m textos anteriores,
já tive a oportunidade de comentar que, cumprida uma necessária
e educativa encarnação, três condições
resultantes são possíveis de se verificar; 1ª) terminarmos
nossa existência terrenal melhores do que quando encarnamos (o que
é muito bom); 2ª) sem tirar nem botar (o que é deplorável
e inútil); e 3ª) piores (o que é horrorífico,
medonho e pavoroso). Em sã consciência, penso que todos nós
desejemos sair daqui melhores do que quando entramos. Sair pior é
ter jogado a encarnação no lixo, e sair igual, em um certo
sentido, equivale a sair pior, ainda que exatamente igualzinho ninguém
saia. Mas, quase igual é, de certa forma, um filme de horror, coisa
de quem viveu como barata tonta. Seja como for, é por sermos lentos,
indolentes, dorminhocos e cúpidos que ficamos a passear pelo Zodíaco
sei lá quantas vezes. Complicado é quando perdemos uma chance
ou uma possibilidade, porque, às vezes, poderá passar um éon
para que a reencontremos novamente. Isto é mesmo de amargar!
Entretanto,
há um outro busílis: será que, quando reencarnarmos,
viremos com os mesmos enguiços, com os mesmos TOCs, preconceitos,
incapacidades e manias e repetiremos os mesmos erros? Ora, uma pessoa razoavelmente
normal e bem-amada não quer que isto aconteça de jeito nenhum,
e, de certo modo, até se preocupa com isto. Por outro lado, nesta
vida, apenas dominarmos uma falha moral e nos esforçarmos para à
ela não mais cedermos é pouco. É possível, através
de um comando psíquico e de um exercício de Magia Branca,
nos assegurarmos de que ela foi banida do nosso curriculum.
Mas, para isto ocorrer, é necessário coragem, pois, de maneira
geral, revivências são difíceis de ser encaradas de
frente, particularmente quando nos envergonham até as lágrimas.
Bem,
se no passado você cometeu atos que o envergonharam ou se dominou
defeitos e falhas de caráter, e, corajosamente – principalmente
para rememorar o que de pior você andou fazendo – deseja se
assegurar de que não os repetirá em uma próxima encarnação,
vou despretensiosamente sugerir um exercício, que, ao mesmo tempo,
é muito fácil de ser executado e funcionalmente tríplice.
Quanto à sua tríplice funcionalidade, comentarei no final.
Siga
estes passos principais:
1º) Prepare-se
interna e espiritualmente para realizar o exercício (tome um banho,
beba um copo d'água, queime um incensinho, vocalize uns mantras etc.);
2º) Tenha à
disposição um lápis ou uma caneta e uma folha de papel
em branco;
3º) à mão
livre, desenhe um hexagrama na folha de papel;
4º) No interior
do hexagrama, escreva o comando do que você não quer que se
repita em uma próxima encarnação. Por exemplo:
não furtarei mais mariolas da quitanda do fulano-dos-anzóis
ou não
soltarei mais puns e porei a culpa nos gatos ou ainda não
darei mais rasteira em ceguinho.
5º) Ao final, escreva:
Está Feito ou Está Selado.
6º) Assine o documento
(sem datá-lo, pois, é para a eternidade);
7º) Leia o que
escreveu em voz alta (se achar conveniente, releia);
8º) Queime a folha
de papel e se desfaça das cinzas; e
9º) Não
pense mais no assunto – confie que o seu comando será efetivado.
Comentários
sobre este exercício:
1º) Você
poderá repetir o exercício quantas vezes quiser para quantos
defeitos e falhas de caráter admitir que tem;
2º) Na folha de
papel, não escreva mais de um defeito ou falha de caráter
nem repita o exercício no mesmo dia, isto é, faça apenas
um exercício por dia (ou em um tempo mais dilatado) e escreva apenas
um comando por folha; e
3º) Em outros termos,
este exercício também é valioso para coisas que você
deseja que aconteça, tanto no presente como no futuro, como, por
exemplo, que se efetive a paz no mundo e a profissão que você
deseja ter em sua próxima encarnação ou o lugar em
que deseja encarnar. Na verdade, ele serve para tudo, mas, cuidado para
não fazer o que não deve. Não se esqueça de
que somos responsáveis por tudo, e de que somos nós que colocamos
em andamento (movimento) a Lei da Causa e do Efeito em nossas vidas.
Finalmente,
quanto à sua tríplice funcionalidade, isto se relaciona com
o seguinte:
1º) Ao fazer o
exercício, você está praticando um grande ato de humildade,
pois está reconhecendo que falhou, que se desgovernou, que mudou
ou que deseja mudar;
2º) A recordação
volitiva e ordenada em vida de erros e de equívocos passados facilita
sobremaneira o trânsito revisitativo
post-mortem e, de certa forma, acelera Segunda Morte, que,
como ensina a Teosofia, tem início quando a tríade Atma-Buddhi-Manas
se separa (se liberta) dos seus princípios inferiores, ou seja, do
reflexo da personalidade (ego) que foi, e se prepara para entrar no estado
devachânico; e
3º) Esta é
uma forma efetiva de, relativamente, transmutarmos o nosso DNA, de desalentarmos
o nosso inferno pessoal e de chutarmos os nossos demônios para escanteio,
motivadores das desventuras da nossa encarnação presente e
dos pesadelos de repetição após a transição.
Raciocine comigo: se não transmutarmos o nosso DNA, como poderemos
atuar em um plano mais elevado, mais concertado? Como poderemos nos tornar
Deuses? Mesmo DNA Mesmo ramerrão!
Agora,
veja a animação abaixo, que resume tudo o que foi explicado.
Para visualizar melhor, tecle F11; para retornar, retecle F11.