Pais
sábios que desejam proporcionar à criança todos os
benefícios já começam antes do nascimento, antes mesmo
da concepção, a voltar reverentemente seus pensamentos para
a tarefa da qual vão se incumbir. Cuidam para que a união
que vai gerar o novo ser se realize sob condições estelares
apropriadas, isto é, quando a Lua estiver transitando por um signo
que possibilite a construção de um corpo forte e sadio, conservando
eles mesmos, tanto quanto possível, seus próprios corpos nas
melhores condições físicas, morais e mentais. Durante
o período de gestação, devem evocar constantemente
a imagem ideal de uma vida expressiva, saudável e útil para
o ser que se aproxima.
No
Mapa Natal da criança, suas fortalezas e fraquezas de caráter
podem ser identificadas muito facilmente, o que deixa seus pais em vantajosa
posição para estimular o bem e adotar os meios adequados para
reprimir1
o mal, antes que as tendências se convertam em realidades.
Os
pais precisam se conscientizar de que aquilo que denominamos nascimento
é apenas o nascimento do Corpo Físico visível, que
nasce e chega ao seu presente estado com maior eficiência e em menos
tempo do que os Veículos Invisíveis porque teve uma evolução
mais longa. Assim,
durante o período de gestação, como
o feto é resguardado dos impactos do mundo visível pelo útero
protetor da mãe, do mesmo modo os Veículos Mais Sutis são
resguardados por um envoltório de éter e de matéria
de desejos, que os protegem até que estejam suficientemente amadurecidos
e aptos para suportar as condições do mundo externo.
Durante os primeiros anos, as forças
que atuam pelo pólo negativo do éter refletor são extremamente
ativas, e é nesta fase que muitas crianças, ainda puras e
inocentes, são clarividentes. Em seus primeiros anos, as crianças
podem 'ver' os mundos suprafísicos sobre os quais, freqüentemente,
falam. São, porém, desencorajadas de mencionar o que vêem
em razão de os mais velhos – dos mais 'sábios' –
não lhes darem crédito ou mesmo as ridicularizarem.
Investigações
levadas a efeito pela Sociedade de Pesquisas Psíquicas demonstraram
que, freqüentemente, as crianças brincam com companheiros invisíveis,
os quais as visitam assiduamente até certa idade. Durante estes anos,
a clarividência das crianças tem o mesmo caráter negativo
da dos médiuns.
As
crianças são imitativas e podem mais facilmente ser ensinadas.
O
Corpo Vital é uma aquisição mais recente do ser humano.
Por isto, não somos tão práticos na construção
deste veículo. Conseqüentemente, demanda mais tempo construí-lo,
e ele não nasce antes dos sete anos, época da segunda dentição.
O Corpo de Desejos é uma aquisição ainda mais recente
do homem composto, e só nasce aos quatorze anos, na puberdade, enquanto
a mente só nasce aos vinte e um anos, idade em que a lei reconhece
e fixa a maioridade do indivíduo.
As
qualidades negativas encontram-se ativas no recém-nascido, mas antes
que ele seja capaz de usar seus diferentes veículos, as qualidades
positivas precisam amadurecer.
Com relação à
influência que o nascimento dos vários veículos exercem
sobre a vida, podemos dizer que, não obstante os órgãos
já estarem formados por ocasião do nascimento da criança,
somente no espaço de tempo que vai do nascimento até o 7º
ano, na ocasião da mudança dos dentes, é que as linhas
de crescimento do Corpo Físico são determinadas. Os órgãos
sensoriais tomam certas formas definidas que lhes dão suas tendências
básicas estruturais, o que determinam suas linhas de desenvolvimento
em uma direção ou em outra. Depois ainda crescem, mas sempre
dentro das linhas estabelecidas nestes primeiros sete anos, e os erros e
as negligências de oportunidades durante este período nunca
podem ser totalmente recuperadas na vida subseqüente. Se os membros
e órgãos tomarem forma apropriada, todo o crescimento posterior
será harmonioso; mas se houver má-formação,
então o corpinho crescerá se deformando em maior ou menor
grau. É dever do educador dar um ambiente adequado à criança
neste período, tal como faz a Natureza na fase pré-natal,
pois só assim tem o sensitivo organismo condições de
se desenvolver na direção certa.
