das ações más é erradicado em uma dolorosa experiência purgatorial causada pelo fogo do remorso, que cauteriza a alma à medida que o filme se desenrola sob nossa contemplação, tornando-nos menos propensos a repetir em vidas futuras os mesmos atos reprováveis. A reação diante das imagens das boas ações praticadas é uma alegria celestial, cuja lembrança subconsciente estimulará a alma a agir melhor ainda em vidas futuras.

 

O aspirante ao desenvolvimento da alma deve entender que ele é, ao mesmo tempo, sacerdote e sacrifício; o altar e o fogo. Ele deve permitir, por retrospecção, que o sal e a chama do remorso queimem e cauterizem, no mais recôndito de seu Coração, todas as falhas cometidas – uma verdadeira contrição ao pensar em qualquer erro, porque unicamente este profundo e místico procedimento apagará o registro do átomo-semente no Coração, deixando-o limpo. A menos que isto seja feito, nada se conseguirá. Mas, se o aspirante ao desenvolvimento científico da alma conseguir tornar bastante intenso este fogo do remorso e da contrição, então, o átomo-semente será purificado dos pecados diários cometidos durante a vida, e mesmo as coisas que aconteceram antes que ele começasse este exercício irão gradativamente ser consumidas por este fogo purificador, para que, no fim da existência, quando o Cordão Prateado se romper, o aspirante esteja livre de qualquer panorama de sua vida passada, o que não acontece com as pessoas comuns que não tiveram a felicidade de aprender e de praticar este método científico.

 

Entre todas as variáveis circunstâncias da vida e as vicissitudes da existência, há um grande e magnífico Guia que, como a Estrela do Norte, nunca nos falha. Um Guia que está sempre pronto, como a fixa estrela no céu, para nos ajudar a navegar no barco de nossa vida em águas serenas – Deus.4

 

A doença é uma manifestação de ignorância – o único pecado. Curar é demonstração de conhecimento aplicado – a única salvação. Só respeitando as Leis de Deus que governam o Universo é possível alcançarmos saúde permanente, tanto agora como em vidas futuras.

 

Jamais cobrar. Sempre trabalhar em silêncio, sem o soar das trombetas ou o rufar dos tambores.

 

Cristo disse: 'Onde dois ou três estiverem reunidos em Meu nome, Eu estarei no meio deles'.E, como tudo que Ele disse, esta declaração era a expressão da mais profunda Sabedoria Divina. Ela se apóia sobre uma Lei da Natureza, tão imutável como o próprio Deus. Quando os pensamentos de dois ou três são focalizados sobre qualquer objeto ou pessoa determinada, gera-se uma forma poderosa de pensamento, como uma expressão definida de suas mentes imediatamente projetada para seu objetivo. Seus efeitos ulteriores dependerão da afinidade entre o pensamento de quem emite e a quem ele é endereçado, pois para conseguir gerar uma correspondência vibratória sobre a nota soada pelo diapasão, é necessário outro diapasão afinado no mesmo tom. Se forem projetados pensamentos e orações de natureza inferior e egoísta, apenas criaturas inferiores e egoístas responderão a eles. Esta espécie de oração nunca chegará até Cristo, como a água não pode correr montanha acima. Gravita para os demônios ou para os elementais, que são totalmente indiferentes às sublimes aspirações manifestadas pelos que estão reunidos em nome de Cristo.

 

Três, apropriadamente, representa a Divindade assexuada.

 

Qualquer movimento para perdurar deve possuir três qualidades divinas: Sabedoria [SOPhIa], Beleza e Força. Ciência, arte e religião, cada uma, de certa forma, possui uma destas qualidades.

 

 

 

Da mesma forma que as investigações científicas são realizadas no isolamento dos laboratórios, e como suas conclusões experimentais, que pretendem promover o avanço intelectual da raça, não são divulgadas até estarem devidamente comprovadas, assim também os ensinamentos espirituais destinados a incrementar o desenvolvimento da alma entre uma classe de pessoas, não são ministrados à maioria até que fique demonstrada sua efetividade com aquela minoria... Um ensinamento espiritual deve atingir um ponto de perfeição para que possa ser divulgado no trabalho do mundo, pois, de outro modo, se desvanece.

