Aprender
efetivamente é observação –
observação sem acumulação, observação
em liberdade, observação não dirigida pelo passado.
[In: A Luz que Não
se Apaga (em inglês: The
Urgency of Change), de autoria de Jiddu Krishnamurti.]
O
nacionalismo é uma coisa mortífera. [Ibidem.]
A
experiência religiosa, baseada em nosso condicionamento, separou o
ser-humano-aí-no-mundo do ser-humano-aí-no-mundo. [Ibidem.]
A
injustiça social impede o relacionamento entre o ser-humano-aí-no-mundo
e o ser-humano-aí-no-mundo. [Ibidem.]
Só
poderemos reconhecer uma coisa se a conhecermos antes. Esta coisa, por conseguinte,
vem do passado; é, portanto, temporal, não atemporal. A chamada
experiência religiosa não pode trazer benefícios, porém,
apenas nos condicionar, conforme a nossa própria tradição,
inclinação, tendência, cobiças, paixões
e desejos, facilitando, assim, toda espécie de miragem, de ilusão
e de isolamento. O que o nosso limitado e superficial ego experimenta é
o "já conhecido". O começo da Sabedoria é
a Compreensão de nós mesmos. [Ibidem.]
Quando,
nas relações humanas, opera o "motivo de lucro",
as relações são destruídas, já que ele
provoca o isolamento e a divisão. [Para
alguém lucrar, inevitavelmente, alguém terá que perder
ou não conseguir, e isto não é unimultiplicidade fraterna
nem aqui nem no raio que o parta.]
Se, por um lado, o "egoísmo esclarecido" é
lucrativo, por outro lado, é a própria fonte de muitos males,
aflição, desespero e confusão. As relações
não podem florescer se, onde e quando houver qualquer espécie
de interesse egoísta, e esta é a razão de as relações
não poderem florescer quando são guiadas pela experiência
ou pela memória.
[Ibidem.]
—
Aprendi, concordei e acreditei
que
se Roma
locuta, causa finita,1
e
que beati
pauperes spiritu.2
—
Aprendi, concordei e acreditei
que
São Longuinho ajuda a achar
e
que Santo António ajuda a casar.
—
Aprendi, concordei e acreditei
que
Santa Luzia protege os oculistas
e
que Santo Elígio protege os garagistas.
—
Aprendi, concordei e acreditei
que
Santa Lídia protege os tintureiros
e
que Santa Marta protege os hoteleiros.
—
Aprendi, concordei e acreditei
que
Santo Ivo protege os advogados
e
que Santa Edwiges protege os endividados.
—
Aprendi, concordei e acreditei
que
São Genésio protege os comediantes
e
que Santa Francisca protege os emigrantes.
—
Aprendi, concordei e acreditei
que
o John of God ajuda a curar
e
que o Inri Cristo ajuda a salvar.
—
Aprendi, concordei e acreditei
que
o Senhor galardoa os bons
e
que martiriza os filhos-da-mãe.
—
Aprendi, concordei e acreditei
que
o Senhor aceita negociar
e
que, por isto, devemos dizimar.
—
Aprendi, concordei e acreditei
que
precisamos ajoelhar e orar
e
que também temos que nos ciliciar.
—
Aprendi, concordei e acreditei
que
não há nada melhor que o celibato
e
que o eremitismo é o maior barato.
—
Aprendi, concordei e acreditei
que
é recomendável se autocapar
e
que o Senhor irá nos agraciar.
—
Aprendi, concordei e acreditei
que
os bons irão para o éden
e
que os cruéis para o Hades.
—
Aprendi, concordei e acreditei
que
o nosso passado é a base
e
que a tradição é o alicerce.
—
Aprendi, concordei e acreditei
que
o nosso passado é ouro puro
e
que sem ele tudo seria escuro.
—
Aprendi, concordei e acreditei
que
sem o passado seríamos nada
e
que com ele poderemos ser tudo.
—
Aprendi, concordei e acreditei
que
o meu passado é a minha luz
e
que só ele me tirará da cruz.
—
Aprendi, concordei e acreditei
que
devemos glorificar o passado
e
que só dele depende nosso fado.
—
Aprendi, concordei e acreditei
que
o nacionalismo é muito bom
e
que o patriotismo é necessário.
—
Aprendi, concordei e acreditei
que
a religião nos resgatará
e
que o ateísmo nos condenará.
—
Aprendi, concordei e acreditei
que
uns já foram escolhidos
e
que outros já estão desgraçados.
—
Aprendi, concordei e acreditei
que
uns serão arrebatados
e
que outros serão enxotados.
—
Aprendi, concordei e acreditei
que
o lucro bruto é permitido
e
que a pobreza é um castigo.
—
Aprendi, concordei e acreditei
que
saber enriquecer é fidúcia
e
que levar vantagem é astúcia.
—
Aprendi, concordei e acreditei
que
os sabidos enriquecerão
e
que os babacas empobrecerão.
—
Aprendi, concordei e acreditei
que
o egoísmo
esclarecido é
lícito
e
que marcar passo é trouxice.
—
Aprendi, concordei e acreditei
que
o melhor é o
despotismo esclarecido3
e
que o déspota é um humanitário.