O
som é construtor, tanto em tom maior como em menor, e assim, podemos
imaginar que o ritmo exerce uma enorme influência sobre o organismo
da criança em crescimento. 'In principio erat Verbum...' O 'Verbo'2
é um som rítmico que repercute através do Universo
ordenando miríades de átomos na multiplicidade variada de
formas que vemos ao nosso redor. A montanha, a flor, o rato, o homem, todos
são encarnações desta Palavra Cósmica, que continua
soando através do Universo, ainda que imperceptível aos nossos
insensíveis órgãos auditivos. Mas, mesmo que não
ouçamos este maravilhoso Som Celestial, podemos trabalhar o corpo
das crianças valendo-nos da música terrena. Os versos e as
cantigas de ninar, muitas vezes, não têm sentido, contudo são
portadoras de um maravilhoso ritmo, e quanto mais a criança for ensinada
a recitá-las e repeti-las, a cantá-las, dançá-las
ou marchar ao seu ritmo, mais música estará sendo incorporada
à sua vida diária e, por conseguinte, mais forte e saudável
será seu corpo nos anos futuros.
Nenhuma
criatura debaixo dos céus é mais imitativa do que a criança,
e sua conduta, nos anos futuros, dependerá dos exemplos dados por
seus pais na aurora de sua vida. Tudo no ambiente da criança deixa
nela uma impressão para o bem ou para o mal. Devemos, portanto, compreender
que os nossos mais insignificantes atos podem causar incalculável
mal ou bem à vida de nossos filhos, e que nunca devemos fazer nada
na presença da criança que não desejemos que ela imite.
Neste período,
é inútil ensinar à uma criança
moralidade ou querer que ela racione. Ela ainda não possui mente,
não possui razão. O exemplo é o único mestre
de que precisa e que atende. A criança não pode se esquivar
da imitação, do mesmo modo que a água não pode
evitar de correr encosta abaixo, posto que este é o único
método de crescimento nesta fase.
Se
tentamos ensinar uma criança de tenra idade a memorizar ou pensar
ou se provocamos seus sentimentos e emoções, estamos, de fato,
violando a matriz protetora da Natureza, com resultados que podem ser tão
nefastos em outro sentido, como seria um parto forçado prematuramente.
Geralmente, crianças-prodígios vêm a ser homens e mulheres
com inteligência abaixo da mediana. Não podemos impedir que
a criança aprenda ou pense por sua própria vontade, mas nunca
devemos forçá-la a tal, como é comum certos pais o
fazerem para gratificarem sua vaidade pessoal. Tudo o que a criança
absorve em termos de pensamentos, de idéias e de imaginação
deve vir por si mesmo, assim como os olhos e ouvidos se desenvolvem naturalmente
antes do nascimento do Corpo Denso.
Deve-se
evitar dar às crianças brinquedos terminados, de forma que
elas nada mais tenham a fazer senão olhá-los. Isto rouba ao
cérebro oportunidades de desenvolvimento, e o cuidado e objetivo
da pessoa que educa neste período deve ser o de proporcionar meios
para um desenvolvimento harmonioso dos órgãos físicos.
Olhos
vigilantes seguem os pais o tempo todo, esperando que ajam para lhes imitar
o exemplo.
Quanto
às roupas, certifiquemo-nos de que sejam sempre folgadas, para não
irritarem a criança. Muito da natureza imoral que estraga uma vida
tem sido primeiramente despertada pelas fricções das roupas
demasiadamente apertadas. A imoralidade é um dos piores e mais persistentes
males que mancham a nossa civilização. Atentos a isso, procuremos
por todos os meios manter nossos filhos inconscientes de seus próprios
órgãos sexuais antes dos sete anos. O castigo corporal
é também um fator preponderante no despertar prematuro da
natureza sexual (e que já está além do controle do
rapaz em crescimento), pelo que sempre deve ser evitado.