 

O 'orgulho intelectual, a intolerância e a impaciência diante das limitações e restrições' são os pecados dominantes em nossos dias.

 

O abuso da força sexual – inspirado pelos espíritos de Lúcifer (os atrasados da evolução dos anjos) – provoca e é responsável por doenças e debilidades; um corpo são é indispensável para a manifestação de uma mente sã.

 

É extremamente perigoso abandonar conscientemente o corpo5 quando doente, pois o éter está muitíssimo atenuado e o cordão prateado poderá se romper com facilidade. A morte, sob tais condições, causaria os mesmos sofrimentos que o suicídio.

 

Quando um Rosacruz assume um Compromisso, este Compromisso é, primeiro, uma Promessa a ele próprio. A Ordem Rosacruz à qual está filiado, qualquer que seja ela, vem depois.

 

Os Mestres Ascensos são nossos amigos e nossos professores, e sob nenhuma condição exigem obediência a alguma ordem nem nos impelem a fazer isto ou aquilo. Quando muito, nos aconselham, deixando-nos livres para escolher.

 

Uma associação mística sem restrições deve permanecer livre, para que possa ser útil como tal, alcançar maior crescimento espiritual e vida mais longa.

 

As várias formas de visão, além da visão física, são: a etérica ou raio-X; a visão da cor que nos abre o Mundo do Desejo; e a visão tonal, que revela a Região do Pensamento Concreto.

 

A edificação da parte espiritual da nossa natureza produz, muitas vezes, distúrbios em nosso corpo físico. Este fica muito mais sensível às condições do ambiente, e, portanto, o resultado pode ser um esgotamento. A perda de uma saúde perfeita é necessária antes de conseguirmos equilíbrio no mundo espiritual, e quanto mais forte e vigoroso o instrumento, tanto mais drástico será o método para debilitá-lo. Então, vêm anos de condições de saúde oscilantes até que possamos ajustá-las de maneira a manter a saúde no mundo físico, ao mesmo tempo em que adquirimos capacidade de funcionar também nos reinos superiores.

 

O mundo em que vivemos é regido pelo referencial do tempo, enquanto que no reino superior dos arquétipos tudo é um Eterno Agora.6

 

A Região do Pensamento Concreto é o reino do Som, onde a harmonia das esferas, a música celestial, penetra tudo que existe, da mesma forma que a atmosfera da Terra circunda e envolve tudo que é terrestre. Pode-se dizer que nesta região tudo está envolto e impregnado de música. Vive e cresce pela música. Lá, a PALAVRA7 de Deus ressoa e forma todos os vários modelos, que, depois, se cristalizam nas coisas que contemplamos no mundo terrestre.

 

O organismo terrestre, que cada um de nós habita, é formado segundo linhas vibratórias produzidas pela música das esferas. As dissonâncias – que se manifestam como enfermidades – são produzidas primeiramente por desarmonia espiritual interna.

 

Quando Cristo andou por esta Terra e curou os enfermos, Ele, sendo o Senhor do Sol, incorporou em Si a síntese das vibrações estelares, como a oitava incorpora todos os tons da escala, e Ele pôde, portanto, emitir de Si a verdadeira influência planetária corretiva requerida em cada caso. Sentia a desarmonia, sabendo imediatamente como equilibrá-la, graças ao Seu elevado desenvolvimento. Não necessitava de preparação adicional, mas obtinha resultados imediatos, substituindo por harmonia a dissonância planetária que era a causa da doença que Ele atendia. Apenas em um único caso Ele recorreu à Leis Superiores, e disse: — 'Levanta-te, teus pecados estão perdoados'.

 

Em determinadas circunstâncias, quando existe o reconhecimento sincero e profundo do erro,8 os efeitos da doença podem ser eliminados, antes que o destino, frio e inflexível, sentencie diferentemente.

