Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

ada existia; coisa alguma existia. Também não existia o céu luminoso e nem o grande dossel celeste abria-se lá em cima. O que cobria tudo? O que dava abrigo? O que estava oculto? Seria o abismo sem fundo da água? Não havia morte – entretanto, nada era imortal. Não havia fronteiras entre o dia e a noite; somente o Um respirava exânime por Si-mesmo. Além Dele, nada existia. Havia as trevas, e a princípio tudo estava imerso na escuridão profunda – um oceano sem LLuz. O germe, que ainda está oculto na casca, germina uma Natureza no calor tórrido... Quem conhece o Segredo? Quem O anunciou? De onde surgiu esta criação multiforme? Os próprios Deuses só nasceram mais tarde. Quem sabe de onde surgiu esta manifestação multiforme? De Quê, de onde, por que esta grande criação surgiu? Se a Sua Vontade foi quem criou ou se quedou muda... O Altíssimo Vidente – que está no céu mais alto – sabe. Ou, talvez, nem mesmo Ele saiba!


Rig Veda,
X, 129.

 

 

 

 

De onde vim? Quem sou? Para onde irei?

 

 

 

Inconsciente, mas consciente,

irrealizável, mas auto-existente,

um negro khaos para a desrazão,

 

 

Moção eterna e incessante

– antes, depois, durante –

sem decremento, sem aumento.

 

 

Tempo-espaço ubíquo, ilimitado,

– existindo sem ter sido criado –

pelo e com o Fogo Vivo Semovente,

é o que é. Sempre presente!

 

 

Mas não devemos buscá-Lo

(nem mesmo tentar encontrá-Lo)

ali, lá, acolá, do lado de fora.

 

A Batalha do Grande Encontro!

 

 

 

Observação:

As Estâncias de Dzyan são pergaminhos antigos, de origem tibetana, citados por Helena Petrovna Blavatsky no livro A Doutrina Secreta – uma coletânea de pensamentos científicos, filosóficos e religiosos. Blavatsky alegava não ser a autora da obra, mas que esta teria sido escrita pelos Mahatmas, que utilizaram o seu corpo físico em um processo denominado Tulku, que, segundo a autora, não é um processo mediúnico. Esta obra monumental foi dedicada por Blavatsky a todos os verdadeiros teosofistas. Quanto às Estâncias de Dzyan, Blavatsky alegava que teria tido acesso e estudado estes pergaminhos em sua longa estada no Tibete. Segundo Blavatsky, as Estâncias de Dzyan seriam um manuscrito arcaico, escrito em uma coleção de folhas de palmeira, resistentes à água, ao fogo e ao ar, devido a um processo de fabricação desconhecido, e que conteriam registros de toda a evolução da Humanidade, em uma língua desconhecida pelos filólogos denominada Senzar. As Estâncias de Dzyan, segundo Blavatsky, estão relacionadas com o Livro dos Preceitos de Ouro e com os Livros de Kiu-te, que são uma série de tratados do Budismo Esotérico.

Observação editada das fontes:

http://pt.wikipedia.org/wiki/A_Doutrina_Secreta

http://pt.wikipedia.org/wiki/Est%C3%A2ncias_de_Dzyan

 

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Nota:

1. For want of a nail, the shoe was lost.

For want of a shoe, the horse was lost.

For want of a horse, the rider was lost.

For want of a rider, the message was lost.

For want of a message, the battle was lost.

For want of a battle, the Kingdom was lost!

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Por falta de um prego, a ferradura foi perdida.

Por falta de uma ferradura, o cavalo foi perdido.

Por falta de um cavalo, o cavaleiro foi perdido.

Por falta de um cavaleiro, a mensagem foi perdida.

Por falta de uma mensagem, a batalha foi perdida.

Por falta de uma batalha, o Reino foi perdido!

 

Folclore reproduzido, editado e traduzido de:

http://www.greekshares.com/nail.php

 

 

 

 

Bibliografia:

BLAVATSKY, H. P. O livro perdido de Dzyan (Novas revelações sobre a doutrina secreta). Prefácio de Murillo Nunes de Azevedo. Tradução de M. P. Moreira Filho. São Paulo: Pensamento, 2009.

 

Páginas da Internet consultadas:

http://www.gifbin.com/982673

http://www.peda.com/tess/2007/

 

Fundo musical:

Limelight (Charles Chaplin)

Fonte:

http://www.hotshare.net/pt/file/144402-98223737d9.html