(Reflexões de um Brasileiro para o Temporariamente)

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

 

Michel Temer
(
O Áudio que Vazou em 11/4/2016)

 

 

 

Michel Temer

Michel Temer

 

 

Eu quero, neste momento, me dirigir ao povo brasileiro para dizer algumas das matérias que, penso, devam ser por mim agora enfrentadas. E eu o faço, naturalmente, com muita cautela, porque, na verdade, sabem todos que, há mais de um mês, eu me recolhi exata e precisamente para não aparentar que eu estaria cometendo algum ato, praticando algum gesto com vistas a ocupar o lugar da Senhora Presidente da República. Recolhi-me o quanto pude, mas, evidentemente, nesse período, fui procurado por muitos que estão aflitos com a situação do nosso País.

 

Mas, agora, quando a Câmara dos Deputados decide por uma votação significativa declarar a autorização para a instauração de processo de impedimento contra a Senhora Presidente, muitos me procuraram para que eu desse, pelo menos, uma palavra preliminar à Nação Brasileira, o que eu faço com muita modéstia, com muita cautela, com muita moderação, mas, também, em face da minha condição de vice-presidente, e, naturalmente, de substituto constitucional da Senhora Presidente da República.

 

E, desde logo, eu quero afirmar que temos ainda um longo processo pela frente, passando pelo Senado Federal. Então todas as minhas palavras levarão em conta apenas a decisão da Câmara dos Deputados. Portanto, também as minhas palavras são provisórias, já que nós temos que aguardar e respeitar a decisão soberana que o Senado Federal proferirá a respeito desse tema, seja quanto à admissibilidade da autorização, seja quanto, ao final, o julgamento propriamente dito.

 

Portanto, eu quero, neste momento, prestar uma homenagem ao Poder Legislativo, tanto à Câmara dos Deputados, que já debateu amplamente este assunto, como ao Senado Federal, que irá debatê-lo. E desde logo, eu quero comunicar aos amigos e colegas, homens públicos, senadores da melhor cepa, da melhor sabedoria, que aguardarei, naturalmente, a decisão – aguardarei respeitosamente a decisão do Senado Federal. Não quero avançar o sinal. Até imaginaria que eu poderia falar depois da decisão do Senado, mas, evidentemente, sabem todos os que me ouvem que quando houver a decisão definitiva – a decisão do Senado – eu preciso estar preparado para enfrentar os graves problemas que hoje afligem o nosso País.

 

E, desde logo, quero dizer aos que me ouvem, repetir, na verdade, o que tenho empregado ao longo do tempo. Os senhores sabem, os brasileiros sabem, que há mais de oito, dez meses tenho feito pronunciamentos referentes à pacificação do País, à unificação do País, porque é chocante, para não dizer tristíssimo, verificar os brasileiros controvertendo-se entre si e disputando idéias e espaços. Até aí, tudo bem, mas, mas, quando partem para uma coisa quase física, isto não pode acontecer no nosso País.

 

Portanto, ao dizer agora que a grande missão, a partir deste momento, é a da pacificação do País, da reunificação do País, eu quero dizer que estou repetindo o que venho pregando há muito tempo como responsável por uma parcela da vida pública nacional. Devo dizer também, e isto fica para o aconteça o que acontecer no futuro, que é preciso um Governo de salvação nacional e, portanto, de união nacional. É preciso que se reúnam todos os partidos políticos que estejam dispostos a dar a sua colaboração para tirar o País da crise. Sem esta unidade nacional, penso que será difícil tirar o País da crise em que nos encontramos.

 

Para tanto, é preciso diálogo. O fundamental, agora, é o diálogo. Em segundo lugar, a compreensão. E em terceiro lugar, para não enganar ninguém, a idéia de que nós vamos ter muitos sacrifícios pela frente. Sem sacrifícios, nós não conseguiremos também avançar para retomar o crescimento e o desenvolvimento que pautaram a atividade do nosso País nos últimos tempos, antes desta última gestão.

