A DOUTRINA SECRETA

(32ª Parte)

 

 

 

Helena Petrovna Blavatsky

Helena Petrovna Blavatsky

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Introdução e Objetivo do Estudo

 

 

 

Este estudo, muito longo e meio difícil, se constitui da 32ª parte de alguns fragmentos garimpados nos seis volumes da obra A Doutrina Secreta, de autoria de Helena Petrovna Blavatsky (12 de agosto de 1831 – Londres, 8 de maio de 1891), escrita e concluída no final do século XIX. Volume I: Cosmogênese; volume II: Simbolismo Arcaico Universal; volume III: Antropogênese; volume IV: O Simbolismo Arcaico das Religiões do Mundo e da Ciência; volume V: Ciência, Religião e Filosofia e volume VI: Objeto dos Mistérios e Prática da Filosofia Oculta. A Doutrina Secreta é uma síntese do pensamento científico, metafísico e religioso, contendo um conhecimento esotérico e secreto das religiões de mistérios e dos sábios de antigas civilizações, como Índia, Tibete e China. Os volumes I e II correspondem ao primeiro volume da edição original em inglês, e os volumes III e IV correspondem ao segundo volume da edição original. Os volumes V e VI correspondem ao volume póstumo publicado pela Sociedade Teosófica. Blavatsky alegava que a obra era baseada em documentos muito antigos (as Estâncias de Dzyan – pergaminhos de origem tibetana escritos em uma língua desconhecida pelos filólogos denominada Senzar) e que não era a autora do livro, mas, que este teria sido escrito pelos Mahatmas Djwal Khul, Kut Hu Mi e Morya, utilizando o seu corpo físico, em um processo denominado Tulku, que, segundo a autora, não era um processo mediúnico.

 

A Doutrina Secreta apresenta três proposições fundamentais:

• a existência de um Princípio Onipresente (a Deidade Una, o Absoluto ou a Raiz-Sem-Raiz), eterno, sem limites, imutável e incognoscível, pois, Sua compreensão escapa à capacidade da inteligência humana, permanecendo não-manifestado;

• a eternidade do Uni(multi)verso incriado (e, portanto, a eternidade da matéria), que passa por ciclos de atividade e de inatividade (mânvântáricos e prâlaycos), que se repetem em sucessão sem início nem fim; e

• a identidade de todas as personalidades-alma com a Alma Universal, sendo esta última um aspecto da Raiz Desconhecida.

 

 

 

Fragmentos de A Doutrina Secreta

 

 

 

Helena Petrovna Blavatsky

 

 

 

Pensamento

 

 

 

Platão considerava filósofos genuínos e estudiosos da verdade apenas aqueles que possuíam o conhecimento de O-Que-Realmente-Existe [O-QUE-É] – em oposição à mera aparência, em oposição do Sempre Existente ao transitório, e em oposição de Aquilo que existe permanentemente àquilo que, alternadamente, cresce e diminui, que se desenvolve e é destruído.

 

Para Espeusipo [sobrinho de Platão] e Xenócrates [discípulo de Platão], que seguiram os passos de Platão, o UM o ORIGINAL, o HONRADO não tinha existência, não no sentido que os homens mortais LHE dão.

 

Os Iniciados nunca usaram o epíteto "Deus" para designar o Princípio Uno-Sem-Segundo do Universo, e, fiéis nisso às mais antigas tradições da Doutrina Secreta em todo o mundo, negam que uma obra tão imperfeita e freqüentemente não muito pura pudesse ser produzida pela Perfeição Absoluta.

 

O Verdadeiro Espírito dos Ensinamentos de Cristo, com suas interpretações errôneas, foi degradado [adulterado, falsificado, interpolado etc.] de diversas maneiras.

 

= Tat: Emblema da Estabilidade.

 

Alfa e Ômega o Espírito e a Matéria o Primeiro e o Último.

