A
maioria das pessoas não deseja mudar, principalmente aquelas que
se acham em relativa segurança social e econômica ou que conservam
crenças dogmáticas e se satisfazem em aceitar a si próprias
e às coisas tais como são ou, quando muito, em forma ligeiramente
modificada. [In: Liberte-se
do Passado (Freedom
From the Known), de autoria de Jiddu Krishnamurti.]
—
Já disse e vou repetir:
como tá tá muitíssimo bom.
Não inste preu mudar o tom;
eu não dou bola pro devir.
—
Sou ricaço, tenho tudo
e curto a minha chibança.
Pra essa tal de mudança,
sou pitosga, mouco e mudo.
—
Mudar pra abrir mão?
Pra ter que compartir?
Pro meu karma diminuir?
Pra tudo isso digo não.
—
Eu adoro choppeidança
e uma mulata assanhada.
Não farei nenhuma mudada;
desfrutarei minha abastança.
—
Deus me fabricou assim,
e não posso decepcioná-Lo
nem tão-pouco enervá-Lo.
Sou carioca, não abissim.
—
Se minha vida for inútil,
pelo menos, eu a aproveitei,
e de montão eu saracoteei.
Não adirei nem tirarei um til.
Choppeidança
Quando
alguém nos oferece um sistema salvífico qualquer, e nós,
tão sem juízo, o aceitamos e o seguimos, estamos meramente
a copiar, a imitar, a nos ajustar e a aceitar, e, fazendo tal coisa, teremos
estabelecido, em nós mesmos, a autoridade de outrem, da qual sempre
resultará conflito entre nós e esta autoridade. Não
há aquele que não tenha suas peculiares inclinações,
tendências, preferências e pressões, que, inevitavelmente,
colidirão com o sistema que julga dever seguir, e, por conseguinte,
existirão sempre contradições. E, assim procedendo,
levaremos uma vida dupla, entre a ideologia do sistema que nos oferecem
ou impõem e a realidade de nossa existência interior e diária.
No esforço para nos ajustarmos à ideologia, recalcamos a nós
mesmos, e, no entanto, o que é realmente verdadeiro não é
a ideologia, porém, o que somos. Enfim, se tentarmos nos compreender
de acordo com o que dizem ou determinam os outros, permaneceremos sempre
seres-humanos-aí-no-mundo sem nenhuma originalidade. Não esqueçamos
jamais de que qualquer ordem imposta de fora, por outrem, gerará,
sempre e necessariamente, desorganização, desorientação,
contradição e escravização. [E,
se aceitarmos e seguirmos qualquer
ordem imposta de fora, nossa
encarnação terá sido inútil.] [Ibidem.]
—
Disseram-me que fizesse
de um certo jeito,
senão eu não iria pro céu.
Então, obediente, eu fiz,
mas, entrei no maior conflito,
porque eu não queria fazer
e tinha que fazer.
E, embalsamado como múmia paralítica,
sofri o pão que o diabo amassou
e tomei o sopão que a bruxa preparou!
—
Disseram-me que não fizesse
de um certo jeito,
senão eu não iria pro céu.
Então, obediente, eu não fiz,
mas, entrei no maior conflito,
porque eu queria fazer
e tinha que não fazer.
E,
embalsamado como múmia paralítica,
sofri o pão que o diabo amassou
e tomei o sopão que a bruxa preparou!
—
E, de conflito em conflito,
de cagaço em cagaço,
de não-sei-quê em não-sei-quê,
ora fui fazendo sem querer fazer,
ora não fui fazendo querendo fazer,
e minha vida inteirinha
foi de submissão à autoridade.
E, embalsamado como múmia paralítica,
sofri o pão que o diabo amassou
e tomei o sopão que a bruxa preparou!
—
Entretanto, não fui só
eu
a obedecer as batinas e os solidéus,
os presépios, os crucifixos e as menorás.
Poucos foram os que conheci
que, submissos à autoridade,
não fizeram com vontade de fazer,
e fizeram sem querer fazer.
E, embalsamados como múmias paralíticas,
sofreram o pão que o diabo amassou
e tomaram o sopão que a bruxa preparou!
—
Escravidão não é
apenas
direito de propriedade sobre outro
– comumente
designado escravo.
A escravidão se manifesta
travestida de diversas maneiras
e
das formas mais insidiosas.
E, talvez, a mais medonha de todas
seja a escravidão religiosa,
que afirma e promete o impossível,
e impõe e obriga o inadmissível!
Canto
Gregoriano de fundo:
Doxologia
Interpretação: Schola Cantorum do Pontifício Col. Intern.
dos Beneditinos de S. Anselmo em Roma
Observação:
Doxologia,
no Catolicismo, é uma fórmula litúrgica de arremate
nas grandes orações católicas (hinos, preces, versículos
etc.) em que são glorificadas a grandeza e a majestade divinas. Já
segundo o polímata, filósofo, cientista, matemático,
diplomata e bibliotecário alemão Gottfried Wilhelm Leibniz
(Leipzig, 1º de julho de 1646 – Hanôver, 14 de novembro
de 1716), a doxologia é uma compreensão meramente superficial
da realidade, já que se restringe a uma reprodução
irreflexiva de sua aparência.
Páginas
da Internet consultadas:
https://peacelovearoundtheworld.blogspot.com/
https://francescalli.wordpress.com/
https://www.dylanswart.com/
http://augmented-irreality.fr/?p=192
https://www.bemparana.com.br/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Escravid%C3%A3o
https://www.picsunday.com/
https://gifer.com/en/VRdR
Direitos
autorais:
As animações,
as fotografias digitais e as mídias digitais que reproduzo (por empréstimo)
neste texto têm exclusivamente a finalidade de ilustrar e embelezar
o trabalho. Neste sentido, os direitos de copyright
são exclusivos de seus autores. Entretanto, como nem sempre sei a
quem me dirigir para pedir autorização para utilizá-las,
se você encontrar algo aqui postado que lhe pertença e desejar
que seja removido, por favor, entre em contato e me avise, que retirarei
do ar imediatamente.