ÉMILE ZOLA (Pensamentos)

 

 

 

Émile Zola

Émile Zola

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Introdução e Objetivo do Trabalho

 

 

 

Este trabalho revisita alguns pensamentos de Émile Zola, fundador e principal representante da corrente naturalista na Literatura, que, como disse Anatole France (1844 – 1924) em seu funeral, foi um momento na consciência do homem. Zola, enfim, fez da sua escrita o dedo acusador das maldades e das corrupções da sua época. Foi preso e pagou pela sua coragem. Viveu a podridão social do século XIX e a escreveu sem medo da censura, publicando nos seus livros a realidade nua e crua. Zola mostra na objetividade da escrita a sordidez da alma humana. E nunca deixou de dizer a verdade ao poder!

 

 

 

Breve Biografia

 

 

 

Romancista, crítico e ativista político, Émile-Édouard-Charles-Antoine Zola é considerado um dos escritores mais importantes do século XIX. Ficou conhecido pelas suas teorias acerca do Naturalismo. Nasceu em Paris em 2 de abril de 1840 e morreu nesta cidade em 28 de setembro de 1902. Passou a infância e a juventude em Aix-en-Provence, no sul de França, quando o pai, um engenheiro civil de descendência italiana, esteve envolvido na construção do sistema municipal de água. O pai morreu em 1847 e Zola voltou para Paris com a mãe para fazer o liceu. Com a entrada na Hachette, Zola mergulhou no mundo da Literatura. Conheceu um grande número de escritores e jornalistas. Leu Taine, Stendhal, Balzac e Flaubert. Nesta altura, publicou os primeiros contos e artigos, e abandonou a sua vocação de poeta para se tornar romancista. Escreveu o seu primeiro romance, La Confession de Claude, uma história autobiográfica inspirada em uma antiga e infeliz experiência passional, publicada em 1865. Daqui para frente, viveu ao correr da pena, quer como romancista, quer como jornalista. Zola publicou sucessivamente Le Voeu d'une Morte (1866) e Thérèse Raquin (1867), um macabro conto acerca de um assassínio, mas que significou sua entrada na estética naturalista.

 

La Fortune des Rougon, o primeiro romance em série, começou a ser escrito em 1870, foi depois interrompido devido à guerra franco-germânica e só foi publicado no final de 1871. Nas décadas de 1860/70 defendeu a arte de Cézanne e de Manet, e os impressionistas Claude Monet, Edgar Degas e Auguste Renoir nos artigos que publicava em jornais. A composição da série Les Rougons-Macquart vai ocupar-lhe quase um quarto de século, de 1871 a 1893. Trata-se de uma série de vinte romances naturalistas. Um dos argumentos considerados para a existência de uma escola do Naturalismo está relacionado com a publicação, no ano de 1880, de Les Soirées de Médan – um conjunto de pequenas histórias de Émile Zola, Guy de Maupassant, Joris-Karl Huysmans, Henry Céard, Léon Hennique e Paul Alexis. O movimento do Naturalismo na Literatura surgiu no século XIX e princípios do século XX na França, inspirado na aplicação dos princípios e métodos da Ciência, especialmente a visão darwiniana da Natureza. O ensaio Le Roman Expérimental de Zola se tornou o manifesto da Escola Naturalista. Para Zola, o romancista não é mais do que um mero observador da Natureza, que retrata os fenômenos com uma atitude experimentalista e que se sujeita às suas características e às suas paixões, trabalhando com fatos sociais e emocionais, tal como um químico trabalha com as substâncias químicas.

 

 

(Rodolfo quando dava aulas experimentais de Química)

 

As obras de Zola são mais abrangentes do que as de Flaubert e de Balzac. Tratam de temas tão diversos como as greves dos mineiros, em Germinal (1885), o alcoolismo das classes trabalhadoras, em L'Assommoir (1877), a decadência sexual das classes altas, em La Curée (1871) e Nana (1880) e a feroz ligação dos camponeses à suas terras, em La Terre (1887). As obras L'Assommoir e Nana foram consideradas escandalosas na época. As notas deixadas por Émile Zola revelam que ele analisou os princípios científicos, subjacentes aos romances, numa perspetiva literária, e que eles serviram para reforçar a sua visão pessoal da realidade neles contida. A consciência em relação ao seu tempo, como por exemplo, o fenômeno da destruição da união familiar, levou Zola, moralista, a retratar os valores contemporâneos. Os seus principais romances são dominados pelo simbolismo das forças antropomorfizadas que controlam e destroem o indivíduo e as massas. Deste modo, a mina, em Germinal, é comparável a um animal que devora os que nela trabalham. A tendência para o simbolismo aparece de forma extrema na reinterpretação da história do Génesis em La Faute de l'Abbé Mouret (1875).

