Rodolfo Domenico Pizzinga


 

 

 

 

 

Na TV, Ahmadinejad

Rejeita Oferta Brasileira

de Asilo à Sakineh

 

 

 

Sakineh Mohammadi Ashtian

Sakineh Mohammadi Ashtian

 

 

O Presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, afirmou, nesta segunda-feira (16 de de agosto de 2010), que seu país não vai enviar para o Brasil a mulher acusada de adultério, que foi condenada à morte por apedrejamento. O Presidente fez a declaração em uma entrevista à TV do seu país, recusando publicamente a oferta do Governo Brasileiro de receber Sakineh Mohammadi Ashtiani.

 

Há um juiz envolvido no caso, e os juízes são independentes. Mas eu conversei com o chefe do Poder Judiciário, e ele também não concorda com a proposta do Brasil disse Ahmadinejad. — Eu acho que não há necessidade de criar algum problema para o Presidente Lula e levá-la para o Brasil — acrescentou.

 

A sentença de apedrejamento para Ashtiani – uma mulher de 43 anos de idade e mãe de dois filhos – havia sido temporariamente suspensa depois que provocou protestos dos Estados Unidos e de outros Governos, bem como de grupos de direitos humanos. O Brasil, que tem relações amistosas com o Irã, ofereceu asilo para Ashtiani.

 

Embora o Irã tenha suspendido a sentença de lapidação de Ashtiani, a condenação não foi cancelada, e a mulher é, agora, acusada de desempenhar um papel no assassinato de seu marido, em 2005. Ela ainda pode ser enforcada.

 

Na semana passada, a televisão estatal iraniana transmitiu uma suposta confissão de uma mulher identificada como Ashtiani, admitindo ter sido cúmplice no assassinato de seu marido. Seu advogado disse que suspeita que ela foi torturada para fazer a declaração, mas ele não foi autorizado a se reunir com ela desde a transmissão para poder confirmar isto.

 

A Human Rights Watch (ONG americana que faz pesquisa e advoga no campo dos direitos humanos, tendo a sua sede em New York) disse que Ashtiani foi acusada em 2006 de ter uma relação ilícita com dois homens após a morte do marido, tendo sido condenada por um tribunal a 99 chibatadas. Mais tarde, neste mesmo ano, ela foi novamente acusada de adultério e condenada a ser apedrejada até a morte.

 

Apesar de não haver menção ao apedrejamento no Sagrado Alcorão – que estipula a pena de cem chibatadas ou de prisão perpétua para adúlteros – defensores deste tipo de condenação afirmam que ela está no Hadith (exposição com autoridade dos significados do Alcorão), uma compilação sagrada de leis, lendas e histórias sobre Maomé e, por isto, faz parte da Shari'a – o código de Leis do Islamismo.

 

No entanto, não há consenso na comunidade islâmica sobre a validade da prática do apedrejamento. Em 2002, o então chefe do Judiciário iraniano, o Aiatolá Mahmoud Hashemi-Shahroudi, ordenou a suspensão das execuções por apedrejamento. Contudo, juízes locais ainda podem ordenar apedrejamentos, enquanto as leis não forem integradas.

 

De minha parte, só tenho uma coisa a dizer: acho tudo isto uma descabida horrorosidade.

 

Matéria editada das fontes:

http://www.estadao.com.br/

http://g1.globo.com/mundo/noticia

 

 

 

 

 

 

 

 

Vocês aí, barulhentos:

ter um caso não é azo.

Vocês aí, instrumentos:

às ocultas, por acaso?

 

 

Se gostarem, acreditem:

todo fratricida é um suicida.

Se desgostarem, desacreditem:

todo apedrejador é um deicida.

 

 

Quem assassina é suicida;

quem se suicida assassina.

Qualquer vida é filha da Vida;

por que sobrepesar a sina?

 

 

 

 

 

 

 

 

Fundo musical:

Ay Iran

Fonte:

http://people.cs.ubc.ca/~kvdoel/music.html