ENQUANTO FOR NECESSÁRIO

 

 

 

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

 

 

— empre que perguntei:

por quê? Por quê? Por quê?

Ele sempre me respondeu:

foi educativamente necessário.

 

— Dias... Semanas... Meses...

E a Humanidade se desesperou.

E ele, aflito, sempre reiterou:

continua sendo necessário.

 

— Então, eu questionei:

até quanto tanta dolor?

Triste, ele me respondeu:

enquanto for útil e necessário.

 

— Mas, por que você está triste?

Você está aqui porque quer.

Cabisbaixo, ele me informou:

sou apenas um efeito necessário.

 

— Mas, sofrem muitos inocentes!

Circunspeto, ele me esclareceu:

não há inocência, há ignorância;

por isto, educar é necessário.

 

 

 

 

— Um dia, ele decidiu partir,

e a Humanidade voltou a sorrir.

E ele, muito feliz, me explicou:

enfim, já não é mais necessário.

 

— E a Alegria apareceu de novo...

E todas as Rosas se abriram...

E o Sol brilhou em cada Coração...

Oh! Que nunca mais seja necessário!

 

— Oh! Meus Irmãos da G.'. L.'. B.'.!

Que chegue ao fim este tormento!

Que a Razão elucide o inadimplemento!

Que a LLuz Illumine o atrasamento!

 

— Oh! Meus Irmãos da G.'. L.'. B.'.!

Que a Humanidade Compreenda!

Que a Humanidade Transcenda!

Que a Humanidade Ascenda!

 

 

 

 

— Está feito. Está selado. A.'. U.'. M.'.