 

A trilogia Les Trois Villes, (1899) e a tetralogia incompleta Les Quatres Évangiles, formam os romances finais do autor. As obras se tornaram progressivamente mais didáticas, sem obsessões acerca do progresso científico, do Socialismo humanitarista e da rejeição à Igreja Católica, que estiveram presentes nos primeiros romances.

 

Émile Zola morreu inesperadamente em setembro de 1902, vítima de asfixia por gás de carvão (monóxido de carbono – CO) resultante da combustão de gases de uma chaminé. Há quem considere que a sua trágica morte não tenha sido mero acidente, mas um ato planejado por parte dos seus opositores ideológicos. Depois da sua morte, Zola foi reconhecido não apenas como grande romancista europeu, mas, também, como um entusiasmado ativista defensor da verdade e da justiça.

 

 

 

Pensamentos Zolanianos

 

 

 

Émile Zola

 

 

 

Estou sendo considerado um escritor democrático, simpatizante do Socialismo, mas não gosto de rótulos. Se quiserem me classificar, digam que sou naturalista. Vocês se espantam com as cores verdadeiras e tristes que uso para pintar a classe operária, mas elas expressam a realidade. Eu apenas traduzo em palavras o que vejo; deixo para os moralistas a necessidade de extrair lições. Minha obra não é publicitária nem representa um partido político. Minha obra representa a verdade.

 

O observador apresenta os fatos tal qual os observou, define o ponto de partida, estabelece o terreno sólido no qual os personagens irão andar e os fenômenos se desenvolver. Depois, o experimentador surge e institui a experiência, quer dizer, faz os personagens evoluírem em uma história particular, para mostrar que a sucessão dos fatos será tal qual a exige o determinismo dos fenômenos estudados. Trata-se, quase sempre, de uma experiência “para ver”, como a designa Claude Bernard. O romancista sai em busca de uma verdade.

 

Os Governos suspeitam da Literatura porque é uma força que lhes escapa.

 

Com o romance naturalista, o romance de observação e de análise, as condições mudam imediatamente. O romancista inventa ainda mais. Inventa um plano, um drama; apenas é a ponta do drama, a primeira história surgida, que a vida cotidiana sempre lhe fornece. Em seguida, na estruturação da obra, isto tem bem pouca importância. Os fatos só estão lá como desenvolvimentos lógicos dos personagens. O grande negócio é colocar em pé criaturas vivas, representando diante dos leitores a comédia humana com a maior naturalidade possível. Todos os esforços do escritor tendem a ocultar o imaginário sob o real.

 

Eu tenho uma paixão: iluminar aqueles que estão no escuro, que têm sofrido muito e que têm direito à felicidade. Meu protesto de fogo é simplesmente o grito da minha alma.

 

 

 

 

O destino dos animais é muito mais importante para mim do que o medo de parecer ridículo.

 

Por que é que o sofrimento dos animais me comove tanto? Porque os animais fazem parte da mesma comunidade a que pertenço, da mesma forma que meus próprios semelhantes.1

 

No decorrer dos séculos, a História dos povos não passa de uma lição de mútua tolerância, e assim, o sonho último será envolver todos os sonhos em uma ternura comum para os salvar, o mais possível, da dor comum. No nosso tempo, detestar-se e ferir-se porque não se tem o crânio construído exatamente da mesma maneira, começa a se tornar a mais monstruosa das loucuras.

 

Que patifes, as pessoas honestas!

 

Não somos nós que introduzimos o método científico; ele se introduziu sozinho, e o movimento continuaria, mesmo que se quisesse eliminá-lo. Apenas constatamos o que acontece em nossas letras modernas. O personagem já não é uma abstração psicológica, eis o que todo mundo pode ver. O personagem se tornou um produto do ar e do solo, como a planta; é a concepção científica.

 

Fiz simplesmente em corpos vivos o trabalho analítico que os cirurgiões fazem em cadáveres.

 

Já não descrevemos por descrever, por um capricho e um prazer de retóricos. Achamos que o homem não pode ser separado de seu meio, que ele é completado por sua roupa, por sua casa, por sua cidade, por sua província; e, desta forma, não notaremos um único fenômeno de seu cérebro ou de seu coração sem procurar as causas ou as conseqüências no meio. Daí o que se chama nossas eternas descrições.