 

Então, é preciso retomar o crescimento. E eu não quero que isto fique em palavras vazias. Tenho absoluta convicção, como muitos me dizem, que a mudança pode gerar esperança, e que gerando esperança, isto gerará investimentos. Não só investimentos nacionais, mas, investimentos estrangeiros, porque precisamos restabelecer a crença no Estado Brasileiro, nas potencialidades do Estado.

 

Devo dizer aos que me ouvem que eu fiz muitas viagens internacionais no primeiro mandato. E verifiquei o quanto os outros países que têm muito dinheiro em suas mãos querem fazer aplicando no Brasil. Ou seja, querem acreditar no Brasil. O que aconteceu nos últimos tempos foi um descrédito no nosso País, e o descrédito é que leva à ausência do crescimento, à ausência do desenvolvimento e que faz retomar a inflação. Por outro lado, nós temos a absoluta convicção de que é preciso prestigiar a iniciativa privada. É preciso que os empresários do setor industrial, dos setores de serviços, do setor agrícola, do agronegócio, portanto, dos vários setores da nacionalidade, se entusiasmem novamente com estes investimentos.

 

Mas, ao dizer isto, eu estou pensando apenas naqueles que possam investir? Não. Diferentemente, estou pensando em manter as conquistas sociais obtidas nos últimos tempos. Por exemplo, o emprego é uma coisa fundamental para todos os brasileiros. Para que haja emprego, é preciso uma conjugação dos empregadores com os trabalhadores: você só tem emprego se a indústria, o comércio e as atividades de serviços, todos, estiverem caminhando bem. É a partir daí que você tem emprego, e, com isto, você pode retomar o emprego.

 

De outro lado, eu devo dizer também que, afora a parte de um projeto de empregabilidade plena, é preciso manter certas matérias sociais, porque nós todos sabemos que o Brasil ainda é um País pobre. E, portanto, e eu sei que dizem que, de vez em quando, que se outrem assumir, nós vamos acabar com o Bolsa Família, vamos acabar com o PRONATEC, vamos acabar com o FIES, isto é falso. É mentiroso e é fruto desta política mais rasteira que tomou conta do País. Portanto, neste particular, eu quero dizer que nós deveremos manter estes programas, e até, se possível, revalorizá-los e ampliá-los, até que, e isto eu quero deixar claro, o Bolsa Família, por exemplo, há de ser um estágio do Estado Brasileiro. Daqui a alguns anos, é possível que a empregabilidade tenha atingido um tal nível, que não haja mais necessidade do Bolsa Família. Mas, isto, enquanto persistir a necessidade, nós manteremos, assim como o PRONATEC, o FIES, PROUNI, todos esses projetos que acabaram dando certo no País.

 

Portanto, eu lanço uma mensagem àqueles que têm o Capital, e lanço àqueles que querem uma mensagem do trabalho e lanço uma mensagem para aqueles que sequer trabalho ainda conseguiram.

 

É claro que nós vamos incentivar enormemente as parcerias público-privadas, na medida que isto possa trazer emprego ao País. Nós temos absoluta convicção de que hoje, mais do que nunca, o Estado não pode tudo fazer; o Estado depende da atuação dos setores produtivos do País. Empregadores de um lado, trabalhadores de outro lado. Estes setores produtivos é que, aliançados, vão fazer a prosperidade do Estado Brasileiro. O Estado Brasileiro tem que cuidar de segurança, da saúde, da educação, enfim, de alguns temas fundamentais que não podem sair da órbita pública, mas, o mais tem que ser entregue à iniciativa privada – e iniciativa privada no sentido da conjugação da ação entre trabalhadores e empregadores. E, neste particular, nós pretendemos fazer várias reformas que incentivem esta harmonia entre estes dois setores da produção brasileira.

 

Tudo isto o que estou a dizer, significará, devo registrar, sacrifícios iniciais para o povo brasileiro, em primeiro lugar. Em segundo lugar, não quero gerar nenhuma expectativa falsa. Na verdade, não pensemos que se houver uma mudança no Governo, em três, quatro meses estará tudo resolvido. Em três, quatro meses, pode começar a ser encaminhado, para resolvermos a matéria ao longo do tempo. Se houver este Governo de transição ou se não houver, fica esta sugestão que estou fazendo para o Governo que vier a se manter, ficam estas sugestões que, reitero, não são sugestões por mim formuladas ou formatadas neste momento, mas, que foram feitas ao longo do tempo.

