Ego Sum 'Sacanocraticus'
(O Bom Combate)
Rodolfo
Domenico Pizzinga
Confiteor
Deo Omnipotenti
–
in æternum – in Corde meo:
Ego sum 'sacanocraticus'.
Confesso
a Deus Onipotente
– eternamente
– em meu Coração:
Eu sou um sacanocrata.
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Balouça,
é espetado, mas, não se manca!
Há
enguiços que não consigo consertar
e jaças das quais
não consigo me livrar.
Faço um putérrimo
esforço, mas, não vai.
É como o Edifício
Balança-Mas-Não-Cai.
Vai
noite, vem dia, apaga ano, acende ano
– pimba! –
e acabo dando uma de magano.
Às vezes, para
me sentir um pouco melhor,
penso em um absurdante
que seja mais pior.
Depois,
cogito: Porra, isto
adianta o quê?
Bolas! Esta
má comparação serve para quê?
Aí, meu Deus Interior
me diz: — Para
nada.
Se manque,
e trate de se manter na Estrada.
E,
morro de vergonha (elevada à vergonha),
como um cardeal pego azarando
uma nhonha.
Prometo! Eu me obrigo
a desde já mudançar,
que se sentem ±
abichornados e impenitentes
por causa de suas transgressões
indominadas.
Então, advirto:
— Siga. Não
há duas Estradas.
O
que importa é sempre lutar o Bom Combate.
Em pé
de fruta-do-conde não pode dar abacate!
O
que não der para transmutar
nesta encarnação
será
transmutado na próxima. Esta é a solução.
Entretanto,
não desista jamais de combater
nem fique
esperando um novo dia amanhecer.
Uma coisa
é tibieza; outra é falta de vontade.
Só
lutando o Bom Combate findará a Saudade!
Só
lutando o Bom Combate a Noite passará!
Só
lutando o Bom Combate a LLuz brilhará!
Só
lutando o Bom Combate desfaremos os nós!
Só
lutando o Bom Combate ouviremos a Voz!