 

Fui movido pela vontade de ajudar no teatro o enorme movimento de verdade e de ciência experimental que desde o século passado se propaga e cresce em todos os atos da inteligência humana.

 

O espectador, considerado individualmente, é, por vezes, um homem inteligente; mas, os espectadores, considerados em massa, são um rebanho que o gênio ou até o simples talento têm de ser conduzidos de chicote em punho.

 

Se eu a formulasse, a minha definição de obra de arte seria: 'Uma obra de arte é um ângulo da criação vista através de um temperamento'.

 

O sofrimento é o melhor remédio para acordar o espírito.

 

O que é o amor? Um conto simples dito de muitas maneiras.

 

A verdade marcha e nada conseguirá detê-la.

 

Um romancista é constituído por um observador e por um experimentador.

 

Sou um artista. Estou aqui para viver com intensidade.

 

Estou pouco preocupado com a beleza ou a perfeição. Eu não ligo para os séculos magistrais. Importo-me, somente, com a vida, com a luta e com a intensidade.

 

Penso que você não pode dizer que tenha visto algo, até que você o tenha fotografado.

 

O artista não é nada sem o dom. Mas, o dom não é nada sem o trabalho.

 

Se você calar a verdade e enterrá-la, ela ficará por lá. Mas, pode ter certeza que, um dia, ela germinará.

 

A civilização não encontrará a perfeição até que a última pedra, do último templo, caia sobre o último sacerdote.

 

O amor, como as andorinhas, dá felicidade às casas.

 

Vocês me tratam como um escritor democrático e algo socialista, e se surpreendem que eu pinte a classe operária com cores verdadeiras e entristecedoras. De início, não aceito as etiquetas que vocês me colam nas costas. Creio ser um escritor sem epíteto; se desejam classificar-me, digam que sou um romancista naturalista, o que não me desagradará. Minhas opiniões políticas não contam. Quanto à pintura de certa classe operária, ela é tal como a expressei: sem sombra, sem atenuação. Eu digo o que vejo, verbalizado simplesmente, e deixo aos moralistas a preocupação de tirar lições. Desnudei as chagas do alto, logo, não iria esconder as debaixo. Minha obra não é obra de partido e de propaganda. Ela é obra de verdade.

 

As dificuldades, como as montanhas, aplainam-se quando avançamos por elas.

 

Privado de uma paixão, o homem ficaria mutilado como se o privassem de um dos sentidos.2

 

Hereditariedade, como a gravidade, tem suas leis.

 

A ciência prometeu a felicidade? Creio que não. Prometeu a verdade, e a questão é saber se com a verdade se fará mais felicidade.

 

Meu dever é falar. Não quero ser cúmplice.

 

Mas com um milhão de diabos! Isto não pode ser assim, não, não, não; é demais, não pode ser assim!

 

Instrumento de amor, instrumento de morte.

 

Mas, os animais silvestres continuarão a ser animais silvestres. Podem ser inventadas máquinas melhores ainda, que, sempre, haverá de haver animais silvestres.

 

Apague a vela. Eu não preciso ver a cor das minhas idéias.

 

 

 

Era uma espera sem esperança, pois sabia que a morte não perdoaria.

 

Nada nunca está acabado. Basta apenas um pouco de felicidade para que tudo recomece.

 

Débâcle = Assassinato da nação.

 

Sorte sua por ter tanto sangue-frio. Eu tenho momentos em que fico louco.

 

Não se pode esquecer o maravilhoso poder de teatro, seu efeito imediato sobre o espectador. Não há melhor instrumento de propaganda.

 

Em seguida, teve a convicção súbita de que o dinheiro era o estrume no meio do qual surgiria a Humanidade de amanhã.

 

As pessoas não são tão más como dizem.

 

Quem diz disciplina diz obediência.

 

Não há honradez absoluta tanto quanto não há saúde perfeita. Há uma certa animalidade em todos nós, como, mais ou menos, há um pouco de enfermidade.

 

 

 

Denuncio, ante da consciência das pessoas decentes, a pressão que as autoridades públicas exercem sobre a justiça do país. São abomináveis costumes políticos que desonram uma nação livre.

 

O espetáculo foi inaudito. Superou em brutalidade, em insolência e em declarações indignas as maiores baixezas e os piores instintos jamais confessados por uma besta humana.

