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Notas:
1. Estopilha
no sentido de espoletar um possível Efeito Borboleta. Efeito Borboleta
é um termo que se refere às condições iniciais
no âmbito da Teoria do Caos (que explica o funcionamento de sistemas
complexos e dinâmicos).
Este
Efeito foi analisado pela primeira vez em 1963 pelo meteorologista, matemático
e filósofo estadunidense Edward Lorenz (West Haven, 23 de maio de
1917 – Cambridge, 16 de abril de 2008). Segundo a cultura popular,
na Teoria ora considerada, o bater de asas de uma simples borboleta poderia
influenciar o curso natural das coisas e, assim, talvez, provocar um tufão
do outro lado do mundo. Contudo, em termos físicos, isto se mostra
apenas como uma interpretação alegórica do fato. Em
termos psíquicos, a coisa funciona de outra maneira. Fisicamente,
o que acontece é que quando movimentos caóticos são
analisados através de gráficos, sua representação
passa de aleatória para padronizada, no qual o gráfico passa
a ter o formato de uma borboleta. Os trabalhos de Lorenz com os fundamentos
matemáticos do sistema de equações da Meteorologia
nos laboratórios do Massachusetts Institute of Technology
(MIT), na década de 1960, foram os primeiros estudos do que na Teoria
do Caos se denominou posteriormente por atrator estranho (o sistema
flutua para sempre entre vários estados de um modo que não
é aleatório, nem é fixo, nem oscilatório, mas,
sim, uma flutuação contínua e caótica). Isto
é: a partir de estados iniciais ligeiramente diferentes, o sistema
de equações diferenciais representando o estado de um fluido
em convecção térmica utilizado então como protótipo
do estado atmosférico resulta em soluções completamente
diferentes entre si. Lorenz sabia que um conjunto finito de equações
diferenciais parciais poderia ser escrito como um conjunto infinito de equações
algébricas. Assim, o conjunto de seis equações diferenciais
parciais descrevendo o escoamento convectivo na atmosfera foi reescrito
como um conjunto de pouco mais de uma dezena de equações algébricas
como aproximação da solução no computador. O
resultado foi surpreendente. Além de soluções periódicas
(representando as conhecidas soluções das ondas atmosféricas),
Lorenz mostrou a existência de soluções na forma de
ondas quase-periódicas e também na forma de soluções
aperiódicas (não ondulatórias e estocásticas).
Inicialmente, ele buscou por erros no modelo numérico e na sua representação,
erros estes que poderiam estar associados à solução
computacional de um sistema diferencial, mas logo percebeu que o modelo
e a integração numérica estavam formalmente corretos
e a estabilidade computacional garantida. Então, entendeu que as
diferentes soluções tinham origem diretamente na natureza
intrínseca do sistema de equações utilizado. Hoje se
sabe que o sistema de equações diferenciais da atmosfera pode
ser classificado como um sistema de equações diferenciais
dinâmicas, equações estas que são extremamente
sensíveis às variações do estado inicial. As
conseqüências do trabalho de Lorenz iam em direção
ao conhecimento da previsibilidade atmosférica, que ele mostrou não
passar de quinze dias. Isto é, a partir de quinze dias as diferentes
previsões de tempo inicializadas com estados iniciais praticamente
iguais divergiam significativamente. Então, devido aos erros instrumentais
nas medidas das variáveis atmosféricas e aos problemas de
definição de um estado inicial global para a previsão,
a chamada previsão do tempo determinística mostrava-se possível,
no máximo, somente até quinze dias. Os modelos desenvolvidos
por Lorenz, que poderiam auxiliar na previsão dos padrões
meteorológicos, se baseavam em doze equações aplicadas
em seqüência, de forma que a solução de uma variável
realimenta as forçantes das demais equações. Ou seja:
Lorenz tinha em mãos um sistema complexo do ponto de vista cibernético,
que admitia retroalimentações. Estes fatores, onde as alterações
dinâmicas de resultados alargam as probabilidades de determinadas
previsões, podem levar a resultados surpreendentes, ora para o caos
extremo, ora para resultados de forma ondulatória (determinados).
As conseqüências teóricas do trabalho de Lorenz foram
compreendidas bem após os anos 1960 com o desenvolvimento da teoria
do Caos, a partir da Teoria dos Grupos de Évarist Galois (Bourg-la-Reine,
25 de outubro de 1811 – Paris, 31 de maio de 1832).
Esta
nota foi editada das fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Atractor
http://pt.wikipedia.org/wiki/Efeito_borboleta
http://pt.wikipedia.org/wiki/Edward_Lorenz
2. Astilha
no sentido de fazermos sair de nós, consciente ou inconscientemente,
lascas ou cavacos psíquico-pensamentais de nossas cobiças,
de nossos desejos e de nossas paixões, provocando efeitos que deverão
ser devidamente compensados.
Fundo
musical:
Theme
of Law & Order
Compositor: Mike Post
Fonte:
http://www.dilandau.com/
download_music/law-and-order-1.html