(Grifo meu).
Que
uma criança nunca busque se informar a respeito de sua sexualidade
através de fontes duvidosas porque seus pais, muitas vezes, tolhidos
por um falso senso de pudor, evitam esclarecê-la devidamente. É
dever do educador o esclarecimento apropriado da criança. A omissão
neste ponto equivale a deixá-la cruzar de olhos vendados uma área
cheia de armadilhas, com a simples advertência de não tropeçar
nelas. Ora, ao menos que lhe tirem a venda; ela já terá dificuldades
suficientes mesmo sem ela.
A
geração em um reino é tão casta, pura e santa
quanto nos outros. A criança educada desta maneira sempre olhará
a função criadora com reverência. Quando a criança
é assim preparada, estará pronta para o nascimento do Corpo
de Desejos, na ocasião da puberdade.
Se
uma criança observa frivolidade em seus pais, se ouve conversas levianas
e se presencia algum comportamento duvidoso, acabará por perder a
fé e a confiança em seus semelhantes. É nesta idade
que se forjam os cínicos e céticos. Somos responsáveis
perante Deus pelas vidas a nós confiadas, e teremos de responder
perante a Lei de Conseqüência por termos negligenciado a grande
oportunidade de guiar os primeiros passos de um ser no caminho certo. O
exemplo é sempre melhor do que um conselho.
Os
castigos corporais devem ser terminantemente evitados, pois são importantes
fatores no despertar da natureza sexual da criança. É um crime
infligir castigos corporais à criança, seja qual for sua idade.
A força nunca foi um direito, e os pais, como os mais fortes, sempre
devem ter compaixão pelo débil. Não há criança,
por mais indócil que seja, que não reaja ao método
de recompensa pelas boas ações e à supressão
de privilégios como conseqüência da desobediência.
Coloquemo-nos no lugar de uma criança: gostaríamos de viver
agora com alguém de cuja autoridade não pudéssemos
escapar, que fosse muito maior do que nós, e que nos batesse quase
todos os dias? Ponhamos de lado esta prática, e notaremos que muitos
dos males sociais desaparecerão em uma geração. Reconhecemos
o fato de que o chicote dobra o espírito de um cão, ao mesmo
tempo que deploramos os indivíduos sem fibra e de vontade fraca.
Deve-se isto aos açoites impiedosos a que foram submetidos na infância.
É deplorável que certos pais considerem como sua missão
na vida quebrantar o espírito de seus filhos pela lei da vara. Como
pais, podemos e devemos orientar e sanar o mal guiando a vontade de nossos
filhos por linhas que a nossa própria razão amadurecida possa
indicar. Deste modo, estamos ajudando nossos filhos a cultivar a fortaleza
de caráter, ao invés da fraqueza e da subserviência,
que infortunadamente afligem muitos de nós. Por conseguinte, nunca
bata em uma criança. Quando a correção se fizer necessária,
retire uma concessão ou suspenda um privilégio.
Quando
a criança nasce, só o que ela tem de melhor e de mais puro
transparece na superfície. O mal latente, de modo geral, não
se manifesta até que o Corpo de Desejos nasça e suas correntes
comecem a jorrar para fora do fígado. Esta é a época
em que sentimentos e paixões começam a exercer domínio
sobre o rapaz ou a moça, quando a matriz da matéria de desejos
que protegia o nascente Corpo de Desejos é removida. Quando os desejos
e emoções são libertados, o adolescente atinge o período
mais perigoso de sua vida – aquele do ardor da juventude, entre os
catorze e os vinte e um anos. O Corpo de Desejos está, então,
desenfreado e a mente, como ainda não nasceu, não pode atuar
como um freio. Na maioria das vezes, este é um período de
provas, que não chega a ser tão difícil para o jovem
que aprendeu a reverenciar seus pais ou mestres, pois estes podem, então,
ser, para ele, uma âncora de apoio contra a erupção
de seus sentimentos. Se ele se habituou a confiar na palavra dos mais velhos,
e estes sempre lhe deram ensinamentos sábios, ele terá desenvolvido
um inerente senso da verdade que o guiará com segurança. Todavia,
na mesma medida, se houve falha nisto, poderá estar sujeito à
situações perigosas.