 

 

 

 

'Ainda que Cristo nascesse mil vezes em Belém, se Ele não nascer dentro de ti, tua alma ficará perdida. Em vão olharás a Cruz do Gólgota, a menos que, dentro de ti, ela seja novamente erguida.' [Angelus Silesius, apud Max Heindel].

 

Nossa responsabilidade é proporcional ao nosso conhecimento. Como ganhamos experiência através de muitas vidas, cada vez adquirimos mais aptidões. Renascemos sempre com talentos acumulados, que são o resultado das experiências dessas vidas. Somos responsáveis, portanto, pela maneira como os usamos. É necessário que usemos estes talentos durante a vida, pois, a menos que o façamos, eles se atrofiarão tão certamente como a mão não usada pende inerte para um lado. Do mesmo modo como esta mão ficará atrofiada, assim também se atrofiarão nossas aptidões espirituais, a não ser que as coloquemos em ação. Não pode haver descanso, nenhuma hesitação neste caminho da evolução que estamos trilhando; devemos seguir para diante ou do contrário degeneraremos. E assim, quanto mais conhecimento tivermos, mais responsabilidade teremos.

 

Todo conhecimento que não estiver impregnado de vida é vazio, sem propósito e inútil.

 

A lança não deve ser empunhada para ferir; mas para curar.

 

Aquele que adquiriu e possui o Poder Espiritual – não importa quão severamente seja tentado – jamais deverá prostituí-lo e usá-lo para qualquer propósito egoísta. Apesar de alguém poder alimentar cinco mil pessoas que estão com fome e longe de sua fonte de provisões, ele não apanhará nem mesmo uma pequena pedra para a transformar em pão para satisfazer a sua própria fome. E, embora um Iniciado possa até curar um inimigo, como Cristo que restaurou a orelha do soldado romano, se recusará a usar o Poder Espiritual para estancar o sangue que corre de seu próprio flanco. Se um Iniciado usar o Poder Espiritual que adquiriu para um fim egoísta, e até para se salvar, ele o perderá, pois, não tem o direito de assim prostituir seu Poder.

 

Não podemos tirar a vida nem acumular conhecimentos de maneira prejudicial, sem incorrer, com isso, em uma terrível responsabilidade. A única razão satisfatória e apropriada para a busca do conhecimento é aquela onde possamos servir e ajudar a Humanidade da maneira mais eficiente.

 

Não devemos procurar o conhecimento simplesmente pelo conhecimento, mas, apenas, como um meio para viver uma vida melhor e mais pura, pois apenas isto o justifica.

 

Quando instituímos uma lei, também existe um meio de transgredi-la; portanto, é impossível a salvação pela lei.

 

Somente por repetidas existências em um corpo inferior poderemos aprender a construir, para nós, um veículo adequado à imortalidade. E, como conseqüência da Lei que, de certo modo, o homem transgrediu e ainda transgride, nesta jornada-peregrinação não haverá descanso nem paz. É, por assim dizer, um vale de dor e de lágrimas.9

 

Cada objeto no Universo visível é a corporificação de um pensamento invisível preexistente.10

 

A Lei de Conseqüência está ligada a todos os atos do ser humano no que se refere ao livre-arbítrio.

 

A palavra maná (manna), alimento que, segundo a Bíblia, foi miraculosamente fornecido aos israelitas em sua travessia do deserto, não significa o pão que veio do céu, mas o Pensador, o Ego, que desceu das esferas superiores.

 

Há, em todos nós, sem exceção, um Poder Espiritual latente, e depende de nós despertar este Poder.

 

Se continuarmos a peregrinar (encarnar), renascimento após renascimento, e não aprendermos a viver uma vida de Bem e de Beleza, devemos estar cientes que não alcançaremos a Cidade da Paz, mas permaneceremos na terra da tristeza e do sofrimento.