 

Crucificar ante (não contra) o Sol é uma frase usada na Iniciação.

 

No Antigo Egito, o Iniciando era colocado no Sarcófago, na Câmara do Rei da Pirâmide de Quéops [cuja construção é muit(íssim)o mais antiga do que os 2580 a 2560 a.C. (4ª Dinastia) propostos pelos egiptólogos], e transportado, em estado de transe, durante a noite do terceiro dia, para a entrada de uma galeria, na qual, em determinado momento, os raios do Sol nascente atingiam o seu rosto, sendo, assim, acordado para ser Iniciado por Osíris e Thoth, os Hierofantes–Iniciadores da Sabedoria, que pronunciavam as Palavras Sacramentais ostensivamente ao Sol-Osíris, na verdade ao Espírito-Sol-Interno, que acabara de Illuminar o homem recém-nascido. [Enfim, em termos de História (ou do que quer que seja), talvez, o maior erro humano seja colocar um ponto final nas sentenças. O que se vê todos os dias e a cada instante é este ponto final se transformar em reticências!]

 

 

Sarcófago Iniciático
(Câmara do Rei, Pirâmide de Quéops)

 

 

Todas as cruzes simbolizam as camas cruciformes de todos aqueles que passaram pelo Parto (Espiritual), isto é, o ato de dar à LLuz a si mesmos. [Segundo Nascimento.]

 

Na alegoria de Vishvakarman, o Poder Criativo o Grande Arquiteto do Mundo é chamado no 'Rig Veda' de Deus que tudo vê, que se sacrifica a Si Mesmo. Os egos espirituais dos homens são Sua Própria Essência; unos com Ele, portanto. [Se isto é um fato, e é, como poderemos morrer? Como poderemos não nos transmutar em Deuses?] Precisamos compreender que a Terra é o Hierofante-Iniciador! [O que permitirá que nos transmutemos em Deuses é a bendita (re)encarnação.] Todos nós já fomos a Palavra Primordial! Mas, um Dia, já como Iniciados, renasceremos, após a nossa crucificação na Árvore da Vida. [E aí, seremos Deuses Conscientes.]

 

Para os esoteristas, desde os tempos mais remotos, a Alma Universal ou 'Anima Mundi' o reflexo material do Ideal Imaterial era a Fonte da Vida de todos os seres e do Princípio de Vida de todos os Reinos.

 

Os braços da Cruz Sétupla simbolizam, respectivamente, a luz, o calor, a eletricidade, o magnetismo terrestre, a radiação astral, o movimento e a inteligência ou autoconsciência.

 

O Logos Sétuplo, tendo se diferenciado em sete Logos ou Poderes Criativos (Vogais) estas o Segundo Logos ou Som criaram tudo na Terra. No Apocalipse de São João está escrito: Sete Trovões emitiram Suas Vozes.

 

Sempre há mais de um significado em cada mistério revelado alegoricamente, sobretudo, em aqueles em que o número sete aparece, tanto quanto em seu múltiplo de sete vezes sete ou quarenta e nove. No Pistis Sophia, Jesus, Iniciado nos Mistérios Superiores, ensina: Não há Mistérios mais excelentes do que os que conduzirão nossas [personalidades-]alma à LLuz das Luzes, ao Lugar da Verdade e do Bem, ao Lugar onde não há nem masculino, nem feminino, nem forma, mas, LLuz Imperecível, impronunciável. Nada, portanto, é mais excelente do que os Mistérios, exceto apenas o Mistério das Sete Vogais e dos seus Quarenta e Nove Poderes e os números dos mesmos. E nenhum homem é mais excelente do que todas essas Vogais. No Comentário, está dito sobre os Fogos: Os Sete Pais e os Quarenta e Nove Filhos brilham na Escuridão, pois, eles são a Vida e a LLuz, e a continuação Destas durante a Grande Idade. Enfim, cada uma das Sete Vogais está diretamente relacionada com a nossa Terra e com as suas Sete Raças-raízes de cada Ronda.