 

Anti-semitismo: campanha terrível que nos faz retroceder milhares de anos, indigna o meu desejo de fraternidade e o meu afã de tolerância e de emancipação humana.

 

 

 

Um escritor que emitiu juízos e assumiu responsabilidades tem o dever de disponibilizar para o público o conjunto de sua atuação e os documentos autênticos – os únicos que poderão ser usados para julgá-lo.

 

A realidade e a miséria me oprimem; no entanto, eu sonho.

 

Não há nada que desconcerte mais um espírito do que uma educação desconexa: ela o torna vaidoso e presunçoso.

 

Não sou otimista; mas, eu quero ser otimista.

 

Se você me perguntar o que eu vim fazer nesta vida, eu lhe direi: eu vim para viver em voz alta.

 

Se eu não puder sobrecarregar com a minha qualidade, sobrecarregarei com a minha quantidade.

 

A perfeição é um estorvo, tanto que, muitas vezes, eu me arrependo de ter abandonado o uso do tabaco.3

 

Há dois homens no interior do artista: o poeta e artesão. Um já nasce poeta; o outro se torna artesão.

 

A alegria de viver desaparece quando não há mais esperança.

 

O pecado deve ser algo requintado, meu caro.

 

Por que havia tanta miséria de um lado e tanta riqueza de outro? Por que os miseráveis tinham de viver escravizados àqueles sem a menor esperança de um dia mudarem de posição?

 

A igualdade entre os homens e a justiça exigem que os bens da Terra sejam repartidos entre todos.

 

Viver amontoado deste jeito sempre termina com homens bêbados e mulheres grávidas.

 

O passado é o cemitério das nossas ilusões.

 

Era a febre da esperanças dos primeiros cristãos da Igreja esperando o reino próximo da justiça.

 

O dia não está muito longe quando uma cenoura comum estiver grávida da revolução.

 

Um homem pode ser valente, mas, uma multidão que morre de fome não tem força para nada.

 

Quando você tem uma dor muito grande, ela não deixa espaço para qualquer outra.

 

Por que o dinheiro deve ser responsabilizado por toda a sujeira e por todos os crimes?

 

A estrada para Lourdes está repleta de muletas...

 

A violência nunca prosperou, mas ninguém pode refazer o mundo em um dia. Qualquer um que prometa mudar tudo de uma vez ou é tolo ou é desonesto.

 

O pecado se tornou um luxo...

 

No amor, geralmente, as pessoas só pensam em sua própria gratificação, ainda que, sem amor, não haveria vida e o mundo chegaria ao fim.

 

Tudo é apenas um sonho.

 

Dreyfus4 é inocente. Eu juro! Eu aposto a minha honra e a minha vida nisso!

 

É sempre melhor sondar as profundezas da unidade do que arranhar a superfície da variedade.

 

No início de uma pintura nunca se pode dizer como ela irá ficar.

 

Não me olhe assim; você está usando os seus olhos exteriores.

 

Meu papel foi recolocar o homem no seu lugar dentro da criação, como um produto da terra, submetido, ainda, a todas as influências do meio. E, no próprio homem, coloquei em seu lugar o cérebro – um órgão entre outros órgãos porque não creio que o pensamento seja outra coisa além de uma função de matéria.5

 

Cederam às paixões religiosas da comunidade e ao preconceito corporativista. Permitiram que a estupidez acontecesse.

 

Escondem-se atrás da legítima emoção, fazem calar as bocas confundindo os corações, pervertem os espíritos. Não conheço crime cívico maior.

 

A perseguição aos 'judeus sujos' desonra a nossa época.

 

Ah!, que agitação de demência e imbecilidade, de imaginações estúpidas, de práticas de políticas mesquinhas, de costumes inquisitoriais e tirânicos, a satisfação de alguns oficiais agaloados esmagando a nação com suas botas, enfiando goela abaixo seu grito de verdade e justiça, sob o pretexto mentiroso e sacrílego da razão de Estado!

 

É essa canalha que triunfa insolentemente, diante da derrota do direito e da simples probidade.

 

É um crime envenenar os pequenos e humildes, exasperar as paixões de reação e de intolerância, abrigando-se atrás de um odioso anti-semitismo, de que a grande França liberal dos direitos do homem sucumbirá, se não for curada. É um crime explorar o patriotismo para as obras do ódio. É um crime, por fim, fazer do sabre o deus moderno, quando toda a ciência humana está a serviço da obra iminente da verdade e da justiça.

