EXERCÍCIO MÍSTICO

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

 

 

 

 

m textos anteriores, já tive a oportunidade de comentar que, cumprida uma necessária e educativa encarnação, três condições resultantes são possíveis de se verificar; 1ª) terminarmos nossa existência terrenal melhores do que quando encarnamos (o que é muito bom); 2ª) sem tirar nem botar (o que é deplorável e inútil); e 3ª) piores (o que é horrorífico, medonho e pavoroso). Em sã consciência, penso que todos nós desejemos sair daqui melhores do que quando entramos. Sair pior é ter jogado a encarnação no lixo, e sair igual, em um certo sentido, equivale a sair pior, ainda que exatamente igualzinho ninguém saia. Mas, quase igual é, de certa forma, um filme de horror, coisa de quem viveu como barata tonta. Seja como for, é por sermos lentos, indolentes, dorminhocos e cúpidos que ficamos a passear pelo Zodíaco sei lá quantas vezes. Complicado é quando perdemos uma chance ou uma possibilidade, porque, às vezes, poderá passar um éon para que a reencontremos novamente. Isto é mesmo de amargar!

 

 

 

 

Entretanto, há um outro busílis: será que, quando reencarnarmos, viremos com os mesmos enguiços, com os mesmos TOCs, preconceitos, incapacidades e manias e repetiremos os mesmos erros? Ora, uma pessoa razoavelmente normal e bem-amada não quer que isto aconteça de jeito nenhum, e, de certo modo, até se preocupa com isto. Por outro lado, nesta vida, apenas dominarmos uma falha moral e nos esforçarmos para à ela não mais cedermos é pouco. É possível, através de um comando psíquico e de um exercício de Magia Branca, nos assegurarmos de que ela foi banida do nosso curriculum. Mas, para isto ocorrer, é necessário coragem, pois, de maneira geral, revivências são difíceis de ser encaradas de frente, particularmente quando nos envergonham até as lágrimas.

 

 

 

 

Bem, se no passado você cometeu atos que o envergonharam ou se dominou defeitos e falhas de caráter, e, corajosamente – principalmente para rememorar o que de pior você andou fazendo – deseja se assegurar de que não os repetirá em uma próxima encarnação, vou despretensiosamente sugerir um exercício, que, ao mesmo tempo, é muito fácil de ser executado e funcionalmente tríplice. Quanto à sua tríplice funcionalidade, comentarei no final.

 

 

 

 

Siga estes passos principais:

1º) Prepare-se interna e espiritualmente para realizar o exercício (tome um banho, beba um copo d'água, queime um incensinho, vocalize uns mantras etc.);

2º) Tenha à disposição um lápis ou uma caneta e uma folha de papel em branco;

3º) à mão livre, desenhe um hexagrama na folha de papel;

4º) No interior do hexagrama, escreva o comando do que você não quer que se repita em uma próxima encarnação. Por exemplo: não furtarei mais mariolas da quitanda do fulano-dos-anzóis ou não soltarei mais puns e porei a culpa nos gatos ou ainda não darei mais rasteira em ceguinho.

5º) Ao final, escreva: Está Feito ou Está Selado.

6º) Assine o documento (sem datá-lo, pois, é para a eternidade);

7º) Leia o que escreveu em voz alta (se achar conveniente, releia);

8º) Queime a folha de papel e se desfaça das cinzas; e

9º) Não pense mais no assunto – confie que o seu comando será efetivado.

 

 

 

 

Comentários sobre este exercício:

1º) Você poderá repetir o exercício quantas vezes quiser para quantos defeitos e falhas de caráter admitir que tem;

2º) Na folha de papel, não escreva mais de um defeito ou falha de caráter nem repita o exercício no mesmo dia, isto é, faça apenas um exercício por dia (ou em um tempo mais dilatado) e escreva apenas um comando por folha; e

3º) Em outros termos, este exercício também é valioso para coisas que você deseja que aconteça, tanto no presente como no futuro, como, por exemplo, que se efetive a paz no mundo e a profissão que você deseja ter em sua próxima encarnação ou o lugar em que deseja encarnar. Na verdade, ele serve para tudo, mas, cuidado para não fazer o que não deve. Não se esqueça de que somos responsáveis por tudo, e de que somos nós que colocamos em andamento (movimento) a Lei da Causa e do Efeito em nossas vidas.

 

 

 

 

Finalmente, quanto à sua tríplice funcionalidade, isto se relaciona com o seguinte:

1º) Ao fazer o exercício, você está praticando um grande ato de humildade, pois está reconhecendo que falhou, que se desgovernou, que mudou ou que deseja mudar;

2º) A recordação volitiva e ordenada em vida de erros e de equívocos passados facilita sobremaneira o trânsito revisitativo post-mortem e, de certa forma, acelera Segunda Morte, que, como ensina a Teosofia, tem início quando a tríade Atma-Buddhi-Manas se separa (se liberta) dos seus princípios inferiores, ou seja, do reflexo da personalidade (ego) que foi, e se prepara para entrar no estado devachânico; e

3º) Esta é uma forma efetiva de, relativamente, transmutarmos o nosso DNA, de desalentarmos o nosso inferno pessoal e de chutarmos os nossos demônios para escanteio, motivadores das desventuras da nossa encarnação presente e dos pesadelos de repetição após a transição. Raciocine comigo: se não transmutarmos o nosso DNA, como poderemos atuar em um plano mais elevado, mais concertado? Como poderemos nos tornar Deuses? Mesmo DNA Mesmo ramerrão!

 

 

 

 

Agora, veja a animação abaixo, que resume tudo o que foi explicado. Para visualizar melhor, tecle F11; para retornar, retecle F11.

 

 

 

 

 

Enfim, tudo o que foi proposto para ser feito objetivamente poderá ser realizado mentalmente. Na realidade, precisamos ir nos acostumando a fazer as coisas com a cuca, pois, o pensamento é o motor que ordena e superintende tudo. O nosso pensamento é o pai-mãe das nossas vitórias e das nossas derrotas, das nossas certezas e das nossas ilusões, da nossa saúde e das nossas doenças. A coisa é mesmo como está no Discours de la Méthode Pour Bien Conduire sa Raison, et Chercher la Verité dans les Sciences (Discurso Sobre o Método Para Bem Conduzir sua Razão, e Procurar a Verdade nas Ciências), de autoria do filósofo, físico, matemático francês e Rosacruz René Descartes (La Haye en Touraine, 31 de março de 1596 – Estocolmo, 11 de fevereiro de 1650): Puisque je doute, je pense; puisque je pense, j'existe. Desde que eu duvido, eu penso; desde que eu penso, eu existo. E existimos exatamente como pensamos! Como alguém poderia ser diferente daquilo que pensa?

 

 

 

 

 

Mantra de fundo:

Om Tare Tuttare Ture Soha
Interpretação: Deva Premal

Fonte:

http://www.mp3olimpz.com/om/om-tare-tuttare-ture-soha/

 

Páginas da Internet consultadas:

http://caccioppoli.com/

http://www.reocities.com/PicketFence/7333/Sayings.html

http://www.animated-gifs.eu/

http://photobucket.com/

 

Direitos autorais:

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