Procuremos gravar sempre no jovem
a necessidade de investigar cuidadosamente antes de julgar, e também
o fato de que quanto mais fluídicas ele puder conservar suas opiniões,
mais capacitado estará também para examinar novas idéias
e adquirir novos conhecimentos.
Durante
o período da adolescência, os pais precisam ser tolerantes
ao máximo, pois em nenhuma outra época o ser humano necessita
tanto de simpatia quanto nos 7 anos que medeiam os 14 e os 21 anos, quando
a natureza de desejos é irreprimível.
Infelizmente,
as pessoas parecem atribuir seus maus traços à hereditariedade,
culpando, assim, seus pais por suas próprias falhas, não obstante
creditando a si mesmas a conquista das boas qualidades que acaso possuam.
O próprio fato de diferenciarmos o que herdamos daquilo que nos é
próprio mostra que a natureza humana tem dois lados: o da forma e
o da vida. Sobre o lado forma, na parte inferior da garganta do feto, exatamente
acima do esterno, há uma glândula chamada timo, que é
maior durante a gestação e que se atrofia gradualmente à
medida que a criança cresce, e desaparece completamente depois dos
quatorze anos, quando os ossos já estão devidamente formados.
Timo
Nos
primeiros anos, o Ego não desfruta da posse completa do seu pequeno
Corpo Físico, e a criança não é totalmente responsável
por seus atos até os 7 anos, e mesmo até aos quatorze anos.
Até esta idade, nenhuma responsabilidade jurídica por seus
atos pode lhe ser imputada, e assim é que deve ser, pois o Ego só
pode atuar completa e eficientemente no sangue que ele próprio fabrica,
e sendo o estoque de sangue da criança fornecido por seus pais através
da glândula timo, a criança não pode ainda ter comando
sobre si mesma. Eis por que nos primeiros anos as crianças não
falam tanto de si como 'eu', mas, sim, se identificando com a família.
Deste modo, referem-se a si geralmente como a menina do papai, ou o menino
da mamãe. A criancinha dirá: 'Maria quer isto', e 'Joãozinho
quer aquilo'. Mas, tão logo alcancem a puberdade e comecem a produzir
seus próprios corpúsculos de sangue, então ouvimos
a menina ou o menino dizer: 'Eu' quero fazer isto ou 'Eu' quero fazer aquilo.
Daí por diante, as crianças começam a afirmar sua própria
identidade e começam a se emancipar da família. Através
dos anos da infância, tanto o sangue como o corpo sendo uma herança
dos pais, fazem com que as tendências para as doenças também
estejam presentes. Não as doenças propriamente, mas apenas
as tendências. Após os quatorze anos fica dependendo, em grande
parte do próprio Ego, a manifestação ou não
destas tendências em sua vida. Quanto ao lado da vida, devemos compreender
que o homem – o pensador – encarna equipado com uma natureza
mental e moral que são exclusivamente suas, tomando de seus pais
somente o material para o Corpo Físico. Todavia, somos atraídos
a certas pessoas pela Lei de Conseqüência e pela Lei de Associação.