 

Ponham-se em guarda, olhai sobre a Terra, vejam esses miseráveis que trabalham e que sofrem. Há, talvez, ainda, tempo para evitar as catástrofes finais. Atentem, porém, em ser justos, de outro modo eis o perigo: a Terra se abrirá e as nações submergirão em uma das mais apavorantes transformações da história.

 

Não duvido, aliás, nem um pouco, que a verdade triunfará.

 

O homem não dita as Leis da Natureza.

 

Por que não abrir o caminho à força e vencer de uma vez por todas?

 

 

 

Apenas um Sonho

 

 

 

Apenas um sonho,

sonhado, tristonho.

De dia, lenteando;

à noite, simulando.

 

De dia, lenteando;

à noite, simulando.

Homem morrendo...

Infecundo, horrendo.

 

Homem morrendo...

Infecundo, horrendo.

Encarnar... Retornar...

Retornar... Encarnar...

 

Encarnar... Retornar...

Retornar... Encarnar...

São ciclos... Sem-fim.

Sem começo nem fim.

 

São ciclos... Sem-fim.

Sem começo nem fim.

E o Sol, onde estará?

 



 

 

 

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Notas:

1. Também disseram:

Pitágoras: Os animais dividem conosco o privilégio de ter uma alma.

Léon Tolstoi: O que eu penso da vivissecção é que se as pessoas acham que têm o direito de tirar a vida ou arriscar a vida de seres viventes para o benefício da maioria, então, não haverá limite para a sua crueldade.

John E. Douglas: Incêndios propositados e crueldade com animais são dois dos três sinais na infância que sinalizam o potencial de um assassino em série.

Albert Schwweitzer: Quando o homem aprender a respeitar até o menor ser da criação, seja animal ou vegetal, ninguém precisará de o ensinar a amar o seu semelhante. Oração pelos Animais: Por todos os animais abusivamente utilizados, mal alimentados e cruelmente tratados, por todas as tristes criaturas em cativeiro, cujas asas batem contra grades, por todos aqueles que são caçados, ou perdidos, ou abandonados, ou que estão com fome, por todos aqueles que têm que ser abatidos... A todos os que deles tiverem que tratar pedimos que o façam com um Coração compassivo, com mãos carinhosas e com palavras gentis. Não permitas que ninguém negligencie o peso de sua responsabilidade. Enquanto tantos animais continuam a ser maltratados, enquanto o lamento dos animais sedentos nos vagões de carga não forem emudecidos, enquanto prevalecer tanta brutalidade nos nossos matadouros, todos seremos culpados. Tudo o que tem vida tem valor como um ser vivo, como uma manifestação do Mistério da Vida.

Werner Hartinger: A vivissecção é bárbara, inútil e um impecilho ao progresso científico.

Leonardo Da Vinci: Virá o dia em que a matança de um animal será considerada um crime tanto quanto o assassinato de um homem.

Abraham Lincoln: Não me interessa nenhuma religião cujos princípios não melhoram nem tomam em consideração as condições dos animais.

Mahatma Gandhi: A grandeza de uma nação e o seu progresso moral podem ser avaliados pelo modo como os seus animais são tratados. Em meu pensamento, a vida de um cordeiro não é menos importante do que a vida de um ser humano.

Arthur Schopenhauer: A compaixão pelos animais está intimamente ligada à bondade de caráter, e pode ser seguramente afirmado que quem é cruel com os animais não pode ser um bom homem.

Charles Darwin: A compaixão para com os animais é das mais nobres virtudes da natureza humana. Não há diferenças fundamentais entre o homem e os animais nas suas faculdades mentais. Os animais, como os homens, demonstram sentir prazer, dor, felicidade e sofrimento.

Doris Day: Matar um animal para fazer um casaco é um pecado. Nós não temos esse direito. Uma mulher realmente tem classe quando rejeita que um animal seja morto para ser colocado sobre os seus ombros. Só assim ela será verdadeiramente bela.

Richard Gere: Como zeladores do Planeta, é nossa responsabilidade lidar com todas as espécies com carinho, amor e compaixão. As crueldades que os animais sofrem pelas mãos dos homens está além do nossa compreensão. Por favor, ajude a parar com esta loucura.

Robert Browning: Eu desprezo e abomino desculpas em nome da infame prática da vivissecção. Eu preferiria ser submetido à pior das mortes, agüentando dor indefinidamente, a ter um cão ou um gato torturado, sob o pretexto de me dar alguns momentos de alívio.