 

Depende tão-só de nós o tempo da nossa jornada no deserto, pois, sem uma vida pura não poderá haver progresso espiritual. Não podemos servir a Deus e a 'Mammon' (o ouro e as riquezas do mundo). É servindo que aprendemos: servindo à Humanidade, servindo os animais, servindo os nossos irmãos menores, servindo em toda a parte. Somente isto nos tirará do deserto – o deserto de nossas ilusões.

 

 

 

Os Dois Lobos

 

 

 

 

 

 

Concluindo este prazeroso estudo, vou contar uma história que, talvez, você conheça.

 

Uma noite fria de inverno, um sábio índio da nação dos Sioux ensinou ao seu neto sobre o combate que acontece dentro das pessoas. Solenemente, ele disse:

Tatanka Iyotake, há uma batalha feroz e sem trégua entre dois lobos que vivem dentro de todos nós. Um é mau. Em seu Coração, só há raiva, maledicência, inveja, ciúme, tristeza, medo, desgosto, cobiça, avareza, arrogância, autocomiseração, culpa, ressentimento, medo, sentimento de inferioridade, falso orgulho, atitude mental de superioridade etc.

O velho índio continuou explicando: — O outro lobo é bom. Em seu Coração, só há alegria, fraternidade, paz interior, solidariedade, serenidade, coragem, confiança, temperança, sentimento de justiça, humildade, bondade, benevolência, empatia, generosidade, fraternidade, misericórdia etc.

O neto pensou nessa luta, e perguntou ao avô:

Vô, qual lobo vence?

O velho índio respondeu:

Aquele que você alimenta!

 

 

 

Para a direita ou para a esquerda?
(Fixe o olhar em um dos cantos
da tela do seu monitor)

 

 

 

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Nota:

1. Qualquer extemporaneidade por açodamento, geralmente, é deletéria. Não custa recordar que uma das Sete Virtudes é a Paciência. As Virtudes Humanas são perfeições habituais e estáveis da inteligência e da vontade humanas que contrariam e se opõem aos Sete Pecados Capitais. São elas: Castidade, Generosidade, Temperança, Diligência, Paciência, Caridade e Humildade.

2. A Alma – cujo veículo corpóreo é o envoltório astral etéreo-substancial – pode ‘morrer’, continuando o homem, não obstante, a viver sobre a Terra. Quer dizer: a Alma pode se libertar do tabernáculo e abandoná-lo por diversas razões, tais como, loucura, depravação espiritual e física etc. A possibilidade de que a Alma (o Ego Interno Espiritual) resida nos mundos invisíveis, enquanto seu corpo continue a viver na Terra é uma doutrina eminentemente oculta... Há muitos ‘homens-sem-alma’ entre nós, e este fenômeno ocorre com pessoas materializadas e perversas ao último grau... (A Doutrina Secreta, Helena Petrovna Blavatsky).

3. Não é pelo fato de que não importa quanto conhecimento possamos ofertar aos outros, pois o original sempre fica conosco, que devemos, na medida do possível, sempre, [com]partilhar tudo; mas, sim, no mínimo, porque somos todos Um. Aqui fica a lembrança: o que de graça recebemos, de graça devemos ofertar. E aqui deixo a pergunta: quem é dono de quê? Quanto a este tema, a questão é: a acumulação e o escondimento derivam de avarícia ou de insegurança? Ou das duas? Ou das duas e de mais alguma coisa? Enfim, enquanto, de fato, não apre[e]ndermos que a dor e a doença do outro são a nossa dor e a nossa doença, que a fome e a sede do outro são a nossa fome e a nossa sede e que a carência e a ignorância do outro são a nossa carência e a nossa ignorância, nada feito. Poderemos jejuar, ajoelhar e orar um milênio sem parar, mas, nada feito. Nem pintado. O Universo continuará surdo.

4. O Deus de nosso Coração. Daí, a correção da sentença: In Corde loquitur nostro Vox Dei. Em nosso Coração fala a Voz de Deus.

