Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

 

 

 

 

E assim, fui caminhando...

Saltitando e esmorecendo...

Fraquejando e levantando...

Transluzindo e combatendo.

 

Dores? Muitas. Lancinantes.

Desilusões? Várias. Sopitáveis.

Remorsos? Poucos. Sufocantes.

Mal-estares? Alguns. Desagradáveis.

 

A existência pode ser definida

como um rosário de experiências;

através delas, até o fim da vida,

são enriquecidas as consciências.

 

Quem se revolta ou reclama

dificilmente passará no exame.

Um bom exemplo é o Dalai-lama

que não se abateu pelo gravame.

 

O estar vivo, para tantos-todos,

constitui-se de triunfos e fracassos,

veracidades diversas e engodos,

mil regozijos e mil descompassos.

 

Então, por que murmurar?

Por que recostar e dormir?

Por que urrar e blasfemar?

Sus! Temos que prosseguir!