 

O Fogo da Sabedoria (Eu Supremo + Conhecimento Divino Superior) é a Verdadeira Gnose ou Illuminação Espiritual Real.

 

Desde sempre, as Divinas Verdades Místicas só são reveladas nas sucessivas Iniciações.

 

A gnose se baseia em um Quadrado, cujos Ângulos representam, respectivamente: Siguê (o Silêncio), Bythos (o Oceano), Nous (a Alma Espiritual ou Mente) e Aletheia (a Verdade).

 

 

 

 

Para os Gnósticos, todo o Uni[multi]verso, tanto metafísico quanto material, está contido e pode ser expresso e descrito pelos dígitos que o número 10 encerra a Década Pitagórica. [Tetractys.] Para os Gnósticos, o 10 é o Número Perfeito, tanto na Terra quanto no céu.

 

 

Tetractys

 

 

O Ternário é o primeiro dos números ímpares, assim como o triângulo é a primeira das figuras geométricas. O Número 3 é, verdadeiramente, o Número do Mistério por excelência.

 

Lei do Triângulo

 

 

O quaternário é o símbolo da imortalidade.

 

Para os Antigos, o Sol Nascente era considerado a Alma dos Deuses, enviada para se manifestar diariamente aos homens.

 

As “Cinco Palavras” de Brahmâ se tornaram, entre os Gnósticos, as “Cinco Palavras” escritas na vestimenta Âkâshica (Resplandecente) de Jesus em sua glorificação: Zama Zama Ôzza Rachama Ôzai (), traduzidas pelos orientalistas a vestimenta, a gloriosa vestimenta de minha força. Estas palavras foram, por sua vez, o véu anagramático dos cinco Poderes Místicos representados na vestimenta do Iniciado "Ressuscitado" após sua última prova de três dias de transe, [no Sarcófago da Câmara do Rei da Grande Pirâmide de Gizé.]

 

A figura a unidade dentro de zero simboliza a Divindade, o Universo e o Homem.

 

Tau [T] é o Alfa e o Ômega da Secreta Sabedoria Divina, que está simbolizada nas letras inicial e final de ThoT (Hermes).

 

A Flauta de Sete Tubos de Pan simboliza as Sete Forças da Natureza, os Sete Planetas, as Sete Notas Musicais, enfim, toda a harmonia setenária da Natureza.

 

 

Flauta de Sete Tubos

 

 

Desde a mais remota Antigüidade, as nações mais espirituais fizeram da cruz (como 3 + 4 = 7) seu símbolo divino mais sagrado.

 

A Escola Pitagórica considerava o número 7 como composto pelos números 3 e 4, que se explicam de forma dual. No plano do mundo numenal, o Triângulo simbolizava o primeiro conceito da Divindade manifestada, ou seja, sua imagem Pai-Mãe-Filho, e o Quaternário, o Número Perfeito, era a raiz numenal ideal de todos os números e de todas as coisas no plano físico. [4 1 + 2 + 3 + 4.]

 

 

 

 

365 Dias A Terra (3) – Animada por (6) – O Espírito de Vida (5).

 

Éliphas Lévi: O homem é um Deus [Inconsciente] na Terra; Deus é o Homem no Céu.

 

É lamentável, mas, a Igreja transformou os Deuses Antigos em demônios à esquerda e o Salvador à direita!

 

 

Continua...

 

 

Música de fundo:

O Sole Mio
Composição: Giovanni Capurro (letra) & Eduardo di Capua (música)

Fonte:

https://www.8notes.com/scores/23411.asp?ftype=midi

 

Páginas da Internet consultadas:

https://pt.dreamstime.com

https://bookhelp.roerich.com/webhelp/td/2_0730.htm

http://paxprofundis.org/livros/aphpb/aphpb.htm

https://pt.wikipedia.org/wiki/A_Doutrina_Secreta

 

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