5. Isto é conhecido como projeção da consciência, experiência fora-do-corpo (EFC), experiência extracorporal, desdobramento, projeção astral ou viagem astral, termos usados alternativamente para designar as experiências fora-do-corpo (do inglês, out-of-body experience – OBE ou OOBE) ou estados alterados de consciência, fenômeno de natureza psíquica que pode ser realizado por qualquer pessoa e de diversas formas, a saber: durante o sono, via meditação profunda e técnicas de relaxamento ou involuntariamente durante episódios de paralisia do sono, trauma, variações abruptas da atividade emocional e estresse, experiência de quase-morte, deprivação sensorial, estimulação elétrica do giro angular direito do cérebro, estimulação eletromagnética, experiências de ilusão de óptica controladas e através de efeitos neurofisiológicos por indução química de substâncias comumente descritas como drogas. Exemplos de substâncias correlacionadas com a fenomenologia das experiências extracorpóreas são o cloridrato de cetamina, a galantamina, a metanfetamina, o dextrometorfano, a fenilciclidina e a dimetiltriptamina (presente na bebida ritualística Ayahuasca). Durante a projeção lúcida, o indivíduo está ciente de que se encontra fora do próprio corpo físico, projetado por meio do corpo astral, perispírito ou psicossoma. Por intermédio da projeção da consciência é possível conhecer dimensões extrafísicas, intrafísicas e outros planos de consciência. Este tipo de fenômeno é inteiramente diferente da projeção mental.

 

Experiência Fora-do-corpo (EFC)
(Animação meramente pictórica)

 

5. É aquilo que tenho dito, e que, agora, repetirei: há um tempo que é tempo e um Tempo que não é tempo. No tempo que é tempo, ilusão; no Tempo que não é tempo, LLuz.

7. Verbum Dimissum, Perpetuum, Æternum et Inenarrabile.

8. Reconhecimento sincero e profundo do erro Arrependimento.

9. E por que um vale de dor e de lágrimas? Porque nós assim o construímos com nossas ambições egoístas, nossas cobiças imoderadas e nossas paixões arrebatadas. Somos responsáveis por tudo.

10. Do artigo O Problema da Arte no Pensamento de Platão, de autoria de Sidnei Ferreira de Vares, garimpei a seguinte informação: A Filosofia platônica é dualista, na medida que propõe a divisão entre o Mundo Ideal e o mundo material. O Mundo Ideal é caracterizado pela esfera do Ser, das Idéias, enquanto o mundo material corresponde ao não-ser – mera aparência. As idéias são consideradas por Platão arquétipos perfeitos, ontologicamente superiores às cópias materiais. A transitoriedade do mundo sensível não se confunde com a perfeição do Mundo das Idéias, haja vista que enquanto este se define pela transcendência e universalidade, possuindo vida e movimento, aquele repousa na mutabilidade e na particularidade. Bem, não podemos esquecer que Platão foi um Alto Iniciado, tendo recebido sua mais Elevada Iniciação nos Templos Egípcios da Antigüidade.

 

Páginas da Internet consultadas:

http://newfielady3.tripod.com/id23.html

http://www.posgrap.ufs.br/
periodicos/prometeus/6/7.pdf

http://aboutfacts.net/Paranormal74.html

http://substantivolatil.com/
archives/ilusao-de-otica.php

http://pt.wikipedia.org/wiki/Proje%C3%
A7%C3%A3o_da_consci%C3%AAncia

http://www.junglekey.com/

http://fr.wikipedia.org/wiki/Fichier:Life.gif

http://oncologiaaap.blogspot.com/
2010/05/cancro-do-pulmao.html

http://healthylifecarenews.com/an-easy
-exercise-for-the-brain-in-the-morning/

http://www.4shared.com/get/zM3abhnW/
2367_-_ensinamentos_de_um_inic.html

http://br.dir.groups.yahoo.com/
group/Estacao_Palavra/message/2975

http://pt.wikipedia.org
/wiki/Virtude

http://www.fraternidaderosacruz.org/
en_ini_index.htm

 

Música de fundo:

Ave Maria (Bach – Gounod)
Intérprete: Andrea Bocelli

Fonte:

http://mp3skull.com/mp3/
andrea_bocelli_ave_maria_bach_gounod.html