A mesma Lei que induz o músico a procurar a companhia de outro músico
em salas de concerto, os jogadores a se reunirem nos cassinos e nos hipódromos
e os intelectuais a se juntarem nas bibliotecas etc. é também
a Lei que leva as pessoas de análogas tendências, características
e gostos a nascerem na mesma família. Quando ouvimos uma pessoa dizer
'sim, sei que gasto muito, mas minha família não foi acostumada
ao trabalho; sempre tivemos empregados', isto demonstra que basta a semelhança
de gostos para justificar o caso. Quando outro diz 'oh! sim, sei que sou
extravagante, mas não posso evitá-lo, é mal de família',
vemos mais uma vez a Lei de Associação se manifestando. Por
conseguinte, quanto mais cedo reconhecermos que, ao invés de usar
a Lei de Hereditariedade como desculpa para nossos maus hábitos,
devemos é procurar dominá-los e cultivar virtudes, o que é
muito melhor para nós. Não consideraríamos válida
a desculpa de um ébrio que dissesse: 'não, não posso
deixar de beber. Afinal, todos os meus companheiros bebem!' Recomendar-lhe-íamos
simplesmente que se afastasse deles o mais depressa possível e que
procurasse se auto-afirmar em sua individualidade. A outras pessoas aconselharíamos
a parar de se escudarem em seus ancestrais como desculpa para seus maus
hábitos.
Quando
um Ego retorna à vida terrena, ele é guiado a certo ambiente
previamente calculado para lhe impulsionar o progresso e possibilitar que
liquide uma parte de destino autogerado em existências anteriores.
Mas, quando os pais fazem mudanças radicais em suas vidas, de forma
que o Ego fica frustrado quanto às exigências a adquirir e
o seu destino a cumprir, então, ele poderá ser dali retirado
e encaminhado a outro lugar onde existam as condições requeridas
para o seu desenvolvimento. Ele pode ser retirado por alguns anos e reconduzido,
depois, à mesma família, caso se verifique que as condições
almejadas prevalecerão ali nesta ocasião posterior.
Quando uma criança morre,
há sempre algum parente esperando por ela ou, quando não há
parentes, outras pessoas que muito amaram os pequeninos em sua vida terrena,
e se compraziam em tomar conta deles, estão à sua espera,
demonstrando muita satisfação em cuidar dela. A extrema plasticidade
da matéria de desejos permite que sejam construídos facilmente
os mais extraordinários brinquedos viventes, o que torna a vida das
crianças ali um belo recreio. Todavia, sua educação
não é negligenciada. Elas são separadas em classes
consoante seus temperamentos, nunca pela idade. No Mundo do Desejo, é
facílimo se ministrar lições objetivas sobre a influência
do bem e do mal, sobre comportamento e sobre felicidade. Tais lições
são imprimidas indelevelmente no sensitivo e emocional Corpo de Desejos
da criança, e nele permanecem após o renascimento. Deste modo,
a criança renascerá com o desenvolvimento de consciência
apropriado, podendo, assim, prosseguir na sua evolução. Muitas
pessoas devem ao fato de lhes ter sido dada esta educação,
a possibilidade de viver uma vida elevada.
Verdadeiramente,
Deus é um e indivisível. Ele encerra, em Seu Ser, tudo o que
existe, assim como a luz branca encerra todas as cores. Mas aparece tríplice
em manifestação, do mesmo modo que a luz branca se refrata
nas três cores primárias: azul, amarelo e vermelho. Onde quer
que vejamos estas cores, elas simbolizam o Pai, o Filho e o Espírito
Santo. Estes três raios primários de Vida Divina são
difundidos ou irradiados através do Sol, e produzem vida, consciência
e forma sobre cada um dos sete portadores de luz, os planetas, chamados
'os Sete Espíritos ante o Trono'. Seus nomes são: Mercúrio,
Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno e Urano. Cada um destes
sete planetas recebe a luz solar em diferentes proporções,
consoante a proximidade da órbita central e a constituição
de suas atmosferas. Os seres sobre cada um deles, de acordo com seu grau
de desenvolvimento, têm afinidade com determinado raio solar. Cada
planeta absorve a cor ou cores que lhe é ou são congruentes,
e reflete as demais sobre os outros. O raio refletido leva consigo um impulso
da natureza dos seres com quem esteve em contato. Deste modo, a Luz e a
Vida Divinas vão a cada planeta, quer diretamente do Sol, quer por
reflexos dos seus seis planetas irmãos. Nesta luz multicolorida,
vivemos, nos movemos e temos o nosso ser, de tal sorte que os raios que
vêm diretamente do Sol produzem iluminação espiritual;
os refletidos pelos planetas adicionam consciência e desenvolvimento
moral; e os refletidos pela Lua proporcionam crescimento físico.
