Observação:
O termo
Super-homem é originário do alemão Übermensch,
descrito no livro Assim Falou Zaratustra, do filósofo alemão
Friedrich Nietzsche (Röcken, 15 de outubro de 1844 – Weimar,
25 de agosto de 1900), no qual estão explicados os passos através
dos quais o homem poderá se tornar um Super-Homem (Homem
Superior). Isto poderá se dar: 1º) através da transvaloração
de todos os valores do indivíduo (transnoese); 2º) através
da vontade em superar o nihilismo (desvalorização do sentido
da vida; ausência de finalidade e de resposta ao porquê); 3º)
através da reavaliação dos velhos ideais e/ou do empenho
em criar novas inter[cal]ações; e 4º) através
de um processo contínuo de auto-superação (Iniciático).
O conceito de Super-homem contrasta com a idéia de o último
homem – que é a antítese do Übermensch.
Escreveu Nietzsche: Amo
aquele que não sabe viver a não ser como os que sucumbem,
pois é o que atravessa. Amo o de grande desprezo, porque é
o de grande respeito – verdadeiro dardo da aspiração
pela outra margem. Amo aquele que não procura atrás das estrelas
uma razão para sucumbir e ser sacrificado, mas que se sacrifica à
Terra, para que ela, um dia, se torne a Terra do Além-do-homem.
Amo aquele que vive para conhecer e que quer conhecer, para que um dia o
Além-do-homem viva. E assim ele quer sucumbir. Amo aquele
que trabalha e inventa para construir a casa para o Além-do-homem
e prepara para ele terra, animal e planta, pois, assim, ele quer
sucumbir. Amo aquele que ama sua virtude, pois virtude é vontade
de sucumbir e um dardo da aspiração.
Amo aquele que não reserva uma gota de espírito para si, mas
quer ser inteiro o espírito de sua virtude; assim, ele passa como
espírito por sobre a ponte. Amo aquele que faz de sua virtude seu
pendor e sua fatalidade; assim, é por sua virtude que ele quer viver...
Amo aquele que não quer ter muitas virtudes. Uma virtude é
mais do que duas virtudes... Amo aquela cuja alma se esbanja; que não
quer gratidão... pois ele sempre dá e não quer se poupar.
Amo aquele que se envergonha quando o dado cai em seu favor, e que, então,
pergunta: — 'sou um jogador desleal?' — pois quer ir ao fundo.
Amo aquele que lança à frente de seus atos palavras de ouro
e sempre cumpre ainda mais do que promete, pois ele quer sucumbir. Amo aquele
que justifica o futuro e redime o passado, pois ele quer ir ao fundo pelo
presente. Enfim, Zarathustra atribui à civilização
de seu tempo a tarefa de preparar a vinda do Übermensch.
A motivação de Nietzsche, ao dizer que Deus
está morto, é o desejo de transformação
da consciência católica, ou seja, da maneira de pensar (e de
agir) centrada em Deus. Somente rompendo com as normas idealístico-religiosas,
um homem poderá se tornar um Além-do-homem (Übermensch).
O ponto de partida para esta transformação é a demolição
de todas construções eclesiais, particularmente de vertente
católica, que, de acordo com Nietzsche, são o oposto exato
do que Jesus ensinou. E isto, segundo Nietzsche, teve início com
o apóstolo Paulo, que produziu uma metamorfose nos ensinamentos de
Jesus, tornando-os uma doutrina apoucada de recompensa (prêmio) e
castigo (punição). Em suma: um Super-homem não
precisa de um Deus egregórico, coletivo. Enfim, é dito que
a irmã de Nietzsche, que o acompanhou nos seus últimos momentos
de vida, ofereceu a bengala de Nietzsche a Adolf Hitler (Braunau am Inn,
20 de abril de 1889 – Berlim, 30 de abril de 1945), co-fundador e
líder do Nationalsozialistische
Deutsche Arbeiterpartei (Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores
Alemães). Este insólito fato, acolchoado pelo desenvolvimento
progressivo da idéia da existência de uma raça ariana
e pela propaganda maciça desta idéia tenebrosa disseminados
por Hitler e seus genuflexos acólitos – que mentiam, como particularmente
mentia Paul Joseph Goebbels (1897 – 1945), até que suas mentiras
virassem verdades* – gerou um mal-entendido acerca da pretensa associação
de Nietzsche com a causa nazista. Nada pode ser mais injusto, pois, em Nietzsche,
a teoria do Super-homem nada tem a ver com o ideal ariano nazista,
que Nietzsche sempre desprezou. O fato é que – e Nietzsche
não teve nada a ver com isto – o complexo de inferioridade
alemão, que vinha de muito longe, acabou desembocando na preconceituosa
fantasia de superioridade racial germânica, exaltada pelo Nationalsozialismus
(Nacional-socialismo) através da associação com a existência
de uma raça ariana. Esta caliginosa arquitetação proporcionou
a maior barbárie jamais vista na História da Humanidade: a
Segunda Grande Guerra + o Holocausto – conflito mundial que assassinou
mais de setenta milhões de seres humanos.
* Goebbels
foi o dono da célebre frase: Uma
mentira dita cem vezes torna-se uma verdade.
Observação
editada das fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Joseph_Goebbels
http://www.filosofianet.org/ftp/nietzsche.pdf
http://pt.wikipedia.org/wiki/Segunda_Guerra_Mundial
http://pt.wikipedia.org/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Super_Homem_(filosofia)
Sentido
horário, de cima para baixo:
tropas nazistas durante o Anschluss
(anexação político-militar da Áustria);
prisioneiros judeus libertos de um campo de concentração;
Batalha de Stalingrado;
captura de Berlim pelos soviéticos;
tropas japonesas na China;
6 de agosto de 1945: Hiroshima – explosão do Little
Boy.
______
Notas:
1. Primeira
Guerra Mundial (1914 – 1918).
2. Segunda
Guerra Mundial (1939 – 1945).
3. Guerra
da Coréia (1950 – 1953).
4. Lesente
= lesiva + indecente.
5. Guerra
do Vietnã (1964 – 1973); Guerra dos Seis Dias (1967); Guerra
das Malvinas (1982 – 1982); Guerra do Golfo (1990 – 1991); Guerra
do Kosovo (1996 – 1999); Operation
Enduring Freedom – Invasão Afegã pelos Estados
Unidos (2001 – atualmente); e Operation
Iraqi Freedom – Invasão do Iraque (2003 –
atualmente). Nesta lista, estão faltando muitas guerras e muitos
conflitos, que só fazem avergonhar a Humanidade.
6.
In Corde!
7. Corrupagens
= corrupções + sacanagens.
8.
Putaflitos
= putarias + conflitos.
Página
da Internet consultada:
http://www.freerepublic.com/
focus/chat/2279289/posts
Música
de fundo:
O Passo
do Elefantinho (Baby Elephant Walk)
Compositor: Henry Mancini
Interpretação: Trio Esperança
Fonte:
http://www.charles50tao.com.br/
as_mais_tocadas_1963.php