—
Aprendi, concordei e acreditei
que
o interesse
egoísta
é a mola
e
que o lucro nasce na cachola.
—
Aprendi, concordei e acreditei
que
compartilhar é uma fraqueza
e
que não ajudar é esperteza.
—
Aprendi, concordei e acreditei
que
–
sempre – em
1º lugar eu
e
que se danem os desvalidos.
—
Aprendi, concordei e acreditei
que
o importante é vencer,
—
Aprendi, concordei e acreditei
que
cobra boa come sapo
e
que sapo bobo enche o papo.
______
Notas:
1. Roma
falou, a questão acabou.
2. Bem-aventurados
os pobres de espírito. (Vulgata, Mateus: V: 3).
3. O
despotismo esclarecido ou absolutismo ilustrado é uma expressão
que designa uma forma de governar característica da Europa continental
da segunda metade do século XVIII que, embora partilhasse com o absolutismo
a exaltação do Estado e do poder do soberano, era animada
pelos ideais de progresso, reforma e filantropia do Iluminismo, mas, por
outro, não eram aceitas todas as idéias do Iluminismo, com
a definição entre a combinação destes diferentes
ideais e a sua concretização pertencendo ao próprio
déspota. A expressão despotismo esclarecido não foi
contemporânea dos acontecimentos, tendo sido forjada mais tarde pelos
pesquisadores. O despotismo esclarecido se desenvolveu, sobretudo, no leste
europeu (Áustria, Prússia e Rússia), Estados então
recentemente constituídos, de Economia em geral atrasada e essencialmente
agrícola, nos quais a burguesia era muito fraca e, conseqüentemente,
com pouco poder político. Em razão disto, o Estado teve que
substituir a iniciativa privada, elaborando reformas administrativas e jurídicas,
dirigindo a Economia e orientando a educação. O despotismo
esclarecido contribuiu para acelerar a modernização de alguns
países. Do ponto de vista religioso, o despotismo esclarecido não
encontrou homogeneidade. Em alguns países, se caracterizou por um
espírito secular e, em alguns casos dentre eles, foi hostil à
religião. Em outros, o déspota manteve alianças com
a religião. O
argumento para legitimar o poder dos déspotas esclarecidos também
não era uniforme. Grande parte deles legitimou o seu poder com base
na Teoria do Contrato Social, do matemático, teórico político
e filósofo inglês Thomas Hobbes (5 de abril de 1588 –
4 de dezembro de 1679), autor de Leviatã
(1651) e Do Cidadão
(1651), na qual se falava sobre a necessidade de um soberano se sobrepor
a outras pessoas para assegurar a ordem e evitar a guerra de todos contra
todos. Também legitimaram o seu poder com o argumento de que governavam
por saberem como fazê-lo, e que, conseqüentemente, tinham que
assegurar o progresso de seus povos, de acordo com o novo Ethos
das Luzes. Em Portugal, o expoente máximo do despotismo esclarecido
esteve no Governo de Sebastião José de Carvalho e Melo, Marquês
de Pombal e Conde de Oeiras (Lisboa, 13 de maio de 1699 – Pombal,
8 de maio de 1782), ministro do rei D. José I (Lisboa, 6 de junho
de 1714 – Sintra, 24 de fevereiro de 1777), apelidado de "o Reformador".
Em particular, criou a Real Mesa Censória (por Alvará de 5
Abril de 1768), com o objetivo de transferir, na totalidade, para o Estado
a fiscalização das obras que se pretendessem publicar ou divulgar
no Reino, o que até então estava a cargo do Tribunal do Santo
Ofício, do Desembargo do Paço e do Ordinário. Estimulou
ainda as denúncias como forma de controle da sociedade. Alguns atos
da sua governação foram considerados particularmente cruéis,
como o Processo dos Távoras, o Incêndio das Cabanas de Monte
Gordo ou o Incêndio da Trafaria, episódio que levou, depois,
o escritor, romancista, cronista, crítico, dramaturgo, historiador,
poeta e tradutor português Camilo Castelo Branco (Mártires,
Lisboa, 16 de março de 1825 – Vila Nova de Famalicão,
São Miguel de Seide, 1º de Junho de 1890) a denominá-lo
Nero da Trafaria.
As principais experiências de despotismo esclarecido foram:
•
Marquês de Pombal, em Portugal;
• Frederico II, na Prússia;
• Catarina II, na Rússia;
• Gustavo III, na Suécia;
• Maria Teresa e José II, na Áustria;
• Arquiduque Leopoldo de Habsburgo, grão-duque da Toscana e
futuro imperador Leopoldo II, nos Estados italianos;
• Ministro Bernardo Tanucci, no Reino de Nápoles; e
• durante os reinados de Filipe V, de Fernando VI e de Carlos III,
na Espanha.
Música
de fundo:
Fanfares
and Flourishes
Composição: James Curnow
Interpretação: desconheço
Fonte:
https://www.lucksmusic.net/CatalogEdu.aspx?Search=Y&Pub
Code=B2%7CL1%7CS2&WhatsNew2018=True&PageSize=100
Páginas
da Internet consultadas:
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Despotismo_esclarecido
https://pt.wikipedia.org/wiki/Despotismo_esclarecido
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