Como
cada planeta só pode absorver certa quantidade de uma ou mais cores,
de conformidade com a sua fase evolutiva, assim também cada ser sobre
a Terra, seja do reino mineral, vegetal, animal ou humano, só pode
absorver e aproveitar certa quantidade dos diversos raios projetados sobre
a Terra. O excedente não o afeta nem produz sensação,
da mesma forma que os cegos não são conscientes da luz e da
cor que existem em toda a parte ao seu redor. Portanto, quando o homem retorna
à Terra para colher aquilo que semeou em vidas passadas e lançar
outra vez novas sementes para a colheita de novas experiências, cada
Ego é diversamente afetado pelos raios estelares. Os astros são
os cronometristas celestiais que medem os anos, e a Lua indica o mês
propício para colher ou plantar. Desta maneira, a ciência astrológica
é uma verdade fundamental na Natureza, altamente benéfica,
em obtenção de desenvolvimento espiritual.
Pelo
que foi exposto, pode-se dizer que a criança é um mistério
para todos nós, que só podemos conhecer suas inclinações
quando elas lentamente desenvolverem suas peculiaridades. Mas, então,
geralmente, é demasiado tarde para (re)educá-las, já
que maus hábitos se formaram, e o jovem está, agora em um
grau descendente. Um horóscopo levantado logo após o nascimento,
de maneira científica, mostrará as tendências para o
bem ou para o mal na criança. Então, os pais poderão
prestar à criança que lhes foi confiada um inestimável
serviço, pois estarão em condições de poder
estimular as boas inclinações e reorientar suas tendências
para o mal, antes que, quase inevitavelmente, estas tendências se
cristalizem em hábitos.
As
chamadas crianças boazinhas, que são modelos de bom comportamento
e de obediência, deveriam, na verdade, preocupar-nos muito mais, porque
carecem de iniciativa. Crianças difíceis sempre estão
fadadas a abrir caminho no mundo e colher experiências, quer diretamente
por uma vida virtuosa e serviço digno, quer indiretamente por uma
vida de erros, que são mais tarde corrigidos e transmutados. Por
outro lado, a criança boazinha, que nunca incomoda seus pais, tem
tudo para crescer exatamente do mesmo modo e atravessar a vida sem fazer
o nem bem nem o mal. Aqui cabe lembrar o que o Espírito falou, no
Apocalipse, às sete igrejas: 'Quem dera fosses fria ou quente. Mas
porque és morna, e não és quente nem fria, vomitar-te-ei
da minha boca.' Se existe um caráter que esteja solidamente firmado
no caminho da virtude, este é o do homem mau que se converteu. Como
diz o axioma: 'Quanto maior o pecador maior o santo'. Qualquer um que trilhe
os caminhos do vício tem sempre condições para ser
forte também na virtude, quando seus pés se encaminharem para
ela. Mas as pessoas mornas, que não são frias nem quentes,
com estas é que devemos nos preocupar.
O
melhor método para orientar os passos de uma criança no caminho
do bem agir é não notar as faltas menores, mesmo aquelas que
consideramos ofensivas, ainda que ocasionalmente possamos insinuar, 'eu
não faria isto ou aquilo, 'crianças bonitas não fazem
isto ou aquilo, 'você não vai querer que os outros pensem que
você não é boazinha'. Se vocês não derem
liberdade à criança e não levarem em conta o fato de
que o Corpo Vital está em processo de formação durante
os primeiros sete anos, vocês se equivocarão. Este Corpo é
o veículo do hábito, portanto, a criança cria um hábito
após outro, mas abandona os velhos quase tão rapidamente quanto
se formam os novos.
É
necessário
deixar de corrigir os filhos a todo instante, o que diminuirá o respeito
deles pelos pais, de modo que, quando for necessário exigir obediência
em coisas verdadeiramente importantes, que eles devem seguir para seu próprio
bem, os pais, por certo, não serão ouvidos.