 

Há reformas que são fundamentais para o país. Nós todos sabemos: não é possível... Agora, toda e qualquer reforma não alterará os direitos já formatados, já adquiridos pelos cidadãos, mas, nós temos que preparar o País do futuro. Muitas matérias até estão em tramitação no Congresso Nacional, e nós queremos ter uma base parlamentar muito sólida que nos permita conversar com a classe política, mas, conversar também com a sociedade.

 

Os senhores sabem, os que assistiram às minhas palestras nos últimos tempos, que eu faço uma distinção e uma conjugação entre Governo, governança e governabilidade, para dizer que o Governo são os órgãos constituídos, não tenho a menor dúvida: executivo, Legislativo, Judiciário. A governança vem exatamente pelo apoio político que o Governo consegue dos partidos políticos e do Congresso Nacional.

 

Mas, é preciso mais do que isso. É preciso a governabilidade. E a governabilidade exige que haja uma aprovação popular do próprio Governo. Portanto, a classe política, unida com o povo, levará ao crescimento do País e, portanto, ao apoio ao Governo. É com estes três fatores que nós vamos lidar.

 

É claro que não vou falar aqui sobre reformas que são fundamentais, porque isto será fruto do desdobramento ao longo do tempo. Mas, como não pensar numa reforma política? Como não pensar numa reforma tributária? E, evidentemente, que a reforma tributária envolve um outro tema, que é a revisão do pacto federativo, porque toda vez que você pensa em uma reforma tributária, você está pensando numa distribuição de competências e de recursos para as entidades federativas. É preciso mais do que nunca que as entidades federativas tenham uma autonomia verdadeira. Ou seja, que nós tenhamos uma federação real, e não uma federação artificial, como tem acontecido nos últimos tempos.

 

Sei, por exemplo, no tópico da federação, da grande dificuldade dos Estados e municípios nos dias atuais. Há estudos referentes à eventual anistia ou perdão de uma parte das dívidas, e até uma revisão dos juros que são pagos pelas unidades federadas. Nós vamos levar isso adiante. Nós vamos estudar isso com muita detença e vamos levar isso adiante, porque a força da União também deriva da força dos Estados e da força dos municípios. E a força destas entidades federativas depende da vontade, da boa vontade e do apoio da classe política e do povo brasileiro.

 

Há matérias controvertidas, como a matéria referente à legislação trabalhista e à legislação previdenciária, que nós vamos fazer com grande diálogo nacional, onde nenhum setor será esquecido. Nem dos trabalhadores, nem dos empresários, nem do povo brasileiro. Mas, toda e qualquer modificação que vier a ser feita será para garantir o futuro mesmo daqueles que já recebem salário, daqueles que recebem aposentadoria. É nestes termos que nós vamos trabalhar. Ou seja, o diálogo de um lado e a conjugação de esforços de outro lado serão os alicerces, digamos assim, do nosso trabalho. É esta a manifestação que eu queria deixar ao povo brasileiro.

 

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Resumidamente, eis o que eu penso desta falação: com todo o respeito que tenho pelo senhor Michel Miguel Elias Temer Lulia (Tietê, 23 de setembro de 1940), a quem sinceramente admiro, eu, no lugar dele, não teria dito nada. Faria exatamente como fez o Sr. Presidente Itamar Augusto Cautiero Franco (28 de junho de 1930 – São Paulo, 2 de julho de 2011) no affaire do impeachment do Sr. Presidente Fernando Affonso Collor de Mello (12 de agosto de 1949): ficaria absolutamente mudo. Como uma pedra! Seja como for, o fato é que o Brasil precisa de muitíssimo mais do que apenas portantos, que aparecem portantizando dez vezes no comunicado. Mas, se, pelo menos, o Sr. Presidente-interino Michel implementar o que disse nesta fala, vazada, na época, acidentalmente ou não – mais para calculada e volitiva do que para impremeditada e nolitiva para começar, já será muito bom. Meu caminhão não carrega areia; está cheiinho de vaselina. Para facilitar as coisas. Portanto... Bem, para concluir, lembro uma parte de A Grande Invocação: Que o Espírito de Cooperação una os homens de boa vontade, onde quer que estejam... Cumpramos a nossa parte. Que assim seja. Enfim, se quisermos nos Libertar, se quisermos Ascensionar, precisa(re)mos ouvir e seguir a advertência do Mestre Ascensionado Tibetano Djwhal Khul – um Iniciado da Sabedoria Eterna – que está registrada na obra Os Raios e as Iniciações, tema transmitido telepaticamente por Ele à Alice Ann Bailey, que o publicou: Todos nós, como Jesus, precisa(re)mos atravessar a Crise Espiritual do Getsêmani da Renúncia! Então:

 

Enquanto apegos,
caverna e morcegos!
Enquanto desejos,
desvarios sobejos!
Enquanto cobiças,
conquistas postiças!
Enquanto paixões,
tão-só alucinações
!
Enquanto portantos,
só ramos anantos!
Sem haver renúncia,
existência fedúncia!

 

 

Fonte da matéria:

http://brasil.elpais.com/brasil/2016/04/
11/politica/1460409229_403530.html

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 agora, Brasil?

A Câmara sufragou:

o 17 de abril picou!

Sim  —›  367 votos!

Não  —›  137 votos!

Meu Brasil, e agora?

 

 

 

 agora, Democracia?

O Brasil se enrolou!

O Brasil se abalou!

O Brasil se aturdiu!

O Brasil se dividiu!

Democracia, e agora?

 

 

 

Plenário da Câmara

Plenário da Câmara (O Brasil se dividiu!)

 

 

 

Plenário da Câmara

Plenário da Câmara (Foto Histórica)
(17 de abril de 2016)

 

 

 

A Tristeza da Presidente Dilma

A Tristeza da Presidente Dilma

 

 

 

 agora, políticos?

E nossos amanhãs?

Acabaremos tantãs?

Como será o futuro?

Melhor? Contranaturo?

Políticos, e agora?

 

 

 

 agora, Senadores?

Vocês impeacharão?

Vocês interromperão?

Como anda o trílogo?

Como será o epílogo?

Senadores, e agora?

 

 

 

 agora, Zé-Brasil?

Lambada ou baião?

Pagode ou sambão?

De rostinho colado?

Cada um prum lado?

Zé-Brasil, e agora?

 

 

 

 

 

 

 agora, meu Deus?

Deixará de ser agre?

Haverá um milagre?

Ora, milagre não há!

Meu Deus, e agora?

 

 

 

 agora, História?

1992: Brasil fragmentado!

2016: Brasil quebrantado!

Eu? Continuo acreditando.

Eu? Continuo batalhando.

História, e agora?

 

 

 

 agora, Dilma?

Escute o seu Coração!

É uma página o ocaso!

Não existe o por acaso!

Dilma, e agora?

 

 

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Hipoteticamente, considerando que o processo de impeachment contra a Presidente Dilma Rousseff, que foi aprovado pelo plenário da Câmara neste domingo, 17 de abril de 2016, seja oportunamente acatado por maioria simples dos senhores senadores, a Presidente será provisoriamente afastada da Presidência da República por até 180 dias, enquanto o processo é analisado e julgado em definitivo pelo Senado. Nessa fase, o Vice-presidente Michel Temer assume o cargo temporariamente. Então, as reflexões que virão a seguir só têm valor efetivo, se isto vier a acontecer. Todavia, como deveriam ter feito parte das preocupações da Senhora Presidente, presumidamente temporariamente afastada, penso que serão úteis para ser consideradas pelo Vice-presidente Michel, agora, então, interinamente, Presidente. Enfim, a sessão do Senado, que decidirá se a Presidente Dilma permanecerá na Presidência ou não, será presidida pelo Ministro Ricardo Lewandowski, Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). O afastamento definitivo precisa ser aprovado por dois terços dos senadores – 54 no total. Se o número não for alcançado, a Presidente Dilma retorna imediatamente ao cargo.