Olympia Salete: A vida é valor absoluto. Não existe vida menor ou maior, inferior ou superior. Engana-se quem mata ou subjuga um animal por julgá-lo um ser inferior. Diante da consciência que abriga a Essência da Vida, o crime é o mesmo.

O Senhor Buddha: O homem implora a misericórdia de Deus, mas não tem piedade dos animais, para os quais ele é um deus. Os animais que sacrificais já vos deram o doce tributo de seu leite, a maciez de sua lã e depositaram confiança nas mãos criminosas que os degolam. Ninguém purifica seu espírito com sangue. Na inocente cabeça do animal não é possível colocar o peso de um fio de cabelo das maldades e dos erros pelos quais cada um terá de responder.

Milan Kundera: Esse direito – o de matar um veado ou uma vaca – parece-nos natural porque nós estamos no alto da hierarquia. Mas, bastaria que um terceiro entrasse no jogo, por exemplo, um visitante de outro planeta a quem Deus tivesse dito 'Tu reinarás sobre as criaturas de todas as outras estrelas', para que toda a evidência do Gênese fosse posta em dúvida. O homem atrelado à carroça de um marciano – eventualmente grelhado no espeto por um visitante da Via-Láctea – talvez se lembrasse da costeleta de vitela que tinha o hábito de cortar em seu prato. Pediria, tarde demais, desculpas à vaca. A verdadeira bondade do homem só pode se manifestar com toda a pureza, com toda a liberdade, em relação àqueles que não representam nenhuma força. O verdadeiro teste moral da Humanidade (o mais radical, em um nível tão profundo que escapa ao nosso olhar) são as relações com aqueles que estão à nossa mercê: os animais. É aí que se produz o maior desvio do homem, derrota fundamental da qual decorrem todas as outras.

Edgar Kupfer-Koberwitz: Enquanto estivermos matando e torturando animais, iremos continuar a torturar e a matar seres humanos - iremos ter guerra. Matar precisa ser ensaiado e aprendido em pequena escala; enquanto prendermos animais em gaiolas, teremos prisões, porque prender precisa ser aprendido em pequena escala. Enquanto escravizarmos os animais, teremos escravos humanos, porque escravizar precisa ser aprendido em pequena escala.

Otto von Bismark: Se eu tivesse outra vida, eu a dedicaria inteiramente à luta contra a vivissecção.

Bíblia Sagrada: O justo olha pela vida dos seus animais. (Provérbios XII: 10). Quem mata um boi é como o que tira a vida a um homem. (Isaías: LXVI: 3).

 

 

2. Estou convencido de que todas as paixões – qualquer paixão – são retrogressivas. Uma paixão, de qualquer natureza, tolda, oblitera e desvia.

3. Pior do que mania de perfeição é mesmo se achar perfeito.

4. O Caso Dreyfus (em francês: Affaire Dreyfus) foi um escândalo político que dividiu a França por muitos anos, durante o final do século XIX. Centrava-se na condenação por alta traição de Alfred Dreyfus (9 de outubro de 1859 – 12 de julho de 1935) em 1894, um oficial de artilharia do exército francês, de origem judaica. O acusado sofreu um processo fraudulento conduzido a portas fechadas. Dreyfus era, em verdade, inocente: a condenação baseava-se em documentos falsos. Quando os oficiais de alta patente franceses se aperceberam disto, tentaram ocultar o erro judicial. A farsa foi acobertada por uma onda de nacionalismo e xenofobia que invadiu a Europa no final do século XIX.

5. A se admitir isto – ipsis litteris, ipsis verbis – então, o cérebro é capaz de pensar sozinho. Fica a questão: neste caso, qual a finalidade da vida? Será a vida um quebra-cabeça sem-fim?

 

 

 

 

Páginas da Internet consultadas:

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2011/07/autonomia-critica.html

http://classroomclipart.com/clipart-view/Animations/
Science/chemistry_animation_412cc_gif.htm

http://br.answers.yahoo.com/question/
index?qid=20100407052031AAFXE9y

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-de-emile-zola-algumas-reflexoes.html

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http://www.citador.pt/frases/
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http://www.citador.pt/frases/
citacoes/a/emile-zola

http://pt.wikiquote.org/
wiki/%C3%89mile_Zola

 

Música de fundo:

Elle était si jolie
Composição: Alain Barrière & Armand Migiani
Interpretação: Alain Barrière

Fonte:

http://beemp3.com/

 

Direitos autorais:

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