Os
corretivos só devem ser usados muito raramente e como último
recurso; caso contrário, a criança poderá se tornar
insensível aos mesmos.
As
mudanças devem começar imediatamente e devem começar
certo!
Emocionado,
eu firmo...
_____
Nota:
1. Sinceramente,
não gosto da palavra reprimir porque a repressão nunca resolveu
nada. Só piora as coisas. Não sei se no original heindeliano
o verbo usado foi este ou se ele foi escolhido pelo tradutor. Então,
em lugar de meramente reprimir
o mal, vou sugerir contrapesar o mal com exemplos e ações
educativas freqüentes, perseverantes, persistentes e efetivas, que
possam oferecer um estímulo permanente, e que sejam preferidos e
praticados pela criança, sempre em oposição às
fraquezas de caráter adquiridas em vidas anteriores, tenham estas
fraquezas de caráter sido anabolizadas
por ignorância ou consentidamente. Enfim, um hábito deletério
incrustado milenariamente na consciência jamais poderá ser
removido pela repressão. Repressão gera exatamente o oposto
daquilo que se deseja corrigir, e, normalmente, resulta em rejeição
da atitude repressora, revolta
contra o educador e maximização da mácula que se deseja
concertadamente auxiliar a corrigir. Então, exemplos
e ações educativas concertadas são melhores
do que repressão, pois, como diz Max Heindel, as
crianças são imitativas e, pela imitação, podem
mais facilmente ser ensinadas. O exemplo é sempre melhor do que um
conselho.
Não
sei se o exemplo é bom, mas a pedofilia multissecular no âmbito
da Igreja Católica deriva, em grande parte, do amordaçamento
da libido dos seminaristas, que até podem ter vocação
religiosa, mas, certamente, não têm qualquer domínio
sobre seus impulsos sexuais, até porque domínio sobre impulso
sexual é uma sesquipedal tolice. O que não é compreendido
não pode ser dominado, e o celibato é místico e iniciático,
não impositivamente físico. Bolas! Pulsão sexual não
se abole por decreto, pois, de alguma forma, ela necessita ser satisfeita.
Pura e simplesmente, ninguém escolhe se abster de atividades sexuais,
principalmente a partir dos quatorze anos.
Nesta matéria, particularmente, a infalibilidade papal (ex
cathedra), que deferiu a obrigação de manter a
castidade no peito e na raça no Código de Direito Canônico,
é medievalmente retrógrada. O Apóstolo Paulo quando
escreveu em 1 Coríntios 7 é
bom para um homem não ter relações sexuais com uma
mulher, sem querer e sem saber, estava fazendo nascer a legião
de pedófilos no seio da Igreja, ainda que mais adiante, nos versículos
7 a 9, tenha afirmado que é
melhor casar do
que queimar com paixão. Kundalini
entupida = desregramento angüicida.
Seja
como for, são boçalmente absurdas as razões de ordem
teológica para o celibato dos sacerdotes e religiosos de vida consagrada
porque estão alicerçadas em conceitos latitudinal e longitudinalmente
equivocados. São elas:
•
Com o celibato, os sacerdotes se entregam de modo mais excelente a Cristo,
unindo-se a Ele com o coração indiviso;
•
O conteúdo e a grandeza da sua vocação levam o sacerdote
a abraçar na vida esta perfeita continência, que tem como exemplo
a virgindade de Cristo;
•
O celibato facilita ao sacerdote a participação no amor de
Cristo pela Humanidade, uma que vez que Ele não teve outro vínculo
nupcial, a não ser o que contraiu com a sua Igreja;
•
Com o celibato, os clérigos se dedicam com maior disponibilidade
ao serviço dos outros homens;
•
A pessoa e a vida do sacerdote são possessão da Igreja, que
faz as vezes de Cristo, seu esposo;
•
O celibato dispõe o sacerdote para receber e exercer com generosidade
a paternidade, que pertence a Cristo.