 

 

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 agora, Sor Michel?

A Câmara votou,

Sor Michel, e agora?

 

 

 

 agora, Sor Michel?

Temporário? Permanente?

O nosso País está doente!

Sem Dilma ou com Michel,

chega de peido no pastel!1

Sor Michel, e agora?

 

 

 

 agora, Sor Michel?

Mas, a oposição derrubou,

e o Zé-Brasil comemorou.

E o PT? Só desperdiçou!

E um novo dia auroreou!

Sor Michel, e agora?

 

 

 

 agora, Sor Michel?

O PMDB no Sólio sentou.

O script se modificou.

Foi destroçado o anel!

Sor Michel, e agora?

 

 

 

 

 

 

 agora, Sor Michel?

O Brasil virou festa,

só se viu brequefesta...

Mas, mudançou o quê?

Chopeidança? Por quê?

Sor Michel, e agora?

 

 

 

 agora, Sor Michel?

O pãozinho? Caríssimo!

O desespero? Altíssimo!

continua aguardando...

Sor Michel, e agora?

 

 

 

 agora, Sor Michel?

A conta de luz... Nas alturas!

A gasolina... Azando arduras!

A cesta básica... Inenarrável!

A casa própria... Insonhável!

Sor Michel, e agora?

 

 

 

 agora, Sor Michel?

O PIB Brasileiro –› Contrativo!

O preço das curas –› Abusivo!

A violência urbana –› Crescente!

A esperança nacional –› Dormente!

Sor Michel, e agora?

 

 

 

Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil
(FMI: a contração esperada para 2016 é de 3,8%)

 

 

 

 agora, Sor Michel?

Estou cheio de esperar!

Isto é pra-lá-de amargar!

Não por mim, por todos,

que só latingam engodos!

Sor Michel, e agora?

 

 

 

 agora, Sor Michel?

Mudará nosso rating?

Mudará nosso trekking?

E a inflação? Cederá?

E a SELIC? Descerá?

Sor Michel, e agora?

 

 

 

 agora, Sor Michel?

E os jeitinhos nacionais?

E os furtalhões federais?

E o velho toma-lá-dá-cá?

E as cuequinhas de tafetá?

Sor Michel, e agora?

 

 

 

 agora, Sor Michel?

Até quando corrupção?

Até quando arrumação?

Até quando patranhas?

Até quando barganhas?

Sor Michel, e agora?

 

 

 

 agora, Sor Michel?

Até quando malversação?

Até quando falsa versão?

Até quando engana-vista?

Até quando meleca na pista?

Sor Michel, e agora?

 

 

 

 agora, Sor Michel?

Até quando mensalões?

Até quando petrolões?

Até quando tantos peculatos?

Até quando Lava(s) Jato(s)?

Sor Michel, e agora?

 

 

 

 agora, Sor Michel?

Até quando as pedaladas?

Até quando as bachareladas?

Até quando as roubalheiras?

Até quando os ca(la)veiras?

Sor Michel, e agora?

 

 

 

 agora, Sor Michel?

Quicolas? Quousque tandem?

Silvérios? Quousque tandem?

Duques? Quousque tandem?

Sor Michel, e agora?

 

 

 

 agora, Sor Michel?

O Zé-Brasil com pressa;

não tá güentando mais essa!

É o bem-fadado que chora!

É o mal-amado que deplora!

Sor Michel, e agora?

 

 

 

 agora, Sor Michel?

São as rezarias que não resolvem,

são as dívidas que não se dissolvem,

são os dias que têm parecença com noites,

Sor Michel, e agora?

 

 

 

 agora, Sor Michel?

E a nossa dívida externa?

E a nossa dívida interna?

E a nossa dívida social?

E a nossa dívida espiritual?2

Sor Michel, e agora?

 

 

 

 agora, Sor Michel?

E os buracos nas estradas?

E as obras incompletadas?

E o fudelhufas na saúde?

Sor Michel, e agora?

 

 

 

 agora, Sor Michel?

E as reformas necessárias?

E as injustiças centenárias?

