ENJAULADO

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Sempre haverá um mistério envolto em uma pétala de rosa. [In: Asas Para Viver (Running from Safety: An Adventure of the Spirit), de autoria de Richard Bach.]

 

 

 

 

Despertar é voltar para Casa, é ser novamente especialista na Língua-Que-Não-Tem-Palavras, [não a que os glossolalistas de meia-tijela ficam impingindo descaradamente aos bem-intencionados.] Mas, para voltarmos para Casa, precisaremos nos livrar completamente dos alçapões, [das manias, dos TOCs, dos preconceitos, dos arremedos, das inautenticidades, da separatividade, dos delírios, dos desejos, das cobiças, das paixões e de outras coisinhas esquisitas mais.] [Ibidem.]

 

Cada um de nós, de uma forma ou de outra, precisa aprender a escrever seu próprio papel. [Ibidem.]

 

Precisamos nos conscientizar de que a vida no espaço-tempo é uma jaula – [uma espécie de camisa-de-força]. Na prática, o espaço-tempo é uma loucura distorcida. Você já reparou que, no espaço-tempo, o mundo físico é o dono do tempo? Ou nos libertamos do espaço-tempo ou nossos dragões [que, na verdade, são nossos amigos, e que precisam ser escutados e respeitados] nos devorarão! Seja como for, se fecharmos os olhos, elevarmos nosso Espírito, nos lembraremos de quem somos, além do espaço, além do tempo, nunca nascidos, e que jamais morrerão! [Ibidem.]

 

 

 

Enjaulado no miraginal e quimérico espaço-tempo,
nunca percebi que o começo nunca poderia começar.

Enjaulado no miraginal e quimérico espaço-tempo,
nunca percebi que o fim nunca poderia terminar.

Enjaulado no miraginal e quimérico espaço-tempo,
nunca percebi que só 'pecamos' por ignorar.

Enjaulado no miraginal e quimérico espaço-tempo,
nunca percebi que perder, muitas vezes, é ganhar.

Enjaulado no miraginal e quimérico espaço-tempo,
nunca percebi que ganhar, muitas vezes, é se arruinar.

Enjaulado no miraginal e quimérico espaço-tempo,
nunca percebi que Compreender é se Libertar.

Enjaulado no miraginal e quimérico espaço-tempo,
nunca percebi que o apocalipse nunca poderia 'apocalipsar'.

Enjaulado no miraginal e quimérico espaço-tempo,
nunca percebi que o paraíso nunca poderia 'paraisar'.

Enjaulado no miraginal e quimérico espaço-tempo,
nunca percebi que o inferno nunca poderia infernar.

Enjaulado no miraginal e quimérico espaço-tempo,
nunca percebi que o mal nunca poderia maleficiar.

Enjaulado no miraginal e quimérico espaço-tempo,
nunca percebi que a tirania nunca poderia apocopar.

Enjaulado no miraginal e quimérico espaço-tempo,
nunca percebi que o nunca poderia se dissipar.

Enjaulado no miraginal e quimérico espaço-tempo,
nunca percebi que a morte nunca poderia nos matar.

Enjaulado no miraginal e quimérico espaço-tempo,
nunca percebi que morrer é tão-somente Viajar.

 

 

Esta animação é pura e simplesmente pictórica;
ela não pretende insinuar absolutamente nada.

 

 

Enjaulado no miraginal e quimérico espaço-tempo,
nunca percebi que o barulho interior impede o Despertar.

Enjaulado no miraginal e quimérico espaço-tempo,
nunca percebi que cada defeito é preciso compensar.

Enjaulado no miraginal e quimérico espaço-tempo,
nunca percebi que das compensações é impossível se furtar.

Enjaulado no miraginal e quimérico espaço-tempo,
nunca percebi que o Sol queria se entremostrar.

Enjaulado no miraginal e quimérico espaço-tempo,
nunca percebi que o Amor queria me Amar.

Enjaulado no miraginal e quimérico espaço-tempo,
nunca percebi que a Beleza queria me Enfeitar.

Enjaulado no miraginal e quimérico espaço-tempo,
nunca percebi que o Bem queria me Regenerar.

Enjaulado no miraginal e quimérico espaço-tempo,
nunca percebi que a Paz queria me Pacificar.

Enjaulado no miraginal e quimérico espaço-tempo,
nunca percebi que a LLuz queria me Illuminar.

Enjaulado no miraginal e quimérico espaço-tempo,
nunca percebi que a Vida queria me Vivificar.

Enjaulado no miraginal e quimérico espaço-tempo,
nunca percebi que a ShOPhIa queria me Ilustrar.

Enjaulado no miraginal e quimérico espaço-tempo,
nunca percebi que meu dragão interior queria me devorar.

Enjaulado no miraginal e quimérico espaço-tempo,
nunca percebi que minha impertinência só fazia me aloucar.

Enjaulado no miraginal e quimérico espaço-tempo,
nunca percebi que meu Deus Interior queria me Alforriar.

Enjaulado no miraginal e quimérico espaço-tempo,
em um dia frio de inverno, morri ignorante, sem mudançar.

 

 

 

 

Música de fundo:

Send in the Clowns
Composição: Stephen Sondheim
Interpretação; Frank Sinatra

Fonte:

https://muzon-club.net/russkaja-pop-muzyka/3
73379-frank-sinatra-send-in-the-clowns.html

 

Páginas da Internet consultadas:

https://www.pngitem.com/

https://www.animatedimages.org/cat-clowns-154.htm

https://www.flaticon.com/br/icone-gratis/ufo_190276

https://giphy.com/gifs/fly-ufo-spaceship-26BoCVdjSJOWT0Fpu

https://www.nirjharkhan.com/p/animation.html

https://proper-cooking.info/falling-flowers-animated-gif

 

Direitos autorais:

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