Historicamente, o celibato
obrigatório foi decretado pelo Concílio de Elvira (295 –
302), mas, como este Concílio era apenas um concílio provincial
espanhol (Elvira era uma cidade romana, junto à Granada), as suas
decisões não foram cumpridas por toda a Igreja católica.
O Primeiro Concílio de Nicéia (323) decretou apenas que
todos os membros do clero estão proibidos de morar com qualquer mulher,
com exceção da mãe, da irmã ou da tia
(III cânon). Será que avó não podia? Apesar disto,
no final do século IV, a Igreja Latina promulgou várias leis
a favor do celibato, que foram geralmente bem aceites no Ocidente no pontificado
de São Leão Magno (440 – 461). Aliás, o Concílio
de Calcedônia (451) proibiu o casamento de monges e de virgens consagradas
(XVI cânon), impondo, por isto, o celibato ao clero regular.
Contudo, apesar disto,
houve vários avanços e recuos na aplicação desta
prática eclesiástica, nomeadamente entre o clero secular,
chegando até mesmo a haver alguns papas casados, como por exemplo
o Papa Adriano II (867 – 872), pois até 867 não havia
nenhum impedimento ao casamento do pontífice. No século XI,
vários Papas, especialmente Leão IX (1049 – 1054) e
Gregório VII (1073 – 1085), se esforçaram novamente
por aplicar com maior rigor as leis do celibato, devido à crescente
degradação moral do clero, causada, em parte, pela confusão
instaurada pelo desmembramento do Império Carolíngio. Naquele
período, houve padres e bispos que chegaram a mostrar publicamente
que tinham esposas ou concubinas. Segundo fontes históricas, durante
o Concílio de Constança (1414 – 1418), 700 prostitutas
atenderam sexualmente os participantes.
Por fim, o Primeiro
Concílio de Latrão (1123) e o Segundo Concílio de Latrão
(1139) condenaram e invalidaram o concubinato e os casamentos de clérigos,
reforçando assim o celibato clerical, que já era, na altura,
uma prática freqüente e aceita pela maioria como necessária.
O celibato é defendido porque os celibatários eram mais livres
e disponíveis, daí que, com o tempo, o clero regular se foi
destacando em relação ao clero secular.
O celibato clerical
voltou ainda a ser defendido em força pelo Quarto Concílio
de Latrão (1215) e pelo Concílio de Trento (1545 – 1563),
que impôs definitivamente o celibato obrigatório a todo o clero
da Igreja Latina, incluindo o clero secular.
O resultado abominável
de toda(s) esta(s) deformidade(s) monstruosa(s) – pois é(são)
contrária(s) à Natureza do ser em evolução/reintegração
– foi e continua sendo uma mistura demoníaca e tenebrosa de
infidelidade, traição, conspirações, mentiras,
homossexualidade enrustida, masturbação desenfreada, pedofilia
incontrolável, assassinatos e abortos. Il
Nome della Rosa (O Nome da Rosa), romance de Umberto Eco, lançado
em 1980, mostra tudo isto. E a Cúria Romana não se manca!
E, como repetir não paga imposto, vou repetir: Kundalini
entupida = desregramento angüicida.
2. Verbum
Dimissum et Inenarrabile.
Páginas
da Internet consultadas:
http://thecybertramp.com/blog/
colour-in-web-design-research
http://sosterapiasonline.webnode.com.br/
products/eteriatria-quantica-/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Timo
http://s213.photobucket.com/albums/cc58/photobu
cket007/?action=view¤t=sex.gif&newest=1
http://www.hanscomfamily.com/page/668/
http://gifs-animados.lwam.com.br/
gif-animado-de-circulos-rodando/
http://planoespiritual.com.br/wordpress/?p=442
http://www.bibliapage.com/papado.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Celibato
Fundo
musical:
Medley:
Marcha Soldado, Escravos De Jó e Peixe Vivo
Interpretação: Carequinha
Fonte:
http://www.4shared.com/get/yra77k6N/
Marcha_Soldado_Escravos_De_Jo_.html