E as sinecuras consagradas?

E as gastanças desregradas?

Sor Michel, e agora?

 

 

 

 agora, Sor Michel?

O que você fará?

O que mudará?

Mudará a seresma

Sor Michel, e agora?

 

 

 

 agora, Sor Michel?

O discurso vazado

será implementado?

Será que deixarão?

Perdurará o lamarão?

Sor Michel, e agora?

 

 

 

 agora, Sor Michel?

Vou dar um conselho:

desmantele o revelho.

Para poder reconstruir

é necessário implodir.

Sor Michel, o Dia é já! Agora!

 

 

 

nfim, Sor Michel,

lembre o Lema da Irmandade:

Fraternidade, Alívio e Verdade3

– Divisa original da Maçonaria,

Divisa que levará à Alforria!

Bom Michel, já passou da Hora!

 

 

 

 

Bom Michel, já passou da Hora!
E agora, Sor Michel?
Sor Michel, e agora?
O Dia é já!
O Dia é Agora!

 

 

 

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Notas:

1. Você riu com esse negócio de peido no pastel? Ria não. Há muita gente que daria sei-lá-o-quê para comer um pastelzinho de peido! Se bobear, aceitaria e comeria só o peido! Reconheço que isto até pode ser engraçado, mas, quase 1.000.000.000 (um bilhão) de pessoas passam fome no mundo! Nem peido têm para comer! Pastel de peido é um luxo! Uma extravagância! Um acepipe! Um quitute! Que nem que nem marrom-glacê feito de bolinha de cocô! Ria não. Isto não tem nada de engraçado! Eu não me alimento uma única vez sem que, mentalmente, invoque para que todos possam se alimentar condignamente. E, quando janto fora, muitas vezes, me envergonho de poder estar me divertindo e consumindo, quando sei que zilhões, quando muito, só têm uma mé(r)dia e um pão com (sem) manteiga para comer. Essa cocozeira é mesmo de amargar! É por isto que muita gente-por-aí bebe um chá-de-cana já na madruga. Sabe por quê? Para não sentir fome! Chá-de-cana é mais barato! E tira a fome! Já disse e repito: esse negócio de tenho porque mereço é o maior papo-furado da paróquia. Muita gente tem e não merece. Mas, isto já é outra coisa. Não são só a miséria e a pobreza que ensinam e educam; a abastança e a riqueza também são variáveis educacionais. O ricalhouço de hoje poderá vir a ser o sem-porríssima-alguma de amanhã. Não estou urubuzando nada nem ninguém, mas, que poderá ser assim, poderá sim!

2. Por exemplo, com relação ao Paraguai. Não esqueçamos de que a Guerra do Paraguai foi o maior conflito armado internacional ocorrido na América do Sul. Foi travada entre o Paraguai e a Tríplice Aliança, composta por Brasil, Argentina e Uruguai. A Guerra se estendeu de dezembro de 1864 a março de 1870. É também chamada Guerra da Tríplice Aliança (Guerra de la Triple Alianza), na Argentina e Uruguai, e de Guerra Grande, no Paraguai. A Guerra do Paraguai foi o último de quatro conflitos armados internacionais, na chamada Questão do Prata, em que o Império do Brasil lutou, no século XIX, pela supremacia sul-americana, tendo o primeiro sido a Guerra da Cisplatina (entre o Império do Brasil e as Províncias Unidas do Rio da Prata, no período de 1825 a 1828), o segundo a Guerra do Prata (também conhecida como Guerra contra Oribe e Rosas, e foi um episódio em uma longa disputa entre Argentina, Uruguai e Brasil pela influência do Paraguai e hegemonia na região do Rio da Prata, tendo sido travada no Uruguai, no Rio da Prata e a nordeste argentino, de agosto de 1851 a fevereiro de 1852) e o terceiro a Guerra do Uruguai (também referida como Guerra Contra Aguirre, tendo ocorrido de 10 de agosto de 1864 até 20 de fevereiro de 1865). Esquecemos destas coisas, mas, oportunamente, elas precisarão ser compensadas! Será que, em parte, esta compensação estará se avultando agora? O fato iniludível é que não entraremos efetiva e integralmente em Aquarius, se não estivermos, digamos assim, espiritualmente limpos. Nestes conflitos, morreram centenas de milhares de pessoas, e foram destruídos centenas de milhares de lares! E esquecemos! Mas, nenhuma morte fica impune, nem de uma pulga! E quando, por outro lado, o dinheiro público é descaradamente afanado por uns filhos-da-puta sem mãe, não sofrem e morrem pulgas; sofrem e morrem pessoas! Não entraremos mesmo em Aquarius, se não estivermos compensatória desendividados e espiritualmente limpos. Doa o quanto doer! Não esqueçamos de que nem a Hierarquia nem Shamballa estão preocupadas com a forma, mas, sim, com Aquilo que anima a forma! Simples assim!

3. Kennyo Ismail, no texto O Legítimo Lema da Maçonaria, informa que Fraternidade, Alívio e Verdade é a Divisa original da Maçonaria, muito bem implementada – simbólica, ritualística e filosoficamente – pelas Maçonarias Britânica e Norte-americana. A Fraternidade (ou Amor Fraternal) é demonstrada pelo tratamento tolerante, respeitoso e igualitário do maçom para com os demais maçons, e que também alcança a sociedade; o Alívio (ou Socorro) é o objetivo de cada atitude caridosa do maçom aos irmãos, seus familiares e a toda a Humanidade; a Verdade é o compromisso de cada maçom, que, além de observá-la, deve sempre buscá-la. Alguns estudiosos procuram relacionar tais grandes princípios com as Virtudes Teologais: Fé, Esperança e Caridade. A Verdade estaria ligada à Fé, pois Deus é Verdade; o Alívio seria a demonstração de Caridade; e a Fraternidade representaria a Esperança de um dia todos os homens se tratarem como irmãos.

 

 

Esquadro e Compasso Maçônicos

Esquadro e Compasso Maçônicos

 

 

Música de fundo:

Pedro Pedreiro
Composição: Chico Buarque
Interpretação: Nara Leão

Fonte:

http://www.bajarmusicagratis.biz/video/niy
EwZZEpzI/nara-le-o-pedro-pedreiro.html

 

Páginas da Internet consultadas:

http://www.opovo.com.br/

http://noticias.uol.com.br/politica/

https://pt.wikipedia.org/wiki/Dilma_Rousseff

http://g1.globo.com/politica/

http://www.gifs-animados.net/original-9.htm

http://mp3lie.com/pt/index.php?q=Brasil%20
-%20Sil%20Sil%20Sil%20-%20Vinhetas

http://tipos-de-danca.info/dancas-brasileiras.html

https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_do_Paraguai

http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/04/fmi-piora-
previsao-de-queda-do-pib-brasileiro-para-38-em-2016.html

http://www.businessreviewbrasil.com.br/

http://novotempo.com/namiradaverdade/resposta-a-kennyo
-ismail-macom-e-autor-do-livro-desmistificando-a-maconaria/

http://www.noesquadro.com.br/2012/02/
o-legitimo-lema-da-maconaria.html

https://pt.wikipedia.org/wiki/Michel_Temer

http://noticias.terra.com.br/

http://www.freepik.com/free-photos-vectors/engagement-ring

http://www.clipartbest.com/clipart-9czxgzgcE

http://cliparts.co/clipart/2549012

http://dracorion.com.br/como-o-aumento-da-taxa-
selic-para-1125-afeta-o-mercado-imobiliario/

http://brasileiros.com.br/acredita_no_brasil/voce-acredita-no-brasil/

 

Direitos autorais:

As animações, as fotografias digitais e as mídias digitais que reproduzo (por empréstimo) neste texto têm exclusivamente a finalidade educativa de ilustrar e de embelezar o trabalho. Neste sentido, os direitos de copyright são exclusivos de seus autores. Entretanto, como nem sempre sei a quem me dirigir para pedir autorização para utilizá-las, se você encontrar algo aqui postado que lhe pertença e desejar que seja removido, por favor, entre em contato e me avise, que retirarei do ar imediatamente.